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𝗘𝗜𝗚𝗛𝗧𝗘𝗘𝗡

Você me faz sentir
como se eu fosse uma
adolescente apaixonada
Teenager in Love -
Madison Beer

———— 🌴🍊🥤————

Cape Cod, Massachusetts
July 4, 2023

CHRIS E EU nos encontramos todas as noites depois daquela noite. A noite. Com certeza foi uma das melhores noites da minha vida. Sempre fui apaixonada e viciada em comédias românticas, livros, músicas e qualquer coisa que envolvesse romance. As histórias dos meus livros não estavam tão distantes da realidade, afinal.

Eu nunca tinha devolvido o moletom de Chris. Dormi com ele todas as noites, às vezes aparecia vestindo ele nos nossos encontros de madrugada. Era meio bobo, mas eu não ligava. Chris também não se importava, ele sorria toda vez que me via usando-o. Mesmo depois de alguns dias, o cheiro do perfume dele não ia embora.

Assim como Chris me esperava todos os verões, eu também o esperava, ansiosamente. Havia algo na atenção que recebia dele que era diferente. É claro, eu reclamava — era boa nisso — mas eu gostava. Quando Nate vinha para o verão, eu me sentia um pouco desconcertada, sem saber como agir, porque Chris não prestava tanta atenção em mim quanto normalmente prestava. Acho que sabia que ele tinha um efeito diferente em mim desde aquela época.

Quanto a Nick e Matt? Bem, eles com certeza me viram descer pela escada, chorando como a Ariel quando viu Eric e Vanessa juntos. Chris e eu conseguimos encobrir isso. Fingimos que ainda nos desprezávamos, como se aquilo tudo fosse a gota d'água para que eu o odiasse ainda mais. Era engraçado, nós poderíamos rir deles depois.

Nossos encontros se misturavam entre caminhadas na praia tarde da noite, conversas silenciosas no porão de casa e às vezes — isso aconteceu em apenas uma das noites — eu dirigi até o calçadão para jogarmos em uma daquelas barracas de argolas. Chris ganhou um ursinho marrom que usava um boné azul na cabeça, para mim. O apelidei de Huggles — e é claro que Chris zombou do apelido. Escondi o bichinho no fundo do guarda-roupa, mas sorria toda vez que me lembrava daquela noite. Uma das raras noites em que os brinquedos do calçadão ficavam abertos até de madrugada.

Era a manhã do dia quatro de julho, um feriado bastante importante nos Estados Unidos, mesmo se você não for o maior patriota existente. Eu gostava bastante. Soltávamos fogos, Zoe e eu sempre preparávamos um daqueles drinks vermelhos que aprendemos no livro de receitas antigas da minha mãe. As noites do dia quatro tinham um brilho diferente, uma vibração ansiosa e sedutora.

Eu tinha acordado cedo — na verdade, nem tinha dormido —, passei a madrugada inteira com Chris. Peguei o carro e dirigi até a lojinha de tortas da estrada, Chris estava deitado no banco do passageiro, os pés descansando no painel. Nós dois cantarolamos 'Florida' do Dominic Fike até sentirmos o cheiro quentinho das tortas de maçã quando estacionamos.

— Você se lembra do primeiro quatro de julho que passamos juntos? — perguntou Chris, entregando o dinheiro para a gentil senhora atrás do balcão.

Eu dei uma risada alta, segurando a caixa da torta nos braços.

— Com certeza. Tive que passar o verão inteiro sem entrar na água. Inclusive, muito obrigada, imbecil — falei, esperando uma expressão culpada em seu rosto. Foi o pior verão da minha vida.

— Ei, minha intenção não era fazer você quebrar o braço, besta — revirou os olhos, pegando a chave do carro no meu bolso da calça.

Eu sorri com aquele pequeno gesto, porque foi como se ele tivesse lido a minha mente. Eu estava com as mãos ocupadas, ele nem precisou pensar duas vezes.

— Eu fiquei com ciúme de Nick aquele dia — confessou. Pude ver que estava com vergonha, olhava para o chão. — Eu não sabia como falar com você sem te irritar, porque era como garotos faziam quando gostavam de uma garota quando crianças, então apenas destruí seu castelo. Não sei como esperava que você fosse se apaixonar por mim daquela forma.

— Você era um inferno!

Eu era um anjo de criança, talvez você que era o problema.

Eu dei uma risadinha, mas fiquei pensativa. Algo ainda não estava se encaixando muito bem. Por que Chris fingiu que não se lembrava de mim? Ainda era uma pulga atrás da orelha para mim. Claro, eu poderia continuar vivendo com o fato de que Christopher Sturniolo me esperava todos os verões e era apaixonado por mim desde que éramos crianças que nem sabiam falar direito, mas eu tinha que perguntar.

Entramos no carro, passei a caixa da torta para Chris, ele me passou as chaves do carro. Enfiei a chave na engrenagem, apertei o volante nas mãos, mas não aguentei ficar quieta. Ele estava me olhando, uma sobrancelha arqueada, provavelmente se perguntando porque eu não tinha saído do estacionamento ainda.

— Posso te perguntar uma coisa? — perguntei, soltando o volante, minhas costas encostando no banco.

Chris me olhou, atento. Ele balançou a cabeça, assentindo e piscando angelicalmente.

— Por que fingiu que não se lembrava de mim?

Ele respirou fundo como se soubesse que eu iria perguntar aquilo. Ele não parecia estar envergonhado ou com medo de responder, permaneceu do jeito que estava, me olhando com aqueles olhos azuis que pareciam ainda mais claros com a luz da manhã.

— Eu entrei em pânico — ele respondeu. — Achei que você não fosse se lembrar de mim, então entrei nessa mentira. E quando vi que você lembrava, já era tarde demais para voltar atrás.

Eu não acreditei naquilo nem por um segundo. O olhei como se tivesse escutado a maior mentira do mundo, erguendo as sobrancelhas.

— Conta outra, Chris — falei, um pouco irritada por achar que ele não dizia a verdade.

— Estou falando sério! — insistiu, elevando o tom de voz, até se ajeitou no assento.

— Não está, não! Não é possível. Você me tratou com indiferença naquele dia, nem me olhou nos olhos.

Algo no olhar dele mostrava que ele escondia mais alguma coisa. Ele balançou a cabeça, apertando os lábios. Parecia genuinamente incomodado por eu não acreditar no que dizia. Não era minha intenção que ficasse magoado, mas eu estava chateada por ele estar mentindo para mim.

Então, Chris me encarou. Me olhou com os olhos tão calorosos, quase me puxavam com um fio transparente.

— Eu estou falando a verdade — ele suspirou. — Mas para ser sincero, o motivo principal é mais vergonhoso do que imagina. Eu tinha uma teoria, louca e completamente irreal, de que você gostava do Matt quando éramos pequenos. Eu nunca gosto de ficar entre as meninas que ele gosta, então preferi ficar quieto.

Eu arregalei os olhos, surpresa. Não havia nenhum universo no mundo em que eu fosse gostar de Matt de forma romântica. Quero dizer, ele é exatamente igual ao Chris, mas eu não o via desta maneira. Matt é como meu irmão, desde pequenos tivemos esta relação de conversas sobre coisas bobas e agora, adultos, conversávamos sobre coisas sérias, ataques de pânico, ansiedade e responsabilidades. Era louco apenas imaginar que Chris pensou em nós dois desta maneira.

— Chris, você é realmente um burro — sorri, não conseguindo segurar a risada. Eu segurei o rosto dele, ele estava com as bochechas vermelhas. — Você sabe que toda a nossa história poderia ter sido resolvida com comunicação, não é?

— Sim — ele respondeu. — Mas o que seria da gente se não fôssemos dois cretinos complicados?

— Bom ponto.

Quando chegamos em casa, era por volta das oito da manhã. Todos estavam dormindo quando saímos — e, os conhecendo bem, iriam dormir por mais longas horas. Mas acho que estava enganada. Quando abri a porta de casa, Matt e Zoe estavam na cozinha. Os dois seguravam xícaras de café, nos analisando de cima a baixo, tão desconfiados quanto eu estava quando os dois estavam no início do namoro.

— Por que os dois chegaram juntos? — perguntou Zoe, deixando a xícara de café sobre o balcão.

— Eca, eu não estava junto com ele, Zoe — revirei os olhos, passando por Chris. — Só fui buscar a nossa torta de maçã e ele estava ali na frente. — Dei de ombros como se aquela fosse a história mais autêntica possível.

Matt piscou algumas vezes, então virou para olhar o irmão. Chris estava apoiado na parede, mexendo no celular como se não estivesse ligando.

— E o que você está fazendo acordado tão cedo? E por que estava lá fora? — perguntou Matt.

— Eu nem fui dormir — ele respondeu. Por um momento entrei em pânico, pensando que ele iria dizer a verdade. — Eu estava só fazendo xixi no quintal, Matt. — Ok, isso foi definitivamente pior do que a verdade.

Eu o olhei por cima do ombro com a maior careta que já fiz na vida. E, julgando pela naturalidade que aquelas palavras saíram de sua boca, ele já fez xixi no meu quintal antes. Com toda certeza.

— Ei, lembra quando eu estava fazendo xixi no quintal de casa e um bicho pousou no meu pau? — deu risada, desviando o assunto. — Eu lembro disso, porque estava gravando um vídeo. Não do meu pau, da minha cara.

— Chris, por favor, cala a boca — falei, arregalando os olhos para ele. — Eu não preciso ouvir sobre o seu negócio e as coisas que saem dele, às oito da manhã de uma terça-feira. Poupe nossos ouvidos.

— Você é muito nojentinha, Madelyn — reclamou, guardando o celular no bolso. — Se você não quer ouvir, outras querem.

Eu gargalhei, sem acreditar nem por um segundo das palavras que deixaram a boca dele naquele momento. Não é possível que este seja o garoto pelo qual eu sou apaixonada.

— Boa sorte com isso.

Zoe cobriu o rosto, soltando um rosnado abafado. Ela revirou os olhos e, como se não aguentasse mais, elevou o tom de voz:

— Seus malditos, não estraguem um dos melhores feriados do ano, por favor. Não aguento mais escutar vocês dois brigando. Façam algo de útil e vão procurar os fogos de artifício no sótão!

Quando nós dois seguimos para a escada, ela deu um berro e levantou uma das mãos.

— Só um de vocês! Em que mundo vocês acham que eu vou colocar os dois em um lugar fechado, sozinhos?

— Eu estava indo para o meu quarto, Zoe — resmungou Chris, a olhando por cima do ombro antes de subir a escada. — Você está agindo como a minha mãe — gritou quando já estava no andar de cima.

Quando subimos, começamos a rir. Usamos as mãos para abafar as risadas. Chris começou a me chamar de nojentinha o tempo inteiro, orgulhando-se do apelido mais genérico possível. Eu amava esses momentos bobos com ele.

★★★

A tarde foi como todas as outras: praia, piscina, mais praia, almoço no clube e tudo mais. Depois do almoço, eu e as meninas começamos a preparar os drinks de romã. Usamos o liquidificador da minha mãe, ela ainda guardava no mesmo lugar de sempre. Enchemos algumas pequenas taças, entregamos uma delas a Kyle. Os outros meninos não bebiam álcool e nós nunca os forçamos a beber. E tudo estava bem assim.

Esses drinks de romã eram uma tradição minha e de Zoe desde que ela tinha se mudado para cá em 2013, nós tínhamos nove anos. Minha mãe preparou os drinks para ela e para a sra. Gilmore e fez a versão não alcoólica para nós duas. Lembro que nos sentimos muito adultas, bebericando a bebida pela taça, deitadas nas espreguiçadeiras do quintal. Agora, Diana fazia parte da tradição também.

Na sala, os meninos estavam fazendo karaokê. Eles acharam uma caixa de som e microfones no sótão e decidiram que seria uma ótima ideia. E realmente foi. Nate e Kyle estavam fazendo um dueto de "Vejo uma porta abrir" de Frozen, com direito a dança sincronizada e vocais muito bem afinados — só que não.

