𝖢𝖧𝖠𝖯𝖳𝖤𝖱 𝖲𝖤𝖵𝖤𝖭 ┋ Último dia do verão

𝗗𝗢𝗥𝗠𝗜 𝗡𝗢 acampamento àquela noite. Tentei me confortar no frio que fazia lá ao lado de fora sem ser protegida por paredes super grossas de madeira ou quaisquer que sejam os materiais usados para construir aquela casa.

Carol não conseguia dormir por nada — percebi isso quando acordei no meio da noite, e ela ainda estava penteando meu cabelo com o meio dos dedos. Senti a ponta do dedo frio dela tocar minha nuca sem querer, e arrepiei. As mãos de Carol raramente estavam frias, imaginei que a noite fosse a culpada pela temperatura de seu corpo.

Pela manhã, todos nós estávamos sentados em volta da fogueira, comendo algo que Daryl caçou no dia anterior. Espiei por cima do trailer de Dale, me emergindo na cor das folhas das árvores. O inverno estava chegando e eu odiava aquilo. Nunca fui a maior fã do inverno, sempre preferi o outono, ou até mesmo o verão. Mas o inverno, não.

Eu odiava minha aparência no inverno. Minha pele, que já era pálida como a de um vampiro, se tornava mais ainda — ficava como um fantasma perambulando por aí com muitas camadas de roupa —. A única coisa que me salvava naquela estação do ano eram as minhas bochechas, que, por mais que eu estivesse quase transparente, o tom rosado destacava meu rosto.

Chacoalhei minha cabeça, fazendo-me voltar a realidade. Levei a carne que estava em meu prato à boca, mordiscando um pedaço pequeno dela. Carl, que estava ao meu lado, fazia o mesmo.

Pisando sobre as folhas secas no chão, Glenn aproximava-se mais de todos nós. Seus dedos compridos e magrelos tocavam o tecido jeans de sua calça, a fim de diminuir o nervosismo que sentia. Que ele estava nervoso — ansioso, talvez — era óbvio, mas o que não era óbvio era o motivo.

━━━ Uhm… pessoal ━━ Finalmente, pensei. Ele finalmente moveu sua boca, deixando palavras saírem dela.

Eu o observei por aqueles curtos segundos — que pareceram décadas —, abrindo e fechando a boca, planejando o que dizer. Quis entrar no cérebro dele e desembuchar tudo de uma vez, já que ele estava demorando demais para fazê-lo.

━━━ Então… ━━ ele continuou, mas ninguém parecia muito interessado. Eu estava. ━━━ O celeiro está cheio de zumbis.

Mas o que? gritei dentro da cabeça, pois ao lado de fora, meus olhos se arregalaram com tanta força que jurei que iriam pular para fora. O garfo que usava parou em meio ao caminho da boca, não querendo acreditar no que ele dizia. Parte de mim achou que fosse lorota, mas então pensei "Glenn nunca brincaria com isso" e foi aí que comecei a me desesperar.

Andrea, que não parecia nem um pouco interessada no que Glenn tinha a dizer, ergueu a cabeça e olhou para o asiático por cima do ombro. Seus olhos estavam tão arregalados quanto os meus.

E lá estávamos nós: em frente à muitas estacas de madeira que, juntas, se transformam em um celeiro. Shane espiava por uma das brechas entre as estacas, confirmando se a frase de Glenn era verdadeira. Ao ver o homem vibrando para trás, assustando-se, tive a certeza de que Rhee estava certo. Haviam zumbis no celeiro.

A discussão que, primeiramente, começou com a dúvida sobre o que fariam em relação aos fedorentos, acabou com Daryl e Shane prontos para avançarem um no outro por terem opiniões opostas sobre a situação de Sophia.

Estremeci ao ouvir o estrondo das portas do celeiro baterem uma na outra. Os zumbis, por mais que não pensassem muito bem, não eram surdos e com certeza ouviram os gritos da voz irritante de Shane. Os fedorentos se debatiam contra as portas, causando um barulho contínuo e ritmizado, como se tivessem ensaiado.

Eu sabia — torcia — que os fedorentos não sairiam dali de dentro, mas o medo ainda me consumia. Afinal, quem gostaria de ver um bando de mortos andando ao seu encontro com apenas dois objetivos: fazer um banquete da sua pele e refrescar-se com seu sangue. É… eu passo.

