Apenas um jantar |13|
Oieee!! Emfim...
Realmente, me perdoem, mas as férias acabaram, sem contar que eu faço curso de inglês e sou atleta 3x na semana, então, provavelmente, eu não vou conseguir postar com tanta frequência quanto eu estou acostumada a postar por conta disso.
Eu também tenho vida social, e isso está sugando meu tempo todo.
Porém, consegui um tempinho e estou aqui para postar o cap.
Beijos na bunda, e fiquem com o décimo terceiro capítulo!
[...]
<3
Mamãe acordou a casa inteira aos berros no domingo de tarde. Fez todos ajudarem na limpeza da casa, inclusive Diana. Eu quase podia ver meu reflexo no piso de mármore da sala. Ela criou um menu especialmente para Zarah, com entrada, prato principal e sobremesa. Parecia até que receberíamos o papa.
A mesa de jantar estava arrumada impecavelmente com a prataria que dona Emilie comprou exclusivamente para esse momento, com direito a taças de cristal e um arranjo de flores no centro.
Sei o que estão pensando, e eu concordo plenamente.
Minha mãe está pirada com um simples jantar.
Eu tentei dizer que ela estava exagerando e quase fui esfaqueado. Decidi manter distância.
Quando a casa estava perfeitamente arrumada e a comida quase pronta, subi para meu quarto para me arrumar. Tenho certeza que fiquei mais tempo do que deveria debaixo d'água, mas meus músculos estavam tensos e só então eu percebi a gravidade da minha situação.
Zarah era a primeira garota que eu trazia para almoçar com a minha família.
- Querido, já está arrumado? – dona Emilie disse depois de passar pela porta. Estava terminando de dobrar a manga da camisa social branca quando ela entrou. E, uau! Dona Emilie estava maravilhosa. Usava um vestido preto justo até os joelhos, com um bonito decote em V, um cinto dourado na cintura e uma sandália preta e dourada nos pés. Brincos dourados combinando com um discreto colar, uma pulseira, um relógio e um anel. Maquiagem simples e os longos cabelos negros lisos. – Está meio simples, meu amor, mas está lindo.
- Obrigado. A senhora também está linda.
Não sei o que deu em mim para usar branco, mas estou usando, uma calça preta de alfaiataria chino e tênis preto.
- Agradeço pelo elogio. – ela sorriu de canto, ajeitando a manga da minha blusa enquanto falava.
- Não há de quê. – peguei a chave do carro em meu criado mudo. – Estou indo buscar Zarah. – ela assente radiante, está nervosa e animada. – Ah, antes de ir, preciso que me prometa uma coisa.
- Não vou bancar a coruja, já sei. – mamãe revirou os olhos e ri com seu gesto.
- Isso também, mas é outra coisa e é importante, mãe.
- O que foi, Atticus?
- Preciso que não pergunte sobre os pais de Zarah. – vi o cenho de minha mãe franzir. – Não pergunte por quê, depois lhe explico, só prometa que não vai perguntar sobre os pais dela. Se quiser que esse almoço dê certo, precisa me prometer.
Olhos negros contra olhos negros. Eu podia ver a confusão em seu olhar sobre meu pedido, mas contar antes desse almoço acontecer estava fora de questão.
- Tudo bem, então. Prometo não perguntar sobre os pais dela, mas depois você vai me contar o motivo.
Lhe dei um beijo estalado na bochecha antes de assentir e sair.
Dirigi com calma, já que ela morava perto. Parei em frente à sua porta e respirei fundo antes de apertar a campainha. Enfiei as mãos nos bolsos e olhei para meus tênis novo, comprei recentemente. A porta se abriu e vi saltos pretos.
Subi meu olhar.
Pernas expostas, apenas uma meia calça.
Continuei subindo o olhar.
Uma saia preta a qual não me atentei a mais detalhes, mas notei que era curta. Uma blusa branca retalhada em tecido listrado verticalmente. Um blazer branco de alfaiataria com pescoço de lapela com retalhos no próprio tecido. No pulso esquerdo, uma pulseira de prata. No seu pescoço, o colar que dei à ela estava por cima da blusa. E por fim, uma bolsa preta de marca: Yves Saint Laurent
Subi mais um pouco.
