10
Seu rosto estava completamente sujo de fuligem. Sua respiração completamente descontrolada enquanto tudo à sua volta parecia desmoronar. Seu ouvido tinia, e com isso se sentia zonza pelo feitiço no qual foi atacada, a jogando no chão fortemente.
Seu corpo inteiro doía, e ali deitada, a única coisa que se passava em sua mente, era Snape, que havia sumido e não lhe dera sinal de vida.
Hermione naquele momento, mesmo que não pudesse se dar ao luxo de ficar ali, jogada no chão enquanto todos lutavam em volta dela, se perguntava como tudo havia desmoronado tão rápido, quer dizer, ela esperava aquele confronto, porém foi tão pega de surpresa..... Em um dia, estava aos amassos com Snape, e no outro, se via em uma Hogwarts completamente destruída, jogada no chão e com dor nas costas pelo impacto que sofreu ao cair no chão.
Ela se lembrava de dois dias atrás estar deitada sobre o peito de Snape. Às mãos grossas mais gentis deles deslizando por seus cabelos. Nenhum dos dois diziam nada, apenas tranquilos depois de uma noite quente de sexo. E apesar de nunca conversarem sobre seus sentimentos, ela sabia que Severus estava estranho, algo nele transmitiam nervosismo, ele sabia de algo mais não queria contar, ou não podia.
Um sentimento de dor a possuiu naquele momento, pois se ela soubesse que durante esses dois dias a guerra começasse, ela teria dito a Snape o que realmente sentia por ele esse tempo todo, ele sentindo o mesmo ou não, afinal, sequer sabia se sairia viva dali.
Em poucos minutos, o que podia parecer horas para ela que estava ali, seus pensamentos se voltaram para duas noites antes, onde ela e Snape se encontravam na biblioteca da mansão Black depois de ficaram quase o dia inteiro lidando com várias poções. Rony havia conseguido uma breve autorização para ir até a Toca, deixando a casa inteiramente para os dois.
No momento em que cada um lia um livro diferente, seu coração se esquentou com o leve tocar dos dedos dele em sua mão que pendia pelo braço da poltrona. Estavam um do lado do outro, e o leve carinho, a encheu de um sentimento adorável.
Ela não se atreveu a olhar para o lado, sabia que ele o fazia e estava com vergonhoso de o encarar... Ela o teria feito se soubesse que no outro dia ele iria sumir.
~~~
Ela, Rony e Harry, conseguiram encontrar Snape na casa ados barcos. Ele estava intacto, a deixando tão aliviada. Mas quando Voldemort apareceu, um sentimento ruim se apossou dela, como se ela soubesse que algo ruim estava para acontecer, ela não ficou para ver, Harry e Ron a fizeram sair dali antes que pudesse tentar fazer alguma coisa.
Aquele dia foi terrível, em um momento Harry estava morto, em outro, ele voltava a vida para duelar com Voldemort, e em nenhum desses momentos, Snape estava lá. Lupin não sabia dizer onde ele estava, Minerva muito menos, na verdade, ninguém parecia de importar a não ser ela.
Voldemort estava morto, todos estavam aliviados e felizes, mas algo faltava.
— Às masmorras estão completamente destruídas. — uma voz calma e necessária chamou sua atenção.
— Diretor Dumbledore...... — o encarou, seu corpo doendo pela guerra que finalmente havia terminado, mas sua mente uma confusão por achar que algo havia acontecido com Snape, principalmente por Dumbledore se referir às masmorras daquela forma.
— Como estava dizendo..... — tirou seus óculos para tentar limpá-los, só terminando de quebrar às lentes rachadas no ato. — Apesar dos caminhos para às masmorras estarem completamente destruídos, existe outra maneira da senhorita chegar lá.
— Severus....... O professor Snape está lá? — perguntou aflita.
— Está sim! E talvez, ele esteja precisando da senhorinha mais do que imagina.
— Eu.....
— Não precisa se explicar muito senhorita Granger, eu entendo, e não é da minha conta, por mais que esteja curioso para saber como isso aconteceu. — sorriu cansado.
— Como faço para chegar lá?
~~~
Conseguindo chegar aos aposentos de Snape por meio de algumas sala secretas, Hermione confessava que sentia medo do que fosse encontrar atrás daquelas portas.