· · • • • ✤ • • • · ·

Sentados em uma das mesinhas que colocamos próximas as cabanas, eu e Carl rabiscávamos em nossos cadernos. Ele fazia algum exercício de matemática e, pela expressão que assumia, não estava se saindo muito bem.

Achei engraçado como o nariz dele se contorceu enquanto levava a borracha da ponta do lápis amarelo à boca e, assim que percebeu a borracha na boca, tirou o objeto de lá rapidamente. Acredite, isso aconteceu mais que uma vez.

Eu apenas fazia o que sempre fazia: escrevia sobre algo. Desta vez, o assunto foi Lily. Escrevi um poema sobre os cabelos vermelhos dela. Desde que a conheci, tudo que eu mais admirava nela eram os cabelos compridos e ruivos.

Estava pensando em Lily. Me peguei emersa nos pensamentos que lembravam-me de que não havia a visto naquela manhã. Imaginei que estivesse ajudando Beth a limpar o quarto ou alguma coisa daquelas.

━━━ Você acha que a Sophia está morta? ━━ perguntou Carl, rapidamente.

Não sei o que esperava, mas definitivamente não era aquilo. Na verdade, eu não esperava nada. Estava confortável com o silêncio que pairava entre nós, apenas ouvindo o canto dos pássaros.

━━━ Ahm… ━━ murmurei. Tentava formar uma resposta que fosse boa. A resposta que ele queria ouvir. ━━━ Não. Claro que não. ━━ menti.

Pude ver que ele acreditou na minha frase. Aquilo me deixou mais culpada. Ele não pareceu perceber minha voz apertada e coberta de incerteza.

━━━ Acho que…

Escuro. Tudo que pude ver a minha frente era escuridão. Dedos macios e compridos cobriam meus olhos. Não esperei para descobrir quem era, e rapidamente me virei de costas para Carl, tirando as mãos dos meus olhos. Lily. Aquela maldita ruiva.

Minha boca se abriu pedante, pronta para protestar contra ela. Lily levou o dedo indicador à boca, fazendo um sinal para que eu não dissesse uma palavra sequer. Seu rosto estava solene, o que me preocupou um pouco.

━━━ Venham. ━━ ordenou em um sussurro.

Carl não pensou duas vezes antes de largar o lápis sobre o caderno e saltar do banco. Algo quente e incômodo pontou meu peito ao ver a rapidez com que Grimes estava disposto a ficar com Lily.

Senti a mão macia de Lily segurar a minha. Ela me puxou com tanta força que senti que havia deslocado o ombro. Eu corria atrás dela, Carl corria ao meu lado. Sentia o vento bater no meu rosto juntamente ao cabelo comprido de Lily. Fiquei com medo de tropeçar, mas não me importei, apenas a segui.

━━━ Onde estamos indo, Lilyane? ━━ falei, assim que estávamos longe o suficiente para os adultos não nos escutarem.

Soltei minha mão da ruiva, a levando a testa. Sequei a pequena gota de suor que descia por ela, passando a mão pela camisa depois. Parei por um segundo para observar o local que estávamos.

Estava cara a cara da melhor imagem que já havia visto em anos. A grama era tão verde que jurava que tinha sido pintada por tinta, tipo aquelas que usava para fazer trabalhos bobos da escola.

Mais à frente, o campo vasto engolia o horizonte. Não conseguia ver o que havia adiante dele, e nem queria. Aquilo era o suficiente.

O sol batia contra as folhas das árvores, intensamente, fazendo-me pensar se estava dentro de um conto de fadas onde eu era uma camponesa que saira para explorar a redondeza.

Foi aí que retornei a realidade. Retornei ao que realmente estava acontecendo: zumbis dentro do celeiro enquanto eu estava dando um passeio como se não estivesse prestes a ser devorada por mortos fedorentos.

━━━ Lily, o que estamos fazendo aqui? ━━ perguntei, sentindo o medo crescendo no estômago. Lily "não me ouviu" e continuou andando. ━━━ Lily! ━━ insisti.

━━━ Relaxa. Não é perigoso. ━━ ela respondeu, abrindo uma portinhola de madeira. Seguiu adiante, deixando que nós a seguissemos.

