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ೋ°|𝗖𝗵𝗮𝗽𝘁𝗲𝗿 𝟑𝟐

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Min-ji fazia um bico concentrado, aproveitando que demoraria um pouco para ter que ir para a última raid com Jin-Ho, para treinar seu novo objetivo.

A Onificência era uma arte que exigia muita concentração e refinamento, Castiel realmente não mentiu e nem exagerou nessa parte. Criar armas era muito difícil, as matérias primas são um saco de fazer, seus detalhes tomavam muito tempo.

Então pensou melhor, observou seus últimos avanços, e viu que o que mais pegou o jeito, foi a criação de gelo com sua mana. Sua força e forma de lutar melhorou bastante com isso.

Para criar o gelo, teve que estudar os componentes da água e o resfriamento do ar, dois elementos naturais. Então por que não dominar os outros?

Segurava a milésima bola de papel na palma da mão, enquanto Castiel observava tudo com atenção e expectativa.

Combustível, comburente e calor. Com os três juntos poderia criar o fogo, bom, pelos menos é isso que dizem na teoria. Com o combustível poderia usar o monóxido de carbono. E com o comburente, o dióxido de carbono, mas também o próprio oxigênio, que era ainda mais fácil, os dois juntos fariam o calor surgir e o fogo nasceria.

Sua mana dançava em sua mão, criando os dois componentes com muito cuidado, lentamente sentiu a sensação se calor em sua pele e sorriu orgulhosa, estava conseguindo, isso era bem mais fácil que criar massas para objetos, tinha a ciência ao seu lado.

– Olha só, Castiel! – Min-ji olhou para o cachorro, mostrando a pequena chama que se espalhava pelo papel – Eu consegui!

– É claro que conseguiu, isso é muito fácil. – Ele diz rígido, mas por dentro sorria orgulhoso.

– Você faz parecer algo bobo... – Ela fez um bico, logo depois o fogo aumentou e arregalou os olhos, vendo algumas brasas caírem no tapete, fazendo pequenas chamas surgirem – Droga, Castiel!

– A casa vai pegar fogo assim.

– Eu sei, porra! – Gritou, dando pulinhos desesperados.

– Resolve isso. – Castiel mandou a vendo pisar no tapete tentando apagar o fogo – Vai acabar se queimando assim.

– Porcaria!

Min-ji resmungou baixinho e depois suspirou, olhou para a bola de fogo em sua mão, onde antes era uma bola de papel que já não passava de cinzas, e em poucos instantes, começou a molhar com água, fazendo as chamas sumirem. Apontou para o tapete e assim como as cinzas, ficou encharcado.

– O papai vai me matar quando vir isso. – Estremeceu.

– Pelo menos você conseguiu se virar.

– Eu devia ter jogado o fogo na sua cabeça, Castiel! – Fez um bico – Poderia ter me ajudado, poxa...

– Agora você entendeu que não pode controlar totalmente aquilo que cria? O fogo se espalhou sozinho. – Castiel diz, prendendo a atenção dela – Você deve encontrar um meio de manipular seus elementos.

– Mas como é que eu vou dar ordens a algo que nem tem vida?

– O último Onificênte que conheci conseguia muito bem.

Min-ji franziu a testa e Castiel se lenvantou, ignorando a feição confusa e curiosa da azulada.

– Espera! Teve outros como eu?! – Min-ji seguiu o cachorro.

– Ah, sim... – Castiel assentiu e depois se virou na direção da garota, com  olhar pensativo na direção do tapete encharcado da sala com alguns furos pelo fogo – Seu desempenho está aumentando, seria bom um lugar onde você poderia treinar, sem preocupações, sem medo de derrubar a casa... ou a cidade.

– Eu poderia? – Min-ji perguntou com os olhos brilhando e Castiel franziu a testa – Não que eu queira derrubar a cidade, mas saber que eu sou capaz de fazer isso se eu quiser, mostra que sou muito forte, tô certa!

– Você é mesmo uma peça rara, criança. – Castiel negou com a cabeça.

– Mas continuando o que você disse, seria bem legal mesmo um lugar pra treinar. – Min-ji assentiu – Então... será que você poderia arranjar algum?

– Bom... tem um lugar perfeito, mas precisamos de uma coisa para podermos entrar.

– Que coisa?! – Ela exclamou animada.

– Uma chave, ou melhor dizendo... um anel, mas não o vejo há anos. – Castiel diz e Min-ji murchou – Mas se estiver no mesmo lugar que o deixaram, poderemos pegá-lo.

– Legal! – Min-ji se animou outra vez, mas depois o encarou com curiosidade – E que lugar é esse, Castiel?

–Ah, é um lugar lindo... na última vez que estive lá, apostaria que se o paraíso existisse, se pareceria com aquilo. – Castiel encarou os olhos púrpuras da garota e depois abanou o rabinho animado – Na verdade, acho que já está mesmo na hora de mostrar aquele lugar pra você.

O som da campainha chamou a atenção dos dois e Min-ji encarou a porta, sentindo a presença de Jin-Ho, pegou sua mochila e os dois andaram até a porta.

Quando a abriu, riu vendo Jin-Ho Yoo a esperando, com seu novo elmo em sua cabeça, e logo atrás, Jin-Woo os esperava encostado no carro do Yoo, com os braços cruzados.

– Está pronta pra nossa última raid?! – Jin-Ho perguntou animado.

– Eu nasci pronta. – Assentiu, e Castiel latiu em concordância.

...

Os três se encontravam em um restaurante, comemorando da melhor forma as 19 raids completas, com comida, bebida e uma boa companhia.

– E com isso, as raids acabaram. – Jin-Woo diz, em frente de Min-ji e Jin-Ho na mesa, onde o Yoo colocava mais carne na grelha.

– Me desculpem, chefinhos. – Jin-Ho encolheu os ombros – Eu queria levar vocês para um lugar mais luxuoso para a nossa última vez...

– Não, estou mais preocupado que isso não se adeque ao paladar de um jovem mestre de berço de ouro. – O Sung brincou.

– Pois é... além disso, prefiro lugares assim. – Min-ji parou de comer a carne no seu prato e sorriu para o Yoo que devolveu o gesto.

– O que planeja fazer daqui pra frente? – Jin-Woo perguntou para o mais novo, depois de beber sua bebida, enquanto o sistema detectava uma substância nociva e completava a desintoxicação – Já que as raids acabaram.

– Ah, é mesmo! – Min-ji pegou seu copo e o ergueu, entusiasmada – Você vai ser o futuro mestre de guilda, não é?

– Sim! Eu posso pegar a minha licença de mestre de guilda, assim que terminar um exame escrito da associação. – Os três fizeram um brinde – Daí vou ter uma conversa com meu pai com essa licença.

Min-ji voltou sua atenção para a carne e pegou mais na grelha, algo que Jin-Woo escolheu, sabia que tinha feito isso exatamente porque sabia que é sua comida preferida.

Revirou os olhos, sentindo as malditas borboletas em seu estômago.

Enfiou mais um pedaço de carne na boca, soltando um suspiro alto,  sentindo o gosto delicioso.

Algo que chamou a atenção do Sung, que estava perdido em pensamentos. Ele engoliu em seco, vendo ela suspirar mais uma vez, enquanto comia junto de Jin-Ho.

– O que foi? – Min-ji perguntou confusa, vendo que ele a encarava.

– Nada. – Ele respondeu, encarando os olhos púrpuras, tentando apagar o som que ela fazia ao comer sua comida favorita. Estava virando um pervertido pior do que ela.

– O que vocês vão fazer agora? – Jin-Ho quebrou o silêncio, com a boca cheia de carne.

Os outros dois se encararam novamente e depois Jin-Woo abaixou a cabeça para ver a chave dourada em sua mão direita, esta que conseguiram ao derrotar o guardião do portão, do castelo demoníaco.

– Eu vou ficar fora de contato por um tempo. – Jin-Woo respondeu, fechando a mão – Tem um lugar que tenho que ir.

– Eu também vou dar uma sumida, tenho algumas coisas pra resolver. – Min-ji deu de ombros e Jin-Ho murchou, pegando seu copo novamente e bebendo a dose de uma vez só.

– Chefinhos! Se eu for um incomodo pra vocês, por favor, me digam! – Ele diz, já meio alterado e com as bochechas coradas – Eu não vou mais  incomodar!

– Você entendeu errado! – Min-ji balançou as mãos, vendo o garoto fazer uma feição entristecida.

– Não minta tentando me animar, chefinha... – Ele bebeu mais um pouco.

– Jin-Ho. – Jin-Woo o chamou.

– Sim, chefinho? – Ele abaixou a cabeça.

– O que eu sou pra você?

O garoto travou, sem esperar esse tipo de pergunta e depois suspirou cabisbaixo, sentindo o olhar dos dois em si, esperando sua resposta.

– ... eu tenho um irmão que é quase dez anos mais velho do que eu. – Jin-Ho desviou o olhar dos deles – Ele não gosta muito de mim, então não passamos muito tempo juntos.

Min-ji o observou com preocupação, precionando os lábios, vendo a feição levemente abatida do garoto. Ele se sentia sozinho, mesmo que tivesse nascido em berço de ouro, dinheiro não comprava tudo.

– Em compensação, vocês salvaram a minha vida e também me ajudaram com o meu problema. – Ele permaneceu com os antebraços apoiados na mesa e cabeça baixa – Pra mim, vocês são mais meus irmãos, do que meu irmão de verdade.

Min-ji e Jin-Woo arregalaram os olhos, completamente surpresos com a declaração do Yoo. A azulada sorriu, sentindo seus olhos marejados e tratou de secalas.

– Para com isso, vai me fazer chorar! – Deu um soquinho no ombro de Jin-Ho que estremeceu surpreso, mas logo depois sorriu vendo a feição emocionada da garota e segurou as lágrimas também – Você também é como um irmão pra mim, seu bebêzão!

– Ah, chefinha! – Ele exclamou a puxando para um abraço apertado e desajeitado, fazendo a azulada resmungar por não conseguir respirar direito.

– Se é isso que pensa de mim... – Jin-Woo sorriu e levantou seu copo novamente – Eu vou te considerar meu irmão mais novo também.

O garoto desabou em lágrimas ainda mais e depois abriu seus braços emocionado, na direção do mais velho.

– Eu posso te abraçar?! – Jin-Ho perguntou e Jin-Woo negou rapidamente.

– Ele você pede permissão?! – Min-ji acariciou seu pescoço dolorido.

– Ei, ei! – Jin-Woo balançou os braços alarmado depois que o garoto insistiu mais uma vez – Você está bêbado!

– Não, chefinho! – Jin-Ho caiu de cara na mesa, ainda chorando – Eu nunca estive mais sóbrio!

– Huh... ele é realmente alguém especial... – Jin-Woo murmurou, mas foi interrompido pela gargalhada alta que a garota soltou.

– Ele não existe! – Min-ji riu mais ainda, vendo o Yoo levantar o rosto da mesa, depois se agarrou ao braço do Sung chorando – Depois diz que não tá bêbado!

Jin-Woo sentiu seu coração acelerar, vendo a azulada rir de forma genuína, com suas bochechas coradas e um canto de sua boca suja com molho de churrasco. Com essa visão não pode conter seus lábios de se curvarem pra cima, era assim que ela deveria agir sempre, sorrindo e feliz.

Mas logo depois, a notícia que se passava na TV da parede do restaurante, onde mostrava Baek juntos de vários jornalistas, falavam sobre o acidente grave no treinamento de novos recrutas. Tirando a atenção dos mais velhos do trio, fazendo o clima leve, com o som das risadas da azulada e o choro do Yoo, cessarem. Claro, menos o choro de Jin-Ho, que continuou.

– É verdade que todos os caçadores de rank alto morreram e apenas caçadores de rank baixo sobreviveram?

– Também circula um rumor dentre os sobreviventes de que alguém os ajudou. Quem você acha que seja?

A investigação da associação já foi encerrada. – Baek respondeu as perguntas – É verdade que teve um acidente, mas nenhum grupo de fora se envolveu.

Grupo de fora? Min-ji franziu a testa.

Então por que está bloqueando as entrevistas com os sobreviventes?!

Chega de perguntas!

A entrevista se encerrou e o Sung e a Ryu se encararam confusos, mas logo depois Jin-Ho se levantou novamente com os olhos inchados de chorar e pegou mais carne, colocando na grelha.

– Vamos comemorar esse dia ainda mais, podem comer a vontade!

– Só não vá se arrepender, hein! – Min-ji sorriu marota.

– Eu só não entendo... – Jin-Ho diz com a voz grogue – Vocês também estão bebendo e não estão nem um pouquinho bêbados.

– Eu venho de uma longa linhagem de cachaceiros... o álcool não me afeta, ele já corre nas minhas veias naturalmente. – Min-ji respondeu com uma voz dramática, fazendo o Sung segurar uma risada, vendo que o Jin-Ho fez uma cara surpresa acreditando.

– Nossa! – Jin-Ho exclamou impressionado.

– Vocês dois... – Jin-Woo negou com a cabeça com uma feição tranquila, vendo a Ryu de gabar outra vez para o jovem ingênuo, que caia na sua lábia.

...

Preparou sua mochila e equipamentos, estava pronta para concluir seu objetivo. Se olhou no espelho e sorriu ansiosa, conseguiria aquele Elixir da Vida e salvaria seu pai.

Desceu as escadas com Castiel em seu encalço e deixou um beijo na bochecha de seu pai dar uma passada rápida na cozinha, pegando toda a comida que seu pai preparou para seus dias de viagem.

– Vou ficar uma semana fora, prometo não demorar mais do que isso, pai.

– Você não acha que está trabalhando demais? – Hyun murchou – E já vai ter que viajar?

– O trabalho me chama, mas volto logo, tenho que cuidar de você. – Olhou de relance para Min-ki na sala, que estava concentrado em seu videogame – Por enquanto, se contente com o mini ajudante.

– Tudo bem... além disso, a Jin-Ah vai passar essa semana aqui, para não ficar sozinha, já que o Jin-Woo também vai sair de casa esses dias.

– Ah, é...? – Min-ji se fez de desentendida e Hyun sorriu levemente.

– Vão viajar juntos, não é? Faço muito gosto! – Hyun diz, achando graça da feição contráriada e envergonhada da mais nova – Ele parece um bom rapaz pra você.

– Ah, por Deus... ele é um poste inexpressivo! – Franziu os lábios – E vamos trabalhar, não sair de férias, tô certa!

– Hum... – Hyun estreitou os olhos, com um sorrisinho provocativo – Gosto do jeito dele, um homem de verdade, com personalidade e olhar de que sabe o que quer.

– Se gostou tanto, então casa com ele. – Min-ji desdenhou com os lábios franzidos.

Hyun segurou a orelha dela e puxou, fazendo a garota se curvar pra frente resmungar resmungar de dor, enquanto se debatia.

Me respeita...

– Tá, tá, tá!

Ele a soltou, dando uma risada contagiante, fazendo a azulada o acompanhar. Depois Min-ji acenou para o irmão mais novo, que apenas acenou de volta com a mão, mas os olhos ainda na tela.

– Vamos, Castiel! – O cachorro latiu em concordância.

Pararam na frente da porta e Castiel mudou sua aparência para a normal, mas logo depois resmungou, vendo que estava vestido com as mesmas roupas que a Ryu o obrigou a colocar na última vez.

Quando saíram, rapidamente perceberam um jeep familiar parar na frente da casa - ele era pontual pra caramba. Então a irmã mais nova do Sung saiu primeiro, que sorriu genuinamente ao ver a mais velha.

– Min-ji! – Ela puxou a Ryu para um abraço apertado e a azulada sentiu que suas costelas partiriam ao meio – Não nos vemos ha tempos!

– P-Pois... é. – Min-ji murmurou sem ar, se perguntando o motivo de todos quase a matarem de asfixia com um abraço. Deu dois tapinhas no ombro da mais nova, que a soltou depois de alguns segundos – E bom te ver, mini-sung.

– Hum... – A menor fez um bico por causa do apelido, mas depois franziu a testa ao ver o homem atrás da azulada, sentindo suas bochechas corarem com o olhar sério que ele lançava aos dois irmãos – E quem é... ele?

Rapidamente a atenção do Sung mais velho se voltou ao moreno junto da Ryu, o percebendo naquele instante, instantaneamente fechou a cara o reconhecendo, era o mesmo homem que estava junto da azulada a alguns dias atrás.

– Vamos logo, Ryu. – Jin-Woo a chamou, ao lado do carro, impaciente.

– Não seja mal educado, irmão. – Jinah encarou o desconhecido e sorriu – Sou Jin-Ah Sung... irmã desse rabugento.

– É um prazer... – Castiel acenou com a cabeça, forçando um pequeno sorriso, assim como a Ryu o ensinou a fazer ao conhecer uma nova pessoa – Um imenso prazer, conhecer vocês dois.

Jin-Ah pisou no pé do irmão que resmungou, com sua feição fechada e levemente irritada. Enquanto isso, Min-ji sorria, se divertindo com a situação.

Igualmente. – Respondeu seco.

