01
Asgard é descrita como um lugar belo e majestoso, com rios de águas cristalinas, natureza fértil e admiráveis construções dignas de deuses.
Mas por trás de toda a magia que a envolvia, havia um veneno nas entranhas do lar dos deuses e Thanatos estava pronto para lidar com essa ameaça.
A chegada de Thanatos e Ayelet foi abençoada por uma serena escuridão. O manto da noite, do qual Thanatos era filho, lhes permitia viajar despercebidos. Eles emergiram na Ponte Arco-íris, a magia antiga e poderosa da estrutura resplandecia sob seus pés.
──── O que é isso? ──── Os olhos cor de mel de Ayelet eram iluminados pelas cores que cintilavam da ponte. Pequenos feixes coloridos levaram aquele simples olhar a uma galáxia inteira. Ela estava encantada e o Deus da Morte notou.
──── Essa é a Bifrost, Ayelet. ──── Os cantos de sua boca curvam-se timidamente. ──── É um portal que conecta Asgard aos Nove Reinos.
──── É linda. ──── A voz saiu suave, quase como um sussurro. Ele concordou silenciosamente.
Eles avançaram diretamente para a sala do trono, o coração pulsante do lar dos deuses. Os passos acelerados e silenciosos não despertaram nenhuma alma, graças ao sangue noturno de Thanatos.
As portas para a sala do trono eram altas e esculpidas em ouro bem como todo o palácio. Com muito cuidado, Ayelet posicionou suas mãos e as empurrou delicadamente, revelando o trono banhado por uma suave luz dourada.
──── E agora, senhor? ──── Ela perguntou, logo atrás de Thanatos, que caminhava calmamente em direção ao trono.
──── Esperamos.
O amanhecer começou a iluminar o horizonte.
A sala do trono, com sua maior parte construída em ouro, começou a ganhar vida graças às primeiras luzes do dia filtradas pelas janelas imensas e magníficas.
O Deus da Morte estava ansioso e enfurecido. O tilintar do seu anel de prata no dedo indicador esquerdo batendo contra o braço do trono ecoava pela sala. Ayelet, em pé alguns degraus abaixo, podia sentir a respiração pesada de Thanatos. Ele estava no limite.
Um sorriso formou-se em seus lábios no momento em que a porta da sala do trono foi aberta pelo Pai de Todos.
──── O que é isso? Quem ousa tomar o trono de Asgard? ──── Havia uma falsa indignação notável na voz de “Odin”. ──── Guardas!
──── Chame quem você quiser, ninguém virá. ──── A voz do Deus da Morte reinou no ambiente. ──── Mostre-se para mim. ──── Ele ordenou.
──── “Mostre-se para mim”? Você sabe com quem está falando? Eu sou Odin! O Pai de Todos ──── A cada palavra gritada pelo deus, ele se aproximava do trono. ──── Você não pode simplesmente invadir Asgard e esperar que eu me submeta a você.
Thanatos sentia a magia percorrendo em suas veias, carregadas pela fúria de ter sido enganado. Seus olhos foram tomados pela escuridão, a mandíbula travou-se ao ouvir tamanho desaforo. Gentilmente, ele levantou e desceu a escadaria até estar frente a frente com Odin.
──── Mostre-se para mim, Loki Laufeyson.
Thanatos conhecia a natureza de quem estava enfrentando, e talvez, pela primeira vez, ele não cumpriria seu propósito e causaria uma morte violenta.
E o Deus da Morte estava certo.
Loki foi rápido. Um punhal foi direcionado ao pescoço de Thanatos, porém, ele foi mais rápido ainda.
──── Tente de novo. ──── O Deus da Morte segurava com força o pulso com o punhal. ──── Deuses, titãs, mutantes, quem você possa imaginar, nenhum deles foi páreo para mim. Você não será diferente. Pare com essa farsa. ──── Tamanha foi a força de Thanatos que a mão do oponente se abriu e largou a arma. ──── Então, pela última vez, mostre-se para mim.
──── Tudo bem! ──── O Deus da Morte soltou o pulso de Loki brutalmente, fazendo-o cambalear para trás. Ele permaneceu em silêncio por alguns segundos até que a ilusão começou a se dissipar, revelando a figura derrotada de Laufeyson. ──── Satisfeito? ──── Um sorriso debochado formou-se.
