capitulo 20
NOAH URREA
O dia passou rápido e logo a noite chegou. Passei o dia todo me lembrando de tudo que aconteceu comigo e com Sina, principalmente o quão estranha ela ficou depois disso.
Eu não sabia o que eu sentia por ela, mas não podia negar que ultimamente ela tem sido a pessoa que eu mais penso e isso me assustava. Pelo visto ela tinha se arrependido do que aconteceu entre a gente noite passada, porque hoje ela nem se quer abriu sua janela e ontem ficou estranha de uma hora para outra.
Ela estava se afastando? Bom, talvez seja hora que nós dois seguirmos nossos caminhos e esquecer do que aconteceu, antes que algum sentimento surja.
Saio dos meus pensamentos balançando a cabeça, troco de roupa e saio do banheiro, percebo que estava chovendo do lado de fora. Eu precisava sair e esquecer de tudo, e já sabia exatamente pra onde ir, mas como estava chovendo eu teria que ir de carro.
Termino de me arrumar e saio do quarto. Vejo meu pai no escritório, ele nem sequer olhou pra mim, só continuou vidrado no computador. Eu nem ligo mais pra isso, é sempre assim, ele só me procura quando precisa de alguma coisa, e isso me destruía muito no início, hoje em dia nem me importo mais. Depois da morte da minha mãe, minha família nunca mais foi a mesma.
Passo pela sala e finalmente saio no quintal. Entro no carro e o ligo, hoje Sina Deinert vai sair da minha mente de uma vez por todas.
Ligo o carro e saio da garagem, a chuva estava ficando um pouco mais fraca. Enquanto passava por uma rua que já era bem afastada da minha casa, olho na calçada e percebo que tinha alguém ali deitado no meio de uma chuva. Aumento os faróis e meu coração dispara ao perceber quem estava ali. Abro a porta e desço o mais rápido que pude.
Me ajoelhei ao lado dela e a peguei em meus braços.
- Sina? Sina por favor fala comigo! - digo a olhando.
Nada acontece.
Corro para o carro e a coloco lá. Naquele momento não me importava se ela iria molhar o carro ou nada do tipo, eu só me importava em ver ela bem. Olho para seu pulso esquerdo e percebo que estava sangrando. Ela havia se cortado.
Retiro minha camisa e amarro em seu pulso pra ajudar o sangramento a parar. Ligo o carro e vou direto para o hospital mais próximo dali. Chegando lá, desço rapidamente do carro, abro a porta do lado que ela estava, a pego no colo e corro pra dentro do hospital.
- Ela precisa de ajuda! - falo alto e logo uma médica vem com uma maca.
- Não se preocupe, garoto, iremos cuidar dela - a médica diz e eu a coloco na maca.
A médica não muito velha, começa andar com Sina até uma porta e entra por ela sumindo do meu campo de visão. Um outro médico vem até mim com uma coberta e me entrega.
- Pegue isso, deve estar com frio - ele diz sorrindo - coloque essa camiseta também.
- Muito obrigado - agradeço, visto a camiseta e me enrolo na coberta.
Tentei ligar para os amigos de Sina e para a irmã dela, mas acho que estavam ocupados demais, porque nenhum deles me atendeu.
Não se passou muito tempo até a médica que estava com Sina voltar.
- Você é? - ela pergunta.
- Noah Urrea - respondo.
- Namorado?
- Não, sou apenas um - penso antes de falar - amigo.
- Você salvou a vida dela! - a médica diz - se ela ficasse por mais um minuto na chuva, ela poderia ter pegado uma hipotermia. Sem contar que teria perdido sangue o suficiente pra tirar a sua própria vida, a camisa no pulso ajudou muito. Agora ela está bem, e acordada. Só vai precisar ficar aqui por mais algumas horas para termos certeza de que ela está bem, e só pode sair com o responsável, já que ela ainda é menor de idade.
Tá, mas quem é responsável por ela?
- Eu posso vê-la? - pergunto.
- Pode sim - a médica responde - quarto número dez.
Agradeço á ela e vou para o quarto de Sina. Quando entro vejo ela deitada com os olhos fechados, ela estava completamente seca e cheia de cobertores, quando percebeu minha presença lá, ela abriu os olhos.
- Oi - falo olhando pra ela.
- Oi, Noah - ela responde - a médica me disse.
- Disse o que?
- Que foi você que me trouxe aqui - Sina diz.
- Aa isso - falo - é fui eu.
- Obrigado, eu poderia ter morrido.
- Não precisa me agradecer...Mas, porque fez isso? - pergunto.
- Meus pais voltaram - ela diz e eu franzo o cenho - nunca tive uma relação boa com eles, acabei tendo uma recaída quando os vi de novo.
- Sina...eu sinto muito, não sabia disso - falo.
- Eu mantenho minha vida pessoal em segredo, então você só sabe do que eu te permito saber - ela responde
Toma Urrea.
- E porque me permitiu saber sobre um assunto tão pessoal e delicado seu? - pergunto.
- Porque você me permitiu saber o seu - ela responde.
- Pensei que você não se importasse.
- Eu me importo, Noah, aliás sinto muito pelo que aconteceu com você, eu só não sou boa em demonstrar.
- Tudo bem, sem contar que você não é obrigada a se importar, não é um problema seu. Me desculpe - falo desviando o olhar do dela.
- Noah - ela diz e pega minha mão dando uma risadinha - não se desculpe por algo que você nem sequer fez.
Sorrio para ela e logo ela solta minha mão. Percebi que o celular dela que estava na mesinha ao lado de sua cama, começou a tocar.
- Pega pra mim, por favor? - ela pergunta e eu pego o celular e a entrego.
Ela atende e percebo que estava falando com sua irmã.
- Tá, mande eles virem, sem eles eu não posso ir embora - ela fala parecendo frustada - ok, tchau - diz por fim e desliga o telefone.
- Tudo bem? - pergunto.
- Sim, só Joalin que ligou dizendo que eles estavam preocupados comigo. Expliquei o que aconteceu, não tudo, mas resumidamente. Agora eles vão vir me ver e me buscar.
- Aaa entendi - falo - bom, então acho que essa é minha deixa.
Ela me olha estranho mas entende depois de alguns segundos o que eu quis dizer.
- Tchau, Sininho, se cuida e não faça mais besteiras - falo me aproximando dela - vai dar tudo certo, ok?
- Ok! - ela dá um sorrisinho e eu beijo sua testa - tchau, Noah.
Sorrio para ela e saio do quarto.
Esse final tá mto fof cr, vou chorar.
Não esqueça de seu comentário e sua estrelinha, isso incentiva muito a continuar escrevendo.
xoxo Lah <3
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