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ㅤㅤ ㅤㅤ III. welcome uncle oliver.

I don't like your little games
Don't like your tilted stage
The role you made me play of the fool
No, I don't like you
I don't like your perfect crime
How you laugh when you lie
You said the gun was mine
Isn't cool, no, I don't like you (oh!)

LWYMMD, TAYLOR SWIFT!

capítulo três<﹐(WTD)﹐🏠 .
tio oliver ❳┊-slytheprongs ➹
  ۫   𝆹 ㅤ࿀    ׄ   ₊    ۪.    ۪  ˙   𝅄  ֪   ࣪   ♪   ׅ  ࣪

O QUANTO ALGUÉM PODE AGUENTAR quando tudo está conspirando contra ela? Onde o mundo parece brincar de dar rasteiras e rir enquanto se levanta para logo a derrubar novamente. É possível superar todas elas, repetidas vezes e sem descanso, como uma criança que tende a correr sabendo que a queda é inevitável para os que nem sabem andar ainda?

Brooke não se qualificava como alguém com muita paciência e Michael Afton poderia comprovar, entretanto, os surtos dela, ele aguentava, já estando acostumado com a cabeça um pouco doente da garota.

Na verdade uma coisa que Mike admirava em Brooke, secretamente, era a facilidade de falar o que pensava e se necessário surtar. Ela era o tipo de pessoa que caso a conversa não desse certo, partiria para a agressão e aí de quem dissesse que era errado. Ela não dava a mínima.

As vezes se perguntava da onde puxara isso. Nem Henry e nem Melinda eram agressivos, e muito menos a fizeram passar por um ambiente assim. Odiava sentir-se como uma bomba relógio prestes a explodir por qualquer coisa. Era tão fácil irrita-lá que as pessoas tinham medo, e infelizmente, sentia que não tinha controle sobre isso

Agora, Brooke estava na delegacia dando seu depoimento de como encontrou o corpo de Liana, pela terceira vez. Provavelmente, desconfiavam dela para questionar tanto, o que liga-se ao fato de todos terem medo dela. Achavam também que era tão sem controle a ponto de matar alguém. Brooke riu com essa contestação.

Henry, entretanto, estava muito apreensivo, muito porque, suas filhas corriam um risco altíssimo, e obvio, pelo corpo ter sido encontrado em sua casa, a suspeita estava voltada principalmente nele. Todavia, Brooke imaginava que havia algo a mais envolvido, já que seu comportamento era bastante estranho do calmo que normalmente estava acostumado a suspeitas. Brooke resolveu ignorar isso; possivelmente era por se tratar de pessoas a qual ele conhecia.

Com certeza quem estava pior em toda essa situação era Vanessa. A garota havia simplesmente perdido toda a sua família de uma hora para outra. Brooke lembrava como sentiu-se perdida somente de observar o estado dela encarando o corpo da irmã estirado no chão de sua casa. Vanessa jamais poderia esquecer a adrenalina que sentiu naquele dia quando correu com todas as suas forças, ignorando todo o cansaço da distância de quase seis kilometros, sem cessar. Jamais conseguiria sentir-se completamente bem depois do grito que escapou de sua garganta vendo seus pais assassinados na casa onde fora criada.

Brooke não poderia imaginar como era a sensação de perder tudo assim.

Até aquele momento.

A Emily, obviamente, também se sentia traumatizada pelo o que viu em sua própria residência. A imagem de uma garota que ela já havia visto viva, estar morta, daquele jeito brutal, a deixava com ânsia de vômito, o medo irracional correndo por suas veias.

Brooke havia oferecido para que Vanessa ficasse em sua casa. Imaginou que continuar sozinha numa residência onde seus dois pais estariam mortos e ela muito provavelmente caso Brooke não tivesse a chamado para cabular aula. Mesmo que até a casa da morena fosse extramente traumática, a loira sentiu que escolhas era algo que não tinha. Henry a encorajou a ficar lá pelo tempo que quisesse e precisasse.

A situação se tornou confusa para Michael. Seu pai continuava agindo como se nada tivesse acontecido e isso o deixava com medo. Tinha medo de muitas coisas e o de William aumentava cada vez mais.

