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Capítulo 6


       Jade Evans

Atualmente|Los Angeles ,Março de 2024.

—Charlotte, você não pode ficar sem comer só porque acha que está gorda. — Digo, vendo-a desviar o olhar e mexer os dedos em movimentos repetidos. — Você é muito nova para pensar nisso; quando eu tinha a sua idade, eu comia de tudo e era até gordinha. Você não chega nem aos pés de estar gorda.

—Mas você diz isso agora, você é magra e bonita. — Charlotte novamente olha para mim.

 
—Estou dizendo isso porque é verdade. Você só tem 9 anos e eu tenho 25. Não pode comparar a mim. — Levanto-me da cadeira e caminho até ela, sentando-me ao seu lado no sofá e segurando sua mão.

—Mas eu quero emagrecer. Quero voltar a usar meu vestido favorito; ele não entra mais.

—Posso te contar uma coisa? — Olho em seus olhos e ela concorda com a cabeça. — Sabia que quando uma roupa não nos serve mais, significa que ela quer que você escolha outra favorita? Seu vestido deve estar pensando: “Nossa, eu vou encolher para que ela possa fazer novas escolhas e achar um novo favorito”. — vejo um sorriso e eu seguro suas mãos com mais força.

 
—Então eu devo escolher um novo? —  Perguntou e os seus olhinhos me encaram.

 
—Sim, você deve escolher um novo! Por que não chama sua mãe para comprar um bem bonito? Você vai ficar linda.

Seu rostinho pequeno se ilumina quando digo falo isso.

 
—Certo, eu vou fazer isso quando for embora. — Dei um sorriso e me levanto.

—Vem cá. — A puxo, colocando-a na frente do espelho. — O que você mais gosta em você?

 
—O meu cabelo.

—Só o seu cabelo? Mas você é toda linda! Como pode ser só o cabelo?

—Você não acha que eu deveria emagrecer?

—Charlotte, você é magra; apenas cresceu e precisa trocar de medidas. Você vai ver que isso se torna legal. Você está crescendo, isso é normal. — Aperto suas bochechas através do espelho.

—Eu vou falar para minha mãe e iremos comprar novas roupas. — Ela dá um sorriso tímido.

—Isso, estou orgulhosa; você é tão esperta. — Seguro seus ombros de forma carinhosa enquanto ela se olha no espelho.

—A sessão já está acabando, não é? — Faço que sim com a cabeça.

—Obrigada, Jade.

—Imagina, só estou te falando a verdade. Na próxima, quero ver você com seu novo vestido favorito.

Charlotte sorri, concordando, e caminha até a porta, abrindo-a.

—Até a próxima, Jade.

Faço um tchauzinho com a mão e ela fecha a porta.

 
Me sento na minha cadeira novamente e digito algumas coisas na ficha dela. Acho que estamos progredindo. Relaxo meus ombros, pego minha garrafa de água e dou um gole.

Vejo minha secretária entrar na minha sala com mais uma prancheta na mão.

—Jade, o investigador Duarte passou aqui mais cedo e deixou uma ficha de um homem que ele disse que precisa que você faça uma avaliação psicológica criminal. — Ela se põe ao meu lado e me entrega a prancheta. Eu olho o nome do homem.

            Zayn Castelli Paganini

Avaliação psicológica criminal, suspeito de presenciar homicídio e alega não se lembrar de nada, mesmo estando próximo ao local do crime e tendo envolvimento com outros suspeitos. Solicitamos uma avaliação psicológica e uma hipnoterapia.

—Certo, farei a avaliação, mas a hipnoterapia... Fale para o investigador que ele deve procurar o Dr. Montis. — Aviso a Eva e ela concorda.
 

—Posso agendar hoje às 16h? Você tem esse horário livre.

 
—Claro.

