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𓍼𓈒 𝐒𝐞𝐧𝐭̲𝐢𝐦𝐞𝐧𝐭𝐨𝐬ͬ 𝐩𝐚𝐬𝐬𝐚͡𝐝𝐨𝐬⸃ ִ ゃ ֶָ

Tradução: Cheiro de melancia
ストロベリーの香り


— Qual o problema? Isso afeta-te em alguma coisa?

Naoto cruzou os braços, encarando o loiro sentado à sua frente.

Não era a primeira vez que alguém fazia esse tipo de comentário sobre o seu cheiro, todavia, estava cansado de sempre responder com um sorriso sem graça, como se a pergunta não fosse inconveniente e o deixasse minimamente irritado.

Evidentemente, o Tachibana entendia de forma indireta. Era raro encontrar um Alpha com um cheiro tão doce quanto o seu, tendo em vista que geralmente pendia para um aroma mais forte e marcante, como o madeirado, mesclando com laranja e hortelã.

— Dá uma segurada, Tachibana. Estou apenas comentando — Kazutora arqueou a sobrancelha, sorrindo sacana, balançando a cabeça em negação, despreocupado.

— Pois nos poupe dos seus comentários — a sua fala saiu ríspida. Naoto voltou a comer, ignorando o fato daquele encontro ter se transformado num desastre desde quando viu o Hanemiya pela janela do restaurante.

“Eu vou matar aquele loiro oxigenado” — o Alpha pensou, dando um breve suspiro, deixando os seus olhos no prato.

Takemichi era um cupido medíocre.

— Você é uma péssima companhia, por isso está encalhado.

Kazutora não tinha papas na língua, nem mesmo de frente com um policial tão conhecido como o Tachibana.

Naoto piscou os olhos algumas vezes e deu um gole no vinho, parecendo pensativo. Logo deixou a taça sobre a mesa e voltou a encarar as orbes amareladas do Ômega que parecia se divertir com a situação.

— Se você diferisse, não estaria nesse encontro às cegas, idiota — retrucou, abrindo um sorriso falso.

— Estou aqui porque não tinha nada melhor ‘pra fazer — deu de ombros, cortando um pedaço da carne, levando a boca e mastigando seguidamente.

— Nada melhor para fazer em um sábado ensolarado? Tá? Eu acredito — debochou, revirando os olhos, colocando o braço esquerdo sobre a mesa, se perguntando do motivo de não ter levantado e ido embora.

O Ômega deu-lhe um olhar de nojo, descontente. — Se eu soubesse que era você, preferia ter sido preso novamente. Baji disse que o meu parceiro era um homem bonito, forte e elegante. Não 'tô vendo nada disso aqui — pareceu indignado, e o Alpha também.

Como ele tem a coragem de chamá-lo de feio?

— Como serei protegido por esses ossinhos que você chama de másculo? — arregalou os olhos, abrindo um sorriso estranho e que fez o Tachibana juntar as sobrancelhas, incrédulo com as palavras ditas pelo loiro — Se um Alpha não pode proteger-me, o que eu vou fazer com ele? Pintar as unhas e fofocar?

É notório que o Hanemiya não quer, especificamente, um Alpha para somente protegê-lo, pois sabe fazê-lo sozinho, todavia, ele não será hipócrita ao ponto de não desejar ter um homem para lidar com os problemas que um homem Alpha deve lidar. Essa história de que podemos nos proteger sozinhos, é apenas quando estamos solteiros.

O que ele deseja é um Alpha que faz e acontece, que não tem medo de defendê-lo quando necessário e que fará de tudo para mantê-lo seguro.

— Cara, eu aceito um brocha, agora fraco, não!

Kazutora disse com tanta convicção que deixou o Tachibana surpreso.

— Então você pensa que, somente por eu não ter “músculos” — fez aspas com os dedos —, aparentemente, eu não posso defendê-lo? Esqueceu que sou policial? — Naoto estalou a língua no céu da boca, dando um riso fraco em seguida.