Ele e Brooke sempre se provocavam por mais pura diversão, em qualquer lugar. Era como uma necessidade de estar se fazendo presente a raiva entre eles. Eles tinham xingamentos únicos para zombar do outro. Entretanto, o garoto sentia que, assim como quando a mãe dela morreu, não era um bom momento. Agir de uma forma como se nem se conhecessem era mais estranho do que as várias porradas que davam.

Quem os conhecesse e vissem que ambos agora, passabam o dia inteiro sem se alfinetar, acharia que era um passo grande numa possível relação de amizade. A verdade era que estava insuportável tal ambiente. Era como se o clima fosse tão pesado que impossibilitava de conviverem no mesmo espaço caso assim necessitasse.

Brooke estranhou o fato de quase sempre ao ver Michael agora, parecia para baixo, deprimido. Não era tão incomum mesmo assim. Ele sempre ficava dessa forma após seu pai brigar com ele, seja destruindo seu psicológico cada vez mais ou batendo em seu corpo e rosto. Ela estava curiosa para perguntar o porquê agia assim, talvez até conhecia Liana e agora sofria com sua morte precoce, mas seria estranho demais. Não tinham intimidade para tal coisa.

Mesmo odiando ele, não era tão sem coração a ponto de gostar de vê-lo triste. Sentia uma pontada estranha em seu peito com essa situação.

Hoje, Brooke previa que não seria o melhor dos dias.

Henry havia a pedido para tentar levantar seu alto astral para o aniversário de sua quase prima, Misty Emily. A garota faria seus dezesseis anos. Brooke agradecia por já não estar em Hurricane. Ela detestava essa garota. Desde que se conheciam, ela era uma babaca por completo. Era do tipo de Liana, ao qual fazia bullying. E por ironia do destino, Misty ainda era mais bem vista pela mídia do que ela.

O lado bom nisso era que reveria tio Oliver, este que era praticamente seu segundo pai. Ele a visitava várias e várias vezes, não passava um único mês que o homem não vinha pelo menos um dia. Era o típico tio que ensinava a falar besteira e ter um comportamento questionável. Parques de diversão levemente perigosos; a primeira garrafa de cerveja foi com ele no auge de seus treze anos, e óbvio que a primeira tragada de maconha também foi com ele.


Brooke tentou animar um pouco Vanessa a fazendo escolher entre as várias roupas de seu closet para a festa. Pareceu funcionar um pouco. Logo, a garota chamou as únicas outras amigas para a sessão. Becky e sua namorada, Brenda, que bem, somente Brooke sabia do caso, já que em tal época caso soubessem, muito provavelmente morreriam.

Brenda era uma garota negra de muita determinação ao mesmo tempo em que era muito divertida e partilhava vários dos gostos de Brooke. Os filmes eram o maior destaque. Elas se conheciam a um ano quando a garota ruiva apresentou-a a sua melhor amiga. Desde então se tornaram bastante próximas. Porém, tinha momentos que obviamente a morena tinha de se abster para não ficar de vela no relacionamento delas. Era bom ter mais uma amiga a qual parecia que conhecia a tanto tempo.

No início, Vanessa parecia bastante insegura em entrar em um grupo de amigas, demorando bastante para que pudesse se soltar e rir das ideias de roupa das garotas. Ao que parecia, ambas as três não gostavam de Misty então algo muito sério havia acontecido para tal. Nem mesmo Charlotte falava bem dela. Brooke havia enfiado sua irmã mais nova no quarto, a obrigando a dar sua opinião sobre cada peça. A pequena se divertiu muito insultando absolutamente todas.

Mesmo que tudo tenha sido divertido, Brooke ainda estava desanimada. Ela não conseguia dormir desde o corpo encontrado em seu apartamento, e quando conseguia tinha pesadelos. Isso já fazia uma semana, e desde então, somadas, a Emily tinha umas dez horas de sono totalizadas. Estava completamente acabada. Nem mesmo conseguia focar nas aulas, o que fora péssimo com o azar de uma prova ter caído justamente nesse dia ter tido uma prova.