Lábios pintados de um gloss transparente, porém brilhoso. Bochechas rosadas, seu nariz estava um pouco vermelho, seus olhos também, mas o delineado disfarçava junto dos óculos. Cabelo solto ao natural.
Zarah estava linda.
- Oi. – sorriu tímida.
Eu ainda estava deslumbrado com sua beleza.
- Nossa, você está linda. Tem certeza que está indo para um jantar?
Ela riu e fungou, isso me despertou de volta para seu nariz vermelho. Será que estava doente?
- Obrigada. Você também está lindo.
- Ah, isso? Primeira coisa que vi no armário. – dei de ombros, como se não tivesse separado minha roupa assim que levantei.
- Normalmente as garotas dizem isso quando na verdade ficaram horas para escolher uma roupa.
Me senti exposto.
- Bom, não foi meu caso. – dei de ombros novamente. – Está tudo bem? - perguntei após alguns segundos de silêncio. - Seu nariz está vermelho.
Vi seus olhos tremularem por um momento.
- Sim, foi apenas a poeira, arrumei meu quarto.
Mentira.
Zarah estava mentindo. E eu queria muito pressioná-la para que me dissesse o real motivo, mas me controlei.
- Quer mesmo entrar? – ignorei sua mentira e perguntei o que estava entalado em minha garganta. – Ainda dá tempo de desistir.
Ela riu e saiu, fechando a porta atrás de si.
- Quero.
Peguei em sua mão e ela estava tremendo. Ou era eu? Bom, acho que os dois. Abri a porta do carro para ela como um perfeito cavalheiro e dei a volta para sentar no banco do motorista. Liguei o rádio depois de ligar o carro e coloquei Every Time We're Together, de Nickelback, para que ela relaxasse. Foi automático Zarah suspirar e afundar no banco. Sorri contente por meu plano ter funcionado.
Estacionei em frente minha casa um pouco antes da música terminar e esperei que terminasse para poder desligar o carro e sair, abrindo a porta para Zarah novamente. Ela parecia nervosa. Antes de abrir a porta, me virei para ela.
- Tem certeza que não quer desistir?
- Pelo amor de Deus, Atticus!
Ri de seu nervosismo e a puxei para mim pela cintura, fazendo a arfar com o movimento repentino.
- Relaxa, é só um almoço. Minha mãe gosta de você, só está um pouco animada com a hipótese de qualquer chance de ficarmos juntos.
- Desculpe, estou nervosa. É que não somos namorados, não sei como me portar.
- Zarah, relaxa. Seja você mesma. Não se preocupe em definir nosso estado atual, minha mãe não vai ligar nem se você me chamar de submisso. – dei de ombros e pude contemplar uma bela risada.
Minha mãe e Diana estavam na sala, e se levantaram assim que passamos pelo hall. Dona Emilie abriu um sorriso de mostrar seus brancos e perfeitos dentes.
- Boa tarde.
Zarah desejou tímida, com um sorriso pequeno, enquanto nos aproximávamos de minha família. Mamãe foi a primeira a se aproximar, seu sorriso genuíno era cativante.
- Boa tarde, minha querida. – a sensação de que tudo ia dar certo aflorou pelo meu peito quando minha mãe abraçou ternamente a ruivinha.
Depois de minha mãe, Diana a cumprimentou. É incrível como em apenas algumas visitas e conversas, minha família já se dá tão bem com ela. Tirando meu pai, eu acho. Ele não compareceu, de novo.
Como se fosse grande surpresa.
- Zarah, ainda dá tempo de você fugir. – Diana tenta ser engraçada e acaba recebendo um tapa no ombro de dona Emilie. – Ai!
Eu ri.
- Não tente assustar a menina.
- Não se preocupe, Emilie, Atticus ficou o caminho todo me perguntando se eu tinha certeza que não queria desistir.
