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CAPÍTULO XXIII

Remorso e dor, era tudo que Soyoung Park sentia, dois dias após o ocorrido ela se ergueu. Por um descuido do homem mascarado e seus capangas, Soyoung havia se soltado daquelas correntes, a garota nunca correu tanto como naquela madrugada fria. Seus pés sangravam, estava tão abatida que mal conseguia ficar de pé, mas naquela madrugada ela possuía forças o suficiente para fugir. No entanto, não sabia onde estava, mas que havia corrido para bem longe ela havia feito. Seus cabelos acima do ombro estavam bagunçados, alguns fios estavam grudados em seu rosto por conta do suor.

A garota cambaleava conforme andava, logo percebeu o feixe de luz por detrás de si, Soyoung percebeu ser um carro, e jogou-se na extensa plantação machucando-se mais ainda. Ao ver que o carro havia passado, ela suspirou aliviada, logo mais a frente após andar, encontrou uma vila de casas, havia pessoas naquela rua.

O local era iluminado por postes de lampiões, algumas pessoas perceberam a chegada da garota maltrapilha, Soyoung perdeu forças e caiu de joelhos.

— Santa Madre! — A mulher exclamou e aproximou-se da garota.

A multidão começou a se aproximar com olhares, Soyoung recuou um pouco, mas sentiu-se acolhida. Aquelas pessoas desconhecidas aparentavam ser bem mais confiáveis e a garota não tinha outra saída a não ser recorrer àquela ajuda. A morena encarou o chão de concreto em pedra, avistou casas com paredes brancas, cobertura do telhado é composta por uma pseudo-cúpula de placas calcárias horizontais posicionadas em séries concêntricas sempre menores, o assim chamado “chianche”. A chiave di volta — pedra angular esculpida com uma função estrutural, colocada no topo —, muitas vezes decorada com características diferentes.

Ou motivos de caráter esotérico, espiritual ou propiciatório. Ela franziu o cenho, tentou-se levantar, mas ficou ali mesmo e perguntou com uma voz arrastada e rouca:

— Onde estou?

— Ragazza, tu estás em Puglia, na comuna de Alberobello. — O homem de boina xadrez disse aproximando mais perto. — De onde você veio?

— Campione d'Italia. — Proferiu olhando para os lados ficando atenta. — Na região de Lombardia.

O homem riu fraco e ajudou-a levantar-se, uma cadeira foi colocada para ela se sentar, de primeira ofereceram água e comida, Soyoung estava envergonhada por aceitar algo do tipo e assentiu.

— Está muito longe de Lombardia. — Ele disse, um manto fora entregue-lhe, o frio da madrugada ainda tinha pessoas naquela rua, era estranho.

Ela suspirou pesadamente. Fugiu se arrastando daquele lugar asqueroso, arrancando dor e sofrimento, Soyoung percebeu que o que ela passou se igualava ao hospital psiquiátrico, um completo inferno sem chamas, mas com castigos e perturbações. A garota continuava olhando para os lados e imaginava por algum momento se Christopher estava feliz ou estaria buscando por ela, aquilo martelou seus pensamentos, precisava de respostas.

— Querida, você tem algum parente em Campione? — Uma senhora de meia-idade lhe questionou, Soyoung negou, ficando pensativa. — Tem alguém à sua espera?

— Sim! — Assentiu em desespero, talvez mentir naquele momento poderia funcionar.

Um celular fora entregue-lhe, Soyoung digitou o número do escritório da propriedade, e àquela espera parecia uma eternidade. Após minutos esperando, finalmente, alguém viera atender.

— Alô? — A voz masculina ecoou temerosa saindo arrastada.

— Chris, sou eu. — Soyoung mal havia se identificado, e começou a gaguejar em meio soluço.

— Soyoung?! Onde você está? Você está bem? — Christopher pareceu desesperado ao telefone, e é claro, Soyoung conseguiu ouvir além dele outras vozes presentes.

— Estou em Alberobello. Por favor, eu… — Por um momento, ela pausou pensando, tendo em vista ao seu redor aquelas pessoas em meio a madrugada.

Mas, a Park fez o que fez, seu olhar subiu aos céus e deixou uma lágrima cair. Ela se deu conta que se continuasse igual uma tola naquele lugar, e permanecesse no castigo, aquele homem a mataria, e seria o único desfecho de sua vida.

Aquela violência física, literalmente, perfurou sua mente. Deixou algo que nunca ocorreu assim durante a sua vida, sua vontade era desligar o celular, e fazer esquecimento sendo dada como morta. Mas não poderia fazer isso, tinha sua família, e por mais que a tortura havia lhe afetado, ela implorou ajuda ao Villanueva. Soyoung era igual ao próprio pai, orgulhosa até o fio de consciência, mas ela precisava sair dali depressa.

Quando carros começaram a fazer movimento naquele vilarejo, Soyoung levantou-se desesperada, o primeiro carro parou queimando pneu. Homens saíram correndo em sua direção, Soyoung ainda com o celular na mão gritou.

— Não toquem em mim! — Ela choramingou trazendo forças em sua voz.

O mascarado desceu do segundo carro, agora em meados da máscara, cobria apenas a parte de cima do rosto, sorriu ladino enquanto se aproximava. As pessoas que haviam lhe acolhido se afastaram com medo, Soyoung olhou para trás implorando para não irem.

— Querida… porquê? — Indagou sarcasticamente. — Não se preocupem pessoal, a minha esposa sofre de alucinações e é louca!

— Esposa?! — Ela sussurrou, prendendo o ar que respirava. — Está sonhando demais seu merda!

— Soyoung! — Christopher do outro lado da linha gritou pelo seu nome em desespero.

Ela não pensou duas vezes e pôs o pequeno aparelho celular entre a roupa discretamente. Havia armas apontadas para seu rosto e se tentasse usar suas habilidades na luta seria morta.

— Por favor, não acreditem em nada no que esse maníaco homicida está dizendo, ele me sequestrou da minha casa! — Soyoung justificou revelando o que acontecia.

Pessoas se aproximaram, algumas saiam de suas casas, a multidão maior se formou. Ficando o triplo de pessoas maiores que os homens do mascarado. Eles recuaram sem optar pela violência. Assim que afugentaram, Soyoung pode voltar a sua realidade, ela pegou o celular novamente, ligou para a propriedade e informou sua localização.

Christopher estava longe, mas já se encontrava inflamado de ódio, precisava buscar a líder da família Villanueva. Mesmo que odiasse admitir, ela era boa em tudo o que fazia, e precisava recorrer até ela.

— Fique aí, estarei indo buscá-la. 

(…)

O rapaz se mantém em silêncio após desligar o celular, ouvir aquele desespero pelo objeto foi angustiante, a família Park ouviu a voz da filha choramingar e pedir ajudar igual anos atrás. Jimin pensara cautelosamente em fazer a filha abandonar o caso da família Villanueva, nos primeiros meses ao chegar a Itália, Soyoung odiava o país, odiava a família e a árvore genealógica de italianos e coreanos. Mesmo tendo sido presenteada, bancada e adulada pelo patriarca da família; o ódio diminuiu com o tempo após aprender minuciosamente sobre cada um deles nesses últimos quatro anos, infiltrada.

Um plano era montado, ninguém dormia até a Park ser trazida de volta a Campione d’Italia, ou seja, até as autoridades italianas estariam envolvidas. Soyoung é uma agente com aptidão e reconhecimento, sendo valorizada por qualquer autoridade, nem todas.

— Às três rotas são de rumo de trajeto entre dez á doze horas de viagem até o local. — Jimin explicou ao olhar o GPS. — Isso vale para carros e transporte publico, maneira fácil e “rápida”, nem tanto.

— Isso sem contar que se caso fizermos pausas inúteis, demoraríamos cerca de quarenta minutos atrasados no local. — Amy constatou enquanto analisava o objeto.

