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𝑰𝑰𝑰. girls don't fight.

CAPÍTULO TRÊS
Garotas não lutam.

SABE QUANDO você está prestes a tomar uma decisão na sua vida que pode ser fatal para todos os eventos seguintes? Era esse o sentimento que se apossava de Theodora naquele momento, parada em frente ao dojo do Cobra Kai.

Ela poderia só dar as costas e voltar pra casa, fingir que nunca esteve ali, assistir uma comedia romântica debaixo das cobertas parecia uma proposta muito mais agradável do que levar socos a tarde inteira. Mas ao mesmo tempo ela sabia que Kyle nunca pararia de ser um babaca e se a única maneira de revidar um valentão é aprendendo o jogo dele, que seja.

O barulho da porta do estabelecimento atrai a atenção de Miguel e de seu sensei, que praticavam golpes em cima do tatame. A Young rapidamente reconhece a imagem do homem loiro da noite que conheceu o Diaz, torcendo o nariz e sorrindo desacreditada.

── Aula de Yoga é só as 17h — o homem disse enquanto outra pessoa também adentrava o dojo. Theo sorriu ao ver Aisha — Não importa o quanto precisam.

── Na verdade estou aqui pelo karatê e tenho quase certeza que ela também — a garota de óculos respondeu timidamente — Eu vi seu site. Dizia que haveria uma sessão hoje.

── Agradeço por terem vindo, mas não há garotas no Cobra Kai.

── Não há ninguém, na verdade — Theo comentou sarcasticamente, arrancando uma risadinha disfarçada de Miguel e um olhar mortífero do homem loiro.

── Por que não? — Aisha questionou.

── Pelo mesmo motivo que não há mulheres no exercito. Não faz sentido — a explicação do mas velho fez Miguel revirar os olhos fortemente e Theodora retorceu o nariz.

"Mas existem mulheres no exército." Theo pensou, mas antes que o comentário pudesse sair dos seus lábios de maneira ácida o Diaz se pronunciou.

── Sensei, eu preciso mostrar uma coisa no escritório — o garoto e o loiro encaminharam-se para o pequeno escritório, longe da vista das duas garotas.

A jovem Young cumprimentou Aisha com o olhar e tirou o momento para analisar o ambiente, colocando as mãos no bolso do casaco que usava. A decoração era majoritariamente vermelha e preta, com alguns pequenos detalhes em amarelo. Na parede principal, estava gravado "acerte primeiro, acerte forte, sem compaixão" e nas prateleiras haviam troféus expostos de diversos torneios, em todos gravados um nome: Johnny Lawrence.

── Tirem os sapatos e subam no tatame  — o sensei, que Theodora assumiu ser o dono dos troféus, ordenou, saindo do escritório — Depois de uma analise, decidir permitir alunas — ele disse quando as garotas já estavam prontas — Mas se quiserem ficar, não podem agir como garotas.

── O que você quer dizer com isso? — Theodora se pronunciou, os olhos afiados pra cima do homem. Ainda pensava que ele era meio babaca.

── Não venha com isso. Garotas são emotivas, falam alto, reclamam, não deixam a gente falar.

── Eu conheço alguns caras que agem... — Aisha rebateu, fazendo um sorrisinho de canto surgir nos lábios da loira.

── SILÊNCIO! — os três alunos se assustaram com o grito repentino do Lawrence — Meu aluno me disse que foi assediada na escola — o homem voltou ao tom de voz normal se dirigindo a garota de óculos.

── Sim. Principalmente online. Recebo mensagens e e-mails maldosos. Perco a vontade de ir para a escola — a resposta fez o Diaz e a Young se entreolharem. Aisha era tão gentil com todos, ela não merecia o tratamento que recebia só por conta de sua aparência.

── E quem manda essas mensagens?

── A grande maioria é anônima. Eles criam contas falsas, me chamam de feia e dizem que eu devia me matar — Theodora encara os próprios pés no chão, seu motivo para está ali parece pequeno em comparação ao dela.

── Meu deus. Que bando de covardes — a reação inesperada de Johnny capita a atenção dos três jovens — Na minha época, se você queria provocar alguém, fazia isso na cara deles. Havia honra, respeito. Esses nerds escondidos atrás de computadores são um bando de fracassados. Você tem medo desses perdedores?

── Não — a garota disse confusa.

── Vai ouvir merda desses perdedores?

── Não — dessa vez a voz de Aisha soa mais confiante.

── E você? — o mais velho caminha em passos lentos em frente a loira — Qual o seu motivo?

Theodora morde a parte interior bochecha por alguns segundos, pensando. Seus motivos não parecem mais tão nobres quanto os de Aisha, claro que tinham seu teor empático mas em grande parte era apenas revolta contra a situação de mãos atadas que ela se encontrava.

── Eu quero aprender a revidar na mesma moeda — a garota respondeu honestamente.

O homem sorriu disfarçadamente, satisfeito com a resposta.

── Ótimo. Quando as duas terminarem o curso, mas não vai ser com palavras  — o Lawrence cerrou as mãos em posição de ataque — Vai ser com os punhos.

Os três adolescentes trocaram sorrisos suaves, mal sabendo o que estava por vim.

Theodora foi a primeira a subir no tatame, ficando frente a frente com Miguel. Já Aisha se manteve ao lado do sensei, assistindo atenta.

── De frente pra mim. Saudação — o mais velho ordenou enquanto os adolescentes se cumprimentavam — Um de frente pro outro. Saudação. Sr. Diaz mostre a ela tudo o que aprendeu.

Tanto o garoto quanto a garota olharam confusos para Johnny. Qualquer suspeita que a Young tinha que o mais velho não batia bem da cabeça, agora ela tinha certeza.

── Espere. Eu não acho isso certo, sensei — Miguel protestou.

── Não acha o que certo? — o loiro arqueou as sobrancelhas.

── Ela é uma garota. Minha amiga. Eu não vou...

── E? Você não disse que as mulheres eram iguais aos homens? — a resposta do Lawrence fez o garoto revirar os olhos. Por mais que a Young não quisesse levar uma surra do seu amigo, ela foi obrigada a morder os lábios para conter um sorriso da situação em que se encontrava — Os inimigos não se importam pra que dia é. Eles se aproveitam da fraqueza. Se quiser vence-los tem que entrar com tudo no fogo. Prontos? Lutem!

Miguel ainda parecia meio relutante enquanto se colocava em posição de ataque.

── Desculpe — Theodora não tinha nem cerrado os punhos quando se viu no chão devido a uma rasteira do garoto, ela resmungou baixinho, mesmo que a dor de ser derrubada no tatame fosse bem menor do que seus tombos no gelo habituais — Meu Deus! Theo você está bem?

O maior erro do Diaz foi subestimar a tolerância de dor da garota, estendendo a mão para ajuda-la. A Young puxou o garoto com força, que foi de encontro ao chão, ao mesmo tempo que se levantava rapidamente. Miguel resmungou estirado no chão, os papeis de poucos segundos atrás invertidos.

── É, a garota tem futuro — Johnny exclamou com um meio sorriso  — Srta. Robinson sua vez.

A luta de Aisha foi parecida, porém mais violenta. Miguel acabou estirado no chão resmungando novamente, enquanto Theo sorriu fazendo um high five com a garota que retribuiu confiante. Uma bela amizade estava nascendo ali.

˚ ˚.⋆ ₊

As semanas passavam cada vez mais rápido quando o tempo estava ocupado, Theodora se viu em um grande looping entre os estudos e o karatê, o novo esporte suprindo a saudade que sentia da patinação.

Miguel e Aisha foram se tornando cada vez mais próximos da garota conforme eles dividiam boa parte de suas tardes juntos, treinando socos e chutes e conversando até tarde no dojo.

Christopher sentiu-se muito feliz ao ver a filha voltando a ter um pouco mais de cor e se abrindo para novas possibilidades, apesar de no inicio estranhar a diferença dos treinamentos, o que levaria Theo a se interessar por artes marciais?

A Young fazia concentrada um trabalho de espanhol que havia deixado pra ultima hora, enquanto comia uma maçã no almoço. Demitri estava na sua frente tagarelando algo sobre sua HQ nova, fazendo Theodora murmurar em concordância algumas vezes.

A atenção dos dois amigos foi atraída pelo baque de uma bandeja contra o chão, foi como se o refeitório todo ficasse em silencio ao mesmo tempo, todos os olhares voltados para Kyler Park e Samantha LaRusso. 

── Ei, galera. Sabe aquele outdoor com um pau enorme? — o garoto gritou  — Acho que a Sam puxou ao pai dela — as risadas ecoaram histericamente pela cafeteria, enquanto a garota citada cerrava seus punhos.

── Ei, Kyler — Theo avistou Miguel, como se lesse os pensamentos do garoto pelo olhar, a Young soltou suas coisas sobre a mesa, intrigada com a confusão que estava prestes a se formar — Porque não cala a boca e deixa de ser idiota?

── Quer outra surra, Reia? — o valentão empurrou o Diaz, provocativo.

A garota loira se levantou em um pulo, assim como Aisha, as duas garotas concentradas no que estava por vim.

── Estou pronto pro seu karatê de merda — o Park voltou a empurra-lo, fazendo Miguel cambalear.

── Não é um karatê de merda — o mais alto tentou socar o Diaz, sendo facilmente bloqueado — É cobra kai.

Miguel avançou com golpes certeiros pra cima, fazendo o nariz do garoto sangrar, mas não durou muito, Kyler logo prendeu o menor em um mata leão, arrastando-o por cima da mesa. O Diaz cotovelou o valentão duas vezes no estomago para conseguir se ver livre, ou melhor temporariamente livre, os outros amigos do Park se preparavam para avançar no garoto.

── Sem compaixão! — o grito de Aisha ao seu lado fez Theodora despertar do transe em que estava. Enquanto um garoto ruivo tentava atacar Miguel por trás.

Em um reflexo rápido a loira pegou o caderno que estava em cima da mesa, atingindo o objeto contra a cara do valentão, que cambaleou pra trás incapaz de se defender devido a tontura, Theo prontamente chutou o estomago do mais alto, fazendo-o cair no chão.

Um a menos.

── Valeu — o amigo agradeceu ofegante, aproveitando para chutar um garoto moreno de cabelos raspados que tentava avançar contra ele novamente.

── De nada — a loira respondeu, ofegante, tirando uma mecha de cabelo do rosto — Ah cara meu trabalho de espanhol! — ela resmungou, se esquivando dos ataques de um garoto de cabelos cacheados, usando o caderno para bater nele também.

Apesar de caírem no chão diversas vezes, o grupo de valentões era resiliente, Theo se esquivou de alguns ataques sendo atingida com um soco no rosto, ela deu uma cotovelada no garoto moreno e um chute, fazendo ele cair no chão.

Enquanto isso Miguel pulou em cima de uma mesa, usando a ideia da garota e batendo fortemente no rosto de Kyler com uma bandeja de plástico.

Quando a briga terminou, os dois amigos estavam ofegantes em meio aos gritos dos jovens em comemoração.

── Ei! Desça daí agora! — a voz da coordenadora reverberou, fazendo Theodora se esquivar pelo meio da multidão afim de não se encrencar.

── Você é meu alibi — a garota falou se escondendo atrás de Demitri no mesmo momento que Miguel era arrastado para a diretoria.

── Eu acho que não dá pra você ter um alibi — o garoto comentou rindo, enquanto a multidão ainda comemorava a vitória dos dois sobre os valentões.

˚ ˚.⋆ ₊

Theodora abriu a porta do dojo animada, o pequeno sino anunciando sua entrada, ela sabia que ao chegar em casa estaria morta nas mãos do seu pai mas agora só conseguia sentir a adrenalina e euforia da luta.

── Todos os quatro? — a garota ouviu Johnny perguntar de dentro da sala de administração.

── Sim — Miguel respondeu, tão eufórico quanto a garota.

──  Até o grandão idiota? — o mais velho não parecia acreditar no que ouvia.

── É, foi tudo muito rápido. Tudo foi se encaixando. Eu bloqueei, antecipei, deslizei — o Diaz contou nos dedos quando a Young adentrou a sala, jogando a mochila preta no chão sem nenhuma cerimonia — E Theo me defendeu quando eu não vi um cara nas minhas costas.

── Eu bati com um caderno no rosto de um cara! E chutei alguém com o dobro do meu tamanho! — a garota riu, inacreditada — Jesus Cristo, meu pai vai me matar.

── Sua mãe vai matar nós dois — o sensei exclamou para o garoto.

── Se ela ficasse sabendo. Quando a escola ligou, minha yaya atendeu. Nunca a vi tão orgulhosa. Ela não vai contar — Miguel sorriu.

── Me empresta sua vó?  — o comentário da Young fez o sorriso do garoto aumentar e o Lawrence se levantar do outro lado da mesa.

── Deixe-me ver se eu entendi. Vocês dois usaram as lições que eu ensinei, você com menos de três meses de treinamento — ele apontou para a loira — E deram uma surra naqueles otários?  — o tom de voz sério dele fazendo os dois adolescentes ficarem tensos, enquanto acenavam positivamente com a cabeça  — Me sigam.

Miguel e Theo se entreolharam enquanto seguiam o sensei em direção ao estacionamento, o homem abriu o porta malas do carro vermelho, revelando dois quimonos brancos com a logo do cobra kai, um tem a cor preta e o outro aparenta estar um pouco mais desbotado.

── Eu usei isso pra treinar pro meu primeiro torneio em 1981 — o Lawrence pegou a peça estendendo pro garoto — Eu quero que fique com ele — Theodora sorriu vendo a admiração do Diaz pelo mais velho  — E pra você eu mandei fazer uma versão menor, pro seu corpo de garota — o comentário fez a loira revirar os olhos com um sorriso, enquanto também pegava a peça das mãos do homem.

── Tem certeza? — Miguel perguntou inseguro, assim como a garota.

── Pode crer. Vocês merecem — a resposta fez o sorriso dos dois adolescentes alargarem. Miguel logo envolve o mais velho em um abraço caloroso, já Theo lança um sorriso carinhoso na direção do homem.

Os três sem notar que estão sendo observados por um par de olhos verdes, que tanto Johnny tanto Theodora conhecem bem. A diferença é que um deles quer muito a presença por perto, já o outro nem imagina o que está por vir.

O gosto amargo se espalha pela boca de Robby Keene ao ver as duas figuras que abraçam seu pai, uma é um garoto desconhecido, a outra está diferente do que ele lembrava, mais alta, com os cabelos descoloridos em um corte radical, mais bonita também (mesmo que ele nunca admita isso).

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