❚ Capítulo ❷❻
▬▬▬▬▬▬ ❝ PAULINA SOARES• 🏟️
😛 What am I doing here? ✍🏻
N͎ós estamos nem tão longe e nem tão perto da onde os jogadores irão passar depois que saírem do campo. O corredor já estava cheio de jornalistas e várias câmeras apontadas para o túnel.
Wallace estava animado demais para falar com jogadores, segundo ele, dar ânimo para o próximo jogo que não será nada fácil. Mesmo não querendo estar aqui, cada sorriso dele me deixava muito feliz e isso é tão satisfatório.
― Por que não podemos nos aproximar mais um pouquinho? ― Ayla perguntou meia relutante. ― Wallace vai ficar tristonho se continuar ali sozinho.
― Ele não está sozinho. ― acenei com a mão para ele, que estava no meio de outras crianças. ― Tem muita gente ali.
― Paulina, você está muito estranha desde o momento que entramos aqui. ― ela disse cruzando os braços me analisando. ― Tem alguma coisa que você queira me dizer?
― Não. ― digo tentando desviar o meu olhar do dela. ― Aqui faz muito barulho, né?
― Um pouco. ― ela respondeu sem graça. ― Mesmo assim, espero que você não esteja escondendo algo de mim. ― ela deu um sorriso sem graça de novo. ― Ficarei muito chateada se descobrir depois.
― Não tô escondendo nada de você. ― que droga; tô mentindo para ela. ― Você sabe que esse lugar...
― Só estou pedindo para a gente ir mais um pouquinho para lá. ― ela esticou os braços me interrompendo. ― Ai meu Deus! A gente está passando na televisão!
― Ah, não! ― me virei rapidamente observando todo o agrupamento. ― Mais um motivo para a gente sair daqui e deixar o Wallace com as assistentes.
― Não! Eu quero ver o Haaland de pertinho!
Como se houvesse conexão, os jogadores começaram a passar pelo túnel fazendo a movimentação de repórteres crescer rapidamente onde estávamos. De um lado os jogadores azuis esboçaram felicidade enquanto do outro os jogadores vermelhos entravam tristes e com uma certa leveza.
― Senhoritas poderiam dar licença, por favor? ― disse um moço com um celular enorme nas mãos. ― Vocês são jornalistas esportivos?
― Não! ― dissemos em uníssono.
― A minha irmã aqui foi sorteada para falar com os jogadores e tirar fotos depois do jogo. ― ela fez uma pausa revirando os olhos. ― Mas apenas com os jogadores do Arsenal.
― Ah, sim! ― ele sorriu. ― Espero que tenham gostado do tour pelo Emirates Stadium...
― Sim!
Desviei o meu olhar tentando encontrá-lo no meio do túnel enquanto os outros entravam, mas ele não aparecia.
"Cadê o meu loiro?" "Será que está triste?"
Wallace e as outras crianças esticaram suas mãos e gritavam palavras de ânimo para os jogadores desvalidos.
― Eu não sei se fico triste ou ainda mais feliz vendo essa cena. ― Ayla gargalhou baixinho se escorando em mim para que ninguém notasse. ― Haha segundo lugar para eles!
― Você é tão perversa. ― rir fingindo que não me importava. ― Cadê os outros jogadores?
― Verdade, eu ainda não vi o Haaland.
De repente, avistei quando o Tomiyasu que agora, descobri que também era jogador de futebol, passou pelo túnel desanimado ao ponto de não sorrir para as crianças. Pude notar que algumas delas ficaram tristes, principalmente o Wallace que abaixou a mão com a caneta ortográfica.
― É o Tomi. ― digo observando ele passar quase pela nossa frente.
― Tadinho desse daí, foi o responsável pelo time sair perdendo. ― Ayla disse tentando disfarçar sua felicidade, mas era quase impossível. ― Ele deve estar se sentindo culpado.
― Eu vou falar com ele!
― Como assim? ― ela me questionou. ― Você nem o conhece, tá doida?
