A luz da manhã filtrava-se pela janela, projetando um brilho suave no quarto. Jennie estava acordada antes do sol e da própria Rosé. Sentada na beirada da cama, sentia-se em conflito. As palavras de Lisa ecoavam em sua mente, mas a ideia de deixar tudo para trás sem uma explicação parecia a única solução. *Era mais fácil assim... ou não?*Com um suspiro profundo, Jennie decidiu que precisava deixar algo para Rosé. Um aviso, uma despedida, uma explicação que nunca teve coragem de dar pessoalmente. Pegou um pedaço de papel e uma caneta, escrevendo rapidamente, suas mãos tremendo levemente:

Carta de Jennie
Rosé Eu sinto muito. Eu não consigo explicar tudo o que estou sentindo agora. Preciso voltar para casa e, por algum motivo, não consegui encontrar coragem para me despedir. Você merece alguém que possa dar o melhor de si, e eu... eu ainda estou perdida.Espero que um dia você entenda. Eu amei cada momento que passamos juntas. Por favor, não se culpe.
Com amor, Jennie

Depois de reler a carta, Jennie a deixou na mesa de cabeceira de Rosé e saiu do quarto, movendo-se silenciosamente pela casa. O coração estava pesado, mas a decisão estava tomada. *Era hora de partir.*Assim que Jennie saiu, Rosé ainda dormia.Alguns minutos depois, Rosé acordou com o sol batendo em seu rosto. Espreguiçando-se, ela olhou ao redor, sentindo que algo estava diferente. Ao sentar-se na cama, seus olhos caíram sobre a mesa de cabeceira. A carta.

Rosé— O que é isso?— Rosé murmurou, pegando o papel com um olhar confuso. Ao abrir, as palavras de Jennie começaram a se desenrolar em sua mente.
— Não... não!— Rosé exclamou.
— Ela foi embora!

Rapidamente, Rosé se vestiu, quase em pânico. A ideia de que Jennie tinha partido sem dizer adeus a deixou tonta. Não, ela não poderia deixar isso assim. Nesse momento, Lisa acordou, o rosto sonolento iluminando-se com preocupação ao ver Rosé correndo de um lado para o outro.

Lisa— Rosé, o que está acontecendo?— Lisa perguntou, esfregando os olhos. — Você parece uma louca!

Rosé— A Jennie foi embora!— Rosé respondeu, a voz tremendo. — Ela escreveu uma carta e saiu. Ela não me disse nada!

O olhar de Lisa se transformou em confusão e preocupação.

Lisa— Como assim? Para onde ela foi?
— Lisa perguntou, tentando entender a situação.

Rosé— Tenho certeza que ela foi para a cidade...
— Rosé respondeu, sua voz falhando. — Ela decidiu ir embora, e eu não posso deixá-la partir assim!

Sem mais palavras, Rosé pegou seu celular e rapidamente chamou um táxi.

Lisa— Rosé, espere!— Lisa chamou, agora totalmente acordada. — Você não pode simplesmente sair assim!

Rosé— Eu tenho que ir! Não posso deixar ela partir sem tentar. Se eu não fizer isso, vou me arrepender para sempre...

Assim que o táxi chegou, Rosé correu até o carro, se virando rapidamente para Lisa.

Rosé— Por favor Lisa, entenda. Eu preciso disso!

Com um aceno de cabeça, ela entrou no táxi, a adrenalina pulsando em suas veias. Enquanto o carro se afastava, Rosé olhou para a janela, vendo a cidade passar rapidamente. O táxi fez o caminho rapidamente, e Rosé sentia uma mistura de esperança e desespero.

??— Para onde estamos indo, moça? — o motorista perguntou.

Rosé— Rua 45, apartamento 301, por favor!— Rosé respondeu, a voz firme, mas a ansiedade corroendo seu interior. Com cada quilômetro percorrido, a pressão aumentava. Quando o táxi finalmente parou, Rosé pagou rapidamente e saiu, a adrenalina a impulsionando. Ela subiu as escadas apressadamente, sem se importar se os outros estavam a observando. O coração batia forte em seu peito, quase como um grito desesperado.

Rosé— Jennie! — ela chamou, ao chegar na porta do apartamento. Sua voz ecoou no corredor, mas não houve resposta.

Com a mão tremendo, Rosé bateu na porta.

Rosé— Jennie, por favor! — ela implorou, batendo mais uma vez. — Eu preciso falar com você!

Finalmente, após um silêncio angustiante, a porta se abriu lentamente. Jennie estava lá, com os olhos arregalados e a expressão de quem estava prestes a chorar.

Jennie— Rosé...

Rosé— Você não pode ir! — Rosé exclamou, as lágrimas escorrendo pelo rosto. — Eu não posso deixar você partir assim!

Jennie— Rosé, eu...- A mesma foi interrompida por Rosé.

Rosé— Por favor! Apenas me escute. Nós precisamos conversar sobre tudo isso. Não podemos simplesmente deixar tudo assim.

Os olhos de Jennie se encheram de lágrimas.

Jennie— Eu não sei como... — Jennie sussurrou.

Continua...