P.O.V Emma Hale

Estou sentada à mesa, desfrutando de uma refeição junto com Stiles, Derek jovem e Rafael. Derek está ao meu lado e sinto seu olhar fixo em mim o tempo todo. Solto um suspiro audível, levemente irritada, e encaro-o com um olhar desafiador.

— Se continuar me olhando desse jeito, vou te bater! — digo, ameaçando discretamente com meus olhos roxos sem Rafael perceber. Derek parece surpreso com minha reação, suas sobrancelhas se erguem e seu olhar se suaviza. Ele desvia o olhar, visivelmente envergonhado.

— Desculpe, não percebi que estava incomodando você.— munurrou ele

— Pois é, estava.— respondi —Não é legal ficar encarando alguém o tempo todo, como se estivesse invadindo sua privacidade.

— Eu não queria te deixar desconfortável, só... Eu não consigo evitar, você parece incrível.— respondeu ele.

— Isso eu vou aceitar como um elogio — respondi, colocando um pouco de comida na boca e sorrindo para Derek.

— Então, uh, Miguel... Como você disse que era seu sobrenome mesmo? — perguntou Rafael, tentando puxar assunto. Olhei para Stiles e chutei a perna dele por baixo da mesa.

— Ah, é Juarez... Cinqua... Tiago... — disse Stiles, claramente improvisando. Notei a expressão de confusão no rosto de Derek.

— Isso é um bocado. Como se escreve isso? — perguntou Rafael, e Derek olhou de Stiles para mim, visivelmente desconfiado.

— Como se fala — respondi, tentando suavizar a situação.

— Sr. McCall, você é um agente do FBI? — perguntou Derek, mudando de assunto.

— Ele é de baixo nível. Nível muito baixo. Ele nem tem voz... — comentei, tentando aliviar a tensão.

— Então, você investiga homicídios? — Derek continuou, ignorando meu comentário.

— Às vezes, quando é um crime federal — respondeu Rafael.

— E os incêndios? — perguntou Derek.

— Oh, meu Deus... Eu me pergunto onde Scott está. Scott não deveria estar aqui agora? Devíamos ligar para o Scott... — disse Stiles ansiosamente, pegando o celular.

— De que tipo de incêndio você está falando? — perguntou Rafael, intrigado.

— Você sabe alguma coisa sobre a família Hale? — perguntou Derek, sua voz carregada de curiosidade. Coloquei as mãos no rosto, sentindo a tensão aumentar.

(...)

Após o "jantar", entramos no meu quarto e Derek jogou Stiles contra a parede. Pulei nas costas do Derek jovem, puxando o cabelo dele.

— Solta ele! — falei séria.

— Não! — Derek retrucou, me ignorando. — Não antes de saber as respostas.

— Tá, eu não menti. Omiti certas verdades. Verdades vitais, agora que penso nisso. — disse Stiles, e Derek me jogou na cama.

— Eu não quero falar com vocês. Quero falar com o Alfa. Vou falar com Scott. — disse Derek.

— Ok, eu vou buscá-lo. Meu telefone está lá embaixo. Vou ligar para ele rapidinho. Você fica aqui. Apenas, não se mova, ok? Não se mova. Emma, fica de olho nele. — Stiles disse, saindo do quarto e logo voltando. — Eu pensei que você...

— Vai logo, Stiles. — disse, me levantando e ficando ao lado do Derek jovem. Stiles saiu e Derek me olhou, começando a medir nosso tamanho. — O que você tá fazendo?

— Você é baixinha. — disse Derek, e dei um tapa na cabeça dele.— Aí! Sua pirralha!

— Olha quem fala. — digo, indo até minha cadeira e sentando. Cruzei os braços, encarando o Hale, que estava parado à minha frente, estudando meu rosto com curiosidade.

— Você me lembra minha ex-namorada, a Katherine. — Derek disse, me pegando de surpresa ao ser comparada com minha mãe.

— Ah... ela é minha prima. — respondi, meio incerta se podia revelar que sou filha dele. Derek parecia intrigado e continuou com suas perguntas.