Ela já se encontrava nos aposentos dele, mas se mantinha parada em frente a porta que dava para o que ela achava ser o quarto dele.
Apesar de seu corpo pedir descanso, e querer desmoronar a qualquer momento, ela não poderia descansar sem saber como Snape estava. Eram tantas emoções, tantas coisas que ela queria falar pra ele naquele momento. Tudo parecia ter acontecido tão rápido, tão confuso......
Foi aí, que sem que ela percebesse, já se encontrava dentro de onde seria o quarto dele. De forma automática, ela havia entrado que nem se deu conta, seu corpo vibrando de medo por não achá-lo ali. Então..... Por que Dumbledore disse aquelas palavras? Não era para Snape estar lá?
De repente, seus olhos olharam atentamente quando a porta se abriu, revelando Snape tão pálido quanto era. Ele parecia cansado e fraco. Estava molhado por acabar de sair do banho, mas algo estava diferente. A água que corria por seu peito não era cristalina como deveria ser, havia um tô diferente ali. E perseguindo todo o caminho, seus olhos pararam até o pescoço dele, onde havia um curativo mal feito, e já sujo de sangue.
— Severus.... — sua voz saiu num sussurro, antes que ela corresse até ele completamente preocupada. — Seu pescoço..... O que aconteceu?
Os olhos dele olharam assustados para ela. Não era medo, nem preocupação. Claro, uma parte dele ficava aliviada por vê-la bem, por saber que em meio a tanta confusão, ela estava alí. Porém, seu olhar transmitia outra coisa.......
Em uma fração de segundos, e toda uma memória antes daquele momento, passou em sua mente.
Ele odiavava o fato de ter de ser cuidado por uma jovem, principal ela sendo Hermione Granger. Ele odiava estar inválido ao ponto de terem de ficar de olho nele, porém, conforme os dias foram de passando, tê-la invadindo seu quarto sempre para verificar se ele estava bem, parecia algo bom. Ele odiava confessar, mais gostava da companhia dela.
Os dias passavam, e ele se sentia péssimo quando não a via. Mas também, a forma que ele a tratava não condizia com a realidade. Aos poucos, a relação deles foi mudando, até o momento que ele a fez dele pela primeira vez.
Snape se lembrava perfeitamente da pele dela contra a sua. Do qual os lábios dela ficavam perfeitos aos seus. Ele não poderia dizer que a amava, afinal, ele não sentia isso por ela. Contudo, ele sabia que sentia algo......
Os últimos dias antes de ser convocados pelo lorde das trevas e ter que deixá-la, eles haviam passado momentos maravilhosos. Onde ambos se sentavam lado a lado na biblioteca da mansão Black e liam cada um seu próprio livro. Era reconfortante tê-la alí, ao seu lado. Eles não precisavam conversar para poderem se entender. Aquele simples momento já dizia tudo.
Às vezes, quando ela estava distraída, ele aproveitava para a olhar, e aquele mesmo sentimento desconhecido surgia, porém, quando era ele sendo observado por ela, seu coração parecia aquecer, e seu corpo vibrar quando ela sorria para ele ao ser pega o encarando.
Com aqueles pensamentos, Severus percebeu o que realmente sentia por Hermione. Um certo medo percorreu seu corpo, porém sua experiência de quase morte, e tudo o que ele passou nas mãos de Voldemort e até mesmo de Dumbledore o fez perceber o quanto aquela insegurança de se entregar ao que sentia era ridícula.
Hermione não era Lilian, e embora nunca houvessem conversado seriamente sobre o que tiveram enquanto exilados na mansão de Sírius, ele sentia que ela água diferente, só não sabia se os sentimentos eram os mesmos.
— Severus..... — a voz dela parecia nervosa.
— Eu estou bem! Com dor, mais bem.
— Você está sangrando.....
— Pomfrey já deu uma olhada nisso, vai ficar tudo bem!
Hermione sentiu os olhos lagrimejarem ao olhar atentamente para ele. A voz dele apesar de ainda se manter imponente, havia uma certa diferença. Primeiro, que a ferida em seu pescoço o prejudicava um pouco para falar, e segundo,nque ela sentia que havia algo diferente nele.