Depois de gastar tanta energia fingindo estar bem para que Vanessa se alegrasse um pouco em um momento tão complicado, estava acabada. Quase dormia no carro e só despertava quando via imagens assustadores que a repulsavam de volta a realidade.

A Freddy Fazbear fora o lugar escolhido pois era perfeito para eventos como festas. No início da transição dos anos setenta para os oitenta, não passava de uma pizzaria simples. Enquanto Henry Emily cuidava de deixar o lugar impecável esteticamente e parecer um salão de festas, William Afton colocava sua melhor invenção nela.

Os Animatronics. Robôs com aparência de animais de pelúcia em tamanho real. Brooke no início teve um leve medo pelo simples fato de praticamente terem vida própria, se locomoverem, cantarem apresentações e alegrar crianças sem que ninguém os controlasse.

Foi nessa época que Hurricane passou a ser mais estranha ainda. Crianças começavam a desaparecer e nunca mais eram vistas. Henry dobrou sua proteção sobre Brooke e Charlie em tais tempos. Agora, sabe-se-lá quem tinha sumido com elas, voltou, não interessado em apenas crianças, já que os pais de Vanessa foram mortos também. Brooke poderia achar que não era a mesma pessoa, contudo, era uma cidade pequena onde o culpado nunca fora pego. Ele era sim o maior suspeito.

— 'Tá tudo bem? — a pergunta de Michael Afton a fez voltar para a realidade assim como o toque em seu ombro.

Brooke estranhou. Ela nem havia percebido que estava parada na porta do lugar há vários minutos. Suas amigas e irmã estavam sentadas mais a frente numa mesa grande. Foi como se o tempo tivesse simplesmente cortado e a teletransportado do carro para ali sem que se lembrasse.

— Você estava com um... sorriso estranho. — revelou Michael, perpetuando a confusão na garota. — Não sei. Era levemente assustador, então tomei coragem para saber se não estava planejando matar alguém.

— Não estou. — respondeu a morena, ainda achando estranho ele ter ido falar com ela com um objetivo diferente do de a insultar.

Não sabia como agir com ele depois disso. Ele foi levemente gentil e Brooke estaria sendo errada se voltasse a ser ignorante, ao mesmo tempo que deixava o ambiente pior somente assentindo e ignorando. Foi a melhor opção.

— Você e Michael... — Vanessa deixou escapar quando Brooke sentou-se ao lado de Charlie, que se animava em comer as batatas fritas de picadinho.

Becky não aguentou e gargalhou da careta de nojo explicito da Emily.

— Acho que concordo com você, Vanny. — a ruiva decidiu provocar mais sua amiga. — Não é normal odiar tanto alguém assim...

— Verdade — Brenda também riu. — Vanessa, sabia que a Brooke já jogou uma maldição no Michael?

Brooke revirou os olhos enquanto a loira arregalava os seus.

— Como? — Charlie pareceu ter se interessado também, fazendo sua irmã colocar o cotovelo sobre a mesa e a palma de sua mão na face, pensando na encrenca que teria de explicar a Henry quando a mais nova contasse a fofoca a seu pai.

— A gente tinha ido para a biblioteca e vasculhamos muito tentando achar um livro para nosso trabalho de história, até que nos deparamos com um livro antigo de bruxaria. Achamos ser tudo papo furado então decidimos ler e quando chegou numa parte em que ensinava como amaldiçoar alguém, sem nem hesitar ela fez no Michael.

— Tinha que ter alguém pra gente testar. — se explicou.

— Precisava do fio de cabelo dele. — relembrou Brenda. — E você tinha!

Vanessa não se aguentou e gargalhou assim como Charlie.

— Em minha defesa — levantou os braços em rendição. — Eu planejava levar para um laboratório que fizesse teste de DNA. Ai descobriria que ele era adotada e faria ele chorar pensando que a vida dele foi uma mentira.

Vanessa arregalou levemente os olhos.

— E depois ele quebrou a perna. — Vanessa ficou mais incrédula ainda. — E então Brooke desenhou um pênis gigantesco e extremamente detalhado no gesso dele com caneta permanente enquanto dormia.