— E Emma? — ele disse, referindo-se ao meu nome. Eu assenti, esperando para ver onde ele estava indo com aquilo. — Eu tenho a sensação de que te conheço de algum lugar.

— Devo ter um rosto bem conhecido. — respondi de forma evasiva, sem realmente entender o que ele queria dizer. Derek sorriu ligeiramente.

— Você vem de uma espécie rara de lobisomem. Minha mãe falava que lobos de olhos roxos seriam os próximos Alfas. — respondeu Derek.

— Jura? — perguntei, intrigada com a fala dele. Ninguém me explicou direito sobre minha espécie. Se falaram, eu não escutei.

— Sim. Dependendo das circunstâncias, você pode matar um Alfa ou ser criada. — disse ele enigmaticamente. Olhei curiosa.

— Como ser criada? — questionei, confusa.

— É tipo você ficar presa no seu próprio consciente. Você terá que enfrentar seus medos. Muitas vezes, pode se sacrificar por aqueles que ama. É difícil saber qual é o certo. Você é a última da espécie. Isso é incrível. Sua força, a forma como se cura rapidamente. Será uma bela Alfa um dia. De roxos para vermelhos, bem fortes. — Derek disse, sentando na minha cama. Eu fiquei atordoada com todas essas informações. Ser uma lobisomem de uma espécie rara, a última de minha espécie, e ter o potencial de me tornar uma poderosa líder. Tudo isso era incrível e assustador ao mesmo tempo. Eu sabia que teria muitos desafios pela frente, mas estava determinada a descobrir meu verdadeiro potencial e proteger aqueles que amava.

— Isso é incrível. — digo encarando o jovem. — Derek, eu tenho que t... — disse, mas logo parei de falar ao ouvir um barulho e me levantei na hora, assim como Derek. Olhei ao redor, procurando a origem do som. A porta do meu quarto foi aberta abruptamente, revelando a pessoa que estava do outro lado. Fiquei surpresa ao ver quem era, arregalei os olhos ainda. — Você?! — exclamei, dando alguns passos para trás e me posicionando ao lado de Derek. Meu rosto expressou nojo assim que reconheci Kate, uma figura que eu preferia não ver novamente.

— Eu. — respondeu ela com um sorriso no rosto, o que só aumentou minha repulsa.

— Ah, você não morreu. — comentei sarcasticamente.

— Decepcionada? — disse, provocando.

— Em te ver? Claro que sim. — respondi, sem esconder meu desprezo. Nesse momento, Derek interveio, chamando a atenção de Kate.

— Kate? — disse ele, visivelmente surpreso.

— Derek. — respondeu ela, reconhecendo-o. Fiquei confusa com a interação entre eles. Virei-me para Derek, perguntando:

— Aí, virou programa do Ratinho, foi? — disse, encarando os dois. Kate aproveitou a oportunidade para provocar.

— Seu irmão não foi o único a dormir com uma caçadora, fofinha. — ela disse, e olhei apenas para Derek, logo voltando minha atenção para Kate, entendendo tudo.

— Eca! Meu Deus! A Kate?! — digo, encarando meu pai. — Logo ela?!

— Ah? — disse Derek. Virei minha atenção para Kate, mostrei minha forma de lobisomem, deixando escapar um rosnado intimidador em sua direção. Me lancei em sua direção, determinada a enfrentá-la e mostrar minha força. No entanto, mesmo em meio ao ataque, Kate conseguiu me prender contra a parede com sua força surpreendente.

— Você não é a única forte aqui, fofinha. — provocou ela com um sorriso de desafio.

— Vamos ver! — respondi com determinação, decidida a provar que podia lidar com ela. Num impulso, dei uma cabeçada em sua direção, buscando surpreendê-la e me libertar de seu domínio. Para minha surpresa, ela me soltou momentaneamente. No entanto, antes que eu pudesse aproveitar a vantagem, senti um puxão poderoso vindo de algum lugar. Fui arremessada com força contra a parede, batendo violentamente. A dor percorreu meu corpo enquanto caía no chão, atordoada. Virando-me rapidamente, tentei me levantar, mas antes que pudesse reagir, recebi um chute certeiro no rosto. A dor intensa explodiu em minha face, causando um breve momento de escuridão enquanto desmaiei instantaneamente.

