
ᥫ᭡ 036
EU ODEIO AS SEGUNDAS-FEIRAS. Estou sempre cansada pelo fim de semana e as aulas começam logo cedo, ao menos Seungmin não me obriga a caminhar com ele. O Kim diz que é o meu dia de folga, assim posso acordar minimamente mais tarde, que era o que eu pensava que aconteceria comigo morando com o papai.
Hoje levantei sem coragem alguma, mas me arrumei e desci para tomar café. Como sempre a mesa estava recheada de coisas gostosas, eu fiquei apenas nas torradinhas com geleia de frutas vermelhas. Resolvi dar uma de Felix e ficar bem calada também. Embora não houvessem falas minhas durante as conversas na mesa, as vozes na minha cabeça não me deixam em paz. Elas estão sempre falando sobre Hyunjin. Agora mais que nunca.
Sinto que estraguei mesmo tudo com ele, que pode não ter mais volta. Eu conheço ele melhor agora, sei que isso o magoou mesmo, eu quebrei a sua confiança. Mas Hyunjin, como Wangja, já me mostrou diversas vezes que tem um lado ouvinte, centrado e compreensivo. Espero encontrar-me com essa parte dele hoje.
— Levem um guarda-chuva, a previsão diz que pode chover — Sumin diz antes de sairmos.
— Mãe, eles nunca acertam — Felix fala, indisposto a levar o objeto para a escola.
— Eu pego o meu — digo.
Eu corro com pressa até o meu quarto. Quando entro no cômodo, ele é o primeiro objeto que eu vejo; o guarda-chuva preto no cesto ao lado do guarda-roupas. Parece que há uma conspiração em que tudo está me fazendo lembrar e pensar em Hyunjin hoje. Não pode ser apenas coincidência.
Eu balanço a cabeça tentando jogar os pensamentos para longe e procuro outro do mesmo objeto pelo quarto, mas ele é o único que eu tenho comigo. Pego e volto para baixo, onde me despeço de Sumin e vou encontrar com os garotos do lado de fora.
— Você ligou para saber se ele não quer ir conosco? — Kim pergunta.
Os meninos estão conversando sobre algum assunto que eu perdi enquanto buscava o objeto preto. Nós continuamos o caminho até o colégio e eu vejo se compreendo do que falam durante o percurso. Eu continuo calada.
— Sim — Chan responde. — Hyunjin já foi.
Por todos os lugares, ele me persegue. Eu só queria esvaziar a minha mente por um tempo, não pensar nele e em tudo o que isso envolve, mas parece que não ficarei em paz enquanto não resolver essa história. Precisamos conversar.
— Pensei que ele não iria à escola hoje — Felix comenta. — Com tudo que aconteceu com a família dele no final de semana, seria normal se os dois ficassem em casa; Hyunjin e Yeji.
— Eu também preferia que ele tivesse ficado. Algumas pessoas ainda estão comentando com raiva sobre jogo, tenho certeza que isso vai se misturar com os acontecimentos recentes e virará uma imensa e esmagadora bola de neve — Chan mostra sua preocupação com o amigo.
O que está por vir hoje também é um dos meus medos. Sei muito bem como os alunos daquele colégio são, tão cruéis que chega a ser desumano. Se eu pudesse fazer alguma coisa por ele... o que eu posso fazer?
— Vocês vão fazer alguma coisa? — Lee pergunta.
— A única coisa que podemos fazer é ficar ao lado dele — Bang responde. É uma opção que não tenho, ele não quer me ver, nem responde as minhas mensagens.
Eu tento aceitar a distância, mas tudo que mais quero é ficar ao lado dele, não somente nessa situação. Preciso ficar longe e o dar espaço, mas o campo magnético entre nós dois insiste em me levar de volta para ele. Minha boca não diz o que os meus olhos esclarecem toda vez que o vejo. Eu penso, penso e é sempre nele.
