𝐂𝐡𝐚𝐩𝐭𝐞𝐫 𝐅𝐨𝐮𝐫𝐭𝐞𝐞𝐧
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A ARMADA DE DUMBLEDORE
POINT OF VIEW
Abigail Givens
— Então, Givens... — Dolores Umbridge ofereceu um olhar desconfiado e irritadiço — Você pretende me responder agora ou quando conseguir formular uma boa desculpa para essa escapadinha na madrugada.
Em outra época um flagrante como aquele teria custado uma suspensão, ou ainda pior, a expulsão de Abigail! Porém como havia pensado, seria a consequência em outra época, naquele momento era professora, e pelos dois meses que lecionava ali, sabia o suficiente sobre a liberdade dos docentes quando não estavam em período de aula; Snape e Caridade Burbage, ambos todos os dias iam para suas casas dormir, já outros optavam por descansar nas estalagens de Hogsmeade.
Abigail deu-lhe o sorriso mais convincente.
— Está fazendo frio e decidi ir até os Três Vassouras tomar um pouco de firewhisky e rever alguns amigos; nossa intimidade e o nível de satisfação que tenho que lhe dar vai só até aí, senhorita inquisidora, se não se incomoda estou cansada e preciso dar aula daqui a algumas horas.
O rosto rechonchudo aquela altura parecia que iria explodir, considerando o tom de vermelho vivo que subia-lhe à cabeça.
— Peço que fique atenta as suas saídas ao anoitecer e a forma como leciona... Não é por que foi indicada por um departamento respeitado do Ministério que será liberada de inspeções e vigias, senhorita Givens, conheço bem suas raízes, sempre fascinados por levantes, e envolvendo-se com aqueles conspiradores do Profeta Diário.
— O Profeta Diário não... Pelo o que eu sei o Ministro reprimiu metade dos jornalistas, e comprou a outra — queria ter engolido a afronta, mas tudo aquilo era demais para fingir uma boa digestão.
Umbridge aquela altura parecia ter algo em sua boca, pois fechava e abria-a diversas vezes, até que colocou o dedo gorducho diante de seu rosto e proferiu trêmula de raiva:
— Ficarei de olho em cada passo seu aqui dentro dessa escola. — ameaçou saindo do quarto a passos curtos e furiosos.
Foi o suficiente para a bruxa desabar sobre o divã e respirar fundo; Havia sido uma noite longa, cheia de emoções, mas ela sentia-se com a sensação de dever cumprido. Margo estava protegida, e mesmo que Horst ou qualquer um descobrisse seu esconderijo, não seria capaz de atravessar o campo de proteção que englobava o chalé, os feitiços de proteção só seriam quebrados pela a própria varinha de Dumbledore, se fossem avaliar o nível de magia que assegurava aquele local. E foi com aquele pensamento que Abigail tranquilizou-se e adormeceu.
「• • •」
O resto do dia passou rapidamente... Tivera aulas com os quartanistas da Sonserina e Corvinal — uma de suas turmas favoritas, e tirou a tarde para ir até a Biblioteca para procurar um livro sobre os gigantes, quando observou o trio aproximar-se da mesa em que estava a preparar sua próxima aula.
Harry, Rony e Hermione acomodaram-se nos assentos e baixaram a cabeça, como se fossem contar um segredo:
— Professora, precisamos conversar — anunciou Hermione em um tom baixo, olhando para os lados.
— Aconteceu alguma coisa? Umbridge fez algo com vocês? — quis saber em um tom de urgência na voz.
— Psiii! — Madame Pince os encarava com sua carranca costumeira, como se pudesse os estuporar ali mesmo devido os cochichos — Professora.
— Desculpe, Madame Pince, já estamos de saída — ponderou amavelmente, juntando livros, pergaminhos e o tinteiro: virou-se para os três bruxos e disse-lhes: — Vamos lá para fora.
Ambos saíram apressados da Biblioteca e foram para uma parte afastada no corredor.
— Aqui ninguém vai nos incomodar... Agora, digam o que aconteceu.
Hermione olhou por cima do ombro, como se checasse algo e enfim disse:
— Temos uma coisa para te contar... Nós, humm... Eu andei conversando com algumas pessoas, se elas se interessariam em ter aulas de Defesa Contra as Artes das Trevas.