Quando os dois terminaram, Kyle se sentou de volta no sofá. Nate lançou aquele olhar brincalhão para Chris e o entregou o microfone. Então, com uma voz teatral, Chris anunciou:

— Essa vai para o nosso novo casal: Kyle Ross e Nick Sturniolo, essa é para vocês!

Nick levantou o dedo do meio, Chris estava rindo. Matt apertou o play no controle remoto e a música começou a tocar. Kyle estava dando risada, não estava nem um pouco incomodado. Nick estava todo vermelho, tentando parecer tranquilo.

— Summer lovin', had me a blast... — começou Chris, dançando pelo tapete de pelinhos da sala.

— Summer lovin', happened so fast... — Nate cantarolou, sorrindo. Ele agarrou Chris como se estivessem dançando valsa juntos.

Eu não consegui parar de rir. Diana gravava Nate com o celular, dizendo por trás da câmera algo como "esse é o meu namorado". Eu estava pensando a mesma coisa, mas não poderia dizer em voz alta.

Para ser sincera, não sabia se Chris era mesmo meu namorado. Talvez ele seria mesmo meu namorado depois que o prazo com Briney acabasse, ou talvez ele estava satisfeito com aquilo e não precisa de pedido de namoro algum. Eu sabia que estava pensando demais, mas era inevitável ignorar tudo aquilo. Sempre me preocupava demais, esquecia de me divertir e aproveitar.

À noite, quando o céu já estava escuro o suficiente para a queima de fogos, fomos todos para o quintal. Nate e Matt pegaram as caixas de fogos de artifício; Matt acendia o pavio com o fogo e Nate soltava o cilindro no ar. As cores começaram a colorir o céu escuro, explodiram sobre nós como grãos de areia dourados, vermelhos, verde e rosa no topo.

Olhei para o lado, Nick e Kyle seguravam a mão um do outro. Eles se beijam por um instante, sem jeito. Não era surpresa para ninguém que os dois estavam juntos, mas acho que eles ainda estavam envergonhados de mostrar afeto na frente de todos nós.

Sinto uma mão fechar em volta do meu pulso, olho para trás e Chris está me puxando com ele para trás da casa. Ele está com aquele sorriso inebriante no rosto, aquele sorriso que me convenceria a fazer qualquer coisa. Nos escondemos atrás de uma pilastra, uma das palmeiras iria cobrir as nossas sombras. Ele me colocou atrás da parede de tijolos, segurou meu rosto e olhou no fundo dos meus olhos.

Seu rosto era iluminado com as cores que estouraram no céu, seus olhos brilhavam. Ele estava com as bochechas queimadas pela quantidade de sol que estava tomando, aquilo o deixava ainda mais bonito de alguma forma.

— Não poderia deixar de te beijar na queima de fogos — ele falou, a centímetros do meu rosto.

— Não é ano novo, Chris — brinquei, olhando para os lábios dele tão perto dos meus.

— Acho que vou ter que te beijar no ano novo também, então. — Ele sorriu e me beijou.

Todas as vezes que me beijava parecia como a primeira vez. Eu era atingida por um raio eletrizante, deixando todo o meu corpo nervoso e quente. Eu passava minhas mãos pelo cabelo dele e arranhava sua nuca um pouquinho. Eu sabia que ele gostava, porque toda vez que minhas unhas passavam por sua pele, ele sorria sem deixar meus lábios.

Não ficamos ali por muito tempo, até porque todos começariam a procurar por nós assim que deixassem de prestar atenção em seus parceiros. Mas aquela sensação de que qualquer um poderia nos pegar no flagra a qualquer instante me deixava embriagada com adrenalina e animação, eu adorava. Era uma das melhores sensações possíveis.

Nossos encontros escondidos, ilícitos e cheios de adrenalina estavam me trazendo de volta à vida. Mas eu não sabia que também poderiam me destruir em mil pedacinhos.

i. eu tava com bloqueio mas voltei 🙏🙏

ii. amo tanto eles que doi 😣😣😣

iii. qual é o casal preferido de vocês daqui??

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