— Não estava tão detalhado assim...

— Você fez até os pentelhos — acusou Becky. —, cada mísera veia. Nem me pergunto como você sabia sobre isso.

— Oliver me deu uma revista. Disse que uma mulher sem tocar no grelinho era uma mulher indefesa. — deu de ombros. — Nunca fiz, mas fiquei bem surpresa em como era... De qualquer forma, isso tudo já faz muito tempo...

— Foi a menos de um ano. — disse Brenda.

— O que é "pênis" e "grelinho"? — indagou Charlotte e as quatro garotas arregalaram os olhos por esquecerem que a criança tinha ouvido tudo.

Foram salvas pela porta se abrindo e justamente tio Oliver chegar juntamente as companhias nada queridas. A mulher de seu tio nunca foi alguém que Brooke conversasse ou sequer considerava. Uma rica insuportável com fetiche em humilhar aqueles que não possuiam a mesma sorte. Não tinha nada que ela detestava mais. E óbvio, a aniversariante com uma careta de desagrado bem a vista a todos os vários convidados que Henry fez questão de irem, na intenção da garota ter uma festa divertida.

— Caramba, seu tio é um gato! — Vanessa deixou escapar.

Oliver era um homem de trinta anos. Seus cabelos assemelhavam um loiro cor de areia que quase sempre estavam penteados. Havia músculos na medida certa, bastante tatuagens, uma inclusive, de dragão grande em seu braço esquerdo. Seus olhos eram um verde esmeralda que hipnotizavam muitas pessoas quando retirava os óculos escuros. Não era a toa que no mundo de famosos influentes, fosse considerado um dos homens mais bonitos e cobiçados do mundo.

— Não é? — falou Becky sem parar de olhar. — Era apaixonada nele desde meus onze anos. — fez um muxoxo. — Ele nunca me deu bola...

Brenda olhou a namorada com desconfiança, a sobracelha arquerda.

Até porque seria preso. — falou Brooke como se fosse óbvio, porque era. — Pelo amor de Deus, Becky.

— Nossa, uma foda com ele e eu dormia tranquila, até esquecia que estou sem família. — Vanessa sem querer deixou que seus pensamentos saíssem de forma alta e em bom som. Arregalou os olhos novamente e bebeu um gole de refrigerante em seu copo quando todas olharam para ela. — Porra, o cara é um Deus Grego.

— E casado. — lembrou Brenda.

— Ah, não é nada sério. — revelou Brooke. — Ambos se traiem. Ele já me contou. Nem sequer dormem na mesma casa. É um casamento por puro interesse nas duas partes.

— Estão falando de mim, é? — Oliver chegou de surpresa assustando as cinco garotas.

— Tio Oli! — Charlie se animou e pulou diretamente no colo do homem, que a pegou e rodopiou no ar.

— Como vão vocês? — indagou ele as quatro ainda sentadas. — E Brooke, não pode sair por aí contando meus segredos. Fofoca é um pecado grave!

— Para de ser falso. — a morena respondeu bebendo seu milk-shake. — Você é literalmente conhecido por ser o rico mais cafajeste do país, e se duvidar do mundo. Não é nada que todo mundo não saiba.

— Desde quando não me respeita mais?

— Nem você se respeita. — pontuou Brooke.

— Nossa, que garota sebosa. — Becky deixou escapar vendo Misty conversando com Nathan Roer com um sorriso amarelo percebido por todos— Não sei, ela é tão filha da puta... Sinto vontade de arrebentar a cara dela a cada segundo que se passa. — Becky olhou como a garota cumprimentava algumas pessoas como se conhecesse a anos. — Ela já falou mal de todo mundo que está fingindo gostar... Falsa do caralho... — e parou ao ver como Misty agora vinha em sua direção. — Oi, amiga! Que saudades de você!

Brooke, Brenda e Vanessa se entreolharam completamente confusas.

— O mesmo, ruivinha. — respondeu Misty sorrindo e indo abraçar Brooke. A Emily tentou não rir quando Becky revirou os olhos e balbuciou inaudívelmente: "Ruivinha é o cabelo da minha vagina, vadia."