━━━ Você tem certeza? E se acabarmos igual Sophia? Digo… perdidos na floresta. ━━ disse Carl, olhando para trás por cima do ombro. Seu chapéu caiu minimamente para o lado, mas eu percebi. Eu sempre percebia.

━━━ Relaxa você, também, Cowboy. ━━ com uma risada, Lily olhou para nós por cima do ombro e parou no meio do caminho. Esperava que nós a alcançassemos.

Sentindo os pulmões contraírem e relaxarem, parei ao lado de Lily, arquejando. A vi com os olhos fechados, assumindo uma expressão plácida em seu rosto delicado. A luz do sol batia contra as bochechas dela, as deixando ruborizadas com rapidez.

Carl nos alcançou logo depois. Nós dois nos entreolhamos, esperando que Lily dissesse algo. Qualquer coisa.

━━━ Vocês sabem que hoje é o último dia do verão, não sabem? ━━ ela abriu os olhos lentamente, abaixando um pouco a cabeça devido a luz do sol.

━━━ Sim ━━ afirmei. Meu olhar caiu sobre Carl, esperando que ele respondesse também.

━━━ Nã… Sim ━━ Carl atropelou as palavras, curvando o canto do lábio em um sorriso sem graça.

━━━ Ótimo. ━━ seus lábios assumiram um sorriso radiante. Os olhos esverdeados, que estavam mais verdes com a luz do sol, dividiam a atenção entre Carl e eu. ━━━ Nós vamos aproveitar o último dia com vontade!

━━━ Lily, aqui é perigoso ━━ insisti, olhando para trás com receio. Sentia que a qualquer momento um fedorento poderia vir e acabar com tudo.

━━━ Não, não é. ━━ falou ela, colocando-se em frente a nós. A ruiva começou a dar passos para trás e pude ver a luz dourada do sol refletir atrás dela. Estou no céu, falei para mim mesma, mentalmente. ━━━ Eu vinha aqui antes mesmo de vocês chegarem aos meus aposentos.

━━━ O que exatamente seria "aqui"? ━━ Carl questionou, dando um peteleco na ponta do chapéu. O acessório saiu do campo de visão dele enquanto o garoto caminhava na direção de Lily.

━━━ Calma. Nem chegamos ainda. ━━ a ruiva deu as costas novamente, deixando que nós a seguissemos.

Os cabelos ondulados e vermelhos de Lily pulsavam conforme ela pulava os galhos no meio do caminho. A camisa comprida e cinza que vestia voava para o lado contrário, enlaçando a cintura dela. Ela era tão… livre.

Descemos uma lacônica ladeira. Parei para observar cada detalhe dela, enquanto Lily nos guiava o caminho. Carl e eu nos olhamos por um segundo. Um segundo e foi o suficiente para meu peito crescer em ansiedade e animação.

━━━ E… ━━ Lily deu alguns passos ligeiros, a fim de chegar ao local antes de nós dois ━━━ Chegamos! ━━ ela ergueu os braços para cima, deixando sua animação nos contagiar.

━━━ Maneiro! ━━ Carl exclamou. Vi os olhos azuis dele brilharem.

━━━ Uau… ━━ disse, encantada. Hipnotizada.

Se eu achava que aquele caminho era o que me faria achar que estava em um conto de fadas, é porque não tinha visto o pequeno lago que me esperava.

A água verde-água do lago parecia que estava me convidando a entrar. Duas borboletas sobrevoavam um fino galho de uma árvore que estava prestes a tocar a água brilhante; uma borboleta era laranja com algumas manchinhas pretas e a outra era branca, quase invisível.

Me aproximei do lago, observando cada mínimo detalhe dele.

Me senti no paraíso. Tinha certeza que Carl sentiu-se da mesma forma, pois estava agachado na margem do lago. Sua mão ia lentamente ao encontro da água. De repente, meu peito se encheu de ar e uma gargalhada saiu por meus lábios.

Lily havia o empurrado para a água. Quando ele voltou a superfície, vi os fios de cabelo escuros escorrendo em sua testa e ri mais ainda. Fazia muito tempo desde que eu não ria daquele jeito.

Mas meu riso durou pouco. Droga.

