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━━ 18.

𝗔𝗩𝗘𝗥𝗬.

Kiara chegou de Lahaina com as bagagens cheia de histórias, novidades e muito alto astral. Minha melhor amiga passou toda a manhã contando como ver sua namorada foi incrível pra ela. Me disse que adotaram um cachorrinho que avistaram na rua, ele estava sujo e aparentemente muito faminto. Batizaram-o de Freddie. Falou que até que terminasse todos os períodos e se formasse, ele iria ser cuidado por Allison na cidade vizinha. Também citou como não parava de pensar no futuro, em morar com sua garota lhe soava feito um sonho. E devia ser mesmo.

Escuto-a com atenção e mantendo um sorriso no rosto. Vê-la tão feliz me dá um gás absurdo. Na real, ver minhas amigas realizadas sejam lá com o que fosse era incrível pra mim. Kiara e Sarah já tinham planos extensos para o futuro. Kiara bate na mesma tecla desde que viramos amigas que assim que pegasse seu diploma, iria alugar uma casinha na beira da praia de Lahaina e moraria com sua namorada e seu agora filho não-humano. Também queria abrir sua própria clínica veterinária com o dinheiro que guardou por todos esses anos na sua poupança. Sendo honesta, os pais de Kiara tinham uma condição boa e nunca a negaram ajuda, mesmo que soubessem como ela era osso duro de roer quando o assunto era ser independente.

Sarah tinha uma boa visibilidade em seu canal do YouTube. Fez alguns contatos e amizades que a faziam crescer cada vez mais, sem contar do seu extremo talento em se comunicar com as câmeras. Ela também sempre foi uma aluna extremamente dedicada, então não duvido nada que ela possa querer seguir mesmo o quê lhe é imposto no curso. Vive dizendo que quer estrelar nos filmes de Hollywood, ao lado de Jennifer Aniston ou Emma Stone. Desde que a conheço, Sarah era a louca dos musicais Hollywoodianos. Se um dia eu ligasse a TV e acabasse me deparando com a minha melhor amiga cantando enquanto passa no meio de um engarrafamento parado e umas vinte pessoas dançando atrás dela, eu sinceramente não me assustaria. Ao contrário de Kiara, Sarah pretende viver bem longe da natureza e sonha com um apartamento nos prédios altos de Nova York, apenas com a companhia de um gato e uma estante gigantesca para guardar seus livros de infinitos gêneros.

Eu? Bom, eu tenho muitos sonhos. Alguns passivamente impossíveis, apesar de eu não acreditar nessa baboseira de que você precisa ter o pé no chão. O mundo vai te engolir uma hora ou outra, então foda-se, sonhe o quanto você puder. O discurso de que você precisa ser realista e não querer praticar atos tão distantes é uma fraude filha da mãe de quem não tem esperança alguma na vida. Ninguém nunca nasce sabendo do dia de amanhã. Na minha visão, deixar de ser quem você é por medo do futuro ou da frustração é covardia consigo mesmo. Um dia, todo mundo morre e cai no mesmo buraco. Por que viver nos eixos? Seja intenso, cara, a vida só acontece uma vez.

Meu primeiro plano depois da faculdade é pegar o barco da minha família e viajar o mundo. Sim, um mochilão pela porra do oceano. É loucura, eu adoro loucuras. Bato na mesma tecla desde os meus quinze anos. Quero viver sentindo a brisa, aproveitando minha própria companhia e evitando a presença de outros seres humanos. Seres humanos são irritantes em grande quantidade. Seja pé no chão, tenha um plano B plausível. Olha esse discursinho de merda.

Infelizmente, eu tenho um Plano B. Abrir minha própria clínica de nutrição no centro de Los Angeles, passar uma dieta pra alguma Kardashian e posar com elas nos futuros eventos beneficentes. Então, ficar famosa e fazer o nome da minha clínica bombar junto com o meu.

Seja pé no chão. Tenha um Plano C plausível.

Droga, eu tava me divertindo.

O Plano C é o mais deprimente, sem graça e provável de acontecer. Trabalhar na clínica da família, virar a tia rabugenta que toma cerveja e vinho na taça e que fuma cigarro sem contexto nenhum. É, o nutricionismo é o sonho da minha família e não necessariamente meu. Minha mãe é uma das doutoras mais renomadas da cidade. Já atendeu famosas que passavam as férias por aqui e, numa dessas consultas com pessoas influentes, ela conheceu o meu pai, o dono da clínica rival que estava tomando os seus clientes. O desfecho todo mundo já sabe. Amor – ou ódio – à primeira vista. Anos mais tarde, eu vim ao mundo com um único propósito escrito: ser uma nutricionista de sucesso e atender as Kardashians. O sonho da minha mãe era ter tirado uma foto com a Kim quando ela visitou seu consultório, mas disse que ela estava tão atarefada naquele dia que nem deu tempo.

Queria ter a facilidade de se acostumar com o futuro que as minhas melhores amigas tem. Tenho certeza que não passaria tempo demais me torturando com os próximos anos da minha vida como faço. Gosto muito de viver o presente, mas é inevitável que os próximos dias me deixem ao menos curiosa.

