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Capítulo 12

Jade Evans

Atualmente| Los Angeles.

—Madelaine. Como você está se sentindo hoje? —perguntei, observando sua postura tensa, mas percebendo a faísca de algo que parecia mais que simples desconforto.

— Como eu me sinto? —ela riu de forma amarga, mas com uma ponta de arrogância. — Bem, vamos dizer que sobreviver não é o mesmo que viver. Há momentos em que me sinto... invencível, e, em outros, é como se estivesse sendo sufocada por algo tão patético quanto a mediocridade de quem tenta me entender.

—Quando você diz “sufocada”, pode me explicar melhor? —incentivei, mantendo meu tom acolhedor, embora já sentisse a intensidade crescente de sua presença. A ruiva à minha frente é um pouco difícil de lidar às vezes; Madelaine é diagnosticada com dupla personalidade e obsessão.

—Claro que você quer saber —ela retrucou com um sorriso frio. — É ela, sabe? Essa parte de mim, que não aceita ser ignorada. A que odeia ser questionada, porque, vamos ser sinceras, quem ousaria me questionar? Ela está sempre lá, na minha cabeça, como uma sombra... Ou talvez como a única luz verdadeira que ilumina quem eu realmente sou. E ela não gosta quando eu falo sobre isso, porque sabe que ninguém jamais entenderia.

Madelaine cruzou as pernas e ajeitou a postura, transmitindo superioridade, e eu novamente tentei transmitir minha forma calma.

—Poderia me contar mais sobre essa “outra parte” de você? —perguntei com cuidado, tentando quebrar a parede de autossuficiência que ela erguia ao redor de si.

De repente, sua expressão se fechou, com os olhos semicerrados.

—Por que você quer saber tanto? O que acha que vai conseguir? Não é da sua conta! — A voz dela era afiada como uma lâmina, e eu sabia que estava testando os limites.

—Eu estou aqui para ajudar, Madelaine —mantive a calma, recusando-me a recuar diante de sua agressividade. —E quero entender o que você está sentindo, não por curiosidade, mas porque acredito que você merece ser compreendida.

Ela arqueou uma sobrancelha, desdenhosa.

—Desculpe? —Sua voz escorria sarcasmo. —Quem você acha que é para entender? Ninguém nunca entende. Ela se irrita, sabe? Quando eu tento falar sobre ela. Porque ela é... perfeita. Ela sabe o que eu deveria ser. E se eu não sou aquilo que ela quer, bem, ela simplesmente se torna... inaceitável.

Senti que estávamos nos aproximando do cerne do problema e continuei com cautela.

—E o que acontece quando ela assume o controle?

Madelaine sorriu, mas desta vez havia algo vulnerável por trás da confiança.

—Eu deixo. Porque, no fundo, eu sei que ela tem razão. Por que lutar contra algo que é inevitável? Ela é a versão mais... pura de quem eu sou. Mais forte, mais bonita, mais... tudo. E a verdade é que, sem ela, eu não sei se há algo em mim que valha a pena.

—Você sente que não tem escolha a não ser obedecer? —perguntei suavemente, mas ela revirou os olhos escuros.

— Escolha? —ela riu, uma risada dura e amarga. —Não seja ingênua. Escolhas são para pessoas fracas, que não sabem o que querem. Eu sei o que quero. Quero poder, quero controle, e quero que o mundo se curve diante de mim. E ela é a única que entende isso, a única que pode me dar isso.

— O que você gostaria que acontecesse, Madelaine? — perguntei com sinceridade. — Se pudesse ter o controle, como seria?

Ela olhou para mim, os olhos brilhando com uma intensidade que quase me fez recuar.

—Eu não quero que ela pare. Eu quero que ela seja silenciada quando eu quiser, mas só quando eu quiser. Porque, no final das contas, eu sou quem manda, não ela. E, ao mesmo tempo, talvez... talvez eu seja apenas um reflexo dela. E isso, doutora, é o que me faz sentir que talvez eu seja mais do que qualquer pessoa jamais entenderá.

—Vamos descobrir juntas, Madelaine —falei, sabendo que a batalha dela seria longa e cheia de reviravoltas. — Encontrar um equilíbrio para que você não precise mais lutar.

Ela riu novamente, desta vez mais suavemente, mas sem perder a mordacidade.