Fiz cara de chocado. Que calúnia!
- Ai! – esfreguei meu braço após o tapa pesado de minha mãe. – Por que me bateu?
- Por tentar arruinar meu jantar. Além disso, não quero que você vire um velho ranzinza e sozinho, reclamando que nunca deveria ter afugentado a linda Zarah no começo do relacionamento de vocês. Eu quero estar no seu casamento e encher a cara de champanhe celebrando o fim da sua solteirice e, quem sabe, encher a cara novamente no nascimento do seu primeiro filho.
Porra, mãe!
Diana gargalhou do meu constrangimento. Merda, eu deveria saber que ela faria algo constrangedor. Era minha mãe, afinal!
Olhei para Zarah, estranhando seu silêncio, e eu mesmo fiquei com vontade de rir de sua vergonha, escondendo o rosto vermelho como um tomate nas mãos.
- Mãe! Quer matar a Zarah de vergonha? – ralhei risonho, tentando segurar o riso, e ela escondeu o rosto em meu peito, se encolhendo em mim.
- Oh, meu Deus, vocês ficam tão lindos juntos!
Juro que podia ver coraçõezinhos flutuando ao redor de minha mãe. Olhei para Zarah e ela ficou ainda mais vermelha. Dessa vez eu não consegui segurar o riso, foi mais forte que eu.
- Não ria de mim, Atticus!
Zarah me deu um tapa no peito que me fez afastar dela, mas seu biquinho de descontentamento e seu rosto corado de vergonha só pioraram meu ataque de risos.
- Não, irmãozinho, assim você vai perder a garota. – Diana passou por trás de mim, agarrou meu braço e o pôs sobre os ombros de Zarah. – Tem que trazê-la novamente para seus braços e deixar que ela se sinta protegida. Assim!
- Até parece que você tem moral para ensinar seu irmão aqui, Diana. Nunca nos apresentou um garoto. - eu zombei.
- Eca! Garotos são nojentos e cheiram mal. - Diana fez cara de nojo.
- Acho bom continuar com esse pensamento por um bom tempo ainda, mocinha. - dona Emilie alertou.
Olhei para Zarah, que observava a interação da minha família, e quando seu olhar cruzou com o meu, seu lábio inferior tremeu e eu soube que aquele jantar não daria mais certo.
Me aproximei dela.
- Zarah...
Lhe chamei, cauteloso e preocupado. Não havia mais sons de risadas e nem brincadeiras engraçadas, e eu sabia que minha mãe e minha irmã nos encaravam.
- Tudo bem, querida? – mamãe se aproximou.
Ela estava de cabeça baixa, segurando a bolsa com força, mas quando ela a levantou e abriu os olhos, ofeguei ao vê-la derramar lágrimas.
- Me desculpe. – sua voz era apenas um sussurro rouco e choroso. – Eu tentei, Atticus... eu juro que tentei, mas não consigo fazer isso. Não hoje.
Ela deu um passo atrás e eu, um a frente.
Eu sabia que deveria ter insistido em saber sobre seu nariz vermelho. Sabia que ela estava mentindo quando disse que arrumou o quarto. E, no fundo, eu sabia a verdade.
Zarah estava chorando antes de eu ir busca-la.
E tenho um palpite do porquê.
- Zarah, tudo bem. Se acalme, e eu te levo para casa.
- Não está tudo bem. Eu não queria estragar o jantar, Emilie, por favor me desculpe.
- Está tudo bem, minha querida.
- Não, não está. Eu deveria ter te contado, Atticus. – seus olhos vermelhos voltaram para mim, e vê-la daquele jeito era agonizante. – Mas eu não queria que você adiasse o jantar porque eu não queria passar esse dia sozinha em casa. – seus braços abraçaram seu corpo e seu olhar foi para o chão, antes de voltar para mim novamente.
- Zarah... – dei mais um passo, mas parei quando ela falou:
- Hoje faz oito anos que meus pais morreram. – senti bile parar na boca. – Não queria ficar mais um ano sozinha, por isso não disse nada, e eu queria tanto ficar com você e a sua família.