— E você é quem?

A pergunta direcionada a Vanessa fez a loira mais velha sorrir simpática a aniversariante.


— Vanessa Monroe, prazer!

— Ah, a garota que teve a família morta. — todos ficaram em choque com o fato de Misty dizer como se não fosse nada um fato desse patamar. Na mesma hora a expressão de Vanessa se fechou. — Quero dizer, meus pêsames.

Somente com isso já era motivo suficiente para que Brooke desse alguns tapas merecidos em Misty, porém, pelo fato de ser seu aniversário, deixou passar, mesmo que sentisse muita raiva pela falta de empatia.

— Meu milkshake acabou. Quer pegar mais comigo, Vanny? — se deixasse loira perto de outra loira, acabaria por gerar ou uma briga, ou um processo retrógrado na superação dela.

Enquanto pediam para Hanna Palmer, a garota que trabalhava como atendente do bartender naquela noite, Brooke reparou em como Vanessa reparava mais do que deveria em Nathan flertando com as garotas. Pensou na hora em como seu pai deveria ser mais seletivo ao convidar pessoas como aquele cara a uma festa.

— Você precisa superar esse babaca. — disse Brooke do fundo de seu coração a Vanessa, que apenas abaixou a cabeça, sentindo-se tola. — Poderia falar para você tentar achar outra pessoa, mas isso só te faria pior porque em todas as situações está sujeita a decepção, e na sua situação...

— Brooke, eu agradeço, mas eu sinceramente não estou tão triste com a morte da minha família quanto imaginam. — revelou, deixando a Emily bastante surpresa. — Quer dizer, óbvio, é um baque muito grande, sem contar a forma como aconteceu e o medo de ser a próxima, porém... sinceramente, não eram boas pessoas.

Ela abaixou a manga de sua blusa, revelando algumas cicatrizes.

— Eles me batiam por qualquer motivo com coisas que você nem imagina, além dos xingamentos. Liana ser daquele jeito não era por acaso. Minha vida sempre foi um inferno naquela casa e por muito tempo eu sempre desejei isso. — pegou o milkshake que Hanna entregou a ambas. — Acho que só vai demorar para eu me acostumar com a nova vida, meio que... livre e sozinha.

— Entendi, mas sozinha não está. — Brooke sorriu. Ela ficava triste por muitas das pessoas que conhecia não ter a sorte que ela teve em relação a família. — E quanto ao bebê? Já decidiu o que vai fazer.

— Sinceramente eu nem sei se ele ainda tá aqui depois do choque de eu ver aquelas cenas. — falou com pesar. — Uma parte de mim torce para que esteja, a outra tem muito medo e acha que o melhor caminho é não ter mais nada...

Elas foram interrompidas por alguém que anteriormente foi o assunto da forma mais nojenta possível. Nathan Roer simplesmente chegou, passando sua mão sobre a bunda de Brooke, a apalpando antes que ela tivesse a chance de o afastar.

— Que porra é essa?! — ela ficou irada, empurrando o garoto de quase dois metros para trás com força. — Qual é a droga do seu problema?!

— Eu? Nenhum... — respondeu com um sorriso cínico, como se nada tivesse acontecido.

Brooke teria partido para cima dele sem hesitar, independente dele ser meio metro mais alto e muito mais forte que ela. Seu ódio, nojo e repulsa poderia matar alguém. Por sorte, outra pessoa fez isso por ela.

Ela se assustou quando Michael socou a cara de Nathan. O atleta pareceu chocado. A furia nos olhos do garoto não poderia ser maior. Não que Brooke precisasse — até porque entre ela e Mike, não havia quase nenhuma diferença na altura ou força —, mas se sentiu, de alguma forma, aliviada e grata pelo garoto ter aparecido.

Os adultos chegaram rapidamente para aparar a briga. Nathan estava furioso por não poder retribuir o soco. Henry o segurava com facilidade, tentando conter a si mesmo para não acabar com a raça desse garoto.