― Eu preciso falar com ele! ― exclamei.
― Conhece o Tomiyasu? ― perguntou uma mulher morena ao se aproximar da gente e eu balancei a cabeça positivamente. ― Eles estão indo para o vestiário.
― Quem é essa daí? ― Ayla sussurrou.
― Ainda dá para você alcançá-lo. ― a mulher acrescentou me entregando um crachá. ― Vai lá! Qualquer coisa você diz que é jornalista.
Antes que eu saísse a minha amiga segurou o meu braço. ― Por que você disse que conhece aquele japonês? E por que diacho você vai atrás dele? ― ela me perguntou baixinho.
― Prometo te contar tudo depois...
― Paulina!
― Por favor, ok? Eu prometo que te conto tudo depois. ― digo e ela me soltou delicadamente. ― Me empresta o seu celular?
― Pra que? ― ela arqueou a sobrancelha. ― Não me diga que...
― Só me dá! ― a interrompi. ― Por favor!
Parecíamos duas irmãs brigando por algo bobo na frente dos convidados.
S͎ó espero que ninguém entenda mal. Eu acabei entrando no corredor do vestiário dos jogadores sem nenhuma permissão.
― Ei, Tomi, espera por mim! ― gritei, assim que o avistei na porta do vestiário com uma toalha na cabeça. ― Eu não sou uma jogadora profissional. ― resmunguei.
Eu não acredito que acabei de chamá-lo de Tomi. Eu não acredito que estou fazendo isso! Ele imediatamente se virou, me encarando como se tivesse me reconhecido de algum lugar.
― Está falando comigo? ― ele indagou.
Não havia apenas eu e ele no corredor, eu poderia tentar adivinhar o que as pessoas estavam achando de tudo isso. Certeza que perceberam que eu havia enganado a segurança, porque cara de jornalista eu não tenho. Logo atrás de mim, pude notar que vinha outros jogadores.
― É... ― simplesmente gelei de novo.
Tomiyasu ficou esperando pela minha resposta e os outros ficaram me olhando também, como se estivesse esperando algo importante, e eu achando que era a única curiosa do planeta.
― É... Poderia tirar uma foto comigo?
― Quer tirar uma foto comigo? ― ele sorriu, talvez achando tudo isso estranho.
Fico me perguntando porque ele disse isso, será que ninguém gosta de tirar foto com ele? Que nada, isso é besteira. Horas antes, ele estava todo fechado e agora posso ver um sorriso em seu rosto.
― Sim! ― respondi pensativa.
― Espera, eu estou te reconhecendo de algum lugar. ― ele disse se aproximando de mim. ― É a garota do...
― Incidente no avião. ― o interrompi. ― Sou eu mesma!
Imediatamente senti minhas bochechas corarem só pelo fato de me lembrar daquele bendito dia. Dois jogadores se aproximaram da porta do vestiário conversando e eu fiquei parada os reconhecendo daquele dia.
"O que eu tô fazendo aqui?"
― Sobre o jogo de hoje você não deveria se culpar. ― digo de imediato, sem saber o que inventar para sair correndo dali. ― Infelizmente essas coisas acontecem, sabe? ― ele ficou parado sem reação. ― Se continuar se culpando, será pior depois e ficará difícil para você se concentrar nos treinos.
― Eu não sei...
― Ela tem razão. ― uma voz familiar ecoou, vindo de trás de mim. ― Você jogou muito hoje e o que aconteceu poderia ter acontecido com qualquer um de nós.
Eu não poderia esperar até que ele atravessasse a minha frente, então me virei esbarrando com ele outra vez.
"Ai meu Deus! É o meu loirinho?"
Estávamos tão perto um do outro e havia uma conexão nos nossos olhos. O meu coração estava batendo mais forte. Sei que isso seria esquisito, mas a minha vontade era de beijá-lo, sem me importar com nada.
"Será que eu me embebedei com a saliva?" Eu juro que se a gente se esbarrar assim de novo, irei beijá-lo!