Ela anota algo no tablet em suas mãos e caminha para fora da minha sala. Olho em meu relógio e, ao ver as horas, dou um sorriso, percebendo que está na hora do almoço. Tiro meu jaleco, penduro-o, me olho no espelho e arrumo minha calça. Pego a bolsa e meu celular e saio.

—Bom almoço, Eva.

Digo, chamando o elevador, e ouço ela dizer “Para você também.”

                       ✦✧✦✧

Depois do almoço, não parei um minuto. Atendi mais três pessoas e descobri que, após as 17h, não tenho mais pacientes, ou seja, poderei ir embora mais cedo. Isso me lembra que tenho que fazer compras; Ayla disse que hoje é a minha vez. Não podemos passar mais um dia comendo miojo porque isso vai contra as regras dela, sendo médica. Moro com minha melhor amiga há 3 anos; ela trabalha em um hospital no centro de Los Angeles como clínica geral. Anoto a lista de compras em minha agenda, acho bem mais prático do que ficar olhando no celular.

Ouço batidas na porta; deve ser o investigador.

—Entre.

Digo alto, mantendo o olhar na minha lista de compras e anotando os produtos de limpeza. Ouço a porta abrir e fechar lentamente.

—Boa tarde, doutora. — Paro por um momento de escrever; essa voz não me é estranha, é familiar.

—Boa tarde. — Falo, subindo o olhar e me surpreendendo ao ver Kairós. Olho para a ficha e depois para ele, que também parece surpreso. — Kairós?

—Brenda? — Ele me olha confuso, vai até a porta, abre e vê meu nome na porta. — Na verdade, acho que é Jade.

 
—E o seu seria Zayn? — Confirmo, olhando novamente para a ficha.
 
—Sim, Kairós foi o nome que escolhi para você. — Zayn me encara de cima a baixo. — Mas acho que tivemos a mesma ideia, Brenda...

—Não passaria meu nome a um desconhecido, mas eu deveria ter me tocado; o sobrenome é o mesmo.

—Desconhecido? Achei que fôssemos íntimos de tanto que fiquei no meio das suas pernas. —  Diz ao se sentar no meu sofá.

—Não vem com essa, você também mentiu seu nome. — Desviei o olhar dele e abro uma página para começar o atendimento. — Mas isso não vem ao caso; podemos começar, Zayn?

—Claro, embora esteja muito curioso sobre o que andou fazendo nesses últimos anos. — Sinto ele me analisando e me ajeito na cadeira.

—Acho que não é muito da sua conta; vamos começar? — Pergunto e olho para a tela do computador, vendo que recebi um e-mail novo.

           📩 Ficha Psicológica
 

Abro o e-mail e vejo a ficha do antigo psicólogo do Zayn.
 

—Seu antigo psicólogo, Peterson, enviou por e-mail sua ficha psicológica. Você parece gostar de estar no controle. — Olho para ele e vejo ergue um pouco a cabeça.

 
—Ora, Angelo, eu gostava muito de te amarrar; acho que você sabe muito bem como eu gosto de estar no controle.

Dou um sorriso falso para ele; como esse descarado consegue dizer isso com tanta naturalidade?

—Eu gostaria que você mantivesse o profissionalismo; estamos em uma consulta onde preciso te avaliar por ser suspeito de um crime, não em uma conversa entre amigos. — Zayn se levantar rapidamente.

 
—Suspeito de um crime? Pelo que eu sei, vim fazer uma avaliação para hipnose, não um interrogatório onde sou suspeito. Acho que está resolvido que eu não tenho nada a ver com isso. — Diz, caminhando até a porta, e eu me levanto.

—Espera, realmente é uma avaliação, não um interrogatório.

—Não é o que está parecendo, doutora. — Sua voz sai desconfiada, mas pelo menos ele não saiu.

—Peço desculpas pelo mal-entendido; é somente uma avaliação. Poderia se sentar, por favor? — Sou simpática e dou um sorriso, tentando amenizar a situação.