Acho que o meu problema, na verdade, está em não pensar o suficiente. Eu sou regida pelas minhas emoções, então algumas vezes acabo deixando a razão de escanteio, meu cérebro se perde quando o vejo e isso é porquê Hyunjin é um tremendo artilheiro. Cada olhar, sorriso e simples gestos seus são goleadas. Meu coração balança como a rede sempre que ele me fita com os olhos brilhantes. Neste jogo que é amar, Hwang Hyunjin é o meu campeão.
Preciso falar com ele.
Chegamos na escola e a primeira coisa que ouvimos são pessoas comentando sobre o pai do Hwang. Meu sangue ferve e eu tenho o desejo de confrontar a todos que dizem barbaridades sobre sua família, mas eu respiro fundo e conto até três, sigo em frente.
Perto da nossa sala, encostado em um dos armários, eu vejo Hyunjin. Ele está com um livro em mãos, um livro idiota sobre física quântica que nem ele deve estar entendendo, pois suas feições são engraçadas. Eu cubro a boca com a mão para não rir.
Neste momento estou sozinha, os garotos ficaram para trás, no portão esperando por Changbin. Eu olho em volta e não vejo muita gente, é o momento adequado para conversarmos. Dou passos curtos em sua direção, levanto a mão na altura do peito e abro a boca para falar, mas ele finge não notar minha presença, segue em frente e cumprimenta os amigos que já me acompanharam.
Passo despercebida, como se fosse invisível. Não posso crer que depois de tanto tempo voltamos para àquela mesma relação de antes, mas pior. No passado nós dois fingimos que não nos conhecíamos pelos corredores, mas agora sou eu quem está sendo completamente ignorada.
Entro para a sala, fico envergonhada, parecia uma boba esperando falar com ele. Eu me encosto no recosto da cadeira, tombando o pescoço para trás assim que Yongbok entra na sala e fica ao meu lado.
— O que foi que aconteceu agora? — ele questiona, colocando seu material sobre a mesa.
— Hyunjin.
— Acho que você não entendeu a minha pergunta, maninha. Eu perguntei o que foi agora e não desde o sexto ano — ele provoca.
— Sua sorte é que você me tem como irmã, assim você parece mais simpático — implico com ele.
— Simpatia não paga as minhas contas — ele diz, dando de ombros. — Eu sou justo e paciente como era Jesus.
— Só se com paciente você quer dizer enfermo — eu rebato.
— Quando for dormir esta noite, certifique-se de ter trancado a porta — ele me ameaça. — Mas me diga, o que o anjo caído de olhos castanhos fez desta vez?
— Acho que ele ainda está bravo comigo — eu digo. — Tentei me aproximar dele agorinha, mas ele desviou e seguiu em frente. Hyunjin está me tratando como se eu não existisse. Talvez duas semanas atrás eu adoraria que fosse assim, mas agora eu odeio isso.
— Seja insistente — ele me aconselha. — Não que isso seja um problema para você.
— E se eu insistir e acabar saindo como a chata?
— Oh querida, você irá! — ele está afiado hoje. — Mas você é quem sabe. Decida o que decidir, estarei te apoiando — Lix é totalmente sour candy.
Eu aceito o seu conselho, tentarei achar uma boa oportunidade para conversarmos outra vez. Na minha próxima tentativa espero não falhar, eu só quero uma chance de me desculpar e enfim abrir o meu coração.
Me calo quando a aula começa. Nós ficamos todos nos mesmos lugares de sempre, parece que tudo continua igual ao começo, mas a sensação que me traz é de incompletude. Falta algo, ele.
Ah, Hyunjin, como eu queria não ser tão complicada. Minha mãe sempre diz que sou "oito ou oitenta", que não sou de pensar antes de agir, mas que quando penso, penso demais. Se eu pudesse me manter em um centro de equilíbrio entre as duas versões, talvez não fizesse ou falasse tanta besteira.
Há coisas que eu quero dizer, fazer, sentir; todas elas são com você. Meu coração bate forte e fico até com a respiração pesada, o seu cheiro enche os meus pulmões e o seu olhar de tristeza pesa em mim. Fico confusa nas sensações de gostar de ti e odiar ver-te assim.