— Apenas por ser policial, não significa que você é forte o suficiente — declarou, bufando, voltando a comer.

O Alpha parou de beber por um momento e passou os olhos pelo Ômega atrevido. — Não sabia que o Ômega que lutou contra dois policiais armados e foi preso por desacato, poderia precisar ser protegido por um Alpha.

— Para alguma coisa vocês têm que servir além de sexo — cutucou, fazendo bico.

— Desagradável! — Naoto julgou, recebendo uma risada como resposta.

Se ele tivesse algum tipo de poder divino, seria o que o fizesse estar agora de frente com o Hanagaki e o estrangulasse. Não tinha alguém melhor? Sério que ele estava valendo tão pouco ao ponto de quererem que ele seja namorado de um ex-presidiário? Ok, ele passou apenas uma noite na cadeia, pois o Baji pagou a sua fiança, porém, Kazutora não deixava de ser um projeto delinquente.

Tudo isso iniciou por conta do comentário sobre o cheiro de Naoto. Entretanto, essa discussão boba poderia não ter acontecido caso não houvesse uma resposta imediata do Alpha? Evidentemente que não! Por um motivo ou outro, iriam discutir, principalmente pelo fato do Tachibana não ver nada de bom no loiro e vice-versa.

Durante o almoço, a dupla continuou trocando farpas, como se fossem duas crianças fazendo birra, que ao invés de brincar preferiam brigar por motivos idiotas. Naoto não deixou o comentário sobre o seu cheiro de lado e retrucou falando do de Kazutora que respondeu sem pensar duas vezes, dizendo que o gosto do abacaxi poderia ser ácido, mas não deixava de ser doce.

Para um Ômega, seria mais comum ter um cheiro diferente, todavia, para um Alpha, era incomum cheirar tão doce quanto Naoto.

Kazutora imaginava que estava sendo um pouco preconceituoso, todavia, não se importava e tinha os seus motivos.


ANOS ATRÁS…

Hanemiya tinha acabado de sair da sua sala ao término das aulas. Aguardava o namorado, sentado em um dos bancos do jardim da escola. Enquanto esperava, ficou mexendo no seu celular até ouvir uma voz chamando pelo seu nome. Era Yamamoto Takuya, um ex-ficante do seu companheiro.

Ele parecia feliz demais para alguém que levou uma surra sua na semana passada por falar coisas indevidas sobre si.

— O que você quer? — o Ômega revirou os olhos quando o Beta aproximou-se, sorrindo feito idiota.

— Preciso te dizer uma coisa — o garoto mais novo mordeu o lábio inferior, olhando para nenhum lugar específico, parecendo pensar se realmente falava ou não.

— Fala de uma vez! A sua presença dá-me gastura — suspirou profundamente, pegando a sua mochila e levantando-se, ficando de frente para o menor.

— Bem, não sei se deveria te falar isso, mas sinto que é o certo — coçou a nuca, suando frio.

— Não faça essa voz angelical para mim, Yamamoto. É nojento como você tenta a todo custo parecer com um Ômega.

O Beta cruzou os braços, irritado pelo comentário alheio. — Está bem! Vou dizer de uma vez. Naoto e eu nos beijamos semana passada, no dia em que você pulou em mim feito um louco.

Kazutora franziu o cenho, se perguntando se aquilo era alguma brincadeira de mal gosto. — Pelo amor de Deus, garoto! Qual o seu problema mental? — irritado, ele levou as mãos ao rosto, antes que voasse no pescoço do Beta e fosse para detenção mais uma vez.

— Pode perguntar a ele. Eu realmente estou falando a verdade, e só não disse antes porque…

— Por que, idiota? — Kazutora sentiu o seu sangue subir e se aproximou do menor, segurando nos seus braços com força, encarando-o fixamente — Por que está falando disso somente agora? Não seria bom esfregar isso na minha cara de uma vez? Babaca estúpido! — esbravejou enquanto Takuya tentava se soltar do seu aperto.

Apesar de ser um Ômega, o Hanemiya poderia ser bem forte.

— Kazutora! — Naoto gritou ao ver que o loiro estava prestes a agredir o Yamamoto, correndo em direção a dupla juntamente de Chifuyu e Keisuke, melhores amigos do Ômega.

— Seu filho da puta! — irritado, Kazutora iria dar um soco no Beta quando foi segurado pelo namorado e Keisuke, no momento em que Chifuyu entrava na frente de Takuya — Me solta, seu maldito traidor — se debateu contra o Alpha, que por seu azar, tinha o dobro da sua força, embora seja um centímetro mais alto que Naoto.

— O que foi, Kazutora? — questiona o Tachibana, ainda o segurando.

— Se acalma, porra — Keisuke levou uma cotovelada do Hanemiya, apesar de ter sido sem querer — Porra, isso doeu — resmungou de dor enquanto o Tachibana tentava controlar o Ômega que gritava a todo o pulmões, chamando a atenção dos colegas que pararam para ver o que acontecia.

— Kazutora, o que houve? — Naoto sentiu um chute ser dado na sua perna que o fez grunhir, todavia, segurou o Ômega ainda mais forte.

— Você teve a coragem de beijar esse nojento e diz que me ama?  — Kazutora começou a chorar de raiva, no tempo em que os seus batimentos cardíacos aceleraram.

— Kazutora, eu posso explicar. Para de se debater — a respiração ofegante do garoto era reflexo da força que fazia para tentar segurar o Ômega e acalmá-lo — Foi um acidente.

— Porra de acidente, seu desgraçado. Me solte! — gritou mais uma vez, tentando dar socos nos braços que adornavam o seu corpo.

— Takuya, é melhor você sair daqui — Chifuyu começou a ficar nervoso, imaginando que se Kazutora se soltava, iria matar o Beta — Creio que você já disse merda demais — estou a língua no céu da boca.

— Vamos tirá-lo daqui. Todo mundo já está olhando — o Baji observou os diversos celulares gravando a cena.

O trio levou o Ômega para longe dos demais, enquanto ele ainda berrava como se estivessem o torturando, dizendo que Naoto era um babaca e que o relacionamento deles estava acabado, e que se um dia teve sentimentos por ele, acabou naquele momento.

Kazutora não queria desculpas esfarrapadas. Ele sabia que o Alpha apenas queria usá-lo e jogá-lo fora, mas investiu em algo que pensou que poderia dar certo. Afinal, todos os Alphas são assim, e o Tachibana não diferiria, e isso doía.

— Você precisa me ouvir — Naoto estava calmo, e vê-lo desta forma, só deixava o Ômega mais irritado — Não foi por querer — soltou o menor que se afastou de si, com aqueles olhos amarelos arregalados, deixando lágrimas escorrendo

— Como não foi? Ele colocou uma arma na sua cabeça para que você o beijasse? ‘Tá de brincadeira com a minha cara, desgraçado? — limpou o rosto, fungando enquanto chorava mais.

— Kazutora, me escute, por favor — Naoto tentou se aproximar e levou um tapa na cara, seguido de vários socos, tendo que ser segurado novamente por Keisuke que sentiu seu nariz sangrar — Droga! — gritou irritado.

— Puta merda! — Chifuyu não sabia o que fazer. Tentar ajudar o namorado seria o mesmo que nada, pois não tinha força suficiente. Pelo contrário, era mais fraco que Kazutora.

— Baji Keisuke, me solta agora! — ameaçou, tentando empurrar o Alpha que quase se desequilibrou.

— Kazutora, merda! — Keisuke murmurou.

Por fim, as desculpas de Naoto não foram o suficiente para fazer com que o Ômega não quisesse arrancar seus olhos. Eles terminaram o relacionamento e Kazutora teve que se mudar junto com sua mãe. Desde então, tinha contato apenas com Chifuyu e Keisuke. Apagou aquela memória da juventude da sua memória e esqueceu do Alpha que foi seu primeiro namorado e o primeiro cara por quem se entregou.