Ela deu um sorriso triste antes de passar as mãos no rosto para limpar os rastros das lágrimas.
No momento que pensei em ir até ela e abraça-la, lhe dizer que estava tudo bem e que poderíamos deitar na minha cama e ver o que ela quisesse apenas para se sentir melhor, minha mãe me parou. E foi no meu lugar.
E eu entendi o que ela queria fazer, porque ao mesmo tempo que era mãe, também era filha. Pelo o que dona Emilie havia me contado anos atrás, ela era filha única e perdeu os pais cedo assim como Zarah.
Ela entendia a ruivinha do jeito que eu não podia.
- Tudo bem em sentir falta dos seus pais, minha flor, eu também sinto dos meus, e já fazem mais de vinte e cinco anos. – me vi surpreso, mamãe não costuma falar sobre a morte deles. – Eu tinha dezesseis anos quando os perdi, e quase pensei em ir junto com eles, mas eu encontrei um refúgio, e foi ele que me impediu e ficou do meu lado naquele momento, e então eu soube que não poderia abandoná-lo. - Pode chorar, minha querida. Nós estaremos aqui por você, sempre que precisar.
E ela chorou. Muito. E cada soluço era uma lâmina atravessando meu peito. Tudo que eu queria era pega-la no colo e leva-la para o meu quarto, onde ela poderia extravasar sua dor sem ser vista por ninguém, porque, de uma maneira estranha, eu queria cuidar de Zarah.
E quando seus soluços enfim cessaram, ela parecia muito melhor. A levei ao banheiro para lavar o rosto e voltamos para a sala de jantar, onde pudemos jantar mais tranquilos e relaxados do que antes. E antes quando eu achava que minha mãe e Zarah já eram amigas, agora elas pareciam mais mãe e filha.
Nunca fiquei tão agradecido por minha mãe ser uma "mãe coruja", e para a felicidade dela, a ruivinha adorou seu menu escolhido especialmente para ela. Bom, não que alguém consiga resistir a salada caesar com manga, bife ao ponto e malpassado com batata rosty e quiche de tomate, e claro, de sobremesa um maravilhoso tiramisù de castanhas acompanhando uma segunda opção: sushi.
Apesar de morarmos no lado ocidental do planeta, minha mãe era fascinada pela comida oriental e bom, eu meio que deixei escapar que Zarah também.
A ruivinha devorou o punha no prato, isso quando não repetia. Apenas o que ela deixou de lado na beirada do prato foram as fatias de manga - talvez não gostasse da fruta.
Eu me servi com whisky, minha mãe abraçou seu vinho e como Zarah não bebia álcool, bebericava água ou suco, fazendo companhia para Diana. Passamos o restante da tarde e o início da noite jogando conversa fora sobre diversos assuntos, e quanto mais Zarah falava sobre seguir a carreira da madrinha mais eu ficava encantado.
Quando Diana se deu conta que minha mãe já tinha esvaziado duas garrafas de vinho sozinha, ela a ajudou para o quarto, dormir. E antes de Diana se trancar no quarto, ainda tive que ouvir mais uma piada sobre não fazermos barulho.
Me virei para Zarah naquele momento e ofereci para leva-la para casa, se ela quisesse ir, e fiquei contente por ela negar. Subimos para o meu quarto, mesmo eu insistindo em ficar na sala de tevê, já que a televisão era maior que a do meu quarto. Mas assim que tirou as joias, o salto e deitou na minha cama, entendi porque ela queria tanto vir para cá. Ela estava cansada.
Não era a primeira vez que Zarah entrava no meu quarto, e ela parecia mais a vontade do que nas outras vezes. Eu também estava cansado e com sono, o dia foi bem agitado, mas estava lutando para manter os olhos abertos e prestar atenção na televisão pois pensava que ela estava acordada, e quando ela pedisse para leva-la para casa, eu queria estar acordado.
Mas ela não pediu.