Alberobello fica no calcanhar da querida Itália, enquanto Campione d’Itália fica no começo, fazendo “quase” fronteira com a Suíça, eles estavam agilizando em rapidez, calculando milimetricamente rotas e possíveis pausas.

Christopher observou cada gesto; cada mania e palavras ditas pelo casal, Soyoung de fato era uma versão dos dois. Enquanto o irmão era alguém reservado e inteligente.

— Pausas inúteis, você quis dizer pedágios, a rota fechada é de dez horas. — Proferiu apontando, Christopher sabia que lidar com esse tipo de debate seria tedioso.

A porta estava entreaberta, e antes de irem recorrer até o calcanhar da Itália, o avermelhado surgiu com uma feição diferente. Os Park's estranharam o garoto e todos ali esperaram o mesmo dizer algo, Christopher, no entanto, não estava contente.

Fratello, novità? — Hyunjin o questionou em italiano.  (Alguma notícia, irmão?)

Sì, l'abbiamo trovata.
 

     (Sim, encontramos ela.)

(…)

Com seus olhos cansados e sem esperança, desesperados, transbordando insegurança. Soyoung não sabia mais o que fazer. Sua cabeça estava infestada de pensamentos pessimistas. Naquele instante sua vontade era de chorar, mas não tinha forças para deixar suas lágrimas saírem. Apoiou os cotovelos na mesa de madeira e os dobrou, deixando suas mãos taparem o rosto. A garota fora acolhida em uma casa próxima à paróquia Sant'Antonio di Padova, encarando o lado de fora pela janela pequena, o vento que batia estava frio, mesmo sendo uma manhã. Bom, é o sul da Itália.

Ela suspirou e inspirou o ar sentindo o cheiro de café e as velas aromatizadas. A senhora grisalha aproximou-se vagarosamente segurando a xícara e depositando na mesinha próxima a janela, com o intuito de Soyoung pegar, a madrugada foi intensa. Soyoung sequer conseguiu fechar os olhos, parecia exausta, mas nada fazia ela dormir. Pela primeira vez ela sentiu medo.

O medo em ser levada havia consumido sua mente.

— Mia cara, non quer il caffè? — A italiana com sua bondade lhe questionou. (Não quer café, querida?)

Soyoung negou sem falar nada, a mulher ofereceu o café na tentativa de fazê-la comer ou beber algo.

— Não come nada desde que entrou, sei que ainda teme por causa daqueles bruti, mas não vão voltar! — Ela incentivou, segurou as mãos de Soyoung confortando-a de forma que ela se sentisse abraçada e segura. — La tua famiglia estará aqui logo!

Grazie! — Agradeceu suspirando.

Soyoung deslizou sua mão em seu rosto, alguns ferimentos estavam ali, após um banho quente, seu corpo ardia em dor e ficou repensando. Vivendo segundos com os acontecimentos anteriores. A senhora um pouco curiosa deu um sorriso sem graça e perguntou:

— Por que fizeram isto com você? — Ela apontou, sua pergunta foi quase em sussurro.

Soyoung sequer não sabia responder, também não sabia o motivo, mas envolvia Christopher. Havia um culpado nessa história, entretanto, Soyoung não tinha a realidade batendo na porta e ordenando que ela acordasse e culpasse alguém. Todavia que seus olhos fechavam, flashbacks do acontecimento eram constantemente, recuava com qualquer movimento feito e não parava de olhar para os lados.

Os cantos das paredes pareciam tremerem ao seu observar de olhos, seu coração havia acelerado, e aqueles segundos foram contados, sua audição boa ouviu carros se aproximaram. Avistou carros pretos, seus pensamentos foram ao encontro com os acontecimentos, estava tão nervosa que não viu a senhora ao seu lado. A mulher segurou seus braços tentando acalmá-la pela reação repentina.

— Stai serena ragazza!

Quando seus olhos castanhos olharam para o lado de fora, viu quem saira do carro, um dos grandes confortos de sua vida, seus pais. Soyoung sentiu a calmaria percorrer seu coração, ali estava sua mãe, pai e irmão, ela ficou tão eufórica que paralisou.