Hoje em dia ele ainda se arrepende de ter dormido com ele, sendo que no final disso seria corno.

— Engraçado aquele neandertal do Baji pensar que algo vai mudar depois de tantos anos — Kazutora falou, no carro de Naoto que o levou para casa. Ele soltou um riso sem ânimo.

— A última vez que tive notícias sobre você, depois que voltou para a cidade, é que tinha sido preso, e hoje te encontro nesse almoço às cegas — olhou para o Ômega que tirou o cinto para sair do carro — Eu queria que tudo fosse diferente, Kazutora, e que você tivesse acreditado em mim e não pensasse que eu desejava apenas o seu corpo.

— A comida estava boa, pelo menos — ignorou as palavras do Alpha — Bem, adeus! — abriu a porta, Naoto tratou de fechá-la e isso o fez ficar cara a cara com o mais novo que abaixou o olhar.

— Kazutora, eu não te esqueci. Todos aqueles cinco meses ao seu lado foram incríveis, e saber que tudo acabou por causa de um mal-entendido, e que hoje poderíamos estar juntos e com uma família, me machuca — confessou, mirando as orbes azuladas nos lábios alheios, sentido aquele cheiro maravilhoso que o Ômega tinha desde sempre.

Amava abacaxi.

— Me deixe sair, Tachibana — ao erguer o olhar, pode ver aquele olhar choroso. Aquele oceano que Naoto tinha nos olhos, e que eram os mais lindos que já viu em toda a sua vida. Isso o fez quebrar e o seu coração palpitar mais forte. As suas mãos começaram a suar e os feromônios soltados pelo Alpha o fez ficar triste, pois Naoto estava triste.

— V- vamos conversar direito, Kazutora. Me dê uma chance para te mostrar que aquilo não significou absolutamente nada — tropeçou nas próprias palavras, sentindo seu peito doer por um instante e a necessidade de abraçar o Ômega por um momento.

Tachibana não queria matar o cunhado. Na verdade, ele queria agradecer a Takemichi por fazer o que não tinha coragem: chamar Kazutora para um diálogo entre adultos e resolver questões passadas. Durante a sua conversa com o Ômega, tudo que ele realmente desejava divergia dos pensamentos que tentavam anular os seus sinceros sentimentos para com o Hanemiya.

— Nao-

Kazutora foi silenciado pelos lábios do Alpha que o beijou docemente, deslizando a língua pela sua boca, levando a mão esquerda para o seu rosto, tocando na sua bochecha carinhosamente. Ele odiou-se por não conseguir negar aquele selar tão saboroso, trazendo consigo sentimentos passados que fizeram os seus pelos arrepiarem e retribuir na mesma intensidade.

— Eu te odeio, Naoto — disse entre o selar, sentindo a mão do Alpha descer para as suas coxas no segundo em que ele soltou mais feromônios, agora trazendo tranquilidade e felicidade que embalaram o Ômega, como se fosse uma concha que precisava de proteção.

Aquele cheiro de melancia misturado com abacaxi, mesclou em uma perfeita sintonia.

Aquela sincronia deixada na adolescência que insistia em voltar.

E iria retornar.


— Eu estava na sala limpando o chão, pois você e Mikey haviam derramado tinta e fugiram como se nada tivesse acontecido, na hora do intervalo. Como estava escorregadio, não queria que ninguém entrasse para que não acabasse caindo, porém, eu não tinha notado a presença do Takuya no final da sala. Então quando ele passou pelo chão molhado, acabou escorregando e caindo em cima de mim — Naoto falou com rapidez, pois a sua calma terminou quando Kazutora caiu no choro.

— Eu fiquei muito assustado, pois foi de repente e fiquei sem reação. Takuya se aproveitou disso e me beijou enquanto eu só ficava parado, sem saber o que fazer ou como reagir. Você precisa acreditar em mim. Eu jamais iria te trair porque eu te amo demais.

Fim.

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