—Eu não quero isso; não sei se me sinto confortável com esse tipo de situação. Não me agrada saber que você está com a ficha do meu psicólogo. Isso não é uma avaliação de hipnose? Por que precisa saber de tudo na minha vida? — Rosnou olhando-me com os olhos semicerrados.

—Sei que deve ser muito desconfortável para você, mas se coloque no lugar da vítima; aposto que ele faria o mesmo por você. E eu não tenho a ficha da sua vida; só informações básicas e perguntas que você responderia até mesmo a um desconhecido. — Digo, calma, e volto a me sentar.

Vejo ele respirar fundo e, em seguida, se sentar.

—Só vai logo, tenho que trabalhar ainda hoje; sou um homem ocupado.

 
—Certo, não vai demorar. — Dou um sorriso, que alívio, essa foi por pouco. — Você pode me dizer em detalhes o que houve naquela noite?

 
—Claro, naquela noite saí com meus amigos para beber e fomos a essa boate. Eu acabei encontrando uma mulher que estava procurando havia algum tempo, pois eu a havia visto outra vez naquela boate. Decidi chamá-la para a área VIP, começamos a conversar, beber e ficamos por ali. Então, quando eu estava fazendo um body shot nela, ouvimos uma gritaria e começaram a dizer que havia um homem morto na sala VIP ao lado. Então, um amigo meu veio e disse: “sai correndo que mataram alguém aqui”. Então, eu peguei a mão da mulher e saímos correndo dali.

Suspiro e leio o que estava na ficha que o investigador me deu sobre ele; tudo o que ele disse agora bate certinho com o que está descrito.

—Certo; você conseguiu que a mulher com quem saiu e seus amigos confirmassem a história? — Pergunto, observando suas expressões.

—Sim, porém eles não levaram a sério por ser latina; acharam que eu a paguei para mentir, mesmo não tendo nenhum histórico bancário.

Vejo que ele parece estar falando a verdade, mas não confio muito. Mas quem sou eu para julgar?

—Entendo; isso é complicado. Esse país realmente tem muitos preconceitos. — Começo a digitar no computador a conclusão. — Certo, acabamos por aqui. Obrigada pela paciência e compreensão; você está liberado.

Dou um sorriso para ele em agradecimento.

—Ótimo; foi bom te reencontrar, Jade, apesar das circunstâncias. — Zayn meu nome um pouco arrastado pelo sotaque e se levanta novamente.

—Digo o mesmo, Zayn. — Checo o horário em meu celular; isso acabou antes do esperado.

—Você está livre agora? Gostaria de tomar um café? Poderíamos conversar como amigos; eu realmente quero saber o que aconteceu nesses últimos anos. — Se aproxima um pouco mais.

—Pode ser uma próxima? Tenho algumas coisas para resolver.

—Claro, tudo no seu tempo. Poderia me acompanhar até a porta? — Faço que sim com a cabeça, me levanto e desço a saia lápis que eu usava um pouco mais.

O vejo me encarar de cima a baixo e dá espaço para que eu passe na sua frente. Caminho à frente dele e sinto seu olhar queimando em minhas costas. Abro a porta e seguro a maçaneta.

—Bom, até qualquer dia então. — Dou um sorriso assim que ele para ao meu lado. O vejo sorrir e se inclinar, o que faz nossos rostos ficarem bem próximos. Ele me dá um beijo perto da minha boca e olha nos meus olhos, dando outro beijo do outro lado.

— Estou ansioso pela próxima vez que irei te ver. — Sua boca fica tão perto da minha que sinto o gosto de menta do seu cigarro na minha boca. Ele sorriu e se endireitou, ficando reto. Havia me esquecido de como ele é alto; mesmo com meus saltos, ele ainda fica bem mais alto do que eu. 

Zayn me olha, dando um último sorriso, e sai dali.

Fecho a porta e solto o ar que nem mesma sabia que estava prendendo. Me encosto na porta e mordo o lábio inferior.

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