— Mia madre e mio padre…fratello. — Soyoung soou o italiano tão suave ao proferir aquelas palavras. E mais alguém também havia saído de um dos carros.

Christopher Bang Villanueva. Seus olhar percorriam ao redor, sua mão ultrapassava em seus cabelos pela milésima vez, o Villanueva então ordenou a alguns dos seus soldati a procura de Soyoung. A senhora grisalha guiou a morena para o lado de fora agasalhado a Park de forma segura e confortável, a mulher esboçou um sorriso, e estendeu a garota em direção aos pais.

Amy e Jimin correram em direção da filha abraçando-a fortemente, ambos ajoelharam-se junto a garota, aquele abraço durou por longos minutos. Ji-Hun também se juntara aos pais e a irmã. Jimin como um pai protetor, encarou profundamente os olhos que sua filha herdou de si, estavam profundos. Seu rosto possuía arranhões, hematomas roxos e cortes.

— Minha filha! — Amy chamou sua atenção, a mais velha acariciou levemente o rosto que antes delicado, havia se tornado algo de machucados. — Soso…

Quando a mais velha observou por completo o corpo da filha, sentiu um aperto, ver a filha machucada com o psicológico abalado era terrível.

— Soyoung? — Christopher a chamou preocupado tentando se aproximar, mas Jimin o interrompeu.

— Posso ser egoísta, mas tudo o que ocorreu com a minha filha foi por sua culpa! — O mais velho acusou rudemente. Ficando cego pela preocupação e ódio. — E não se aproxime dela, me ouviu? Isso não é mais da sua conta.

Appa…— Com a voz fraca, Soyoung chamou a atenção do mais velho, puxando levemente a blusa o repreendendo.

Soyoung ficou de pé, cambaleando um pouco, Chris então observou os movimentos fracos dela e aproximou-se mesmo Jimin ordenando que ele não fizesse isso, dando um olhar reprovador. Seus passos foram divagando em direção a ele, seus braços estendem em direção à ele, e um abraço foi dado. O rosto da garota virou-se até o seu ouvido e um sussurro foi liberado de sua boca.

— Não foi o Vostok.

Christopher afagou o abraço e a segurou fortemente, sua boca sussurrava perdão várias vezes. Seu rosto afundou na curvatura de seu pescoço.

— Não foi ele. — Ela repetiu. — A máscara sorridente e o broche de um besouro-da-Namíbia, isso não faz o tipo do Vostok.

— Você disse besouro-da-Namíbia? — Indagou franzindo o cenho. O abraço se desfez, e Christopher a encarou. — Quer dizer isto aqui?

O rapaz retirou do seu pequeno bolso da jaqueta e mostrou a garota. O broche de ouro, um besouro-da-Namíbia, era o único objeto na qual Soyoung declarava com clareza oportuna. Os pais da garota observaram cada movimento feito por ambos, Ji-Hun encarou a irmã com preocupação ao ver a expressão de espanto da morena. Seus olhos se arregalaram e sua boca fez um formato de soltar um suspiro inusitado, ela com suas mãos trêmulas segurou o broche que não era pequeno, analisou de perto e concluiu assentindo com firmeza.

— Onde conseguiu isso?

— Isso pertence ao meu pai, mas não posso me envolver mais, sinto muito. — O moreno proferiu e afastou-se.

— O que quer dizer com não se envolver? — Ela se aproximou questionou assustada. — Chris…

Soyoung sentiu as mãos a segurarem impedindo-a de continuar qualquer passo em direção ao rapaz. Christopher adentrou o veículo e a encarou pelo vidro escuro, o carro havia partido, enquanto a família Park ficou. Soyoung ficou tão confusa, à espera de respostas do rapaz, mas sua família impediu. Aquele impedimento não foi esclarecedor, mas a garota sabia o que iria acontecer daqui em diante, ela sabia melhor que ninguém quais seriam seus próximos dias.

Não seriam perfeitos, e o seu “inferno” iria dar início.

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