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━━━━〔 𝘤𝘩𝘢𝘱𝘵𝘦𝘳 𝘴𝘪𝘹 〕

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SHUT UP AND DRIVE

POINT OF VIEW

Savannah Boswell


As pessoas afastavam-se discretamente quando caminhava próximo a elas; e aquele gesto lembrou-a do jardim de infância, no qual era frequentado por crianças... Muito delas maldosas, que excluíam umas às outras por qualquer motivo, mas como havia mencionado: atitudes de crianças, seres que ainda não possuem noção de muita coisa e que imitam comportamentos e frases de adultos. E pelo visto aquilo se aplicava ali. Savannah se esquivava de uma multidão de jovens que obedeciam cegamente um homem que achava-se no direito de instalar uma tirania, por fazer parte de uma máfia.

Aproximou-se da sala que teria aula de História, e trocou seus sapatos pelos os uwabaki, direcionou seu olhar para uma mesa vaga em uma das primeiras fileiras e acomodou-se nesta aguardando o início da aula.

Enquanto o professor, — havia conferido no horário, não chegava, optou por fazer alguns rabiscos em seu caderno de desenho na tentativa de ocupar a cabeça e não pensar na noite passada; tinham sido tantos acontecimentos que quando acordou pela a manhã se perguntou se tudo aquilo não passou de um sonho esquisito, porém quando seu pai apareceu com uma nova saia de pregas em um número maior com uma carranca mal-humorada, lembrou-se de tudo. Da tristeza nos olhos de Neela, do medo em que sentiu de DK e da feição furiosa de Han, o cara que havia lhe emprestado o carro para a racha.

— Bonito desenho, americana. — elogiou uma voz feminina atrás de si, quando olhou por cima do ombro deparou-se com a figura de Reiko, a garota que Twinkie apresenta-lhe antes da corrida.

— Valeu. — respondeu com um sorriso sem dentes.

— Estou falando sério, é muito bom... Já vendeu alguma dessas artes?

Savy afirmou com a cabeça.

— Para um amigo de Los Angeles. — lembrou-se de Cabeça, da cidade, dos rachas, da mãe... sentiu o peito apertar-se — Ficou incrível no carro dele.

— Você leva jeito pra isso — disse por fim sorrindo gentilmente e voltando o olhar para o seu notebook.

Savannah imitou o gesto e observou o professor entrar na sala pedindo atenção em seu japonês ríspido.

O restante da aula passou lentamente aos seus olhos. Tentava prestar atenção mas não conseguia, qualquer cochicho tirava-lhe a concentração, não sabia porque, porém achava que falavam dela, procurou afastar esses pensamentos e copiou o exercício que o professor anotou na lousa. Já que não podia correr, e não possuía amigo algum por ali, precisava achar uma forma de distração e pela a primeira vez em algum tempo organizou seu horário de estudos.

No decorrer do dia passaram-lhe exercícios de: língua japonesa, matemática, história cívica e o conteúdo para a prova de física. Se aquilo não ocupasse seu tempo, não saberia o que mais o faria.

Quando o toque para ir embora soou. A garota sentiu um peso sair de suas costas, e deixou a sala um pouco mais aliviada; a turma de artes tratou-a gentilmente, até fizeram perguntas sobre os Estados Unidos e ela respondeu cada uma delas.

Passou pelo corredor e não viu sinal algum de Neela, aquilo lhe deixou com uma pulga atrás da orelha, afinal faziam Física juntas e ela também não apareceu na aula, a professora colocara falta em seu nome na chamada. Havia visto Twinkie rapidamente no intervalo, porém ele apenas perguntou se estava tudo bem e saiu para vender um par de tênis do Michael Jordan, que tinha conseguido há alguns dias, encontrou-se com um dos amigos de DK na aula de língua japonesa, — ele fizera o favor de gravar a corrida e mostrar repetidas vezes para os outros alunos. Porém nada de Neela.

Savannah tentou imaginar o que ela lhe diria; Pediria desculpas? Fingiria que nada aconteceu? Ou a ignoraria?

Apertou a alça da bolsa atravessada, e respirou o ar daquela tarde de quinta-feira. Era um alívio quando chegava ao estacionamento, considerando a claustrofobia que sentia nos corredores... Não sabia de onde saia tantos jovens. Porém preparou-se para a caminhada que faria até a estação para pegar o metrô de volta à casa.

Atravessou o estacionamento pedindo licença a algumas pessoas que paravam em seu caminho para conversar, mas quando conseguiu passar pela aquele mar de gente e avistou a figura parada em sua frente, desejou ter demorado um pouco mais na sala de aula.

Han estava encostado em um Mazda RX-7, laranja. Pensou em dar meia volta ou fingir que não o tinha visto, porém ele a olhava paciente, e só desviava-o quando alguém cumprimentava-o.