──── Agora me responda: Quem são vocês? ──── O peito de Loki subia e descia graças a sua respiração acelerada.
──── Você fugiu da morte por tempo demais. Vim para corrigir isso. ──── Thanatos via o medo disfarçado na feição de Loki enquanto caminhava ao seu redor, sabia exatamente como brincar com ele.
──── Até quando vai com esses joguinhos? ──── O Laufeyson seguia o homem com seu olhar, ao mesmo tempo que percebia a sala do trono escurecer.
──── Eternamente, se eu quiser. ──── Thanatos aproximava-se de Loki a cada volta. ──── Você, sozinho, conseguiu desequilibrar o universo.
──── Eu? Obrigado! ──── O Deus da Trapaça celebrou falsamente, o que atiçou a ira de Thanatos.
──── Você brincou com a morte pela última vez, Loki Laufeyson. ──── Thanatos, controlado pela fúria, ergueu o trapaceiro pelo pescoço enquanto as trevas cercavam o palácio.
──── Espera! Você não pode me matar! ──── Loki clamou, segurando no braço que o erguia.
──── Me dê um motivo. ──── Thanatos soltou-o no chão, encarando a figura do deus retomando o ar.
──── Asgard precisa de mim.
──── Essas são suas últimas palavras? Mentiras? ──── O Deus da Morte debochou.
──── Se eu estivesse mentindo, não estaria aqui.
──── Você não estava aqui, quem estava era Odin! ──── Thanatos gritava, as trevas agitavam-se ao seu redor.
──── Eles não teriam essa confiança em mim, assim, no trono. ──── Loki astutamente mudou seu tom.
──── E porque será? Você sabe muito bem quem é, Deus da Trapaça. Há todos os motivos para desconfiar de você. ──── Thanatos ergueu um olhar frio e penetrante para o Laufeyson. ──── Entretanto, você está certo. Por mais que me doa concordar, você estava aqui. Mesmo usurpando a figura de Odin.
──── Está vendo? Eu não sou de todo mal. ──── O trapaceiro sorriu, sarcasticamente.
──── Você tem uma chance. ──── Thanatos e Loki estavam próximos. Tão próximos que a morte notou a marca que sua magia deixou no pescoço do Laufeyson. Tão próximos que o trapaceiro presenciou o exato momento em que a escuridão deixou os olhos da morte e deu lugar a belas orbes avelãs. ──── E pode ter certeza que eu estarei aqui no momento que você falhar.
Thanatos se afastou e com um sinal chamou Ayelet. Juntos, eles deixaram a sala do trono.
──── Porque o senhor fez isso? Por que poupar alguém como Loki? ─── Ayelet perguntou enquanto andavam pelos corredores dourados do palácio.
──── Asgard está próxima do fim, Ayelet. Eu senti, logo que chegamos aqui. ──── Thanatos parou de andar por um momento e olhou fundo nos olhos da mulher. ──── E os asgardianos vão precisar de uma figura forte nesse momento. Alguém em quem confiem.
──── Não estou entendendo, senhor. ──── A confusão tomou conta da expressão de Ayelet.
──── Logo você entenderá. ──── Thanatos pôs a mão no ombro dela, tentando confortá-la. ──── Por enquanto, Ayelet, aproveite o lar dos deuses.
· · ─── O Thanatos: Podem questionar meus métodos, mas não meus resultados.
· · ─── Eu reescrevi esse capítulo porque tinha várias coisas nele que não me agradavam, mas eu nunca tinha tempo ou inspiração o suficiente. Agora, reformulei e gostei mais do resultado final.
· · ─── Lembrem-se que o feedback de vocês é muito importante!
· · ─── Enfim, não sei muito o que dizer além de me desculpar pela demora com a atualização, essa é uma promessa e promessa é dívida: Meu foco será as duas, e daqui pra frente, três (ops), histórias da collab Deorum.
· · ─── Espero que a leitura tenha sido boa e me desculpe qualquer erro, não sou profissional, mas eu dou o meu melhor ♡
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro