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Two

Capítulo Dois

  O peso do braço envolto da minha cintura que me mantinha presa a cama era um dos lembretes da noite passada junto com as roupas espalhadas pelo quarto. Talvez nós estivéssemos nos precipitando, mas a confiança mútua que temos entre nós, torna tudo tão mágico, intenso e tão apaixonante que fica difícil dizer não. Marvin era e é a minha vida, eu sentia isso em meu coração e em minha alma. E não havia nada que mudasse isso. 

 Retirei seu braço de minha cintura com cuidado e peguei um roupão, e o vesti a caminho da sala de estar.  Lá, na mesinha de centro ainda repousava as duas taças de vinho junto com a garrafa vazia, que com uma proeza impressionante, nos conseguimos esvaziar. 

  As tomei em minhas mãos e as levei até a pia. O açúcar derramado havia sido limpo antes houvesse uma infestação de formigas, Marvin fez questão de limpar e eu não fui contra. 

 Com muito cuidado, preparei o café e o pus na mesa, que logo foram acompanhados pelas torradas e pela geleia de morango.

— Queria que todos os dias fossem assim. — declarou Marvin. O cabelo ruivo ainda bagunçado o deixava fofo e com um ar de inocência. — Você e eu, aqui, sem preocupações e só faltava uma praia.

— Nem começa. — o adverti. — Amo a sua mãe, mas não vamos mais vê ela tão cedo. Ainda não esqueci daquela senhora, Marvin.

  Marvin revirou os olhos diante da minha teimosia e se sentou se à mesa.

— O que tem de linda, tem de teimosa. — e bebericou o café e deu uma mordida numa torrada. 

— Os humanos são sempre assim?

— Lindos ou teimosos? — indaguei. Era divertido a maneira como ele nos enxergava, como se fossemos as criaturas mais estranhas do mundo, o que não deixa de ser verdade. — Depende muito de cada ponto de vista. Como você me vê?

  Ele ponderou por um longo tempo, olhou em meus olhos e depois disse:

— Linda, forte, corajosa, teimosa, fofa, sexy, inteligente, divertida e tudo que há de bom no mundo.

  O olhei incrédula. Nunca uma pessoa tinha me descrito com tanta...paixão.  Estamos apaixonados, isso é um fato, mas eu não esperava toda essa intensidade. Havia coisas que somente Marvin conseguia fazer.

— Você está vermelha. — constatou.

— É porque eu não esperava uma declaração tão romântica logo cedo.

— Desculpe.

— Não, isso é bom. — apressei em explicar. — Mulheres gostam de declarações românticas. Eu gosto de declarações românticas.

  Ele assentiu e voltou a beber seu café, mas não tirou os olhos de mim até que eu fosse embora.


• ────── ✾ ────── •


  Pelo retrovisor do meu carro, constatei que minhas bochechas ainda estava vermelhas e que maquiagem nenhuma iria esconder aquilo. Só me resta aceitar e esperar pelas provocações de Tatiana. 

  Após terminar o meu café da manhã com Marvin, recebi uma mensagem de Tatiana que me pedia para buscá-la em sua casa, já que a mesma sempre ressaltou que odiava dirigir, e para que eu a ajudasse nas compras.

— Vamos logo, Tatiana. — buzinei em protesto. — Eu não tenho o dia inteiro.

  Avistei pela janela direita do meu carro, descer as escadarias de sua casa com a maior tranquilidade e abrir a porta do carro, se sentar no banco do carona.

— Cheguei. — cantarolou. — Nossa, você está vermelha. É de raiva ou por causa do gato ruivo?

  Revirei os olhos e decidi a ignorar.

— Com certeza é pelo gato ruivo.

— O nome dele é Marvin, não gato ruivo. — retruquei.

— Ciumenta.

 Dei a partida no carro e desci pela Reeves Street e logo virando a direita na Ayliffe Street para entrar na B23, a maior avenida de Kingscote. O trajeto até a parte mais movimenta da cidade litorânea foi tranquilo e sem piadas, o que foi um pouco estranho, porém satisfatório. 

 Nossa primeira parada foi na Kingscote Gift Shop, uma loja de departamento e de lá seguimos para OP Shop, uma loja de roupa que ficava na mesma rua. Passamos boa parte da tarde ora experimentando, ora rodando a cidade atrás de mais roupas, o que nos era limitado já que moramos em uma cidade pequena dentro de uma ilha. Uma das únicas forma de sair de Kangaroo Island era através da barca que ficava em Penneshaw, que fica a cerca de 59,1km de distância.

— Odeio esse lugar! — exclamou Tatiana, emburrada. — Nunca tem nada.

— Então porquê se mudou para cá, afinal de contas?

  Tatiana parecia estar imersa em seus pensamentos. Seu olhos se fixaram em um ponto especifico na rua e por lá ficou por alguns segundos e então, ela se pronunciou:

— Para me afastar do meu ex.

— O descendente de italianos? O tal de Damon?

— Esse mesmo. — confirmou. — No meu país, ele seria um "filho de uma égua".

— Coitada da égua. — comentei. Tatiana pouco falava sobre sua vida amorosa que até soava estranho vê-la falar abertamente sobre isso. — O que ele fez de tão ruim para você o odiar tanto?

— Ele me deixou quando eu mais precisei dele, mas isso é passado e para mim, ele tá mortinho da silva.

  Fiquei tentada a fazer mais perguntas, mas ela iria se incomodar e por isso deixei o assunto morrer.

  Religuei o carro e voltamos para a casa de Tatiana, para a nossa noite das garotas, tudo decidido de última hora.

  Era bom estar ao lado de uma amiga, eu não tive a sorte de ter irmãs com quem eu pudesse falar sobre garotos e tal. Sempre foi eu e meus pais, e eles não eram os mais presentes do mundo e nem mesmo as minhas ex-colegas de Universidade eram tão próximas de mim assim, ao ponto de falar abertamente sobre os mais diferenciados assuntos.

  Eu sou grata ao Universo por ter me presenteado com Tatiana em minha vida.


• ────── ✾ ────── •


  Já era quase sete horas da noite quando chegamos na garagem da casa de Tatiana e o sol já havia partido.  

  Retiramos as sacolas do porta-malas e subimos a parte superior da casa.

  A sala ampla e iluminada davam ao lugar um ar de aconchego e uma paz para quem desejava escapar da loucura do centro da cidade.

— Deixe essa na bancada. — disse Tatiana, se referindo as sacolas com os ingredientes para o brigadeiro. — Vou guardar essas aqui no quarto e volto logo.

— Certo.

  Soltei a sacola na bancada e fui me jogar no sofá da sala. O tecido acolchoado e frio era uma benção para mim, que passei a tarde perambulando pela cidade num calor infernal. 

 Como prometido, Tatiana logo voltou e começou a trabalhar na receita do doce brasileiro que ela tanto tinha me falado.

  Segundo ela, aquela iguaria só existia no país dela e não demoraria mais do que 15 minutos para ficar pronta.

  Dito e feito.

  Nós nos trancamos no quarto e passamos o resto da noite falando sobre os mais diversos assuntos e compartilhando algumas lembranças de nossa infância, e sobre as diferenças entre nossas culturas. Só paramos quando o relógio bateu meia noite em ponto e nos ajeitamos para dormir.

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