— Quer que eu tire esse cara daqui? — foi William que questionou a Mike, por alguma razão, contendo expectativa no brilho em seus olhos.

— Não. — respondeu ele, com raiva sendo exalada na imensidão do azul de sua íris. — Ele não vai assediar nenhuma garota. Vou me certificar disso.

Brooke sentiu-se horrível naquele momento e tentou disfarçar isso. Nathan simplesmente se achava no direito de fazer isso com ela e parecia estar a vontade apalpando qualquer outra garota como se não fosse nada, como se não passassem de objetos. Isso era tão revoltante e triste por estar sempre sujeita a algo assim.

— Você 'tá bem? — questionou Mike para Brooke, seu olhar mudando para um mais compreensivo, um ao qual ela nunca jamais viu se não fosse com seus irmãos mais novos.

Brooke não conseguiu responder, porque seria mentira se disesse sim, e não queria dizer o não verdadeiro. Deixou que sua expressão entregasse a resposta. Mike ficou mais irritado ainda, muito consigo mesmo por não conseguir ajudá-la e nem ter coragem de a abraçar, algo que queria.

Oliver encarou a cena enquanto bebia um grande gole de sua cerveja. A desconfiança agora se transformando em uma teoria bem mais fundada. Se levantou, ignorando Misty, indo até Henry e William.

— Vamos conversar. Agora.

Isso intrigou levemente Brooke, Mike e Vanessa. Se entreolharam e decidiram, sem exibir nenhum som, o seguirem silenciosamente.

É bom que eu esteja errado no que pensei, Afton. — as palavras de Oliver chegavam com dificuldade por estarem no fundo do lugar enquanto o trio tinha que estar escondido atrás de uma mesa para não serem pegos.

— Você não desconfiava de mim tanto assim antes, Oli. — debochou William com sarcasmo. — Na verdade, confiava bastante em mim

— Até eu descobrir a verdade. — havia mágoa no timbre de voz de Oliver. — Estou avisando, e se meu irmão é burro de perceber, eu não sou. Fique longe da minha família.

— Oliver, não precisa disso... — tentou Henry.

Brooke anteriormente achava que Oliver e seu pai tinham alguma richa ou ressentimento no passado. Não costumavam conversar a sós ou falar mais que o necessário na presença dos outros. Algumas das vezes em que espiava a conversa deles, percebia que discutiam bastante por coisas que não conseguia entender.

— Para de ser idiota, Henry! Enxerga o que está em sua frente uma vez na vida! — brigou Oliver. Brooke se moveu levemente para observar a expressão brincalhona no rosto do semhor Afton. — Não vou sair da cidade, não quando tudo recomeçou e eu sei muito bem o culpado.

Oliver estava acusando William de alguma coisa.

Será que são os assassinatos? — sussurrou baixinho Brooke aos dois, que somente deram de ombros, não fazendo a mínima ideia do motivo da briga.

— Pode ter certeza que não vai conseguir o que quer enquanto estiver vivo. — decretou Oliver por fim.

William apenas suspirou e Henry continuava quieto.

— Sabe, Oliver. — começou. — Me magoa achar que estou recomeçando aquilo. E sabe o que mais me magoa? Você trazer sua "esposa" a um lugar onde eu estou. Na verdade, me deixa furioso. Sabe que sempre fui bastante possessivo...

Os três adolescentes tinham caretas em um ponto enorme de interrogação enquanto ouviam essa última fala, para em seguida, William se retirar, por pouco não os vendo ali.

Ainda tem alguma dúvida? — foi a última coisa que Oliver falou a Henry para também sair.

— Podem sair daí, os três, agora, por favor. — falou Henry, fazendo ambos gelarem até as espinhas. Tentaram escapar pela porta que dava a cozinha ao lado, porém, Henry já havia chegado e encarava com uma expresso estranha os intrometidos.

— Voltem para a festa. Isso não é assunto de criança.

— Pelo menos não brigou conosco. — aliviou-se Brooke em um suspiro. — Que coisa estranha...

Brooke só queria ir para a sua casa e dormir depois de mais uma hora ali e não havia tido nem o parabéns ainda. Estava realmente pensando em ser corajosa para ignorar os pesadelos que insistiam em aparecer em todas as noites pelo tamanho do cansaço. Estava deitada no sofá mais afastado da festa, contando os minutos para ir embora.

Enquanto trocava seu olhar entre o relógio e o apoio da almofada, acabou por ver William dizendo alguma coisa com Misty. Franziu o cenho. Eles não se conheciam e nunca se falaram. De repente ressurgiu o que Oliver havia acusado mais cedo e a garota ficou alerta.

Independente do que tenha sido discutido, Misty apenas retornou a andar sobre a festa. Brooke amaldiçoou a si mesma por ter estado tão alerta e a loira ter percebido as encaradas.

— Oi prima. — Misty cumprimentou sentando-se a frente dela. — Posso te perguntar porquê se incomodou tanto com o que Nathan fez mais cedo?

Brooke a olhou como se ela tivesse perdido algum neurônio.

— Não sei se sabe, mas aquilo foi assédio. — respondeu, já se irritando.

— Ele só pegou na sua bunda, significa que te acha bonita. Não acho que seja ruim. — respondeu como se não fosse nada demais.

Brooke poderia discutir bastante sobre esse assunto, contudo, já estava estressada o suficiente para ouvir una mulher defender o assédio contra outra, portanto, decidiu apenas ignorou.

E Misty, de algum jeito, se tornou mais insuportável que o normal querendo de todos os jeitos arrumar alguma briga com Brooke.

— Não deveria ligar. Depois que sua mãe morreu você tem transado com qualquer garoto que aparece em sua vista.

Havia algo de diferente, nem Misty era tão babaca assim. Aquele ambiente não a estava fazendo bem assim como todos. Era como se houvesse uma energia negativa, uma voz que puxasse o seu pior lado. A voz daquele que observava tudo atentamente de longe.

Foi inevitável pata Brooke ter arremessado Misty para o chão com força. A falta de sono, todo o trauma, os pesadelos e o recente caso de assédio a deixaram sem nenhum controle de si mesma. Foi como se uma força sobrenatural assumisse o controle de seus músculos e seu cérebro. Ela queria matar alguém. Queria matar Nathan. Queria matar Misty.

Matar. Matar. Matar. Matar. Matar. Matar. Matar. Matar. Matar. Matar. Matar. Matar. Matar. Matar. Matar. Matar. Matar. Matar. Matar. Matar. Matar. Matar. Matar. Matar. Matar. Matar. Matar. Matar. Matar. Matar. Matar. Matar. Matar. Matar. Matar. Matar. Matar. Matar. Matar. Matar. Matar. Matar. Matar. Matar. Matar. Matar. Matar. Matar. Matar. Matar. Matar. Matar. Matar. Matar. Matar. Matar. Matar. Matar. Matar. Matar.

E todas as pessoas dizem que isso não é um sonho e que você é louca. Tudo explodiu como o incêndio num posto de gasolina. William Afton foi quem soltou Misty, o fósforo de fogo, em direção a gasolina de Brooke Emily.

Henry apareceu junto a Oliver e outros homens auxiliando, tentando de todas as formas retirar a garota de cima de Misty. Mas não obtiveram nenhum sucesso. Era como se Brooke tivesse se tornando um ser além da força de simples homens. Alguém que só que só queria matar.

Não era mais aquela Brooke, era uma diferente.

Michael se assustou quando um copo ao seu lado se quebrou de repente enquanto assistia a Brooke enforcar Misty. Mais vários se quebraram completamente sem razão. Piorou tudo quando as luzes começaram a piscar.

Misty conseguiu se desvenciliar de Brooke e tentava se afastar, nem mesmo reconhecendo aquele ser maníaco. A expressão de Brooke era quase que nula. Ela só sentia ódio. Uma voz no fundo de sua mente dizia que ela tinha que pagar por seus pecados.

Dizia que ela tinha que matar.

E foi quando o cenário mudou do nada. As pessoas da lanchonete desapareceram por completo, sendo substituídos por uma Fazbear vermelha e abandonada, quase caindo aos pedaços.