— Eu.... Achei que tinha acontecido algo com você. — ela se aproximou. — Sabe.... Não que não tenha acontecido mas.... — ela estava nervosa.
— Eu sei! — um leve sorriso saiu de seus lábios, o que era algo raro.
Ambos ficaram ali, se encarando por um momento, até Severus perceber que Hermione estava destruída. Haviam alguns machucados por seu rosto, seu cabelo que antes era brilhoso, estava seco e cheio de fuligem assim como seu corpo todo. Céus, ela acabara de salvar o mundo bruxo com seus amigos, e estava alí, preocupada com ele e sua maldita mordida de cobra no pescoço.
Ele também estava cansado, seu corpo inteiro doía. A ferida na garganta queimava, e ele só queria descansar.
Se aproximando dela, suas mãos tocaram os braços dela, os olhos se encontraram, não sendo necessário ele dizer absolutamente nada para ela perceber que apesar de Severus estar pior, ele queria cuidar dela.
Silenciosamente, ele a guiou até o banheiro. Não era como se ele nunca a houvesse visto nua, ou a despido antes, então a ajudou, e com um aceno de varinha, a banheira terminava de se encher com água quente.
Ela se sentou no fundo da banheira, um suspiro de satisfação saindo de seus lábios quando seu corpo entrou em contato com a água quente.
Eles ficaram em silêncio, e Snape com um pouco de dificuldade, colocou um banquinho atrás dela do lado de fora. E com um pequeno vasilhame de madeira, despejava água nos cabelos dela, sentindo satisfação por poder estar cuidando dela.
Severus massageou os cabelos dela, lavando com seus próprios produtos relaxantes, logo, não demorando para a enrolar em uma toalha e voltarem para o quarto.
Tudo foi resolvido com um florear de varinha, e sentada na cama macia dele, ela olhava em volta, notando que o ambiente estava completamente intacto, diferente dos corredor do castelo.
— Você quem está machucando. Eu quem deveria cuidar de você. — ela disse o encarando.
— Não tenha tanta certeza disso. — brincou. — Aliás, você é a salvadora do mundo bruxo, merece ser tratada como tal.
Hermione sorriu ternamente, mas algo na forma que ele a disse aquilo a incomodou.
— E quem disse que você não merece o mesmo? Aliás, você teve um papel muito maior que o meu nesta batalha toda. Você, o que você fez, foi essencial.
Um suspiro saiu dos lábios de Severus, ele não estava impaciente, mas estava cansado. Queria dizer a ela que o motivo de ter cuidado dela naquele momento, era porque agora ele sabia mais sobre seus sentimentos, e estava pronto para contar a ela, mas aquela conversa tomou outro rumo, e ele estava completando esgotado.
— Eu sinceramente não quero falar sobre isso agora. — a encarou. — Só...... Me deixe dormir ao seu lado essa noite, me deixe descansar ao seu lado.
Hermione surpresa, concordou com um aceno de cabeça. E dando espaço na cama dele para que se deitasse, ela fez o mesmo, se apoiando no peito dele, que levou às mãos até os fios ondulados dela.
— Eu preciso dizer muitas coisas a você Granger. Tenho tantas coisas para explicar......
— Como disse, não precisamos falar disso agora. Só vamos descansar. Acho que todos merecemos isso depois de hoje.
Logo, não demorou para que pegassem no sono, mas suas mentes, mesmo cansadas, não permitiu que ele dormissem de forma direta durante a noite, os fazendo se remexer e muitas vezes acordar durante a madrugada.
~~~
No dia seguinte, Severus havia se levantado cedo, Hermione ainda dormia tranquilamente em sua cama, e um sorriso não pode ser contido ao ver aquela cena.
Ela estava tão calma e serena, e pela primeira vez, a olhando daquela maneira, ele percebeu o quão certo era aquilo. E o quão realmente ele ela a amava.
Amar! Ele não se lembrava qual a última vez que ele havia sentido aquele sentimento por alguém. Bem, havia Lilian, mas ele não tinha certeza se realmente era amor. Ele considerava mais uma obsessão da parte dele, afinal, ela era a única que realmente o tratou bem, pelo menos, até ela resolver namorar o Potter e claro, ele a ofender.
