⋘ ᴛʀʏ ʟᴀᴛᴇʀ... ⋙

When everybody sleeps...

Felix!

Foi com esse grito que meus olhos se abriram de repente. Meu coração estava disparado, e tudo parecia meio embaçado. Eu piscava, tentando entender onde estava. A primeira coisa que vi foi Chan hyung e Seungmin hyung me encarando com expressões que misturavam preocupação e diversão.

_Finalmente acordou, princesa adormecida - Seungmin comentou, cruzando os braços e soltando um suspiro exagerado.

Foi então que percebi onde exatamente eu estava. Ou melhor, em quem eu estava. Meu rosto esquentou instantaneamente ao perceber que estava deitado no peitoral de Minho. Ele ainda estava sentado no sofá, com uma expressão calma, mas seus olhos fixos em mim tinham um brilho travesso.

_Que!? Ai desculpa... Seung Hyung... - murmurei, tentando mudar o foco de tudo aquilo, enquanto fazia um biquinho dramático, lembrando que Seungmin adorava quando eu fazia isso.

Ele, no entanto, cruzou os braços, arqueando uma sobrancelha.

- Não! Dessa vez nem o seu biquinho vai me convencer, Felix. Você tava praticamente dormindo como um bebê no peitoral do Minho. Tá achando que eu vou deixar isso passar? - provocou, com um sorriso malicioso.

_Hyung! - protestei irritado.

Por outro lado Minho só ria da situação, claramente se divertindo com isso. Se inclinando para mais perto de mim chegando em meu ouvido e sussurrando.

_Para quê essa vergonha toda? Não foi ruim né? Você parecia confortável. - eu logo me arrepiei com sou voz tão perto assim. Tá.. eu levei outro susto e levantei rápido demais e quase desmaiei denovo, mas Minho me segurou antes de cair. Odeio ter pressão baixa.

_Ugh... eu esqueci da pressão baixa.

_Felix eu e o Chan temos que ir, meus pais estão tendo alguns problemas em casa tá? Beijo - Seungmin simplesmente avisa e vai pra porta.

_Ah já?

_Emergência familiar sabe como é lá em casa... - Seungmin fala bem triste mas não tira aquele sorriso do rosto. Eu sei oque acontece na casa dele é muito chato viver assim.

_Sei.. tchau minnie hyung! Tchau cunhado! - respondi meio atordoado.

_Tchau e não faz besteira tá? - iria reclamar mas não seria útil porque ele já tinha saido.

_Somos só nós dois agora né? - a voz que não deveria ter falado nada disse alguma coisa. Mas esse comentário me fez pensar por 2 segundos.

Estamos sozinhos em casa... sozinhos sem ninguém mais... eu vou enlouquecer.

_Você tá estranho desde que acordou... - Ele comentou, seu tom carregado de diversão. - Tem certeza de que tá bem, Felix? Ou será que tem alguma coisa incomodando você?

_Tem não relaxa, quer assistir alguma coisa? - perguntei antes de soltar qualquer bomba.

_Tá, vou fingir que acredito, quer assistir Castelo animado? - Minho pergunta pegando o controlhe

_Claro que sim!

Minho riu, balançando a cabeça enquanto procurava pelo filme.

- Você e esse seu amor por Castelo Animado... não cansa nunca, né?

_Um clássico, não tem como não amar. - Retruquei, enquanto cruzava meus braços em uma forma drámatica.

O filme começou e eu tentei me concentrar na animação, porém um certo alguém estava com o braço envolta de mim. Aos poucos eu fui relaxando e acho que ele percebeu e colocou a cabeça em cima da minha.

Aí eu percebi que ele é louco.

Mas aí depois de um tempo já me perdi em meus própios pensamentos.

You're losing your aim
And you feel like you alone missed the grow

Uma vez minha mãe me disse "Você está perdendo seu objetivo e você sente que só você perdeu o crescimento" nunca entendi isso, sempre ignorei, mas agora isso faz sentido.

Talvez eu tenha perdido mesmo meu objetivo em algum momento. Talvez eu tenha ficado tão preso em tentar entender as expectativas dos outros, ou até mesmo minhas próprias, que não percebi o quanto estava ficando para trás.

_Felix? Você tá bem?

_Ah... sim, tô bem - murmurei, oferecendo um sorriso fraco.

Minho estreitou os olhos, claramente não comprando a minha resposta.

_Tá mentindo muito mal pra alguém que acabou de filosofar enquanto fingia assistir a um filme.

_Só coisas aleatórias relaxa. Mas agora que eu to com inspiração vou escrever um pouco. - levantei e fui para o outro lado do sofá pegando o "caderno de emergências filosóficas do Felix".

Minho riu baixinho, balançando a cabeça.

_Caderno de emergências filosóficas? Isso parece tão... você.

_E precisa ser, né? - Respondi com um sorriso discreto, enquanto abria o caderno.

Não tenha medo, levante suas mãos bem alto
Eles te chamam de estúpido
Quando você já está no céu
Oh, deixe-os falar
Você está muito à frente dos seus amigos
Você não está atrás
Você nunca saberá se a esquerda é a direita
Se você não tentar, acredite em mim, garoto.

_É engraçado, né? - comentei, ainda olhando para o caderno.

_O quê? - Ele perguntou, inclinando-se um pouco.

_As pessoas acham que sabem o que é melhor pra gente. Mas, no fundo, ninguém entende realmente o que estamos passando.

Minho ficou em silêncio, e por um momento achei que ele ia soltar mais uma daquelas frases provocativas. Mas, em vez disso.

_Você tá certo. Mas... às vezes, o que dizem não importa tanto quanto o que você escolhe acreditar.

Suas palavras me fizeram parar. Pela primeira vez em muito tempo, senti como se alguém realmente entendesse o que eu queria dizer.

_Obrigado, Minho. - Olhei para ele com um sorriso pequeno, mas genuíno.

_Eu que agradeço. Você escreve demais. Acho que vai explodir de tanto pensar.

Eu joguei uma almofada no mesmo rindo, será que eu finalmente posso falar do meu sonho para alguém?

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OI GENTE! Mais um capítulo pra vocês! Oque acharam? Eu tive que mudar o contexto desse um pouco então se tiver alguma coisa sem sentido mil desculpas.

Frase do dia: A força não está em nunca cair, mas em sempre se levantar.