Brooke franziu o cenho e pareceu retornar a si, lembrando do que estava pensando antes disso acontecer, se culpando. Onde ela estava com a cabeça? Ela queria matar a sua própria prima e quase o fez. Isso a assustou muito.

Porém, ela ainda estava nesse lugar estranho. Era como se tivesse atravessado um portal interdimensional. Ela não entendia nada. Achava que havia dormido de alguma forma e agora estava em mais um pesadelo. O medo chegou como uma onda potente de insanidade e ansiedade. Brooke não sabia o que fazer.

Quando iria se virar para onde seria a porta da saida da Fazbear, na esperança de que voltasse ao seu mundo por algum meio, algo puxou seu cabelo e ela caiu no chão, sentindo uma dor forte em sua cabeça. Ao olhar para cima, viu algo verdadeiramente medonho. Um coelho amarelo. Ou melhor, alguém vestindo sua fantasia bastante desgastada.

Brooke berrou, começando a correr. A única coisa que seus ouvidos conseguiam captar era a risada macabra daquele ser correndo atrás dela, aumentando sua dose de pânico.

Brooke entrou dentro do banheiro e fechou a porta. Não tinha para onde correr quando o demônio bloqueou a saída da lanchonete distorcida. A garota olhou o espelho velho e sujo, notando como a Brooke Emily do reflexo era diferente. Era sombria. Ainda sorria da forma como um psicopata fazia quando queria matar. Seus olhos entregavam que era exatamente isso. Ela tocou no reflexo e sentiu sua mão queimar. Não conseguia parar mesmo isso. Sentia tudo se firmar dentro de si, uma pressão esmagadora passando por seus membros a deixando catatonica, ignorando até mesmo quando o coelho abriu a porta e agora encarava sua ação.

Nada tinha sentido e o lugar nada pertencia ao sentido, como um sonho onde a linha cronológica não é apenas torta como impossível em seu universo.

E como antes, mudou novamente antes que descobrisse uma verdade absoluta.

Brooke acordou, suando frio, no chão da Fazbear, a comum, sem nada macabro ou coelhos sociopatas. A garota respirava e inspirava tão rápido que parecia que assemelhava a uma taquicardia, porque de fato estava. Ela percebeu como suas pernas estavam umidas e sua boca tinha excesso de saliva.

Para os presentes na lanchonete, fora uma cena assustadora. Brooke com um olhar assassino no rosto após a fala de Missy. Em seguida, seu desmaio e convulsão, para depois de vários minutos onde Henry, Charlotte, Oliver, Becky, Brenda, Vanessa e até Michael estavam preocupados demais para manter a mente sã.

— O que... — ela não conseguia pronunciar nenhuma palavra naquele estado em que todos a encaravam como um monstro, incluindo ela mesmo. Brooke só conseguia encarar o olhar brilhante de William Afton de longe.

Michael tinha um aperto em seu peito por ter sido tão impotente em ajudar Brooke em todos esses momentos. Era horrível fingir não se importar porque odiava o que sentia. Quando a fúria misturava-se a proteção, sentia que gostaria daquilo que outrora fora sua crise.

Contudo isso, a realidade dura é que Brooke Emily estava muito mais do que assombrada.

𓄹⸼ ⊹ ִ  notas finais:

I. eu sei, eu demorei, mas pqp, eu fiz 5k de palavras nessa porra de capítulo e na antiga versão era só 2k, e detalhe, reescrevi 90%. Então apreciem porque tirei um dia de estudos do enem (q é essa semana) pra isso aqui, plmds, tô fudido. e por isso, não revisei (isso pq era pra ser revisao né).

II. como é óbvio, eu mudei a ordem de acontecimentos de FNAF, com as crianças dos animatronics já mortas antes da Charlotte. E também, é basicamente tudo diferente das lores principais já que aqui o Michael Afton e o Schmidt são as mesmas pessoas, como já disse antes.

III. o que acharam do capítulo? Têm teorias? O que acharam do Oliver? Comentem tudo e não se esqueçam de votar! É isso fml, até o próximo.

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