Mais nada disso importava mais, nem Lilian, nem seu passado, e mesmo indisposto, ele estava mais do que disposto a mostrar isso a ela, naquele mesmo dia.
Um cheiro agradável fez Hermione despertar minutos depois que Severus saiu daquele quarto, e áinda um pouco atordoada, ela se levantou, seguindo até a sala onde Severus deveria estar.
Não havia um bilhete, nem nada dizendo para onde ele havia ido, e rapidamente ela se preocupar, se lembrando que ele estava ferido, e que algo poderia ter acontecido, já que também se lembrava que o senhor Weasley ficara bem debilitado quando Nagine o havia atacado, e que demorou até ele ficar completamente melhor.
Olhando para o lado, ela encontrou uma mesa servida com um completo café da manhã, qual ela não negou, se servindo tão logo quanto sua fome pedia.
De repente, ela ouviu um barulho, se assustando. Se levantando rapidamente, hasteou sua varinha, relaxando quando notou ser Snape.
— Não há motivos para ficar em defesa. Não mais.
Hermione relaxou o corpo, seus braços caindo num gesto mais calmo, enquanto o encarava. Havia um leve sorriso no rosto de Severus, um que ela não se lembrava de algum dia ter visto, o que achou estranho, e tão atraente ao mesmo tempo.
Ele estava pálido, talvez a dor fazia aquilo com ele. Contudo, ele não parecia querer descansar.
— Sei que está cansada, e provavelmente irá querer andar por aí para ver os estragos que a guerra causou, e que irá querer ver seus amigos, mas se me permitir, gostaria de passar um tempo com você.
— Eu.... Não poderia querer outra coisa. — sorriu sem jeito. — Mais tem razão. Quero ver como está tudo e todos. Por que não vem comigo?
Severus não poderia imaginar que ela iria gostar de sua presenças enquanto andava pelos terrenos de Hogwarts, mas algo nele pedia para que não se importasse se fossem vistos juntos, o que era difícil, já que o castelo estava completamente inabitável, pelo menos as partes que não foram atingirá com feitiços ferozes.
Ele poderia aproveitar aquele momento, e conversar com ela. Dizer coisas que nunca havia pensado em dizer, e até mesmo abrir seus sentimentos, e iria fazer, mas no momento certo, qual ele não tinha certeza de qual era.
A acompanhando, Snape também observava o estrago feito em todo o castelo. Um aperto incomodava seu peito a cada vez que se lembrava o motivo daquilo ter acontecido, trazendo a tona às coisas que teve de fazer pelas mesmas pessoas que destruíram aquelas paredes.
Todo o caminho que percorreram, eles não haviam encontrado ninguém. O ar estava pesado, tenso e nenhum dos dois se permitiam dizer alguma coisa. Eles ao menos sabiam o que dizer.
Nos jardins que um dia foram bem cuidados e agora se encontravam destruídos, Hermione se sentou junto a Severus no único banco de pedra que parecia ter ficado intacto, olhando para às estruturas agora fracas do castelo.
— Eu não acredito que finalmente tudo isso acabou! — ela disse suspirando aliviada.
— Confesso que houve momentos, que achei achei que a vitória não era uma opção. — ele disse. — Entre trabalhar para Voldemort e Dumbledore..... Presenciar os planos de cada lado, achei que tudo se acabaria em nada. Mais aqui estamos nós.
Hermione olhou para Severus, observando o quanto ele mantinha seu olhar longe. Ela tinha se esquecido daquelas informações. Se esquecido que Snape havia sido um espião duplo, feito um papel essencial naquela guerra.
Contudo, olhando para ele, ela sentiu algo apertar em seu peito. Ela havia passado por tantas coisas. Seria aquele momento para desabafar e se entenderem?
— Severus? — ele se virou para encará-la. — Eu.... — pensou antes de continuar. — Eu não quero enrolar então serei breve. — o encarou. — Como ficam às coisas agora?
— Ao que se refere?
— Acho que nunca conversamos seriamente sobre o que aconteceu entre a gente. — ela olhou para suas mãos nervosas que se esfregavam uma na outra.