—Boa sorte. Espero que esteja pronta para o desafio, porque eu não sou alguém que você possa salvar facilmente. Ninguém nunca aguenta. Mas talvez você seja diferente... veremos.

Olhei para o relógio da minha mesa e sorri para ela.

— Nossa sessão acabou, Madelaine.

Ela parece contente, um sorriso brota em seus lábios vermelhos. Ela era uma mulher muito bonita, alta, com os cabelos curtos e ruivos, que destacavam sua pele clara. Mas seus olhos escuros, às vezes, fazem qualquer um correr.

—Certo, Jade, até uma próxima.

Ela se levanta do sofá e caminha em direção à porta, e eu a acompanho. Assim que ela abre a porta, vejo uma mulher que estava prestes a bater. Vestida com uma calça e blusa pretas e um par de saltos. Quem era ela?

—Você é Jade Evans? — perguntou a mulher, com um tom cortante que não deixava espaço para dúvidas. Seus traços asiáticos eram marcantes, e seus olhos estreitos observavam Madelaine com uma intensidade que parecia atravessar sua alma.

— Sou eu. — respondi, posicionando-me ao lado de Madelaine e lançando um olhar curioso para a mulher.

— Quero todos os arquivos psicológicos sobre Zayn Paganini — afirmou a Agente Kim, sua voz firme como aço, sem um pingo de hesitação.

— E quem é você? — indaguei, cruzando os braços, uma barreira que refletia minha desconfiança.

— FBI. Agente Kim — ela se apresentou, um nome que ressoava com autoridade, enquanto erguia o distintivo.

— Ok — respondi, reconhecendo a gravidade da situação. — Irei pegar.

Enquanto me afastava para buscar os documentos, a tensão no ar era palpável. O olhar da Agente Kim parecia penetrar as paredes do meu consultório.

— E lembre-se — ela continuou, sua voz agora mais baixa, mas repleta de uma ameaça velada — qualquer assunto sobre Zayn Paganini que sair de sua boca e eu ficar sabendo, pode ter certeza de que fecharei essa sua espelunca. E você não exercerá sua profissão em lugar nenhum.

O impacto de suas palavras pairou no ar. O peso do seu aviso ecoava em minha mente, enquanto buscava os arquivos; um frio na espinha me lembrava que estava me metendo em um território perigoso.

Entreguei todas as informações que o Investigador Duarte havia me passado, junto com o histórico psicológico de Zayn, que revela um padrão de comportamento preocupante e uma infância marcada por traumas. Senti um frio na espinha ao pensar nas implicações disso.

Sem mais delongas, a Agente Kim, com um gesto rápido, saiu do consultório, sua figura tornando-se um vulto na porta. Madelaine me observava atentamente, seu olhar penetrante tentando desvendar o que se passava em minha mente, antes de também se retirar do ambiente, deixando um rastro de inquietação no ar.

Fechei a porta do escritório com um suspiro, a sensação de alívio misturada com um peso nos ombros. Sentei-me na minha cadeira, os pensamentos girando como um turbilhão. A sala, geralmente um espaço de acolhimento, parecia mais claustrofóbica agora, as paredes quase se fechando sobre mim.

— Pelo menos aquele maluco não vai me atormentar aqui novamente — murmurei para mim mesma, tentando afastar a ansiedade. O silêncio da sala é reconfortante, mas a lembrança de Zayn e suas manipulações ainda ecoam em minha mente. Sinto que a batalha está longe de acabar.

                          ✦✧✦✧

Me jogo no sofá, sentindo o acolhimento do estofado após um dia exaustivo. Havia algumas horas que saí do consultório; por sorte, hoje eu só tive dois pacientes, o que me permitiu voltar mais cedo para casa. O peso das conversas e das emoções compartilhadas durante o dia finalmente começa a se dissipar. Tomei um longo banho gelado, deixando a água levar embora a tensão acumulada. Coloquei um short curto branco e uma blusa curta roxa. E agora estou aqui, pronta para me perder nas minhas séries favoritas, um pequeno refúgio que sempre me traz conforto e distração.

Enquanto me ajeito no sofá, lembro que Anna havia me contado sobre uma nova proposta de emprego que apareceu para ela como jornalista. Ela estava tão animada que, assim que cheguei, correu para a entrevista, os olhos brilhando com a expectativa de conseguir um emprego.