Abigail lançou um olhar incrédulo que foi de uma Hermione determinada, para um Rony encolhido, até chegar em Harry, totalmente quieto e com o olhar fixo em suas unhas.
— Abigail, antes que você brigue com a gente, eu preciso dizer que nada que diga vai nos fazer mudar de ideia — dessa vez olhou para Hermione de certa forma assustada com tal frase — ... Com todo respeito. — completou encolhendo os ombros.
— É uma iniciativa muito nobre de vocês, e têm meu apoio, só estou um pouco assustada porque não me contaram antes.
Os três suavizaram suas expressões, e ela pôde notar até Harry alegrar-se um pouco mais.
— Mas ainda sim fico um pouco receosa — acrescentou — Essas reuniões de vocês... Umbridge pode desconfiar de algo; movimentações...
— Ainda não escolhemos um lugar — disse Harry.
— Precisam escolher com cuidado então, um que não chame muito atenção.
Rony deu um estalo na língua.
— Essa é a parte mais complicada. Não temos muitas opções, apenas a Casa dos Gritos ou o Cabeça de Javali.
Abigail balançou a cabeça.
— Já foi muito arriscado fazermos uma reunião de iniciativa lá. Isso vai atrair atenção — disse Hermione.
— Mione, não temos muitas opções, além disso já estamos bastantes atrasados. Uma boa parte dos quintanistas já estão esperando nossa resposta — retorquiu Harry.
Aquela frase não passou despercebida, e Abigail rapidamente a questionou:
— Boa parte?
Harry confirmou com a cabeça.
— No máximo vinte alunos.
— Então terão que pensar com calma e sabiamente. Vinte pessoas na Casa dos Gritos não seria possível por conta do espaço, e no Cabeça de Javali tampouco, se aquele taberna for frequentada por mais de dez pessoas já é motivo de desconfiança.
Harry, Rony e Hermione suspiraram em sintonia, totalmente perdidos.
— Vocês vão conseguir pensar em algo, sei que vão. Tentarei fazer o mesmo.
Aquela era uma iniciativa corajosa do trio. Abigail tinha ideia do terror que Umbridge havia instaurado ali, os alunos comentavam em sua aula sobre a disciplina de DCAT, e quanto o novo formato de ensino estava sendo totalmente falho, considerando que uma guerra estava prestes a eclodir. Estão combatendo o mau com a ignorância e o medo, pensou Abigail.
— Até lá tentem tomar cuidado, e ficar longe de detenções — reiterou com ênfase, e olhando fixamente para Harry.
Abigail observou-o concordar desanimado, quase tristemente, pensou que fosse apenas uma impressão sua. Os professores comentavam sobre o conflito entre Dolores Umbridge e Harry na sala de aula, principalmente McGonagall que era a diretora da casa deste, ela mantinha Abigail informada sobre o afilhado.
— Qualquer coisa falamos com você, Abigail. — Hermione avisou e saiu dali, acompanhada de Harry e Rony, que despediram-se brevemente.
Após a conversa, optara por descansar. E com sorte — se Umbridge não inspecionar mais um vez sua aula, deixará os alunos livres para fazer atividades de outras disciplinas. Abigail sentia-se pela a primeira vez em anos exausta, sua mente trabalhava em meio a um turbilhão de pensamentos.
Retornou à sala de aula e acomodou-se em uma das carteiras, buscando um livro trouxa e lendo-o. Antes de deixar o Condado de Greebryer para trás, fizera questão de buscar a maior quantidade de livros que pudera, não existia outro lugar com o maior acervo de livros do mundo bruxo, pensou nostalgicamente.
Passos apressados surgiram atrás de si, e ela virou-se para ver quem estava ali.
A figura de Harry, lutando para respirar de uma corrida surgiu na porta:
— Querido! O que aconteceu? — aproximou-se do mesmo e puxou-o para sentar em uma das carteiras.
— Mural...da... Grifinória...Um aviso — respirou fundo — Todos os grupos que a direção não tem conhecimento precisam ser desfeitos... — Harry a olhou intenso — Abigail, ela sabe!
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Nota da autora
Comuniquei que não postaria capítulo hoje pq estava um pouco insegura com este... Mas mudei de ideia, espero que gostem, ele é pouco parado e tal, é mais para atualizá-los dos acontecimentos.
Lembrando que a votação para o capítulo bônus está rolando ainda no capítulo anterior, a votação encerra no dia 15.
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