Bufou baixo e deu passos largos até o homem e seu carro:

— Olha, cara... Eu vou pagar pelo prejuízo. — começou Savannah.

Han soltou um sorriso divertido e inclinou o corpo para o lado, descruzando os braços e desencostando-se do carro.

— Eu sei que vai. — retorquiu simplesmente — Entra aí.

Ela piscou os olhos e franziu o cenho, observando-o abrir a porta do motorista e acomodando-se.

— Eu mal te conheço, amigo. Já disse que vou te pagar, e pode acreditar eu não vou sair da cidade... nem se eu quisesse — resmungou a última parte.

Ele ligou o carro e virou o rosto para encará-la.

— Se eu fosse te sequestrar ou tentar algo contra você, acha que eu faria na frente de toda essa gente?

Savannah olhou por cima do ombro e observou algumas pessoas os encararem com desconfiança, uma delas era o segurança do estacionamento.

— Já encontrou uma testemunha? — quis saber divertido.

Puxou a alça da bolsa pela a cabeça e entrou no carro, sentindo Han dar partida.

❏ ❐ ❑ ❒❏ ❐ ❑ ❒

A estreita rua havia vários pontos comerciais; um homem mal humorado que vendia frutos do mar, uma jovem que convidava-os para almoçarem em sua humilde lanchonete e até mesmo uma feirinha com um aglomerado de pessoas, que passavam seus olhos pela as frutas e verduras oferecidas ali.

As casas e prédios de dois andares se espremiam uns aos outros à arquitetura japonesa.

Han estacionou o carro frente a uma academia, que Savannah não conseguiu ler ao certo o letreiro decadente.

— Assim como você tem uma cara aí que está me devendo dinheiro — mediu-a com o olhar por um instante, e indicou com a cabeça para a Academia — Ele tem uma garra.

Aquela informação bagunçou sua cabeça.

— Você acha que eu sou uma espécie de cobradora, ou só tá brincando com a minha cara?

Aquilo foi o suficiente para Han fechar a cara e desligar o carro:

— Menina você está me devendo um carro que não me custou só dinheiro mas meu tempo e dedicação. Isso é só o começo do que você vai ter que fazer para pagar o prejuízo.

— E o que você quer? Que eu faça seu trabalho sujo.

Ele riu debochado.

— Quando você voltar, podemos discutir os meus termos, agora... — ele abriu a porta do passageiro e indicou-lhe com a cabeça — Vai lá buscar meu dinheiro.

Savannah o analisou por um instante em busca de algo que o denunciasse: um sorrisinho brincalhão, algum celular para filmá-la... porém não encontrou blefe algum. Ele realmente estava falando sério.

Han parecia ser alguns anos mais velho, chutaria no máximo cinco. E Savannah não podia negar que o homem possuía um charme, não saberia dizer se era a carranca enigmática ou o sorriso atrativo que lançava ao final de cada frase.

A garota saiu do carro, subiu os degraus da pequena escada que dava acesso à Academia e adentrou no local, fazendo seu olhar arregalar-se instantâneamente.

Era um ginásio de sumô.

Japoneses altos e corpulentos andavam para lá e cá realizando agachamentos, outros enfrentando-se em um ringue circular. A verdade era que o local estava recheado de homens cobrindo suas partes íntimas com um grosso tecido enrolado em suas cinturas, aquilo foi o suficiente para deixá-la desconfortável.

Olhou para o lado e avistou um senhorzinho sentando atrás de um balcão, balbuciando algo e sacudindo as mãos em sua direção.

— Estou atrás de um homem... — explicou observando-o piscar os olhos diversas vezes e balançando a cabeça, como se não tivesse entendido — Garra! — exclamou lembrando da informação que Han lhe fornecera.

O senhor continuou negando com a cabeça e pedindo-lhe dinheiro com alguns gestos. Savannah bufou e enfiou a mão na bolsa para buscá-lo, entregando a quantia em sua mão áspera.

Garra... Ali ó — indicou o senhor com a cabeça para um homem alto e gordo caminhando pelo ginásio com um roupão jogado no ombro.

Agradeceu ao senhor e caminhou em direção ao grande homem. No que havia se metido? Cobrando lutadores de sumô.

Assim que chegou próximo o suficiente dele para escutar perfeitamente seus resmungos em japonês, abriu a boca e murmurou:

— Senhor... errr... o Han, ele pediu o... dinheiro — ele se virou e a encarou esbravejado, exibindo a enorme garra tatuada no peito.

Ele vestiu-se ainda furioso e puxou-a para fora do estabelecimento, cuspindo palavras em japonês.

— Qual é amigo, eu só estou passando o recado. — sentiu-o a empurrar com força para fora do local e jogar sua bolsa na calçada, próximo ao carro de Han, este que levantou-se da escadaria e ajudou Savy a equilibrar-se.

