Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

manhã de pensamentos

N/A

Ryan mal conseguiu dormir com o calor que vinha fazendo em Atlanta e já se levantava com o sol  invadindo seu quarto. Levantou e foi fazer sua higiene matinal.

Duas semanas haviam se passado desde o 4 de julho. Naquele dia, ele não demonstrava, mas havia passado por um momento difícil.

Ao ir à comemoração do feriado nacional, teve momentos de pânico. O tempo todo na cidade soltavam fogos de artifício, o que mexeu com a memória do soldado fazendo-o lembrar do campo de batalha. Em uma dessas explosões dos fogos, o jovem rapaz quase foi ao chão para se proteger, pensando estar num campo minado ou na própria guerra, os barulhos o lembrava muito dos tiros que ouvia lá.

Ryan começou a sentir que ainda estava lá, ainda estava na base do exército. Começou a sentir o peso da mochila, que usava nas missões, nas costas, sentiu o cheiro de pólvora várias vezes.

Sua mãe não percebera pois estava encantada demais apreciando o desfile dos carros e as pessoas. Sua irmã, o mesmo.

Tudo só saiu de sua cabeça quando teve uma distração maior. Quando Shy pulou em seu prato e comeu sua comida, sua mente ocupou-se no momento o qual estava acontecendo naquele exato instante, o que o fez esquecer um pouco sobre o medo que estava sentindo.

Logo depois de Shy, veio Sophie. Isso o fez esquecer mais ainda de seus problemas psicológicos.

Ryan não viu mais a garota. Nessas duas semanas que se passaram, o rapaz deixou claro à sua mente que não queria permanecer com a ela na cabeça, mas fora em vão.

Quando desceu para tomar café, sua mãe logo tocou no assunto.

— não viu mais aquela garota do cachorro? Como foi mesmo que Marie a apelidou ? — ela colocou um dedo no queixo como se caçasse o apelido dela

Dra. Doolittle... — Marie, sua irmãzinha, tomou a frente a lembrando

— isso, Marie. Doolittle.

— vocês duas podem parar? Já querem arrumar alguém pra mim? Tão cedo? — o rapaz disse passando geleia em seu pão e o abocanhando

o que que tem? Você não quer?

— não, Marie, não quero. — ele disse ainda de boca cheia

— mas você já teve uma namorada. Né?

— já, mas foi há muito tempo. E não deu certo porque ao invés de me dedicar a ela, eu me dedicava na guerra, a matar pessoas. — Ryan disse limpando a boca e se levantando da mesa.

— aonde vai, querido? — sua mãe o perguntou, notando a reação do rapaz

— não se preocupe, não vou longe. — ele disse trancando a porta assim que saiu

— eu disse alguma coisa errada? Por que ele disse que matava pessoas, mamãe? — Marie perguntou à sua mãe sem entender a reação do irmão, e também sem entender o porquê dele matar pessoas.

Marie cresceu sem saber qual era o dever de seu irmão no exército. Eles acharam melhor assim, para que ela não criasse uma impressão errada do soldado.

querida, escute... há coisas que ainda não podemos falar com ele. Tudo bem? Vamos esperar até ele se sentir bem mais a vontade. E esse lance de morte, ele só estava brincando com você.

Elizabeth tentou acalmar a filha.

A pequena assentiu e continuaram com o café da manhã.

Ryan andou de um canto a outra da cidade. Pensava no que tinha dito à irmã, em como foi rude na resposta.

Ele não queria, porém pensamentos e lembranças sobre o tempo que passara na guerra viam a toda hora em sua mente.

Ryan finalmente pensou na noite do feriado, quando encontrou Sophie e a salvou, levando-a para casa.
Lembrou que tentou não colocá-la na cabeça, mas era mais forte que ele e, naquele momento, ela era a única coisa que passava pela sua mente e que felizmente não o fazia tremer de medo.

O rapaz caminhou, até que se viu mais uma vez em frente a biblioteca da cidade. Não parecia ter muito movimento, foi até a porta, bateu, mas não obteve resposta. Resolveu girar a maçaneta para ver se estava aberta e, estava.

Ryan entrou e começou a chamar por "alguém", e quem o apareceu era quem ele estava precisando ver no momento.

—  RJ? Você de novo, que alegria! — disse Olívia ao ver o moço

— Oi, Sra. Parker, como vão as coisas por aqui? —  ele perguntou a abraçando

— bem, menino... Estão indo de vento em poupa. E você? O que faz aqui?

— eu só estava caminhando, não estou me sentindo bem desde o feriado. Você sabe né, "O soldado sai da guerra, mas a guerra não sai dele", página 78 — disse Ryan ao citar uma frase de seu livro preferido quando criança, que Olívia o ajudava a ler

oh, meu querido, sei que é difícil. Mas vem cá, já sei o que vou fazer pra te ajudar a se destrair. — a senhora disse o puxando pela mão e o levando até a ala de leitura infantil  — vai me ajudar a pintar esse lugar. Topa?

Ryan sorriu, aliviado por encontrar alguma coisa que o distraísse.

O soldado tirou os sapatos ficando só com as meias nos pés, sua camiseta era branca, porém ele não teve receio em suja-la.

Começou a ajudar Olívia, pintando a primeira parede com as cores mais vivas e bonitas para aquele ambiente.
O rapaz já não tinha mais os pensamentos constantes atingindo sua cabeça, conversa com a senhora sobre coisas aleatórias e que não o recordavam sobre tal assunto.

Tempo depois, já passavam das 12:00hrs da tarde quando alguém chega correndo até onde eles estavam. Ryan estava de costas e não viu quem era, apenas reconheceu a voz ao ouvi-la dizer:

— Olívia, me desculpa — e ela soava ofegante — eu vim correndo, acabei perdendo a hora mais uma vez, mas não vai acontecer mais.

Ryan virou-se para olhá-la e a viu, abraçada à coluna de cimento que ficava no meio da sala. Ela o olhou e corou na mesma hora.

— tudo bem, Sophie, já estou acostumada com seus atrasos. — riu ao ver o estado da menina — Sorte sua que hoje a biblioteca não funciona. Estamos só dando acabamento na reforma. — Olívia disse e fora buscar algo na recepção

A menina estava sem graça, colocou as mãos nos bolsos de trás da calça e olhou em volta do ambiente, que era o  mesmo que ela comandava. Ela deu alguns passos à frente, passando a mão sobre uma parede já pintada e seca, observando as cores que foram usadas para alegrar o lugar. Tentou olhar para Ryan sem que ele percebesse. Fazia tempo que ela não o via, chegou até a pensar que não fossem se encontrar novamente.

Ela respirava fundo, estava envergonhada por lembrar de como ele a viu no dia do feriado, quando bebeu demais e precisou ser levada para casa por ele.

Já o soldado, não sabia se falava com ela ou não. Como ele já disse a si mesmo, queria manter distância para não se aproximarem sentimentalmente, porém ao lembrar que salvou a moça do perigo, sentiu necessidade de perguntar pelo menos algo. Não dava pra fingir que não se conheciam, já que ele praticamente cuidou dela naquela noite.

Alguns minutos de silêncio se passaram até que Ryan quebrasse o gelo dessa vez.

— a cabeça doeu?

Sophie o olhou confusa, mas entendeu que ele perguntava sobre sua ressaca no dia seguinte do feriado... Ela logo respondeu...

— ah, sim... doeu mais quando eu acordei, mas durante o dia passou. — ela estava definitivamente envergonhada

Ryan sorriu lembrando da situação passada.

— obrigada, é.... Como é seu nome mesmo? — Sophie perguntou por não conseguir lembrar

Ryan.

— isso, Ryan. Obrigada.

Ele apenas balança a cabeça assentindo.

Eles se olharam mais uma vez. Sophie se encantava a cada vez que olhava aqueles olhos da cor de um céu de verão. O jovem por sua vez, se encantava a cada vez que olhava aqueles olhos que mais pareciam duas esmeraldas.

— quer ajuda? — a moça perguntou tirando o rapaz de seus devaneios

Uma parte de Ryan gostaria de dizer "não", mas outra pensava "o que há demais nisso? Ela só pintar a parede, você não vai cair de amor por ela vendo ela pintar uma parede". Realmente ele não via mau em dizer "sim".

— não se importa de se sujar?

— não mesmo. — ela disse rindo e se aproximou da mesa pegando outro pincel para fazer os detalhes do ambiente

Os dois continuaram ali pintando a sala.

— trabalha aqui? — Ryan perguntou

— sim, e essa sala é minha, trabalho aqui lendo para as crianças algumas vezes por semana. Quando não faço isso, administro algumas pendências da biblioteca.

— wow, é bom que eu esteja fazendo tudo certo por aqui, não quero que se zangue comigo por estragar sua sala. — disse ele, se permitindo a ser gentil com ela, arrancando um sorriso da moça

— está tudo indo bem até agora. — ela sorriu aceitando sua generosidade. Realmente ele estava um pouco diferente do rapaz frio que ela conheceu no feriado. — E você? O que veio fazer aqui? Aposto que não veio pra pintar paredes.

— não, mas a Sra. Parker me convidou e eu não pude recusar. Conheço ela desde menino, eu costumava vir aqui para ler, gostava quando ela lia pra mim.

— sério? E o que você gostava de ler? — a garota o perguntou o fazendo ter flashes na memória de coisas que o perturbavam.

— bom, besteiras de crianças. — ele disse para não entrar no assunto

Após mais alguns longos minutos, eles terminaram mais duas paredes. Já era tarde. Às 4 da tarde, Olívia levou um lanche para os dois.

— não sabia que vocês se conheciam. — a mesma disse ao ver que os dois se entendiam bem

— não faz muito tempo. — Ryan disse olhando a jovem que ainda parecia sem graça

— trouxe um lanche pra vocês, aqui está. — Olívia colocou o lanche em cima da mesa e saiu

Os dois comeram, sem trocar muitas palavras. Ainda se refusavam a manter uma conversa.

...

—  prometo chegar pontualmente amanhã, Olívia. — Sophie disse ao passar ela porta, indo embora

Ryan resolveu acompanhá-la, já que o caminho de volta à sua casa era quase o mesmo que Sophie fazia.

No caminho, Ryan pensava em algo para dizer e quebrar o silêncio, mas não achava nada para falar. Apenas uma coisa ficou presa em sua mente. Ele se recusou em perguntar, mas novamente precisava distrair a mente e seria uma boa se fizesse. Ele só temia que não fosse conseguir separar "razão e coração". Apesar de tudo, ele podia ver que Sophie era uma pessoa do bem e legal. Então não hesitou em perguntar.

— então, o que vai fazer hoje à noite?

— eu? — Sophie não entendeu onde ele queria chegar — Ainda não sei. E você?

— mesma coisa.

Sophie tentou fugir do assunto que ela temia que fosse sair daquelas perguntas.

— aquela mulher e a garotinha que estavam com você naquele dia....— ela não pôde terminar e Ryan completou

— sim, minha mãe e minha irmã.

Sophie sorriu.
Ela quis dar o passo que achou que Ryan fosse dar, mas principalmente, ela pensou naquele momento em recompensar o que o rapaz havia feito por ela. Ela queria o agradecer de alguma forma, então o fez.

— bom, na verdade eu estava pensando em ir a algum lugar hoje, pra sair e distrair a mente. Tipo, um bar. Quer ir? — ela tomou coragem e o chamou

— bom, eu não tinha planos pra hoje então... pode ser. A que horas?

— pode ser umas 8? Ainda vou pra casa me arrumar e ver se Shy está precisando de algo.

— por mim tudo bem. Posso passar lá pra te buscar? — Ryan perguntou e a garota corou mais uma vez

— tudo bem — ela respondeu mostrando um sorriso tímido — ainda lembra do caminho da minha casa?

— claro, eu não estava tão bêbado quanto você. Me desculpa a forma de dizer. — ele disse rindo e ela o acompanhou

okay, às 8 então?

— às 8. Até mais. — ele disse e seguiram caminhos diferentes até suas casas.

Sophie estava muito ansiosa, toda sua impressão sobre Ryan havia se mostrado diferente até agora. Ela sabia que não era nada de mais saírem para um bar, mas ela sentia que significava algo.

Ryan também estava pensando do mesmo jeito.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro