🖇️⠀ ⠀--⠀ ⠀prologue⠀ 🌤️
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#𝟬𝟭.⠀ ─── 🌅 𝐘𝐄𝐋𝐋𝐎𝐖.
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KENTO NANAMI ENCONTRAVA-SE EXAUSTO, ele pedia de seu corpo muito mais do que podia suportar e muitas vezes passava noites em claro ou nem chegava a ir embora do lugar em que trabalhava, de qualquer maneira ele sabia que estaria sozinho e que aquele lugar não significava exatamente um lar. Durante aqueles anos que se manteve longe do mundo jujutsu continuou presenciando maldições se espalhando como pragas, ele tentava ignorar e até tentava não se importar, mas o loiro sempre retornava e arranjava algum meio para para exorcizar, talvez fosse esse um presságio do que poderia acontecer em um futuro não tão distante, talvez ele acabasse se cansado do trabalho comum e da pouca valorização que aquilo lhe rendia, talvez ele acabasse se tornando, depois de anos tendo concluído o seu treinamento, um feiticeiro jujutsu para valer, talento ele sabia que possuía, somente não sabia se teria coragem, pelo menos não depois daquela triste perda de anos atrás.
Em uma segunda qualquer, nublada e entediante, após ter presenciado uma maldição sem muito poder nos ombros da atendente de sua padaria favorita e tê-la exorcizado sem nenhum grande problema, Nanami adentrou a empresa onde trabalhava, não notando nada muito fora do comum, nada até seus olhos azuis encontrarem o ser humano mais reluzente do qual já havia tido o conhecimento. Ela reluzia amarelo, como se fosse uma espécie de sonho, talvez até um anjo, mas Kento sabia que ninguém poderia ser um anjo, de qualquer forma algo dentro dele gostou de fazer aquela comparação. Os fios dourados da mulher, os olhos totalmente expressivos e azulados em conjunto do vestido preto perfeitamente alinhado em seu corpo faziam dela a mulher mais bela do lugar.
Foi só após segundos, que se tornaram longos o suficiente para parecerem próximos da eternidade, que a mulher finalmente o olhou e foi como um entendimento explícito, ela também se fascinou, então sorriu. Não esperava muito do novo lugar de trabalho, nem das pessoas, aquela mulher sabia exatamente como todas as pessoas eram e como suas almas, muitas das vezes, deixavam a desejar, mas, afinal, ela achou mesmo uma alma diferente no lugar e por essa razão sorriu ainda mais amplamente com a sensação reconfortante em seu coração. Como um encontro de almas, algo daquele tipo de coisa que não precisava de palavras, ela somente caminhou em sua direção com certeza e foi exatamente naquele instante que Nanami Kento soube que iria se apaixonar loucamente pela primeira vez em sua vida inteira.
── Sou Hina, Hina Mizuki! ── a voz dela era suave, doce como o mel, gentil como um raio de sol. O homem, consideravelmente mais alto, mesmo que ela estivesse sob sapatos de salto alto, sentiu seu rosto queimar ligeiramente, assim como sentiu seu estômago diferente, se houvesse a dúvida sobre o amor à primeira vista existir ou não, então aquele momento era a prova de que sim, de fato existia.
── Nanami, Nanami Kento! ── Hina sorriu fazendo seus olhos fecharem-se levemente, ela tombou a cabeça para o lado e seu cabelo longo acompanhou o movimento, só então Nanami avistou a mão estendida e prontamente e educadamente a segurou com cuidado, como se pudesse quebrá-la com o simples gesto.
── Não precisa ter medo, não sou de porcelana. ── ela brincou, não queria que aquilo fosse sério e fizesse toda a magia sumir por causa do local de trabalho, mas, inesperadamente, Nanami sorriu e seus olhos, que já eram pequenos, fecharam-se também com o gesto feito. Hina sentiu borboletas em seu estômago e elas dançavam e rodopiavam, fazendo seu coração estremecer e se aquecer. ── É um prazer te conhecer!
── O prazer é meu, senhora? ── foi uma pergunta, ele gostaria de saber se ela era comprometida e aquele modo foi o mais simples encontrado, talvez não o mais disfarçado.
── Senhorita! ── afirmou, riu levemente levando uma das mãos à frente dos lábios, em seguida se moveu para o lado dele. ── Pode me chamar de Hina.
── Então chame-me de Nanami. ── a loira sorriu e concordou levemente, tendo a certeza de que estava, pela primeira vez em muito tempo, no lugar certo.
As semanas seguintes apenas os uniu mais, era explícito o sentimento mútuo que surgia e a cada dia Nanami apaixonava-se um bocado mais pela doce e hilariante Hina, a mulher de vinte e cinco anos que possuía a gargalhada mais estranhamente engraçada que se podia ouvir, mas também aquela que era claramente a mais bela de todo o mundo, aquela que tinha o dom de preencher todo um lugar apenas com a sua presença. Nanami achou que Hina Mizuki não havia defeitos e até que nunca havia passado por dor alguma, até porque ela sorria muito e sempre recusava-se se abalar, o homem soube somente semanas depois que Hina havia enfrentado o próprio inferno aos dezesseis anos de idade, afinal nenhum adolescente está pronto para ver toda a sua família morrer na sua frente após um acidente. Foi após essa descoberta que Nanami soube que Hina era o ser humano mais próximo possível a realmente ser um anjo.
── Bom dia, trouxe para você! ── ela cantarolou alto ao entrar no escritório que estava praticamente vazio, sabia que seu colega havia passado a noite ali, não que ela concordasse, entretanto sabia que nada que dissesse o faria mudar de ideia. Nanami apenas resmungou, Hina havia chegado fazia cinco semanas e ela era, definitivamente, a pessoa mais alegre do recinto todos os dias, ele a olhou com certa atenção, aquela empresa não havia uniformes definidos, por isso ela sempre estava vestida em uma roupa diferente e naquele dia havia um vestido amarelo, um laço preto nos fios loiros e um par de sapatos de salto alto combinando em seu corpo, Hina era adorável até em sua forma de se vestir, realmente calorosa como um raio de sol. ── Seu café da manhã!
Colocou o pacote marrom à sua frente, assim como um copo de café sem adição de adoçante ou açúcar, em pouco tempo soube sua preferência sobre o café puro, pelo menos soube disso depois de oferecer seu café adoçado a ele e receber uma careta em resposta.
── Não precisava se preocupar tanto, Hina. ── ele sorriu minimamente, mas ela deu de ombros. Levou suas mãos ao seu cabelo, causando arrepios pelo corpo do homem, aquilo havia sido inesperado, no entanto calorosamente agradável, então Nanami sorriu. ── O que está fazendo?
── Te deixando minimamente apresentável. ── falou e o empurrou ligeiramente com a ajuda da cadeira com rodinhas, se pondo a frente dele e sorrindo ao se curvar levemente. ── Não me importo com o seu cabelo desarrumado, na verdade é bem atrativo aos meus olhos, só que você não gosta que te vejam assim, então eu…
── Como você sabe tanto sobre mim? ── ele a interrompeu de forma inesperada, sentindo seu coração palpitar de forma desesperada em seu peito, assim como também sentiu seu rosto aquecer-se outra vez.
── Porque eu adoro te observar! ── foi uma resposta simples, entretanto era quase como se ele houvesse alcançado um pequeno pedaço do céu, então aquilo significava muito.
── Você iria a um jantar comigo?
A mulher sorriu, sentiu seu corpo inteiro arder e seu coração acelerar como se estivesse correndo uma maratona. Hina assentiu positivamente com a cabeça, a franja cortada de uma maneira que Nanami não saberia dizer o nome do corte caiu sob seus olhos, fazendo a grande mão do homem, instintivamente e delicadamente, ir até os fios e colocá-los novamente atrás da orelha, deixando o rosto da jovem ligeiramente corado.
── Eu adoraria! ── enfim houve palavras. ── Adoraria ainda mais se pudesse ser hoje mesmo.
── É o seu único horário livre? ── Kento Nanami teve receio, talvez ela já tivesse um compromisso, mas ela negou rapidamente e riu baixinho.
── É porque estou ansiosa para que esse jantar seja o primeiro de muitos outros durante a nossa vida.
A voz suave de Hina fez com que aquela frase saísse de uma forma melódica aos ouvidos de Nanami, ele só simplesmente não pôde conter o sorriso durante o resto daquele dia e quando, finalmente, o horário de sair chegou, Nanami apenas segurou a mão de Hina e sorriu apenas para ela com cumplicidade, eles correram juntos para o elevador, recusando-se a ficarem um minuto a mais e correrem o risco de serem obrigados a fazerem hora extra outra vez, fazendo daquele momento um grande evento porque todas as pessoas do cômodo se surpreenderam com a interação entre ambos, mas Hina gargalhou despreocupadamente ao ver os colegas os encarando, como uma adolescente fugindo de seus pais após não receber uma autorização e com a alegria de um dia ensolarado de verão.
Kento Nanami então teve a certeza na alegria expressiva de Hina Mizuki que ela era mesmo o sol e ela iluminava mesmo a sua vida.
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