— Não sabia que agora estava mandando menininhas para cobrar seu dinheiro, Han.  — respondeu jogando uma grande quantia enrolada em um elástico para o homem, que a segurou de prontidão.

O lutador de sumô olhou para os dois um instante e no outro retornou ao ginásio.

Savannah alcançou a bolsa, que estava jogada no asfalto e limpou-a com rápidas batidas.

— Vem, vamos embora — ponderou Han guardando o dinheiro e jogando a chave do carro no ar em sua direção, como na noite anterior — Vai pra casa... Por hoje é só — ordenou por fim dando a volta e acomodando-se no banco do carona.

Savy imitou a ação, porém sentou-se no banco do motorista, colocou a chave na ignição e deu partida. No caminho de volta pediu a ajuda de Han, já que não conhecia aquela parte da cidade. Havia templos, pontos turísticos... E ainda não tinha visitado quase nada. Tóquio sempre foi o seu sonho e de seu pai, e agora que estavam ali pareciam mais afastados assim como esse sonho.

Quando atravessaram a ponte do arco-íris, permitiu-se admirar aquela bela paisagem brevemente. O sol já estava se pondo e o céu ficava entre uma cor alaranjada e avermelhada, ao que a iluminação das lâmpadas por toda a extensão da ponte acendiam, enchendo o olhar da jovem com aquele espetáculo.

— Há quanto tempo está aqui? — resmungou a voz curiosa de Han.

Fixou seus olhos na estrada, deixando para trás as luzes cintilantes da ponte.

— Só alguns dias — deu de ombros.

— Ouvi falar que veio de Los Angeles. — continuou interessado — Tenho conhecidos por lá.

Savy sorriu.

— Você faz esse estilo mesmo.

— Qual? — contrapôs sem entender.

— O de caras que conhecem muitas pessoas em todo lugar.

Han balançou a cabeça discretamente e aconchegou-se mais no banco.

— É mas nesse caso é diferente. As pessoas que conheço lá são como uma família para mim.

O silêncio instalou-se no carro, como se aquele assunto fosse difícil para o homem comentar. Porém a quietude constrangedora era demais para Savannah, que quando entrou em uma curva, finalmente falou algo:

— Minha mãe está lá — começou introvertida com uma pontada de tristeza na voz — Em Los Angeles.

Han a observou quieto, com o olhar atento a garota.

— Enfim o que você vai querer que eu faça? — a postura do homem arrumou-se em algo mais firme, e Savy viu em seu olhar desapontamento? Será que ele pensara que ela contaria mais sobre como parou ali.

— Você vai fazer parte do serviço de coleta e entrega, além de dar uma ajuda na oficina. Na semana podemos discutir sobre os horários para não atrapalhar no seus estudos.

Aquele comentário a fez rir e Han olhou-a sem entender.

— Obrigada pela a preocupação, pai.

O homem bufou balançando a cabeça, e Savannah poderia jurar ter o visto sorrindo rapidamente.

— Só não quero ser preso ou algo do tipo por trabalho infantil.

— Fica tranquilo, daqui a alguns meses eu faço dezoito — explicou estacionando o carro dois quarteirões de distância da sua casa, não confiava inteiramente no homem para que ele soubesse onde ela morava, além de que o pensamento de seu pai vê-la acompanhada de um cara como Han não fosse lhe agradar muito — Eu moro logo ali na frente.

Ele assentiu e deu a volta no carro assumindo o volante.

— Amanhã depois da aula, vou pedir para o Twinkie te levar para a oficina.

Savy assentiu com a cabeça e caminhou pela a calçada, porém sentiu a presença do carro de Han ainda parado apenas com o motor ligado, girou os calcanhares e disse alto o suficiente para o homem escutar:

— Ei Han, desculpa pela a Monalisa.

Pôde ver seu sorriso surgir no canto dos lábios, mas ele logo desapareceu quando manobrou com o carro, este que saiu cantando pneu. Savannah fez o mesmo, caminhou na direção oposta rumo a sua casa.

˚·*'' to be continued



࿐* Nota da autora

Oláaaa, como vocês estão? Eu espero que vocês tenham gostado do capítulo, foi muito bom escrevê-lo.

Conseguiriam pegar a referência de quem o Han estava falando no carro? Rsrsrs

Enfim esse é só o "comecinho" da relação dos dois. Já tenho alguns capítulos escritos e garanto a vocês como a evolução do relacionamento desses dois está mto interessante.

Por fim, obrigada a maravilhosa MayKessy ela fez uns aesthetic's incríveis para a fic e é uma menina muito gentil e divertida, estou adorando conversar com ela e dividir o amor por esses filmes e principalmente pelo Han ♥️.

Muito obrigada pelos comentários, votos e incentivos.

Até o próximo capítulo!!!

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