Não pensei duas vezes em ligar o ar condicionado e desligar a televisão, nos cobrindo com um edredom, e fechei os olhos, sentindo o sono me dominar e uma fragrância levemente adocicada penetrar minhas narinas.
Eu me arrependeria por dormir com ela, e ela também se arrependeria de dormir comigo.
Mas, ao menos, eu gostaria disso, apenas não admitiria.
[...]
<3
Acordei com uma movimentação. Abri os olhos devagar, e me amaldiçoei por ter esquecido de fechar a cortina. Meu braço esquerdo estava dormente e o direito parecia pendurado. Tinha alguma coisa por cima das minhas pernas, e era macio.
Tentei mexer o braço esquerdo, mas tinha algo em cima dele. Quando minha visão estava em foco, virei a cabeça para o lado e quase dei um pulo ao ver cabelos ruivos.
Zarah ainda dormia do meu lado. Quer dizer, enroscada em mim.
Olhei para a direita e por pouco não caio da cama, eu estava na beira. Como vim parar aqui, não faço ideia. Entendi porque meu braço direito parecia pendurado, ele realmente estava.
Busquei meu celular no criado mudo, ainda tínhamos alguns minutos até o despertador tocar.
Empurrei a ruivinha adormecida um pouco mais para o centro da cama, ela se remexeu, mas não acordou. Até dormindo a garota é bonita. Sorri com o pensamento.
Retirei meu braço debaixo de sua cabeça com cuidado e resmunguei ao mexê-lo. Me levantei com cuidado e fui para o banheiro. Tomei um banho gelado refrescante, fiz minha higiene e saí com uma toalha enrolada na cintura enquanto secava o cabelo com outra.
Bati meu corpo com algo e fui direto ao chão, e pelo resmungo de dor, era Zarah.
- Bom dia para você também.
- Desculpe, estou sem óculos. – ela se sentou em cima de mim e me apoiei nos cotovelos para levantar um pouco o tronco. – Bom dia.
Eu estava mudo e estático.
Puta que pariu.
- Zarah, por que diabos você está só de lingerie?
E era de renda, branca. Porra, ela estava gostosa. Seu rosto enrubesceu e ela tentou se cobrir com os braços.
- Droga. Eu acordei de madrugada com calor, então tirei a roupa. Só que eu esqueci que não estou na minha casa, e sim na sua.
- É um costume seu?
- Sim, cacete! Eu tenho mania de dormir assim desde pequena.
- Atticus? Escutei um barulho, tudo bem por... aqui?
Olhamos ao mesmo tempo na direção da porta. Diana estava parada bebendo algo com um canudo em seu copo preferido, com minha mãe logo atrás.
- Atticus, eu tenho miopia, então não enxergo de longe. Por favor, me diz que não sua irmã ou sua mãe que está na porta nos encarando enquanto eu estou seminua em cima de você.
Pigarreei.
- Você quer a verdade ou a mentira?
- Qual delas vai me deixar menos envergonhada?
- Nenhuma.
Diana e minha mãe admiravam. Não sabia, e sequer queria saber, o que passava na cabeça das duas.
- E se eu disser que são as duas? - Zarah arfou, paralisada.
- Meu filhinho será um homem de sorte, você tem uma linda bunda, Zarah. – Mamãe e suas piadinhas fora de hora. A essa altura, a ruivinha já estava virando um verdadeiro tomate. – Se quiser um conselho, investe em lingerie de tons escuros, querida. Você é muito branquinha, vai te favorecer mais.
- O Atticus adora preto ou vermelho. - Diana comentou, fazendo um som irritante enquanto bebia de canudo.
- Porra, Diana! – a ruivinha escondeu o rosto em meu peito quando me sentei e a cobri com a toalha que usava para secar o cabelo.
- O que? Estou te ajudando, seu mal-agradecido.
- Vamos deixar o seu irmão ter uma manhã feliz, Diana. – mamãe a puxou para fora do quarto e antes que ela fechasse a porta, ainda pude ouvir os risos de Diana. – Usem camisinha.
