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ᥫ᭡ 041

QUANDO HYUNJIN E EU NOS desentendemos pela primeira vez, pareceu uma eternidade até que pudéssemos consertar toda a nossa relação. Mas, agora que estamos bem, os 100 dias desde o nosso primeiro beijo na chuva parecem um só. A marca 100 é bem importante. Para alguns os 100 anos, um século; para Hyunjin e eu, aniversário de primeiro beijo; cem dias. É meio bobo pensar nisso e o comemorar, mas somos jovens, temos 18 anos e o resto das nossas vidas para sermos dois bobões.

Quando penso em nós dois, divido a nossa relação em três fases. A primeira, em quando eu gostava dele de longe, sem saber que ele fazia o mesmo comigo. A segunda, quando fingimos nos odiar, sendo que era bem longe disso. Já a número três, em que estamos até agora, quando o universo conspirou ao nosso favor.

       A fase em que nós estamos é a melhor de todas, poder finalmente sermos honestos conosco não tem preço. Durante os últimos meses, se tem uma coisa que eu percebi, é que sou louca pelo Hwang. Sou fascinada pela maneira como ele apenas existe, sou alucinada por ele. É incrível a sensação de encontrar alguém que te entenda e te transborde da maneira como é quando estou com ele.

Houve uma época em que eu pedi para que estes sentimentos sumissem, hoje eu sou feliz por eles crescerem tanto. Tem coisas que só Hyunjin me faz sentir e que eu não consigo nem explicar. Sensações, sentimentos, sabores, ele é a minha forma mais pura de poesia.

       — Bom dia, flor do dia! — ele diz assim que me vê, na esquina em que combinamos porquê eu estou, digamos que, fugida.

Quando cheguei em casa ontem eu pensei, juro que pensei, em pedir autorização ao meu pai. Mas com tantos encontros ele está me pressionando muito para apresentá-lo a Hyunjin. Eu não quis fazer isso ontem.

O único que sabe a verdade é Felix, também conhecido como o cúmplice de Hyunjin. Meu irmão e ele andaram tramando algo pelas minhas costas e agora que eu vim descobri. Hoje mesmo, pela manha, Yongbok me entregou a mochila da escola com o que ele disse ser "o essencial para o dia de hoje", junto a promessa que me induziu a fazer de que não abrirei até chegar lá, para conservar a surpresa.

— Bom dia! — eu deposito um selinho nos seus lábios e me cerco com o cinto de segurança. — Para onde vamos?

— Quando eu te disse para vir confortável, esta era a última coisa que eu te imaginei vestindo — ele diz, evitando me responder. Para não deixar suspeitas, fiz tudo o que faria em um dia normal de aula, inclusive vestir o uniforme.

       O carro começa a sair do lugar.

— Sério? E o que você imaginou que eu vestiria? — pergunto, fico curiosa sobre.

— Na verdade, nada.

Fico sem palavras. Não sei se o acho inocente de mais para não perceber o duplo sentido na sua fala, ou se eu quem estou sendo inocente por cogitar um Hyunjin ingênuo.

— Não foi isso que eu quis dizer! Foi nada, do tipo, não pensei em nada... — ele se explica, nervoso. — Não quero que você ache que eu fico pensando em você assim — ele se embola com as palavras. — Quer dizer, eu penso em você sim, mas não... Meu Deus, me ajuda!

Me divirto com a cena. É engraçado ver o Hwang se batendo para formular uma sentença simples em que consiga ser claro e objetivo. Mas estamos em um carro e eu fico com medo que ele nos jogue contra alguma coisa só para fugir do constrangimento. Eu exagero.

— Está tudo bem, eu já tinha te entendido — o acalmo. Ele respira fundo. — Mas estava divertido te ver suando, pensei até que você fosse explodir.

— E eu ia — ele afirma. — Me desculpe, é que eu estou um pouco nervoso.

— Não precisa ficar nervoso, meu bem — me aproximo um pouco, para deitar a cabeça em seu ombro. — Somos apenas você e eu.

— É exatamente isso que me deixa nervoso, porque é você quem está comigo. Toda vez que você fica perto eu entro em combustão. É perigoso estar perto de você, porque me faz querer não parar.

— Hyunjin, você não devia dizer essas coisas enquanto dirige! — reprovo.

— Por que não?

— Porque se continuar a dizer coisas bonitas que deixam minha barriga ansiosa, isso pode acabar em acidente.

Ele ri e enfim parece mais relaxado. Hyunjin solta uma das mãos do volante para poder entrelaçar os dedos nos meus. Eu fico toda boba. É tão bom quando depois de um tempo você sente que conhece realmente a pessoa, sem achismos, mas quem ela é de verdade e todas as suas peculiaridades. Hyunjin e eu temos uma boa relação atualmente, nós nos conhecemos bem o suficiente para entender como confortar e tirar a tensão do outro.

Enquanto ele dirige, eu aproveito para apreciar a vista. Nós saímos da cidade, o que me deixa ainda mais curiosa sobre hoje, mas ele continua sem me contar para onde iremos.

       Algum tempo depois eu me solto do Hwang para abrir a minha janela, o vento sopra os meus cabelos e eu fecho os olhos para senti-lo melhor no meu rosto também. Pelo percurso, eu tiro foto das paisagens naturais por onde passamos, até que entramos na cidade e no "campo" outra vez. Já faz praticamente uma hora que estamos no caminho, papeando vez ou outra sobre assuntos aleatórios.

       — Você ainda não me disse... para onde nós estamos indo? — questiono.

       — Você e eu faremos a nossa primeira viagem de casal! — ele diz, empolgado e sorridente. — Você vai adorar, eu espero.

— Nós já estamos chegando?

— Está mais perto para ir de que para voltar — ele responde, tomando bastante cuidado ao fazer uma curva. Eu admiro os seus olhos marcantes pelo retrovisor.

— Estou ansiosa para ver o que você apontou desta vez — tento arranjar algum spoiler, mas ele não me dá.

       — Eu espero mesmo que você goste — ele soa como quem está levemente entrando em desespero. — E por falar nisso, também estou curioso sobre a surpresa que você disse que iria preparar.

— Eu sei, também estou ansiosa para ver a sua reação — eu digo. Agora quem ficará desesperada sou eu. — Em uma escala de 0 à 10, qual o seu nível de curiosidade?

— Eu creio que 11. Mas aguento esperar um pouco mais. Até lá ainda há mais um tempo de viagem, se quiser, você pode dormir um pouco. Eu deixei um travesseiro de viagem para você, está no porta-luvas, é só pegar.

— Você pensa em tudo não é? — eu sorrio contente com o travesseirinho. — Se eu dormir, vou perder alguma coisa da viagem?

       — Hmm... — ele pensa. — Há um lugar que eu gostaria de ir com você, mas podemos ir na volta, é ainda mais bonito no por do sol.

       — Entendi. Então vou dormir mais um pouco.

Faço como Hyunjin sugere, tiro um bom cochilo. Abro os meus olhos uma hora e meia depois. Procuro me orientar pelas placas na rua, há uma que sinaliza que estamos em Gangneung, na província de Gangwon. Coço os olhos para ver se é isso mesmo, faz muito tempo desde que andei por aqui.

       Percebo que estamos perto do destino quando Hyunjin desacelera, reduzindo a velocidade do carro. Estranho um pouco quando entramos por alguns caminhos arborizados, o clima bem tropical e misterioso. Fico me perguntando o que estamos fazendo no meio do nada.

       Nós seguimos pelo caminho com pedrinhas amarelas. Ele para o carro quando chegamos de frente para uma casa com a aparência bem rústica, está mais para um chalé. Hwang abaixa o vidro das janelas e o barulho reconhecível das ondas do mar se quebrando atingem os meus ouvidos. Fico surpresa de mais, a única coisa que eu consigo pensar é no quão apaixonada eu sou por ele.

       — Hyunjin, seu louco... — fico boquiaberta.

       Ele ri, dá a volta no carro e abre a porta para que eu possa sair. Eu pisco os olhos repetidas vezes para me certificar de que não é uma miragem, mas Hwang Hyunjin é no mínimo um sonho.

       — Você gostou? — ele pergunta.

       — Você está brincando? Eu sou louca pelo mar — e mais ainda por você. — Como você sabia?

       — Eu tenho os meus informantes — ele faz mistério, mas seu informante tem nome e sobrenome, Lee Yongbok. — Vamos entrar? O dia está só começando.

       Ele me estende a sua mão e eu prontamente o entrego a minha. Sem nos soltar, entramos na casa, vamos até a cozinha, onde pegamos uma cesta de piquenique e um pano branco estampado com flores liláses nele.

       Eu coloco os meus pés descalços do lado de fora e piso na areia fria. Sinto como se estivesse mergulhando os pés nas nuvens e o meu coração em felicidade. Hyunjin solta minha mão para esticar o pano no chão e eu aproveito para olhar o que tem de tão misterioso na minha mochila.

       Felix foi esperto, colocou um biquíni e uma roupa mais adequada — ou seja, qualquer uma que não seja o uniforme que visto —, além de protetor solar e coisas importantes como um livro — é sempre bom — e um carregador.

       Eu saio por uns instantes para me trocar e quando volto ele já tem arrumado tudo. Está tudo perfeito, como se nós dois fossemos quem estivéssemos saído de algum dos meus livros favoritos de romance. Eu me junto a ele, ele me beija e senta-se ao meu lado. Gosto disso; do afeto, contato. É a parte boa de estarmos sozinhos, privacidade.

       — Ainda não acredito que você fez tudo isso para mim — eu digo, ainda em choque. — Como conseguiu fazer sem que eu percebesse?

       — Os nossos amigos deram uma ajudinha — ele explica. — Inclusive, não fique brava com eles, os cochichos e mudanças de assunto eram para que você não suspeitasse o que tramamos.

       Me sinto mais aliviada.

       — Que bom, eu cheguei a pensar que eles me odiavam.

       — Ninguém consegue te odiar, eu sou a prova viva disso — ele diz, está correto. — Você não faz ideia do quanto eu estou contente por estarmos juntos aqui.

       — Eu também estou, Hyunjin. Muito feliz, todos os dias em que estou com você.

       Sabe quando você tem um sonho tão bom que nele mesmo você sabe que está dormindo? As vezes eu fico pensando nisso quando estou com ele, mas tudo aqui é tão real. Eu suspiro, me encaixo no seu abraço e os seus lábios nos meus. É perfeito.

       — Hyun, você quer saber o que eu gosto tanto no mar? — ele acena positivamente. — Quando você fica em silêncio, consegue escutar o vendo agitando-o, as ondas se quebrando e a brisa suave te invade... — acabo de olhos fechados, sentindo exatamente o que o descrevo. — É porque ele me traz uma paz que eu só tinha encontrado nele, até me apaixonar por você. Estar no mar é como estar em casa, para mim.

       — É exatamente como me sinto quando estou com você — ele fala. — De certa forma, os meus sentimentos por você são como o mar, porque você consegue ver, sentir, mas não pode dizer que há um fim.

       — É a coisa mais bonita que alguém já me disse — eu sorrio, toda vermelha. Meu coração palpita tão forte que o consigo escutar.

       — Eu só quero que você saiba o quão especial é, e o quão especial você me faz sentir — Hyunjin toca o meu rosto delicadamente, dedilhando um caminho de caricias. — Jiyoon-ah, você é a garota mais bonita em toda a face da terra. Você é inteligente, engraçada, doce, honesta e beira a perfeição. Não há ninguém no mundo para mim além de você.

       Suas palavras me dão a sensação de que estou voando. Sinto um frio na barriga e o nervosismo me ataca. O ambiente, o clima, é tudo incrível. É o momento ideal, com a pessoa ideal.

       Eu desvio o meu olhar para a minha bolsa, onde guardei a surpresa que o prometi. Respiro fundo e penso que é agora, é o momento para entregá-lo o meu coração e afirmar o que sentimos. Dar ao que temos a seriedade que merece.