— Granger.... Eu realmente não sei o que você quer que eu diga. — suspirou. — Sei que precisamos conversar sobre isso, afinal, o que aconteceu foi completamente inesperado. E eu realmente estava preparado para ter essa conversa, ou não a teria pedido para passar um tempo juntos.
— Mas...? — ela disse.
— Mas creio que agora não será possível. — disse enquanto se levantava.
Hermione não entendeu de primeira aquele gesto, porém, quando seguiu os olhos de Snape que encarava mais a frente, seu corpo inteiro gelou ao ver aquele monte de gente andando em direção a eles.
Kingsley, Remus, Sírius, Dumbledore, Minerva, o clã Weasley e Harry junto de alguns aurores. Todos vindo em direção a eles, com olhares sérios, que a deixou preocupada.
— Não importa o que aconteça Granger, fique quieta. — ele disse.
— Como? O que você quer dizer com isso?
— Severus! — a voz grave e autoritária de Kingsley Shakelbolt cobriu a sua, a fazendo o encarar seriamente. — Acho que temos muito a conversar.
— Me perguntava quanto tempo iria demorar para você aparecer. Não demorou muito, eu vejo.
— É muita presunção sua, achar que eu esqueceria de você Severus. Você foi o braço direito de Voldemort, o que acha que aconteceria?
— Kingsley, porque não conversamos em particular? — a voz de Dumbledore soou, chamando a atenção de todos. — Eu tenho certeza de que, depois do que irei lhe contar, qualquer opinião que tenha sobre Severus irá mudar.
— Não acho que tenhamos que falar Albus, esse homem deve ser mandado para Askaban o mais rápido possível. Ele foi aliado das trevas, ele tem a marca negra, isso já não basta?
Hermione ouvindo tudo aquilo silenciosamente, sentiu uma raiva subir até seu rosto, que ficou tão vermelho quanto os cabelos ruivos dos Weasley.
Kingsley jamais poderia deduzir que Snape era uma pessoa ruim, não quando ela o conhecia bem o suficiente para dizer aquilo. Por mais que ela a precisasse o fato do homem estar mostrando serviço pois tinha certeza que ele seria o próximo Ministro da Magia, ela o odiava pelo simples fato de tirar decisões precipitadas.
— Askaban? — ela disse alto. — Como ousa dizer algo do tipo? — mostrou-se irritada. — Severus fez coisas que você sequer imagina apenas, para salvar a bunda de todos vocês!
— Granger! — ele a encarou, pedindo que parasse.
— Não! Isso não está certo. — o encarou indignada. — Você deixou de viver sua vida para para salvar todos nós, e é assim que te agradecem?
— Você não está defendendo ele, está Hermione? — Rony deu um passo a frente, encarando a bruxa irritada.
— Claro que estou, e você é um idiota se não fizer o mesmo.
— Idiota? Eu? É você quem está defendendo um maldito comensal.
Antes mesmo que Hermione pudesse retrucar o amigo ruivo, Severus tocou o braço dela, a fazendo parar instantâneamente, o gesto, foi percebido por todos.
— Severus, Kingsley e os adultos da ordem, por favor, porque não vamos até o que sobrou do meu escritório para podermos conversar? — Dumbledore disse mostrando cansaço
— Acho que é o melhor a ser feito. — Remus colocou uma mão no ombro de Kingsley, que o encarou desistindo daquela discussão, finalmente cedendo ao que Dumbledore tinha a dizer.
Henrique fez menção de seguir Snape, mas Dumbledore a olhou rapidamente, fazendo entender que aquele não era o momento, e que se Severus quisesse, ele a diria tudo o que ela precisasse saber.
Enquanto isso, ela foi obrigada a encarar Rony e Harry, que a encaravam com cara de patetas, não entendendo o porquê ela havia entrado no campo de defesa do professor.
— Hermione! — a voz de Harry a chamou. — Tem alguma coisa que queira nos contar?
— Não! Pelo menos não por agora.
— Nem vai nos dizer para onde você foi ontem depois que tudo terminou? — o ruivo perguntou.
— Direi quando achar que é o momento certo. Enquanto isso, irei ver os outros. — se esquivou, saindo andando às pressas, enquanto os dois tentavam a acompanhar.
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