Eu não sei quem estava mais constrangido, Zarah ou eu.
- Tudo bem, eles já foram.
- Por que eu só passo vergonha na frente da sua família? – nos levantamos e Zarah se agarrava a toalha como um bote salva-vidas.
- Deve ser porque a minha família adora fazer as pessoas passarem vergonha. – rio e lhe entrego seus óculos. – Pode tomar um banho, se quiser. Ainda temos aula.
- Obrigada.
- Não precisa investir em tons escuros, tons claros combinam com você. – sorrio quando ela cora. – Mas o preto te deixaria muito sexy.
- Atticus!
Gargalho quando ela praticamente corre para o banheiro. E antes que pudesse abrir meu armário, uma imagem de Zarah numa lingerie vermelha paira em minha mente.
Os cabelos jogados na cama, sem óculos, aqueles lábios rosados, os seios médios cobertos pelo sutiã de renda, a cintura fina, a barriga lisa, o quadril largo, a calcinha, as coxas fartas e as pernas entreabertas.
Meu pau deu sinal de vida.
Porra.
Aquilo estava mexendo com a minha cabeça. Zarah estava mexendo com a minha cabeça.
E, parando para pensar, Zarah foi a primeira garota que eu trouxe aqui para casa. E o fato dela, além de vir, jantar conosco, fez minha mãe surtar mas do que ela já surtaria. E foi exatamente o que aconteceu. Dona Emilie enlouqueceu apenas com o palpite de existir qualquer mísera possibilidade de Zarah se tornar parte da família como minha namorada. É um termo esquisito, assim diria. Nunca fui de namorar, ou "ficar sério". Eu sou o tipo de cara que prefere ir a baladas e festas. Sou o tipo de cara que escolhe beber até o ponto de ver tudo embaçado e ter de tomar um remédio para ressaca no dia seguinte. Sou o tipo de cara que leva garotas para o quarto apenas por diversão e prazer, nada sob circunstâncias de qualquer regra de relacionamento fechado ou algo do tipo. Sou o tipo de cara que você e nem ninguém diria ser visto como boa influência. Mas isso é óbvio. Apesar de tudo, de toda essa pose de "só se vive uma vez", não representa uma posição social na qual eu sou totalmente uma má influência, até porque minhas notas são boas, participo de cursos e tudo mais. Sou atleta de primeira e já levei o nome do colégio várias vezes para jornais de notícias e reportagens sobre fama. Apenas com medalhas e troféus. Me enxergam como um peão no tabuleiro que se move de acordo com as expectativas que eu alcanço, se tornando outras peças mais importantes do jogo. Que jogo? A vida real. Eu acho isso muito importunante e excessivo, mas consigo tudo o que quero, e quando eu quero. E foi por causa disso que eu me interessei em Zarah. Me interessei nela porque estou acostumado a ter garotas e mais garotas aos meus pés. Fãs, eu diria, talvez. E essas garotas obcecadas pela minha pessoa, são não mais do que mais um ponto no meu placar da fama. estão apenas cantando vitória em meu nome. Por isso que várias redes nacionais, e também internacionais, se interessam por mim. Bem, talvez não por mim, e sim pelo engajamento que seria arranjado com quaisquer publicações e anúncios que tenham minha cara estampada neles. Mas, Zarah? Zarah é... diferente. Ela não se interessou por mim, e ainda não se interessa. Ela não ligaria se ela nunca tivesse a notado, não se importaria em não ser vista. E talvez isso fosse bom, talvez isso realmente seja algo bom, se fosse no meu caso. Até porque toda essa merda de "loirinho capa de revista" é cansativa, ter meu rosto estampado em produtos de linhas de qualquer marca apenas por engajamento é cansativo, ser notado a cada segundo é cansativo, ter a fama é cansativo. E, às vezes, eu desejo ser como Zarah, não ser notado por ninguém e viver minha vida em paz. Sem ter que me preocupar se vou ter uma seção de fotos aqui ou acolá, onde quer que seja. Sem ter que me preocupar com essa merda toda. Porque é exaustivo! E Zarah simplesmente não se interessar por mim, um pouquinho que fosse, me fez enxergar que existe algo a mais além da fama. Por isso eu me interessei por ela. E por mais difícil que seja, eu quero descobrir mais coisas sobre ela e seu passado que aparenta ser tão sombrio. Ela é uma incógnita para mim. E é por isso eu quero descobrir quem ela é, verdadeiramente. Por isso eu quero descobrir quem é Zarah Green Hill, e por qual motivo ela é tão misteriosa e fechada. Não é só o motivo da exaustão da fama que me interessei por Zarah, não é só isso, tem coisa além disso. E é isso que também preciso descobrir. A morte repentina e misteriosa dos pais de Zarah é uma caso esquisito e sem reformulação entre pesquisas e fontes já encontradas e escritas. É tudo muito confuso. Zarah é confusa. E ela está me deixando confuso também. Zarah está me enlouquecendo, porque eu não consigo saber quem está por de baixo de toda aquela muralha emocional que não se permite bem se abrir com outras pessoas. E eu estou mergulhando fundo nisso. Porque quando eu quero uma coisa, eu consigo. Leve o tempo que for. Eu vou descobrir quem é Zarah Green Hill e por qual motivo especificamente eu me viciei nela. Zarah se tornou o Meu Vício.
[...]
<3
Espero que tenham gostado, esse foi um capítulo mais voltado para o jantar deles mesmo.
Lembram quando eu disse que o Atticus iria ter noção do porque ele se interessa tanto pela nossa ruivinha?? Pois bem, esse último parágrafo diz TUDOOO!!
Ok... talvez não tudo...
QUASE tudo!
Mas o resto eu deixo para vocês descobrirem ao longo do livro!
[...]
<3
Para quem estava curioso quanto à roupa deles, aqui está!
Roupa da Zarah:
+ Salto que ela usou:
Nota de vocês:
Aí, quanto à foto da roupa, é só uma inspiração. Até porquê os acessórios são diferentes, então, façam o seguinte: imaginem que a pulseira é a mesma, só que prata. E, ao invés do colar dourado, imaginem o que o Atticus deu pra ela!!!
Enfim!
Roupa do Atticus:
Nota de vocês:
E por fim...
Roupa da dona Emilie:
Nota de vocês:
[...]
<3
Essa Diana gosta de envergonhar as pessoas, né? Junto com a dona Emilie!! KAKAAKKAAK
E A VERGONHA???, MEU PAI AMADO KAAKKAKAKAKAKAKAKA
A Zarinha querida seminua em cima do Atticus!!
Para mim o melhor foram elas dando conselho para a Zarah usar lingerie preta ou vermelha porque o Atticus gosta de tons mais escuros akakakakaka
"– Se quiser um conselho, investe em lingerie de tons escuros, querida. Você é muito branquinha, vai te favorecer mais."
"- O Atticus adora preto ou vermelho."
E PRESTEM ATENÇÃS NESSES DETALHES, OUVIRAM!!??
Vai fazer diferença demaissss nos próximos capítulos!!
Vejamos...
Imaginem:
Little querida cabelo de abóbora cai em cima do colo do Big querido loira do tchan apenas de "biquíni" de renda branca e passa vergonha, entenda o caso!
AKAKAKAKAKAKA
E esse TEXTÃO, genteeee???
Deu para perceber agora que a vida de modelo "loirinho capa de revista" do nosso querido Atticus não é tão fácil assim, não é mesmo!
Tive até que dar uma pausa depois de escrever tudo aquilo kakakka
Imagina se eu escrevi tudo aquilo e vocês comentam: "Oi, é pra ler?💕" Que nem aquele meme?? 🤡🤡
Emfim!
[...]
<3
Espero que tenham gostado, os próximos capítulos serão um pouco mais agitados, e peço que tenham paciência quanto a minha demora, as férias acabaram infelizmente.
Até o próximo capítulo!
VOTEM MUITOOOO!!!
Beijos da tia Jade! <3
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