       — Jiyoon...

       — Hyunjin...

       Nós nos chamamos ao mesmo tempo.

       — Pode falar! — dizemos em um uníssono, outra vez.

       — Você começa — digo. Estou tão nervosa que está tudo bem adiar um pouquinho, só uns instantes enquanto ele se pronuncia. — A realeza primeiro.

       Ele ri.

       — Jiyoon, você pode pegar uma coisa que eu esqueci na cesta, por favor?

       Eu concordo. Me estico até a cesta de piquenique e então passo minha mão direita para dentro do objeto de madeira, que parecia estar vazio até os meus dedos tocarem em algo, eu puxo o objeto pequeno para fora.

       Sinto que vou desmaiar. Retiro uma pequena caixinha presta que conheço bem sobre o que se trata, Hwang faz um sinal com a cabeça indicando para a abrir e assim eu faço, abro a caixinha com uma aliança de prata decorada com minúsculo cristais nela e um maior no centro.

       — Nós dois concordamos em ir com calma e, depois desse tempo todo, acredito que este seja o passo certo para nós. Jiyoon, você quer namorar comigo?

       Ai meu Deus!

       Minhas mãos soam, fico nervosa. Não é como eu planejava, mas é ainda melhor. Me sinto eufórica e com uma confusão entre as vontades de rir e chorar.

       — Não — eu respondo.

       — Oh, eu... — ele não sabe o que dizer ou como agir quanto a isso.

       — Não... acredito que você estragou com a minha surpresa! — completo.

       Eu pego minha mochila e retiro dela a surpresa que preparava para Hyunjin. O entrego um livro vintage de capa marrom, na capa diz "Diários da nossa paixão", na contracapa uma foto nossa com um filtro que a faz parecer antiga e a pergunta que não não quer calar, "você quer namorar comigo?".

       — Tudo o que eu mais quero é preencher as páginas em branco com você — abro o meu coração apenas para ele. — Hyunjin, você quer namorar comigo? — agora sou eu quem pergunta.

       — Não! — ele se nega.

        — Como assim "não"? — interrogo surpresa e um pouco brava também. Minha voz sobe um pouquinho e eu cruzo os braços.

       — Oras, foi você quem me negou primeiro.

       — Eu só estava brincando — faço biquinho — É claro que eu quero namorar com você! — eu aceito. Não posso e nem quero deixar o namorado perfeito escapar.

       — Eu também quero ser o seu namorado, JiJi! Desde o primeiro dia.

       Hyunjin sorri, me abraça me beija. Ele faz isso antes e depois de colocar um anel em meu dedo e eu o outro no seu.

       Olho para a minha mão direita, ela está diferente agora, mais bonita com o símbolo do que sentimos um pelo outro. Não paro de sorrir por um instante, meu rosto chega a doer. Por muito tempo eu sonhei com isso, mas a realidade supera qualquer imaginação. Eu sou demasiadamente grata por ter alguém na minha vida como ele, que me ama, me cuida e me faz melhor a cada dia. Desejo que o que tenhamos seja eterno, e será eterno enquanto durar.

       Hwang me tira do chão, o que me assusta um pouco. Eu agarro minhas pernas em seu quadril e antes que possa fazer mais qualquer outra coisa, ele corre comigo até o mar. Hyunjin mergulha comigo na água salgada e gargalha quando o meu cabelo vai todo para a frente do meu rosto. Ele o arruma e depois disso volta a me beijar.

       Pergunto-me qual seria o preço a pagar por estar assim com ele para sempre? Seja qual for, estou disposta. Todavia, por enquanto, fico feliz por hoje ser terça e podermos ficar um pouco mais juntos, usando a desculpa do treino.

       — Jiyoon... — ele chama a minha atenção.

       Hyunjin cativa os meus olhos como mágica, fico hipnotizada por eles. O garoto sorri, me segura entre os seus braços e me faz a garota mais feliz do mundo quando me diz:

       — Eu te amo.

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