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ᥫ᭡ 004

       YOOJUNG E EU ESTAMOS AMBAS no meio de um dilema, todavia, as nossas razões são completamente distintas. No meu livro, a personagem principal tem que tomar uma decisão entre mudar-se para Paris a fim de estudar moda, ou ficar em casa perto da família. Eu me sinto dividida entre ir ou ficar também, mas Mapo-gu não é nenhuma Paris.

       Nos últimos dias eu pensei e repensei sobre a proposta, em todas as vezes chego a conclusão de que é o que mais quero fazer. Mas, por mais que deseje, não consigo falar com a mais velha sobre o assunto. Já é quinta-feira e eu não falei com a mamãe sobre a minha decisão ainda. Isso não envolverá uma enorme burocracia pois já atingi a maioridade coreana, mas fazer isso sem sua aprovação é ir contra os meus princípios.

       Eu espero de verdade que ela entenda que eu só quero ter a experiência de viver com o meu pai também e que não estou a abandonando. Tenho medo de que mamãe encare isso como algo horrível, como se eu estivesse sendo ingrata por tudo que ela fez e faz por mim.

       Estava quase na hora da aula, eu me atrasei hoje porquê isso estava ocupando os meus pensamentos. Em suma, perdi o ônibus e ela terá que me levar de carro, que bom que está em casa. Quando vou à cozinha mamãe ainda está me esperando, pego um pouco do leite zero lactose e coloco em um copo enquanto ela diz para eu me apressar ou chegarei atrasada e acabarei perdendo aula.

       — Vamos, Jiyoon! Você sabe que não deve dormir tarde, sempre acaba atrasando.

       — Eu sei — digo ao terminar de tomar a bebida ainda gelada. — Sabe mãe, eu invejo o Lix. O papai vai mudar-se para perto da escola agora, ele vai poder dormir um pouco mais... — eu jogo a primeira informação, espero que ela entenda os meus pequenos sinais.

       A minha estratégia é bem simples. Enquanto estivermos indo a caminho da escola, eu falarei de forma sútil sobre a mudança do papai e como eu gostaria de poder ir com eles.

       — Não fale assim, filha. Inveja é um sentimento muito feio — ela diz enquanto me apressa.

       Pelo visto, fazer ela perceber as indiretas será mais difícil do que pensei.

       Eu pego minha mochila e nós duas praticamente corremos até a garagem. Quando entramos no carro, aí sim corremos. A mais velha pressiona o pé no acelerador, sem medo — totalmente em oposto a mim —, talvez a velocidade em que estamos seja um pouco maior do que a indicada por lei.

       Um lembrete mental: nunca mais me atrasar.

       — Mãe, tem certeza que não está rápido de mais? — pergunto segurando o cinto de segurança, inteiramente aflita. — O papai disse que...

       — Yang Jiyoon, eu não sou o seu pai — mamãe fala sem bom humor. Mas quem estaria de bom humor às 07:25h da manhã? — O que deu em você hoje? De repente acordou amando o seu pai como nunca antes.

       — Não é verdade, você sabe que eu amo vocês dois, igualmente.

       — Eu sei, princesa. Mas você está conseguindo me deixar com ciúmes hoje — por um instante ela me faz rir, não é o efeito que eu buscava. — Nós chegamos! — ela anuncia. — Te vejo em casa.

       — Vai chegar tarde hoje? — questiono enquanto retiro o cinto de segurança.

       — Não, hoje não.

       — Está bem — eu digo, abro um pouco a porta e continuo: — Mãe, será que a gente pode conversar quando chegarmos em casa?

       — É claro — concorda a mais velha. — Agora corre, ou vai se atrasar.

       Eu faço o que ela manda e saio do carro correndo em direção aos portões da escola, torcendo para que o segurança não me mande cair fora. Por sorte hoje é o senhor Kim — o pai do meu amigo Seungmin — quem está de vigia e como ele gosta de mim, fingiu não ver os meus dois minutos de atraso.

       Me apresso a entrar na sala e agradeço pelos meus dias de falta de sorte terem sido descontados todos hoje, o professor não está em sala. Me ponho prestes a sentar na minha mesa, mas é quando vejo que ela já está ocupada. É Christopher Bang Chan quem está sentado bem ao lado de Felix, o que suponho ser, no mínimo, estranho, já que Chris sempre fica ao lado de Hyunjin e Felix guarda aquele lugar para mim como se fosse sagrado.

Eu olhei em volta da sala para procurar outra alternativa, mas me restavam apenas duas opções. Uma delas era o lugar que Chan costumava ter, ao lado de Hyunjin, já a outra era a cadeira vazia ao lado de Lee Byeol. Eu não estava nem um pouco afim de sentar com o Hwang, mas menos ainda de ficar perto de Byeol, seria extremamente desconfortável. Ela sempre se senta sozinha, houve apenas uma vez em que um garoto sentou-se ao lado dela e uma semana depois ele pediu transferência. Ninguém nunca soube o que aconteceu, mas todos têm medo dela.

Quando o professor passa pela porta, me vejo sem saída. Felix me encara com o seu olhar julgador e a sua telepatia chega até mim, trazendo consigo a seguinte mensagem: "Você é burra!?". Hyunjin é nitidamente a melhor escolha e foi a que eu fiz. Sento-me ao lado do Hwang e mantenho a boca fechada como se eu não soubesse falar. Teve apenas um momento em que virei-me para trás e lancei um olhar para o meu amigo na mesa de trás, insinuando um "Por que ele está ao seu lado?", me referindo a Chan com o olhar e Lix me responde com um olhar de "Não faço ideia".

Volto minha atenção para o professor e logo a perco novamente no aroma terapia que é Hwang Hyunjin, ele consegue ser ainda mais cheiroso de perto. Estar tão próximo a ele é uma tortura sem fim. Meu Deus, isso é uma chamada para o inferno? Estou me afogando outra vez nesse maldito sentimento. Ah, como eu odeio isso!

Eu te odeio, Hyunjin. Eu te odeio.

— Eu te odeio, Hyunjin. Eu te odeio — os pensamentos saem pela minha boca como um sussurro sem que eu perceba.

— Desculpa, você falou comigo? — ele pergunta, bem baixinho para que o professor não chame a nossa atenção.

— Eu? Eu não! — sem saída, eu minto.

Eu te odeio, Yang Jiyoon. Eu te odeio.

       Fala serio! De todas as coisas idiotas que eu poderia deixar escapar, tinha que ser justo a pior de todas? Argh! A única coisa que me consola é o fato de ele não ter escutado, caso contrário isso poderia ter sido bem pior do que já é.

       Quando a aula de física acabou, foi a vez de história. O professor de física sempre fala, fala e o que ele diz entra por um ouvido meu e sai pelo outro. Eu não dou a mínima para física. História até que entendo, mas física me enche a paciência, ela é a minha Maria Joaquina.

       Olho para o lado distraída e vejo Hyujin fazer várias anotações nos seus bloquinhos de nota e colá-los no seu caderno. Aqui de pertinho, eu consigo perceber como ele é super organizado, tem uma letra bonita, caderno arrumado e faz analogias perspicazes. Hyunjin além de muito bonito é igualmente inteligente.

       — Você quer um? — ele pergunta para mim, referindo-se aos blocos de notas coloridos.

       Eu perco a fala. Viro o rosto e finjo que não aconteceu, que péssima escolha, antes que perceba já estou encarando ele de novo. Meu Deus, quando será que vou aprender? Tento me manter o resto da aula ali em silêncio, afundada na minha cadeira até que ele venha a ignorar minha existência. Eu estava quase para entrar debaixo da mesa, mas aí ele prestaria mais atenção em mim e eu seria facilmente rotulada como completamente louca e esquisita.

       Oh, maldito tempo que nunca passa.

       Meu pé martela no chão repetidas vezes como um sinal claro da minha ansiedade. Estou quase para roer as unhas enquanto faço o relógio parar telepaticamente, ele simplesmente não funciona, as suas batidas parecem durar séculos. Quando eu passei a viver em slow motion?

       Tento focar em outra coisa e percebo Chan e Yongbok atrás de nós e aos cochichos. É possível ouvir Chan tentando puxar algum assunto em comum com o outro, mas Felix não está colaborando muito e, não é que ele não queira, é que a comunicação com pessoas que ele não conhece bem também não funciona bem.

       Acabo percebendo uma coisa. Se eu posso ouvi-los, isso significa que Hyunjin conseguia ouvir Felix e eu conversando durante todo esse tempo em que estive no lugar onde o Bang agora ocupa? É nesse exato momento que eu começo a querer chorar de vergonha, mas não o reproduzo, faço pior, pois acabo soltando um grunhido estranho e bato minha cabeça na mesa.

       — O que eu faço? O que eu faço? — me questiono num tom lamentavelmente audível enquanto martelo a cabeça repetidas vezes na mesa.

       Se ele não me achava estranha antes, agora com certeza acha. Que ótimo para mim!

       — Professora... — a chamo, minha última esperança. — Posso ir beber água? — peço.

       Normalmente ela diria não e ainda reclamaria dizendo que eu deveria ter enchido uma garrafinha com água antes de entrar na sala, mas deveria estar assustada com o meu comportamento porquê deixou e senti que ela queria me mandar direto para a enfermaria.

       Eu sigo para o corredor sem conseguir olhar para Hyunjin. É só comigo que acontecem essas coisas. Chego ao bebedouro mas não estou com sede, me sento ao lado dele, no chão, enquanto isso passo as mãos pelos cabelos. Que vergonha, meu senhor, que vergonha. Acho que Hyunjin nunca mais vai querer olhar na minha cara. O que devo fazer agora? Provavelmente sumir. Ah, como gostaria.

       Talvez se eu fingir que nada aconteceu, se eu voltar para aquela sala e não fazer nada além de encarar o quadro ele não vai se sentir obrigado a interagir comigo. Vamos lá, Yang Jiyoon! É só por hoje, você só precisa tentar não ser uma completa ridícula na frente dele por hoje e não vai mais precisar interagir com ele.

       — Trabalho em grupo — a professora anuncia assim que entro na sala.

       — O QUE!? — a minha reação sai exagerada de mais.

— Trabalho em grupo, Yang Jiyoon. Quer que eu repita? — ela interroga áspera. Acho que mereci essa. — Formem grupos com quatro componentes e eu repassarei os temas.

       — Yongbok, me salva! — sussurro para o meu irmão.

       — O que vocês acham de nós quatro formarmos um grupo? — Chan pergunta. — Já que estamos próximos, é conveniente.

       — Ah, sabe o que é? É que Felix e eu temos um amigo que... — tento dizer não de uma maneira educada.

       — Seungmin já formou um grupo — Bang Chan diz, apontando nosso amigo em comum.

       — Por mim, está tudo bem — Hwang concorda.

       — Então pode ser na sua casa, depois de amanhã? — Chris sugere, parece que a conversa sobre nós quatro fica apenas entre os dois. Não tenho brecha nem para negar.

       — Na minha casa...? — Hwang pensa um pouco, mas também não consegue dizer não. — Pode ser.

       — Nos vemos às 15:00h.

       E quando eu percebi tudo já tinha sido combinado e eu não teria como me opor mais, a menos que quisesse ficar sem nota. Sem que eu pudesse discordar, já estava tudo certo para irmos à casa de Hyunjin no sábado, às três da tarde fazer o trabalho em grupo sobre a guerra das coreias.

       Um longo, longo tempo depois aquela tortura se cessou, mas não duraria mais que uma meia hora. No horário do almoço, eu não quis comer, perdi totalmente o apetite depois do dia de hoje. Mas como temos que ir para o refeitório mesmo que não estejamos com fome, eu esperei Felix pegar o almoço dele como a boa melhor amiga/irmã que eu sou.

       — Que vexame foi esse? — Lix pergunta no exato momento em que nos sentamos na mesa de sempre.

       — Eu te agradeceria se a gente não tocasse no assunto — digo, cansada.

       — Pois não agradeça, porque eu quero saber o motivo desse surto.

       — Yongbok~ — arrasto as sílabas do seu seu nome enquanto finjo choramingar com o rosto deitado na mesa. — Eu não sei o que aconteceu comigo hoje.

       — Olha maninha, eu sei que você gosta dele e tudo, mas ele está namorando outra agora. Se essa cena toda de hoje foi você sem conseguir controlar essa paixão, talvez deva tentar manter o máximo de distância que conseguir.

       — Como que vou manter distância se depois de amanhã iremos para a casa dele? — pergunto tristonha.

       — Nós vamos para a casa dele fazer apenas um trabalho de escola, você não precisa interagir com ele nem nada. Olhe só para mim, eu não interajo.

       — E se ele achar que eu sou esquisita?

       — Ora meu bem, todos temos certeza disso! — Felix implora por uns bons socos. — Vamos falar de coisa boa — ele muda o assunto. — Quando você vem morar com a gente?

       — Mas eu nunca disse que irei.

       — Então a resposta é não? — Bok faz um biquinho.

       — Ainda não sei — respondo mais uma das coisas que vem me preocupando. — Eu quero muito ir, mas ainda não falei com a minha mãe.

       — E o que está esperando para falar com ela? — o garoto ansioso fala exatamente como uma criança impaciente para ganhar um brinquedo novo.

       — Uma boa oportunidade. Vou tentar falar com ela quando chegar em casa.

       Por sorte, o tempo depois daquele incidente passou mais rápido. Mas enquanto eu caminhava do ponto de ônibus para casa acompanhada de SinB, minha mente ainda estava presa em looping naquela vergonha que passei. Estou certa de que será pior quando eu resolver dormir.

       Quando chego em casa minha mãe também está, ela disse que não chegaria tarde e realmente cumpriu com o que disse. Assim que entro deixo os calçados de lado, anuncio que cheguei e vou direto para o chuveiro.

Adoro quando a minha mãe está em casa, nós sempre conversamos sobre o que queremos (o tópico "Hyunjin" não será o adequado para hoje), além disso, quando chega cedo ela fica por conta da cozinha, então o cheirinho de comida quentinha fica por toda a casa.

Woah! Ela está me fazendo cogitar a ideia de ficar em casa mesmo.

       Quando a comida ficou pronta, eu a ajudei a arrumar a mesa. En seguida, mamãe e eu sentamos juntas para desfrutar da nossa refeição enquanto conversamos sobre o nosso dia. A mais velha estava me contando uma história sobre uma paciente inconveniente que atendeu hoje.

— Aí eu disse para ela: "Se eu soubesse tinha te dado algo para te fazer mais que dormir!".

— Que mulher louca! — eu digo. — A senhora disse mesmo isso? — questiono a coragem da mamãe.

— Sim, eu disse assim que ela cruzou a porta de saída — mamãe conta a verdade. — Eu não posso correr o risco se ser demitida, não é? — ela completa. — E o seu dia, como foi?

— Horrível! — não escondo, não consigo fazer isso da minha mãe. — Eu passei a pior vergonha de todas na frente do garoto que eu gosto, não quero nem lembrar.

— Eu já te contei da vez que passei vergonha na casa dos seus avós quando comecei a namorar o seu pai? — mamãe perguntou já rindo.

— Não que eu me lembre.

— Eu fui conhecer os pais dele, estava super nervosa. Sua avó fez um jantar enorme, parecia que era comida para dez pessoas e nós éramos em cinco. Eu fiquei mais nervosa porquê percebi como era importante. E você adivinha só: o que foi a primeira coisa que ela preparou para o jantar?

— Não faço ideia.

— Ela começou a entrada servindo um daqueles petiscos de queijo, presunto e azeitonas.

— Mas mãe, você é intolerante a lactose.

— Eu sei. Eu não ia comer, mas você sabe que não costumo dizer não a pessoas mais velhas que eu e ela não parava de oferecer. Acabei cedendo. Minha aversão à lactose foi uma surpresa para o seu pai também. Naquele dia eu fiz um estrago no banheiro deles, então querida, seja lá o que você tenha feito para se envergonhar, não pode ter sido pior do que o presente que deixei no banheiro da sua avó.

— É, eu acho que não — eu rio do passado vergonhoso de minha mãe.

— E o bonitinho do seu pai ficou dando risada de tudo enquanto eu entrava em pânico.

— É a cara do papai! — eu não consegui parar de rir. — Ah, por falar nele...

— O que foi que ele aprontou agora? — ela pergunta dando uma colherada no seu arroz.

Tomei um tempinho para respirar. Eu preciso ter coragem de uma vez para falar com ela, é a minha mãe, ela vai entender. Durante todos esses anos nós construímos uma relação saudável em que podemos nos comunicar sobre tudo o que sentimos, sei que ela vai me escutar e pensar em como me sinto.

— Soube que eles vão se mudar, não é? — inicio como quem não quer nada.

— Sim, você mencionou algo do tipo hoje mais cedo.

— Então, no fim de semana que passamos juntos o meu pai levou Felix e eu para conhecermos a casa nova deles... — digo, está tudo indo bem. — É uma casa bem grande, eu até consegui ficar com o quarto maior antes que Yongbok reivindicasse posse. E depois disso, papai e Sumin me chamaram para morar com eles, não para ir só passar os fins de semana.

Assim que termino de falar, mamãe para de comer, deixando os talheres de lado e ouvindo ao que eu dizia, prestando total atenção em tudo. A mulher não disse mais nada, não entendi se ela estava esperando que eu continuasse com algo mais.

Eu estava apavorada pela tensão que se alastrava. Gosto do silêncio, o aprecio com louvor, mas o de agora, este é detestável. Não sei muito como reagir, então apenas continuo dizendo:

— Mamãe, eu queria ir morar com eles... — suspiro ao dizer tais palavras, tiro um peso das minhas costas. — Então mãe, o que a senhora me diz?

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