Do outro lado do apartamento, Ayla está em seu quarto, terminando de se arrumar para o plantão. A porta entreaberta revela um vislumbre do seu estilo e da sua personalidade vibrante, enquanto ela se move com agilidade entre roupas e acessórios. Ela ficou furiosa quando soube que eu aceitei sair com o Investigador Duarte. A expressão dela foi impagável — uma mistura de preocupação e reprovação que me fez rir, mas eu sabia que tinha suas razões. O que eu realmente precisava era tirar aquele infeliz da minha cabeça e, sem nem perceber, acabei aceitando o convite.

Porém, o encontro foi um verdadeiro desastre. Duarte não é nenhum pouco meu tipo; ele é o típico policial que acha que nenhum caso é impossível de resolver se ele estiver à frente. Mas, por alguma razão, ele esquece que, às vezes, é um pouco burro, e isso me deixou frustrada. A conversa parecia mais uma apresentação de PowerPoint do que um encontro, e a química que eu esperava simplesmente não existia.

Esticando minhas pernas no sofá, pego meu celular, decidida a me recompensar com um lanche delicioso. Meus dedos deslizam pela tela enquanto escolho algo que satisfaça minha fome hoje. Preciso disso.

— Estou indo, se cuida — Ayla diz, passando pela sala, seus passos leves ecoando suavemente no chão de madeira. Ela dá uma última olhada para o espelho na entrada, ajustando uma mecha de cabelo antes de abrir a porta.

— Ok, gata. Talvez eu saia mais tarde — respondo, observando-a com um sorriso no rosto. Ela concorda, um brilho nos olhos enquanto abre a porta.

— A casa vai ser só minha! Ui!

Ayla ri, a animação dela quase contagiante, enquanto a luz do sol ilumina seu rosto.

— Aproveite! Mas não se esqueça de regar as plantas, viu?

— Pode deixar, sou uma responsável — respondo, piscando para ela. Assim que a porta se fecha, um silêncio envolve a casa. Sinto um misto de liberdade e solidão.

O interfone tocou na metade da minha série, interrompendo a única coisa que me mantém distraída. Deve ser minha comida, mas uma inquietação se instala no fundo da minha mente, como um presságio de algo terrível. Com um suspiro ansioso, digo ao porteiro que pode deixar o entregador subir e corro para o meu quarto, apressada para pegar meu cartão de crédito.

Ouço a campainha tocar e me dirijo até a porta, sentindo uma mistura de ansiedade e expectativa. Ao abrir, sou imediatamente envolvida por uma sensação de estranheza. Zayn está ali, um sorriso torto e sinistro nos lábios, seu olhar penetrante me examinando como se estivesse prestes a devorar minha alma.

— Olá, Anjo, sentiu saudades? — sua voz é rouca, como se saísse de um pesadelo. Um frio percorre minha espinha enquanto percebo a escuridão em seus olhos, um abismo que me atrai e me assusta ao mesmo tempo.

Segurando a maçaneta com força, minha vontade é fechar a porta e me trancar, mas ele é mais rápido. Com um movimento brusco, Zayn empurra a porta, sua presença dominadora me fazendo recuar. O coração dispara; sinto que estou prestes a ser engolida por uma tempestade.

— Porra, — falo em voz alta enquanto uma onda de desespero começa a se formar no meu estômago.

— Jade... — ele murmura meu nome como se fosse uma canção macabra, e meu corpo estremece com a intensidade do momento. A atmosfera ao nosso redor parece mudar, tornando-se densa e sufocante.

Zayn avança, seus dedos firmes e implacáveis envolvendo meus braços. Ele me puxa para mais perto, e a realidade se distorce ao meu redor. Antes que eu possa reagir, sinto um pano sendo pressionado contra minha boca, e o mundo se desmorona ao meu redor.

— Shhh… — sua voz é um sussurro ameaçador, e, em um instante, minha visão começa a turvar. O desespero cresce dentro de mim, mas é como se uma força invisível estivesse drenando minha resistência.


O último pensamento que consigo formular antes de perder a consciência é que, mesmo na escuridão, eu sabia que ele estava vindo, e agora não havia como escapar

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