Durante o dia inteiro as pessoas olham para ele, cochicham e fofocam sobre sua vida. Ele não fez nada, mas o olham como se ele tivesse algum vírus contagioso. Os olhares maldosos não são apenas para ele, até mesmo sua irmã virou alvo de certos tipos de comentários.
É quase fim de almoço. Seungmin, Felix e eu saímos do refeitório e passamos a caminhar pelo campus do colégio. É então que ouvimos um grupo de garotas conversando bem alto.
— Você soube? — uma pergunta. — O pai dele foi preso!
— Preso!? O que ele fez? — outra questiona.
— E importa? — a primeira ri. — Ele é um criminoso, mal caráter. Que belo exemplo ele deve ser para o filho. Na verdade, aposto que foi com ele que Hyunjin aprendeu a ser assim.
Ela diz aquilo e seu grupo de amigas inteiro começa a rir e concordar com as baboseiras que saem pela sua boca. As garotas que dizem aquilo sobre Hyunjin, são exatamente as mesmas que até ontem estavam se ajoelhando aos pés dele, dizendo que eram apaixonadas. De repente tomo um choque de realidade, percebo como me pareço com elas. Eu gostava dele, mas assim que fez algo de errado eu disse coisas ruins sobre ele e o tratei mal. No que isso me torna diferente delas?
— Ele é igual ao pai dele, não vai demorar muito até estar atrás das grades também! — uma terceira comenta.
Eu posso ter sido assim no passado, mas a eu do presente sente-se enfurecida. Minhas mãos coçam como se suplicassem para estar no meio da face de cada uma. Eu tenho o impulso de ir até lá, mas antes que faça algo de que me arrependa, sinto uma mão tocar o meu ombro e me parar.
— Tem certeza de que quer fazer isso? — Kim Seungmin me pergunta.
— Eu quero. Mas tenho medo de fazer a escolha errada mais uma vez.
— Pense comigo, Yoon. Você ir até lá, faria alguma diferença para elas? — meu irmão questiona. — Acha mesmo que pode mudar a forma como elas pensam? Se sim, como?
— Então o que eu devo fazer?
— Não meça força com elas, Jiyoon. Quando parte para a violência, até quando ganha se sai perdendo. Além disso, o motivo da conversa inteira já gira em torno desse assunto, não vamos dar mais motivos para fofocas — meu amigo sugere. — Não precisamos afrontar ninguém, devemos apoiar Hyunjin neste momento difícil.
— E denunciar as três à escola por difamação e bullying — Felix completa a frase do amigo.
— Tudo bem — eu concordo e respiro.
Nós vamos embora. Passamos por elas e quando nos veem até pausam o assunto, mas é questão de tempo até que voltem a falar quando nós saírmos de perto.
O dia demora para passar, mas meu cérebro toma outra preocupação: os próximos capítulos do meu livro. Eu penso um pouco e sinto a mente bloqueada, provavelmente os últimos acontecimentos me afetaram mais que o esperado. Com tudo o que tem acontecendo, me sinto sobrecarregada de mais — emocionalmente — para conseguir fazer algo de que gosto tanto.
No fim do dia, eu me despeço dos meus amigos, mando minha mochila pelo meu irmão — porque sou preguiçosa de mais para carregá-la — e vou para a biblioteca do colégio ler algumas coisas que possam desbloquear a minha criatividade. O silêncio e a vista do tempo bom devem ajudar. Minha mãe e o serviço meteorológico estavam totalmente enganados, o dia está lindo.
Passo os dedos pela seção de romance, procuro algo que me agrade até que encontro um na fileira de livros antigos. É um romance medieval. Olho melhor a capa, contracapa e algumas paginas de relance, nunca vi este livro por aqui antes, mas não é como se eu tivesse o costume de ler obras desse nicho.
Resolvo pegar o tal livro, mas não vou para uma das mesinhas na biblioteca. Me direciono após os corredores de livros até uma parede, onde me encosto nela e sento ao chão, bem abaixo de uma janela. Assim que abro o livro começo a ler tomada pela curiosidade.