― O capitão Ødegaard tem razão. ― alguém disse tirando a nossa concentração. ― Fizemos o nosso melhor hoje.
― Poderíamos ter melhorado no segundo tempo. ― o meu loiro respondeu tirando seus olhos claros de mim.
"Vermelha igual a um tomate." Me distanciei dele mesmo não querendo.
― Desculpa! ― digo levemente olhando para o chão, e morrendo de vergonha. ― Não era minha inten...
― Quem é a senhorita? ― perguntou um dos jogadores me analisando.
― Você é da imprensa, por acaso? ― perguntou outro que já estava sem camisa. ― A coletiva não é agora, ou é?
― É... ― fiquei parada sem saber o que falar direito na frente deles.
― Ela me parece familiar. ― comentou mais um jogador bonito.
― Ela veio tirar uma foto comigo. ― Tomiyasu respondeu e houve alguns murmúrios. ― Shi...
― Podemos tirar agora? ― indaguei.
"O que eu tô fazendo aqui mesmo?"
A resposta era única. Eu estava preocupada com o meu loiro de olhos claros, eu só queria saber como ele estava e vê-lo de perto outra vez. Não imaginei que um jogador poderia ficar ainda mais bonito depois do jogo.
M͎e sinto dividida entre esses dois homens. Depois que tirei a selfie com o Tomiyasu eu sabia que teria que envolver o meu loiro no meio e deu certo.
― Digam x! Digam-lhe Gunners! ― exclamou Gabriel Magalhães tirando as fotos. ― Gostaria de tirar com os outros que já estão no vestiário? ― fiz um gesto sem graça e ele entendeu minha resposta. ― Então tá bom.
― Obrigada a cada um de vocês! ― digo me distanciando um pouquinho. ― Nem acredito que tirei foto com vocês.
Fiquei ao lado do meu loiro lindo.
― Brothers! ― gritou um descabelado, chamando atenção de todos ao se aproximar do corredor. ― Eu queria convidar todos vocês para uma festa!
― Festa? Como pode pensar em festa depois de ter perdido feio de 3 a 1? ― questionei baixinho percebendo que ele havia escutado. ― Desculpa!
― Tudo bem. ― ele sorriu, e que sorriso mais lindo. ― Aquele aí é o Ben White. ― ele comentou quase sussurrando. ― Ele é o que me dá mais trabalho com as festas.
― Era ele naquele dia? ― perguntei e ele balançou a cabeça positivamente. ― Percebi. ― ri olhando para ele.
― Achei que não gostasse de futebol. ― disse um moreno, que imediatamente o reconheci daquele dia na lanchonete.
― Eu não gosto nem um pouquinho. ― sorrio sem jeito.
― Não gosta, e está usando a blusa do time? ― o meu loiro questionou, me deixando ainda mais sem jeito.
― É...
― É a do camisa 11, do Martinelli. ― completou outro loiro, que parecia feliz para alguém que perdeu a partida. ― De brasileiro para brasileiro.
― Nem eu mesmo sabia. ― cruzei os meus braços. ― Estou apenas acompanhado a minha amiga.
― Tá explicado porque o time perdeu. ― o meu loiro brincou olhando para mim. ― Da próxima nós ganha.
"O que eu faço agora?" Fiquei me perguntando, talvez durante uns 30 segundos e então tomei coragem e perguntei de uma vez para o loiro.
― Posso falar com você a sós? ― olhei para seus olhos claros. ― É rapidinho.
𝖬𝖾𝗇𝖼𝗂𝗈𝗇𝖺𝖽𝗈; 𝙿𝚊𝚞𝚕𝚒𝚗𝚊 𝚎 Ø𝚍𝚎𝚐𝚊𝚊𝚛𝚍 𝚜𝚎 𝚘𝚕𝚑𝚊𝚗𝚍𝚘 𝚌𝚘𝚖 𝚊𝚍𝚖𝚒𝚛𝚊𝚌̧𝚊̃𝚘 ❤️
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