Senti a água gelada e congelante na nuca. Meus cabelos molharam com rapidez, flutuando debaixo d'água. Estava completamente submersa.

Eu teria ficado irritada, mas, naquele momento… eu juro… nós éramos infinitos.

Retornei a superfície, sentindo o vento bater contra o meu rosto e logo a água bateu nas minha bochechas. Lily pulou no lago como uma bomba, espirrando água em nós.

Carl e eu apenas aguardamos até que Lily retornasse a superfície, então começamos a jogar água nela. Ela retribuiu os jatos, virando seu rosto para o lado com um sorriso brilhante.

Gritei debaixo d'água. Gritei debaixo d'água quando algo puxou meus tornozelos para baixo. Mãos se fecharam em volta das minhas pernas, fazendo-me sentir desesperada. Era como o meu sonho.

Me debati com força, tentando me soltar. Olhei para cima e tive a visão embaçada do lado de fora que a água me proporcionava. Raios de sol se dissolviam nas infinitas camadas de água que estava sob.

Aquilo que segurava meus tornozelos, os soltou. Eu estava na superfície novamente, ouvindo Carl e Lily rirem. Estavam quase sem fôlego, esbarrando um no outro. Meu semblante automaticamente se fechou. Eu tinha entendido tudo.

━━━ Qual é, Carl? ━━ protestei, deixando um bico invadir meus lábios sem que eu desse permissão.

Flutuei na água, passando minhas mechas de cabelo ensopadas para trás das orelhas. Eu sabia que meu cabelo estava mais escuro. Sempre ficava mais escuro quando estava molhado.

Não vou mentir, eu me senti deixada de lado. Talvez fosse bobeira. Mas uma pergunta que passou pela minha cabeça era "por que eu fui a pessoa no qual eles escolheram para zombar? Será que eles me acham patética?" Não podia evitar. Esses pensamentos estavam atrás da minha mente, mas decidi ignorará-los naquele momento. Eu estava tendo um dos melhores dias da minha vida. E, surpreendentemente, era durante um apocalipse.

Ficamos lá por volta de uma hora. Antes de deixarmos o lago, que apelidamos de "Lago Mágico", cravamos nossas iniciais no tronco da árvore que fazia uma sombra gostosa no ambiente.

Lily, assim que escrevemos nossas iniciais, decidiu que ficaria melhor se desenhassemos um grande coração em volta delas. Teria sido uma boa ideia se o coração não tivesse ficado tão… estranho.

━━━ 'Tá parecendo uma bunda. ━━ Carl comentou, tombando a cabeça levemente para o lado. Seus olhos estavam cerrados, tentando achar uma forma de deixar o coração menos… terrível.

━━━ Cala a boca, Cowboy. Aposto que não conseguiria fazer melhor. ━━ Lily deu um tapa leve na nuca dele, guardando sua faca atrás do cós de seu short. ━━━ Vamos.

· · • • • ✤ • • • · ·

━━━ O que estavam pensando? ━━ Lori perguntou, deixando a preocupação e irritação saírem de seus lábios com força.

Eu, Carl e Lily estávamos sentados um ao lado do outro. Sentíamos o tecido das nossas roupas umedecendo nossa pele fria pela água. Naquele ponto, eu nem sabia se as gotas de água que caíam no meu braço eram minhas ou dos dois patetas ao meu lado.

Tudo que eu queria dizer para Lily era: Eu avisei.

Vi o maxilar cerrado de Carl. Eu sabia que ele pressionava seus dentes um contra o outro quando estava nervoso. Desconfortável.

━━━ Como puderam se arriscar deste jeito? ━━ Grimes levou as mãos aos cabelos compridos e escuros, os jogando para trás.

Uma veia pulsou para fora do pescoço dela. Seu rosto estava vermelho e não era pelo calor. Estava furiosa.

━━━ Depois de tudo que aconteceu com Sophia? ━━ ela falou o nome da garota com a voz mais baixa, temendo que Carol escutasse. ━━━ Depois que vimos os zumbis no celeiro? Isso… Isso é inacreditável.

━━━ Mas não aconteceu nada, mãe. ━━ argumentou Carl. Eu senti que ele se arrependeu de dizer aquilo assim que as palavras saíram da boca dele.

