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ᥫ᭡ 027

— JIYOON, JIYOON LEVANTA! — escuto a voz de um anjo me chamar no meio de uma confusão de luzes e sons. Acho que faleci.

       É tudo uma bagunça; a minha cabeça, visão, equilíbrio e até os meus olhos são difíceis de controlar. A única fonte que tenta me levar de volta para a terra é a sua voz. Sinto-me como quem está delirando. Estou no céu ou no inferno? Para ele estar aqui, deve ser o paraíso. Penso que sua presença é fruto de uma imaginação fértil, mas recupero os sentidos quando sou arremessada nas suas costas.

       Escuto vozes e mais vozes enquanto sou carregada, algumas reconheço bem, são Yuna e Hyunjin quem estão conversando. A conversa parece durar pouco, ele começa a andar e eu fecho os meus olhos. Penso que foi apenas um piscar, mas quando os abro, já estou descalça dentro de um carro. Olho melhor e percebo que uso cinto de segurança, mas não lembro de tê-lo colocado.

       — Hyunjin... — chamo o nome da última voz que ouvi. Estou competente grogue, a voz quase inaudível devido ao nódulo na minha garganta. Me esforço para dizer mais alto e o chamo outra vez, agora consigo.

       — Sim, sou eu — ele diz do banco da frente. — Eu estou aqui com você. Nós estamos quase chegando.

       — Para onde você está me levando? — eu pergunto confusa. — Por que eu estou aqui atrás?

       — É mais espaçoso, assim você pode descansar — ele começa respondendo minha última pergunta. — Estamos indo para a minha casa, está tudo bem por você? — seu tom não tem a confiança casual.

       Eu murmuro que sim.

       O carro continua se movimentando. Desde criança, para mim, sempre foi muito fácil dormir em carros. Então, sem que eu tenha tempo de perceber, os meus olhos fraquejam outra vez e eu adormeço aqui mesmo. Não chego a dormir profundamente, são apenas pequenos cochilos aqui e acolá, não tenho sono, é mais como se estivesse perdendo a consciência. Depois desse ponto eu perderei completamente a noção de tudo que farei depois.

       Chegamos em sua casa, ele coloca o carro na garagem e tranca a porta. De repente fica tudo escuro e eu até me assusto quando a porta do meu lado oposto abre. Hwang se inclina até mim, retira o meu cinto de segurança e me ajuda a chegar ao chão. Perco a influência nas minhas pernas e quase colido com o chão, mas ele me segura. Hyunjin passa o meu braço por seu pescoço e com o outro ele me segura pela cintura, para que eu não caia.

       Ele pede silêncio, mas a verdade é que depois que ele me agarrou com os seus braços fortes eu até perdi a voz.

       Nós saímos pela porta que conecta à sala de estar. Recordo-me da última vez que estive aqui, Chan conseguiu o meu número naquele dia, ele foi tão sutil que só percebi suas intenções depois de um bom tempo. Hyunjin estava insuportável naquele dia, me lembro claramente disso também.

       — Não faça muito barulho, okay? — ele pede quando me leva até o seu quarto. Hwang me ajuda a caminhar todo o percurso, eu sento-me na sua cama. — Yeji está no quarto ao lado e não quero que ela pense besteira — ele me explica, mesmo que não precise. Mas ele não pareceu importar-se de fazer barulho quando foi na minha casa. — A propósito, você deveria falar com o seu irmão. Eu pedi a Yuna que se alguém perguntasse ela dissesse que você está na casa dela, fale com Felix para ele te acobertar também.

       — Você pode fazer isso? Eu não enxergo as letrinhas pequenininhas — falo num tom que chega a ser infantil, a bebida ainda está com fortes efeitos.

       Hyunjin concorda, pega meu celular e eu contribuo com a parte do reconhecimento facial, depois disso ele digita pelo que parece ser uma eternidade e eu acabo me deitando, parece que estou em casa. O seu edredom é macio e o travesseiro muito fofo, por alguma razão eu enterro o meu rosto nele e me permito sentir a fragrância exuberante que é Hwang Hyunjin.

       A próxima coisa que noto é ele me colocando para sentar outra vez e me entregando uma garrafinha de plástico, ele a abre, entrega na minha mão e eu cheiro, não sinto o perfume de nada.

       — É água com gás — diz ele quando percebe minha hesitação. — Só vai te ajudar, eu garanto. Vai repor a hidratação que o álcool eliminou do seu sangue.

      Eu levo a água na boca como se estivesse levando veneno, evito a todo custo porque odeio água com gás. Eu dou um micro gole e tiro a garrafa de perto.

       — Não, não vou beber! — exclamo feito criança.

       — Você precisa, bebeu muito álcool e tem que beber água, além disso, vai ajudar na ressaca de amanhã.

       — Mas eu não quero. Você ainda me odeia, por isso está fazendo isso comigo! — eu falo e sem explicação sinto uma vontade imensa de chorar. Meus olhos enchem-se de lágrimas e ele percebe exatamente quando ocorre.

       — Ei, por que está assim? — ele pergunta quando nem eu mesma sei. — Eu não te odeio... — de surpresa, Hyunjin segura o meu rosto entre as mãos, olha nos meus olhos e me diz: — JiJi, eu nunca te odiaria!

       Ao me chamar assim pela primeira vez, tudo o que eu faço é desabar em lágrimas. Ele me chama pelo codinome secreto e eu sinto que estou em casa, é o meu porto seguro quem  está aqui comigo. Faz eu me sentir acolhida, me dá a esperança de que as coisas fiquem bem conosco.

       — Você não me odeia mesmo? — pergunto no meio das lágrimas que ele tenta secar. Ele nega com a cabeça. — Você promete que nunca vai me odiar, por mais idiota que eu seja?

       — Eu prometo. Agora não chora, está bem? — a calmaria e suavidade na sua voz me deixam tão confortável. Eu só tinha sentido isso com Wangja. As vezes eu mesma me esqueço de que os dois são na verdade a mesma pessoa, ele é o meu amigo, meu conforto.

       — Você vai continuar gostando de mim mesmo se eu te decepcionar? — pergunto contendo o choro.

       — Pare de pensar besteiras — ele pede. — Eu não irei a lugar nenhum.

       Ele olha nos meus olhos com carinho e termina de enxugar o meu rosto salgado. Quando ele sorri eu faço o mesmo, ainda que sorrir depois de chorar me traga uma sensação esquisita. Hyunjin me abraça inesperadamente e eu jamais interromperia o contato, fui surpreendida no início e quase deixo a garrafa cair, mas ao entender seu gesto o correspondo na mesma intensidade.

       Abraçar Hyunjin é como agarrar-se em um algodão macio, suave e aconchegante que te faz pensar que está nas nuvens. Aquele abraço foi e significou mais que qualquer beijo que eu já tenha dado em toda minha vida, nenhuma troca de afeto significou para mim antes o que este doce abraço causou.

(•••)

O meu estômago parece se dobrar em diversos nós dentro de mim e eu acabo despejando o álcool e tudo que comi hoje dentro do vaso sanitário. Eu vomito tudo enquanto Hyunjin segura os meus cabelos.

Quando dou uma pausa, respiro ofegante e me sinto deplorável, ridícula. Ele está comigo em um momento nojento como este, ajudando para que eu não me suje e fazendo carinho nas minhas costas. Hwang não sai do meu lado por um segundo e eu me sinto tanto péssima quanto agradecida.

Eu despejei meu intestino para fora mas ainda sinto-me tão insana quanto antes. Talvez eu precise de uma boa noite de sono para recuperar a minha vida. Por que eu comecei a beber mesmo? Já nem me lembro. Para ser sincera, não sei nada do que estou fazendo hoje.

— Você está bem? — ele pergunta, sua voz ecoa no banheiro.

— Eu não sei — digo ainda um pouco tonta. — Acho que estou bêbada.

— Você acha? — ele ri sozinho. — Eu vou pegar roupas limpas e uma toalha, é melhor você tomar um banho. Você vai precisar de ajuda? Eu não quero ter que acordar Yeji, mas se você quiser...

— Não precisa, obrigada.

Hyunjin sai para buscar uma muda de roupas e quando volta é que começo meu banho. Ele diz que ficará me esperando do outro lado da porta caso eu caia, mas o asseguro de que não estou mais tão bêbada ao ponto de cair. Quando termino e me troco, com cuidado, ele me conduz de volta à cama.

Eu me deito, ele cobre-me com o edredom. Sinto que tenho oito anos outra vez, recebo tanto cuidado que desconfio. Hwang se afasta por um instante, ele sai do quarto e eu fico com medo por estar sozinha, mas é logo que volta com um colchonete. Ele o coloca ao lado de sua cama e deita-se nele, depois de apagar as luzes.

Fico encarando o escuro, a única coisa que emite luz no seu quarto é a luz do luar que atravessa o vidro da janela. Olho naquela direção por um instante, começo a cair na real. Me sinto humilhada, mas fui eu quem causou isso. Durante a minha vida, acumulei uma série de situações vergonhosas, entretanto, desta vez penso que me superei. Já nem sei se estou falando coisa com coisa.

— Hyunjin... — eu me viro na cama e me equilíbrio na ponta dela, quero olhar para ele.  — Será que eu disse alguma coisa ridícula? Não quero dizer nada de que eu me arrependa amanhã.

— Jiyoon, você... — ele parece querer me dizer algo, mas reconsidera. — Você provavelmente não vai lembrar das coisas que disse hoje pela quantidade de coisas que deve ter misturado — ele diz.

— Você me perdoa? — eu questiono.

— Perdoar pelo quê?

— Por ligar para você — respondo. — Por te acordar e dizer coisas idiotas a noite toda. Não me leve a sério.

— Não esquenta com isso, amanhã a gente conversa, quando você estiver perfeitamente sóbria — ele diz. — Agora vá dormir. Boa noite, Jiyoon.

— Boa noite, Hyunjin!

Eu aceito, pois estou com sono. Meus olhos fecham por um segundo e realmente penso que dormi apenas isso, porque quando os abro novamente ainda está tudo escuro e eu continuo na casa de Hyunjin. Olho ao redor e não o encontro em nenhum lugar, fico preocupada.

A noite passada ainda me é um borrão. As coisas de que me lembro são ligar para ele, estar no carro dele e acaba aí. Ainda tenho alguns flashes como de estar vomitando ou caindo, mas não duram mais de cinco segundos. Espero não ter feito nada de que me arrependa. Minha cabeça também dói bastante, eu sinto os olhos cansados.

De repente, eu escuto passos. Fico imóvel. Não imagino o que é pior, encontrar Yeji, a senhora Hwang ou o pai de Hyunjin. Mantenho-me parada como uma estátua, evitando o barulho até da respiração. Observo a porta ser aberta com o coração na minha mão, mas suspiro ao ver Hyunjin entrar com uma xícara na sua. Reconheço o cheiro a metros de distância, é café.

— Boa tarde, Jiyoon — ele diz, fechando a porta com o pé.

— Boa tarde? Que horas são? — procuro pelo meu celular. — Uma e meia da tarde!? — digo a hora que vejo na tela do aparelho. — Como ainda é tão escuro?

— Não está, eu fechei as cortinas para o sol não te atrapalhar — ele explica, entregando-me a xícara de café. — Bebe, vai te acordar de verdade.

Hyunjin me entrega a xícara e vai finalmente abrir as cortinas com blackout. Eu me atrevo a beber do tal café, mas assim que dou o primeiro gole, quero poder tirar o gosto horrível da minha boca. Antes que eu abra a boca, ele abre a janela. A claridade quase me deixa cega, mais um motivo para reclamar e eu me transformarei no meu irmão, Felix.

— Achei que era café, não o pó! — falo descansando o recipiente no móvel ao lado da cama.

— Deixa de ser ingrata e bebe, Jiyoon — ele me obriga. — O café tem que ser forte.

— Você poderia pelo menos ter colocado um pouco mais de açúcar.