– Você é bem mais legal que o seu irmão, Jin-Ah. – Min-ji olhou para a mais nova, que sorriu orgulhosa, e depois fez uma careta para o Sung que revirou os olhos.

Jin-Ah observou a Ryu de cima a baixo e logo depois sua feição foi substituída por um sorriso malicioso.

– Então é ela a pessoa especial que você arranjou, Jin-Woo? – A mais nova perguntou com um olhar de segundas intenções, fazendo o rosto da azulada esquentar com a pergunta invasiva.

– Não brinca comigo. – Jin-Woo segurou a bochecha dela com força, fazendo a mais nova resmungar de dor.

– Aí, aí! – Jin-Ah se soltou dele, com a bochecha vermelha e ardendo – Não precisa ficar nervosinho e se fazer de durão só porque sua namorada tá aqui.

– Não é nada disso! – Os dois negaram juntos e depois se encararam com os lábios franzidos.

– Se vocês estão dizendo... – Jin-Ah estreitou os olhos e depois acenou com a mão – Já vou entrando, boa viagem pra vocês!

– Obrigada! – Min-ji agradece, vendo a mais nova entrar na casa, e depois olhou para os dois homens, segurando o ombro do anjo – Hora de irmos.

– Sim. – Castiel concordou, fazendo o Sung fechar ainda mais a cara com a cena.

– Como assim? – Sung perguntou, fazendo a azulada franzir a testa.

Jin-Woo encarou a Ryu, segurando a vontade de arrancar a mão dela do ombro daquele cara e fazê-lo beijar o chão da calçada. Sentia seu corpo esquentar, vendo ela agir com tanta intimidade com aquele desconhecido bem na sua frente.

Não sabia o motivo de querer separá-los com tanta urgência, novamente os pensamentos deles terem alguma coisa se passou em sua mente. Mas aquilo, em sua cabeça, era um absurdo.

– Como assim, o quê?

– Esse cara vai com a gente? – Jin-Woo apontou para o outro, sem nem mesmo dar o trabalho de olhá-lo – Pensei que você levava mais a sério o nosso trabalho.

– Mas é claro que eu levo a sério. – Min-ji respondeu, internamente se divertindo em vê-lo irritado. Enquanto Castiel revezava entre olhar para um e para o outro, sem entender.

– Então por que levar esse... cara, com a gente?! – Jin-Woo franziu os lábios com desgosto, mas depois paralisou, a encarando com irritação – Você contou pra ele sobre o...?!

– Calma, calma! – Min-ji levantou as mãos em rendição, vendo o Sung se exaltar e apontou para o moreno ao seu lado, que tentava entender o motivo da discussão – Esse é só o Castiel. Na forma verdadeira dele.

Jin-Woo travou, finalmente dirigindo seu olhar até o moreno de cabelos longos e negros, o olhando de cima a baixo com desconfiança.

– Castiel... esse aí é o cachorro? – Apoiou para Castiel, logo depois sentiu suas bochechas cararem, se sentindo um idiota – Hum...

– É. – Min-ji assentiu, vendo as bochechas rosadas do mais velho – Por que ficou tão bravinho?

Jin-Woo encolheu os ombros, fechando a cara e estreitou os olhos, vendo ela rir com gosto, enquanto andava até o carro. Isso foi uma revanche pelo que fez antes no hospital?

Observou ela de cima a baixo, admirando de forma inconsciente o corpo escultural que ela tinha e sorriu presunçoso.

Não sabia se estava envergonhado por pensar tanto nela e no cachorro, como algo a mais que amigos, ou se estava aliviado de estar errado. E também, queria saber, o por quê de ter ficado tão aliviado.

Mas de uma coisa sabia, isso não ia ficar por isso mesmo. Ela não tinha nada com esse cara, já que é apenas o cachorro, então o motivo de suprimir tanto os sinais de seu corpo, que claramente ele conseguia perceber, não era por algo muito sério.

Isso deixava as coisas mais excitantes, e ainda mais difíceis de ignorar.

Já que ela respondia a todos os seus toques, da mesma forma que seu corpo reagia ao dela, isso era confuso. Mas ao mesmo tempo o fazia questionar se isso era problemático demais, já que nas poucas vezes que sentiu essas reações, mal conseguia controlar suas próprias ações.

– O que foi? Vai ficar parado aí? – Min-ji questionou com desdém, e um pecaminoso sorriso em seus lábios, fazendo o interior do Sung vibrar.

– Espera só pra ver... – Jin-Woo murmurou.

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