Jukebox
A jukebox estava de brincadeira com a minha cara. Pude ouvir de longe a guitarra de The Marshall Tucker. Rapidamente lembrei de Dean, o cara do qual eu havia acabado de ter uma discussão nada boa.
Mais cedo, Dean e Castiel saíram para resolver um caso, então resolvi ir atrás de meu próprio caso. Até aí tudo bem.
Era um caso simples de lobisomem, fiz minha investigação e segui as pistas até uma cabana no meio da floresta.
Estava escondida trás de uma árvore quando avisto não apenas um mas dois lobisomens. Eu sabia que daria conta deles, balas de prata no gatilho e uma faca também de prata na cintura.
Pronta para atacá-los, sou surpreendida com Dean entrando em cena e me distraindo, fiquei surpresa em encontrar ele ali. E essa minha distração fez com que um lobisomem viesse atrás de mim e me arranhasse na costela. Mesmo ferida, consegui acabar com um deles enquanto o Winchester estraçalhava o outro.
[...]
O loiro ficou enfurecido, estava com a cara mais ruim do mundo quando voltamos ao carro. Ele não ficou nem um pouco feliz por eu ter me ferido, ainda fez questão de vir atrás de mim só para conversar sobre isso, mas o que era para ser uma conversa acabou sendo uma discussão.
Os gritos estavam em um nível absurdo, mas eu não me importava. Não podia deixar Dean ficar dando seu sermão;
_ O que diabos deu na sua cabeça de sair sozinha? Chamasse o Sam se fosse o caso, MAS NÃO IR SOZINHA! _ gritou ele.
Suas mãos estavam tão firmes no volante que chegava a deixar a ponta de seus dedos brancos.
_ EU NÃO SOU UMA MENININHA INDEFESA!! EU SABIA O QUE ESTAVA FAZENDO, foi culpa sua e daquele anjo que chegaram de surpresa! _ gritei de volta.
_ Tô vendo que sabia, se não fosse por mim você estaria morta! MORTA KIDDO!!
_ Vai se foder, Winchester.
Dean pisou fundo no freio, parando o carro no meio da estrada. Confesso que seu olhar furioso sobre mim me fez tremer.
Abri a porta e sai do carro as pressas, mas ele fez o mesmo e deu a volta no carro. Fui até o outro lado da estrada e ele continuou a me seguir.
Meu ato seguinte não foi dos melhores, e sabia que receberia uma bronca dupla por isso.
Dean era forte e seus reflexos eram ótimos, mas eu era mais rápida. A porta do carro estava aberta, então sai correndo e entrei, o ligando e pisando fundo no acelerador.
Sim, eu me atrevi a deixar aquele homem no meio do nada sozinho.
[...]
Nesse momento eu estava na mesa de um bar enchendo a cara, shots após shots. Mas a jukebox resolveu mexer com meu psicológico quando tocou aquela música, fazendo com que eu me arrependesse de ter deixando Dean para trás.
O medo de voltar para o Bunker era grande. O medo de enfrentar aquele caçador em especial era enorme.
_ Um cara pediu para que eu lhe entregasse essa bebida _ disse o barman chamando minha atenção.
Olhei para onde ele estava apontado e encontrei um cara que aparentava ter mais ou menos 30 anos de idade, com olhos escuros e cabelos negros. Ele era até que bonito, mas não me sentia atraída por ele já que eu tinha um namorado.
O cara sorriu para mim e apenas dou um aceno com um sorriso forçado, não querendo deixar um ar de que ele teria chances.
Depois de mais alguns drinks, me levantei e fui pagar minha conta. Porém, o cara do qual estava me olhando a noite toda não deixou eu pagar e pagou por mim.
_ Obrigada, mas não precisava disso _ tento ser gentil.
_ Está tudo bem. Precisa de companhia? _ pergunta ele acenando para a porta.
_ Não, eu estou bem. Preciso ir _ digo saindo do bar.
Vou até meu carro, mas sou seguida pelo "Senhor banca todas".
_ Eu posso te levar para casa se quiser, aliás, uma princesa como você não deveria estar andando por aí sozinha _ seu olhar era devorador sobre meu corpo, o que me fez sentir nojo.
_ Olha, obrigado por ter pagado a minha conta, mas eu realmente estou bem. Eu tenho um namorado e ele deve estar... deve estar... _ pior coisa que fiz foi gaguejar.
_ Não precisa mentir que tem namorado, boneca _ ele leva a mão para meu braço, onde fixei meu olhar já esperando por seu próximo ato.
Eu estava um pouco trêmula, nunca fui muito boa em força física. Era péssima para dizer a verdade.
_ Venha comigo, eu posso te tratar muito bem _ o cara estava quase me puxando já.
Tentei forçar meu braço de seu aperto, mas como era de se esperar, não tive sucesso. E ainda por cima recebi um olhar intimidador dele.
_ Me solte! ME SOLTE AGORA! _ grito para ele.
O cara continuou me puxando porém com mais força.
_ Ei! _ alguém chama nossa atenção, nos fazendo olhar para trás.
Meu coração estava acelerado pelo medo do que podia acontecer comigo, mas esse medo some assim que vi Dean parado perto do carro.
Sua expressão não tinha mudado nada desde a última vez que eu o vi, e com certeza não mudaria tão cedo.
_ Ela pediu para você soltar _ por mais que sua raiva fosse bem notável, ele disse calmamente.
_ Some daqui, isso não é da sua conta...
_ Muito pelo contrário, mexeu com a minha namorada então mexeu comigo.
Dean estava cara a cara com o homem, que era quase de seu tamanho. Seus olhos estavam o fuzilando, sua mandíbula rígida, seus punhos fechados.
_ Por tanto, tire a mão dela _ pediu ele.
Demorou um pouco para que o moreno me soltasse, mas logo o fez.
_ Ela não valia a pena mesmo, é só mais uma vadia _ assim que essas palavras saíram de sua boca, Dean o acertou com um soco seguido de outros.
Vou até ele desesperada e tento agarrar seu braço para o impedir de desfigurar o homem ali mesmo.
_ Dean, pare com isso! Ele já me soltou, vamos _ fiz uma tentativa.
O loiro segura a camisa do cara e deixa o rosto do mesmo bem próximo ao seu.
_ Você nunca mais vai toca nela, se não dá próxima eu acabo com você _ disse por fim, jogando o homem de volta ao chão.
[...]
Durante todo o caminho até chegar em casa, o silêncio era absoluto.
Não tive coragem de o encarar, não depois do que eu fiz e depois do que aconteceu.
_ Tá bom, eu sei que passei dos limites, mas aquele desgraçado... _ impedi que ele terminasse a frase com um beijo.
Segurei em sua jaqueta e o trouxe para mim.
_ Desculpa por ter saído para caçar sozinha, se não fosse por você eu podia estar morta _ falei entre o beijo. _ Desculpa por ter te largado para trás, se você não tivesse aparecido no bar só Deus sabe o que teria acontecido.
_ Me desculpe por ser tão rígido com você _ seu pedido de desculpas era bastante sincero. _ Eu não devia ter gritado.
Voltamos a nos beijar com vontade, como dois cães famintos. Meu corpo já estava gritando por ele, me fazendo subir em seu colo e começar a me esfregar em Dean, seu membro já dando sinal de vida.
_ Não seria melhor se fossem para um quarto? _ Castiel da dois toques no vidro, me assustando.
Dean bufa revirando os olhos e eu sinto meu rosto corar.
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