Praticamente devoro o livro. O cenário, os personagens, os detalhes, a escrita... tudo nele me fez o devorar em poucas horas. Fico fascinada pela leitura, me pergunto como não li algo do gênero antes. Me encanto tanto pelo livro que só percebo o mundo fora disso quando uma gota d'água cai pela brecha da janela, ameaçando molhar a obra prima que carrego nas mãos.
Me levanto com pressa e fecho a janela para que não entre mais nenhuma gota de chuva dentro da biblioteca. Eu olho a hora no relógio de parede, passei muito mais tempo do que esperava, deveria ter percebido isso quando vi o céu escuro do lado de fora.
Pego meu guarda-chuva e saio da biblioteca, desço três lances de escada até chegar no térreo. Eu caminho em passos lentos até a cobertura da fachada do colégio, mas ao chegar lá, percebo não estar sozinha. Na ponta da cobertura, lá está ele com a mão esticada sendo molhada pela chuva. O observo. Ele suspira, recolhe a mão e sai na chuva. Eu corro até ele e o cubro com o mesmo guarda-chuva preto que ele me deu, para que não se molhe.
Ele olha para cima confuso e então percebe que há algo sobre sua cabeça. Quando olha pata trás, finalmente me vê. Hyunjin fica calado apenas me olhando, sem entender absolutamente nada. Fico com uma sensação estranha no peito, como se estivéssemos nos papéis errados. É como da primeira vez, mas em situações opostas.
— Eu acho que isso é seu... — aponto o objeto em minhas mãos, quebrando o silêncio.
Ele apenas me encara, fazendo o vazio prevalecer outra vez. Tento arrumar algo a dizer, mas tudo me parece bobo. Espero que ele diga algo mas não faz nada a não ser me observar. É hipocrisia me sentir um pouco estranha com isso quando eu faço o mesmo com ele.
— Hyunjin... eu... quero te pedir desculpas — digo de uma vez ao não aguentar mais o silêncio perturbador. — Me perdoe por invadir a sua privacidade.
— Jiyoon-ah...
— Antes de você dizer algo, pode esperar eu terminar? — peço com medo de que ele se afaste. — Tem algumas coisas que eu quero te dizer.
Ele concorda com a cabeça. Respiro fundo, é agora ou nunca.
— Me desculpe por quebrar a sua confiança — começo por isso. — Sinto muito por fazer isso pelas suas costas, mas não posso mentir dizendo que me arrependo. Não acho que você vá entender agora, mas fiz isso pensando em você, no seu bem estar — me explico. — Eu quis te proteger, cuidar de você, porque é isso que faço com as pessoas que eu gosto. E não, não estou falando que gosto de você do tipo "gosto de você como se fosse o meu irmão", você sabe que meus sentimentos sempre foram muito além disso.
Meu coração acelera e sinto que vou ter um ataque cardíaco a qualquer momento. Tudo fica embaçado. Espero que seja um efeito da chuva, não um desmaio.
— Só agora eu consigo pensar em mais três coisas para me desculpar — continuo. Respiro fundo. — Me desculpe por levar à frente aquela história de ódio, eu nunca poderia te odiar. Perdoe-me por não abrir a janela para você quando foi até mim, eu não consegui olhar nos seus olhos sem me sentir culpada. E por último, sinto muito por ter te confundido. Naquele dia em que eu te disse que gosto de você, quando estava bêbada.
— Você ainda lembra disso? — ele ri. Seus olhos estreitam com a face risonha. Meu corpo se anima ao vê-lo sorrindo, descontraído.
— Eu lembro sim, agora não tenho mais como esquecer — sorrio sem graça. Minhas mãos soam e de repente eu lembro do que a minha mãe disse, então eu respiro, conto até três sem desviar a atenção dos seus olhos e retomo: — Hyunjin-ah, eu gosto de você.
Entrego meu coração a ele e rezo para que não vire pó, amassado por suas mãos. Espero ansiosa para que ele diga algo também, seja bom ou ruim, apenas não quero ser ignorada novamente.
As minhas mãos fraquejam e por pouco a chuva não nos atinge. Olho para ele, Hyunjin faz o mesmo. Seus olhos escuros nos meus olhos claros unidos como em um eclipse. Me sinto nervosa, sufocando aos poucos, pioro quando vejo que ele vai se pronunciar.