━━━ Você ficou maluco? ━━ continuou, andando de um lado para o outro, repetidamente. ━━━ Vocês têm sorte que eu fui a única que notei o sumiço de vocês. Têm sorte que apareceram antes que eu pudesse perguntar sobre vocês.

━━━ Você não vai contar para o meu pai, vai, Sra. Grimes? ━━ Lily indagou, olhando para a mulher a sua frente. Os olhos esverdeados dela brilhavam para tentar convencê-la.

━━━ Não, querida. Eu não vou. ━━ um suspiro pesado saiu pelo nariz dela enquanto levava uma das mãos a testa. Estava tentando não perder as estribeiras. ━━━ Sophie e Lily vão trocar de roupa dentro da casa e Carl pode se vestir aqui. ━━ disse a mulher, imaginando que aquelas seriam suas últimas palavras.

Nós ficamos parados, nos entreolhando. Estávamos receosos.

━━━ Vão! ━━ ela bateu palma, fazendo-nos despertar da apreensão.

· · • • • ✤ • • • · ·

Deitada sobre a própria cama, Lily rosnava, preocupada. Suas mãos caíam ao lado do colchão. O corpo estava em posição de estrela.

━━━ Ah, droga! Se aquela magrela resolver abrir o bico pro meu pai… eu 'tô fodi…

━━━ Nem termina essa frase ━━ a repreendi, sentando-me no final da cama. Senti o colchão afundar sob mim. ━━━ Para a filha de um pai religioso… não imaginava que seria capaz de xingar.

━━━ Este é o menor dos nossos problemas agora ━━ revirando os olhos, Lily se ajoelhou na cama. O cabelo dela caiu para trás dos ombros, deixando apenas uma fina mecha para frente. ━━━ Ah, cara… Se a Sra. Grimes falar que…

Estouro. Um estouro ecoou ao lado de fora da casa.

Virei minha cabeça com rapidez na direção da janela mais próxima, sentindo meu cabelo úmido ricochetar o rosto.

Aquilo foi um tiro.

Lily se atirou para fora do quarto com rapidez, e eu a segui. Descemos os degraus tão rápido que quase tropecei, caindo em cima da Greene. Seria terrível. Nós iríamos cair feito dominós.

Assim que pisamos no exterior da casa, vimos Shane atirar uma bala contra a cabeça de uma zumbi segurada por Hershel. Todos estavam ali, menos nós duas. Fiquei surpresa por não termos escutado a conversa deles de dentro da casa — estava realmente muito alta.

Carl estava sendo protegido pelos braços finos de Lori. Ele estava com o olhar assustado, vendo Shane atirar naquela fedorenta.

Quando finalmente estávamos juntas ao restante do grupo, os zumbis presentes no celeiro saíram porta afora. Shane, Andrea, Daryl e T-Dog atiraram em cada um deles.

Olhei para o lado, a fim de ver Lily, e a garota estava boquiaberta. Em choque. Vi, como se fosse em câmera lenta, uma lágrima pesada cair do olho dela, deixando um único ponto molhado no jeans escuro de seu macaquinho.

Observei a cena com pavor. Por mais que estivesse longe e soubesse que não teria forma alguma dos fedorentos me alcançarem, fiquei imóvel. Nunca tivera que assistir a uma cena daquelas tão de perto. Estava… assustada.

𝗖𝗛𝗔𝗣𝗧𝗘𝗥 𝗔𝗘𝗦𝗧𝗛𝗘𝗧𝗜𝗖 𓂃♡

♡𓂃 O caminho de conto de fadas

♡𓂃 A visão que Sophie e Carl tinham de Lily

♡𓂃 O Lago Mágico

♡𓂃 As iniciais

000) Oiê! Espero que tenham gostado desse capítulo.

001) Sempre que tem uma cena do trio de ouro, tudo que eu consigo pensar é: Só what we get drunk? So what we smoke weed? We're just having fun, we don't care who sees!

002) Interajam nos comentários, isso motiva demais!

003) Lembrem de deixar seus votos, isso é muito importante.

004) Me sigam no tiktok. Posto edits sobre minhas histórias por lá. User: walkthdead AVISO! PODE CONTER SPOILERS!

005) Obrigada por estar lendo até aqui ♡.

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