— Eu coloquei o suficiente, se ficasse muito doce ele perderia o propósito — explica ao sentar-se do meu lado. — Como está se sentindo hoje?

— Como se a minha alma não estivesse no meu corpo — exibo drama. — Estou pior que ontem e amanhã estarei pior que hoje, isto é um fato.

— O seu otimismo sempre me inspira — ele diz em tom irônico. — Você ainda está pensando muito nas coisas que aconteceram? — ele pergunta.

— Para ser honesta, não me lembro claramente da noite de ontem.

— O que você recorda? — ele me questiona.

— Eu sei que bebi muito, te liguei e você foi me buscar — explico o que meu cérebro salvou. — Acho que vomitei para caramba e mais nada.

— Também, deve ter feito uma tremenda de uma dívida com o tanto que bebeu — ele fala irritado. — Por que você começou a beber? — agora questiona confuso e preocupado.

— Eu não sei, fiquei sobrecarregada — digo. — Não tenho esse costume, foi só desta vez. Espero não ter te dado muito trabalho.

— Pelo menos você não me bate — ele diz. Hwang solta um riso para evitar o choro, a dor que isso traz.

— Me desculpe por te ligar também — peço, mas tenho a sensação de que isso já aconteceu antes. — Acho que você não queria falar comigo ainda, não fez isso desde que Chan e eu terminamos. Mas eu precisava de ajuda, era você ou ele.

— Então que bom que não falou com ele — Hwang diz. — E eu não tive tempo de ir falar com você, Chan é meu melhor amigo e eu precisei ficar 100% ao lado dele nesse momento.

— Eu sei disso — falo tristonha. — Eu só não quero que você me odeie porquê terminei com Chris.

— Eu não odeio, sempre soube que o dia chegaria — ele diz, é verdade que sempre me disse isso. — Não posso tevdizer que não estou bravo por você ter magoado ele, mas sinto que também tenho culpa. Bang Chan não me diz nada, mas eu estava lá quando o clima pesou, eu sei que vocês terminaram porquê eu me encontrei com você no seu quarto, tentei explicar isso para ele, mas Chan não quer nem ouvir o seu nome.

— Não terminamos por causa disso — falo entre suspiros. — Você tinha razão, eu não gostava dele e estava apenas ferindo os seus sentimentos. Eu fui uma tremenda de uma babaca com ele.

— Não posso te julgar, não é como se eu não tenha sido igual com Yujin.

— Acho que tenho mesmo razão quando digo que somos farinha do mesmo saco.

Isso não é nem de longe um elogio, para nenhuma das partes. No tempo em que brigávamos eu não perdi uma oportunidade de julgar Hyunjin como um mau caráter e hipócrita pelas coisas que fez e disse com a Baek, agora me tornei igual a versão dele que eu mais odiava.

A minha conclusão parece pesar em nós dois, pois ninguém diz mais nada. Eu percebo que já estou aqui por muito tempo, é melhor ir. Eu já deveria estar na casa da minha mãe agora, imagino que Felix deva estar fingindo dormir até agora para não ter que explicar onde eu estou.

— Obrigada por cuidar de mim na noite passada, agora eu vou te deixar em paz — digo e me levanto.

— Quer ajuda para pular a janela? — ele parece de bom humor, até sorri.

— Não será necessário, eles sabem que eu dormi fora, entrarei pela porta da frente com um bom álibi — me refiro à Yuna e Felix.

— Está bem, eu te levo até a cerca — ele se oferece.

Depois que eu me troco e pego minhas coisas, Hyunjin e eu saímos da sua casa com cuidado para que ninguém nos veja. Parecemos agentes secretos, tão cautelosos e discretos como ninjas. Ele me acompanha até a minha rua, parando bem na esquina quando eu faço o mesmo.

— Por que eu sinto que estou esquecendo algo importante? — interrogo ao ter tal sensação.

— Se você não se recorda, talvez não seja nada realmente importante.

— Você está certo. É melhor eu ir, até segunda, Hyunjin.

Eu me despeço dele, indo para casa em seguida.

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