— Você está bêbada? — é o que ele diz.
— Não! — eu nego. — Eu estou livre de álcool, mas, na verdade, estou bêbada de você, Hyunjin.
Ele fica imóvel, não diz mais nada, o único som que escuto é o das gotinhas de água colidindo com o guarda-chuva e o meu coração gritando por ele. A chuva se intensifica e os pingos ameaçam nos molhar, por isso ele se aproxima mais de mim.
Olho nos seus olhos e é tudo que importa. Com o quão próximo estamos, Hwang deve ouvir os sons que o meu coração emite, tão altos que devem o assustar, mas ele não parece assim.
— Jiyoon, você sabe por que eu disse que te odiava? — ele questiona, retornando àquela história antiga.
— Porque você achou que eu te odiava primeiro.
— Na verdade, não — ele nega, para e então sorri, continuando: — É porque naquela época, eu já era completamente apaixonado por você — ele faz o meu coração formigar. — Ouvir que você me odiava me machucou, eu procurei me defender, mas acabei te atacando.
Minha mente congela, eu me bloqueio totalmente, sem saber como agir ou pensar. Me preocupei tanto em saber o que fazer quando fosse rejeitada por ele, que não sei como agir quando sou correspondida.
— Acho que nós dois concordamos que as coisas ficaram muito complicadas conosco — ele diz. — Teve todo o lance com Yujin, Chan... nós tornamos isso mais difícil.
— Eu sei, eu queria que fosse mais simples também — concordo. — Se eu não houvesse estragado tudo desde o princípio, as coisas poderiam ser diferentes entre nós dois — abaixo a cabeça, cheia de arrependimentos.
— Jiyoon, não é culpa sua — ele levanta o meu rosto com a sua mão. — Eu quem te disse coisas ruins, te tratei tão mal que nem mesmo sei se sou digno de você.
— Hyunjin... — toco seu ombro com a mão livre e olho fundo nos seus olhos. — Isso é passado, nada que você tenha feito fez com que eu me apaixonasse menos por você.
Seus olhos tomam um brilho desconhecido por mim, seus lábios carregam um sorriso que ilumina e acaba com todos os meus pensamentos sombrios. Já as suas mãos, elas me puxam para perto, tão perto que a sombra dos nossos corpos na poça d'água no chão parecem um só. Hyunjin larga sua mochila na grama molhada sem se preocupar, ele apenas precisa manter suas mãos em mim.
— Jiyoon-ah, nós estamos aqui agora — ele diz baixinho, enquanto acaricia delicadamente a minha bochecha. — Não vamos mais deixar as coisas tão complicadas, não vamos mais nos arrepender das escolhas que não fizemos. Eu gosto de você e você de mim, do que mais nós precisamos?
— Eu não preciso de mais nada, Hyunjin. Tudo o que eu quero está bem aqui na minha frente.
Subitamente entramos em câmera lenta. Ele avança até mim e toma os meus lábios, o choque é tanto que deixo o guarda-chuva cair da minha mão. A chuva nos molha, mas agora isso pouco me importa, é um bônus. Não há nada no mundo como o sabor dos lábios de Hyunjin.
É como se os nossos corpos esperassem uma vida inteira por este contato — mesmo não sendo a primeira vez —, e as nossas almas se reencontrassem depois de muito tempo, é a única explicação para o que sinto ser assim tão forte.
Ele beija os meus lábios e me agarra pela cintura, seus toques são tão irresistíveis quanto os seus lábios. Mesmo embaixo de chuva, não faz frio, porque Hyunjin é quente como o fogo. Ele me faz querer queimar apenas para estar com ele, os dias de sofrimento fazem valer a pena por momentos como este.
Por uma vez na eternidade, meu mundo ganha cor. Hyunjin é absolutamente extraordinário, não há ninguém no mundo como ele, nenhum outro alguém que faça comigo o que ele faz. Estou ficando louca, perdendo a cabeça, prendendo a respiração e mergulhando nesse sentimento insaciável que é a busca pelos beijos do Hwang.
Que dias esplêndidos são as segundas-feiras.
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