E é nisso que eu penso durante todo o caminho de volta pro meu alojamento. Estou segurando dois copos grandes de café, um pra mim e outro pra Sarah. Kiara já havia ido pra aula e Sarah estudava um pouco no quarto enquanto seu tempo não começava. Ela me mandou uma foto por mensagem com o beiço de um bebê chorão, me pedindo um café "pelo amor de Deus" antes que ela adormecesse em cima de seus livros. Não posso negar um café em nome de Deus, muito menos pra uma estudiosa feito minha melhor amiga.

Assovio na melodia de Love Yourself do Justin enquanto caminho na direção do meu quarto. Abro a porta que deixo encostada com o pé e preciso pensar no dinheiro que gastei na cafeteria com essas benditas bebidas para não arremessa-las ao chão com o susto que levo.

John B está deitado em cima de Sarah, a beijando fervorosamente enquanto ela tem as próprias pernas enroladas em sua cintura. Ah, ela está deitada em minha cama. Os dois estão bem aconchegados sobre a porra dos meus cobertores macios. Eu não aguento mais lidar com jogadores de hóquei achando que a minha cama é um point de palhaçada.

⏤ Porra, cara, saiam de cima da minha cama. Que nojo. ⏤ eu peço, praticamente exausta.

O jogador dos cabelos ondulados toma um susto, rapidamente se jogando pro lado e ainda sobre o meu colchão. Sarah puxa os lábios numa linha reta envergonhada, e então, se levanta, vindo pegar seu café comigo e ainda em silêncio. Quase choro com a cara de pau.

Depois a Avery Jackson que não presta, é claro.

⏤ Hey, Av. Bom dia. ⏤ John B gesticulou com os dedos na testa, me cumprimentando.

Nego com a cabeça, abrindo a tampa do meu café e me sentando na cama de Sarah.

⏤ Você não devia estar treinando? ⏤ dou um gole em minha bebida.

⏤ Também acho que deveria. O treinador quis se concentrar no Rafe hoje. ⏤ o garoto passou os dedos pelos próprios cabelos claros e focou nos cafés que estavam na minha mão e na de Sarah. ⏤ porra, nem trouxe pra mim.

⏤ Sim, porque eu com certeza iria saber que o John B do hóquei estava prestes à transar com a minha melhor amiga na minha cama. ⏤ ele dá um sorrisinho irônico e eu ergo o dedo médio em sua direção.

⏤ Ah, por favor ⏤ Sarah esconde o rosto na mão. As bochechas nitidamente coradas.

Acabo rindo fraco, voltando à beber meu café sem me preocupar demais. Quer dizer, eu não era um Rafe Cameron da vida, que se pegasse a irmãzinha aos amassos com o melhor amigo teria sete tipos de ataques de pelanca diferentes. Na real, acho que ignoro mais o que tive com John B mais que qualquer coisa. Nós dois sabemos lidar com noites casuais muito bem, por sinal.

⏤ Vocês vão pro nosso jogo, não vão? ⏤ a fala do jogador fez Sarah franzir a testa.

⏤ O de sábado agora? ⏤ John B assente. ⏤ ah, não sabemos.

⏤ Como não sabem? Vai se foda. Precisamos de muita torcida e apoio, os caras do outro time são uns belos de uns filhos da puta que tentarão nos tirar do foco sempre que possível. ⏤ consigo ver Routledge se aconchegando ao lado de Sarah e, inevitavelmente, pousando uma mão sobre a sua coxa.

Odeio casais.

⏤ Tenho uma cacetada de trabalhos pra fazer ⏤ estalo meu pescoço enquanto falo. ⏤ não sei se consigo ir.

John B fez uma careta e ergueu as mãos.

⏤ Se fosse uma festinha com putaria, as bonitas iriam sem pensar duas vezes, né? ⏤ a chantagem me faz rir.

⏤ Apelando pro emocional, John B? ⏤ zombo, o provocando uma risada fraca também.

⏤ Mas, sério, tentem ir ⏤ ele tira os olhos de mim para fitar Sarah. ⏤ o Rafe precisa do seu apoio mais que nunca agora.

As palavras parecem atingir mesmo Sarah. Inevitavelmente, à mim também. Penso no diálogo que tivemos na outra noite, na cena que presenciei do capitão do time de hóquei tão fragilizado como nunca. Essa maldita necessidade que as pessoas em volta de Rafe Cameron tinham de controla-lo me irritava profundamente. Na verdade, ninguém merece isso, certo? Pressão demais era o gatilho perfeito pra que alguém sufocasse uma hora. Eu, pelo menos, nunca lidei bem com pressão.

⏤ Então, por mim... ⏤ Sarah começa.

⏤ Nós iremos ⏤ os dois pares de olhos do casal me encaram. ⏤ só arranjem um bom lugar pra nós, por favor.

Consigo ver o sorrisinho feliz no rosto de John B, que me lança uma piscadinha e murmura um "conta comigo" logo depois.

Pelo menos sei que se eu perdesse a vontade de assistir um bando de marmanjos velhos batendo num disco de um lado do outro no gelo, já tinha um Plano B.

Fumar maconha e torcer em casa pra que algum brutamonte do time adversário batesse o ombro na cara do meu ex.

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