P.O.V Narradora

Stiles entrou no quarto justamente quando Kate estava saindo pela janela. Ele estava ao telefone com Scott e, ao perceber a situação, desligou a chamada.

— Você aceitou. — murmurou Stiles, observando a ruiva no chão. Então se aproximou de Emma, que estava inconsciente.— Emma. — chamou ele, se abaixando e colocando as mãos no rosto dela. — Vamos, acorda. Não me faça te socar como já fiz com Derek.—Stiles balançou Emma gentilmente, mas ela não reagiu. Respirou fundo, fechou o punho— Desculpa por isso—com um gesto decidido, socou o rosto dela. Emma imediatamente abriu os olhos, rugindo de dor. Stiles recuou, balançando a mão.— De nada. — disse ele com um sorriso nervoso,Emma, ainda atordoada, colocou a mão no rosto.

— Droga, Stiles! — ela exclamou, ao se dar conta da situação. — Derek! A vadia do Kate.

— Kate levou o Derek.—Stiles, que ainda segurava o celular, respondeu rapidamente.—Scott disse que eles estão indo para a escola.

— Merda. Vamos atrás deles. Agora.— Emma, agora totalmente recuperada

Stiles acompanhou Emma com o olhar e, enquanto ela se preparava para sair, ele já estava mobilizando seu próprio plano de ação.

— E pra lá que eu vou. — confirmou Emma, sem hesitar.

P.O.V Emma Hale

Cheguei junto com Peter, Malia e Scott e me aproximei deles.

— Ei — digo, parando ao lado do meu irmão.

— Você sentiu um cheiro? — questiona Scott.

— É o mesmo... O mesmo do México — responde Malia.

— Do que ela está falando? — pergunta Peter, confuso.

— Um deles veio atrás de nós nas ruínas da igreja — explica Scott.

— E um na estrada — completei

— Eles não poderiam ter nos seguido até aqui — disse Malia. Ouço um barulho da criatura.

— Mas eles poderiam ter sido trazidos por Kate — indaga Scott.

— Ohhhh, já ouvi esse barulho antes — Peter falou aterrorizado. — Tinha um crânio de animal? Um humano usando uma caveira sobre o rosto?

— Acho que sim — responde Malia.

— O que eles são? — questiona Scott.

— Berserkers — responde Peter, enquanto a criatura nos encara. Vejo Malia querendo lutar com a coisa e apenas seguro o pulso dela.

— Tá maluca, Malia? — pergunto, incrédula.

— Só tem um deles... — afirma Malia.

— E isso significa que temos uma chance — diz Peter.

— Para bater nele? — questiona Malia.

— Para sobreviver — responde Peter, saindo correndo.

— Medroso! Depois fala que já foi alfa! Que vergonha, tio Peter! — grito, sarcástica.

— Pensando bem, vamos correr, Emma — disse Scott, puxando-me pela blusa. Saímos correndo com os Berserkers atrás da gente. Continuamos correndo até Malia parar a gente, me fazendo bater a cara nas costas dela. Vejo os Berserkers e me afasto.

— Ué? Como ele chegou tão rápido? — digo, enquanto nos afastamos devagar. Scott e Malia me mantêm atrás deles. Vejo outro Berserker aparecendo. Subimos as escadas de costas.

— Gente — Malia chama nossa atenção. — São os dois. Os dois estão aqui.

— Jura, Malia? Nem percebemos que havia dois bem na nossa frente — respondo, incrédula e sarcástica.

— Onde diabos está o Peter? — questiona Scott.

— Não sei — responde Malia.

— Ele simplesmente decolou — digo e puxo os dois. Subimos as escadas correndo e dou de cara com um Berserker na nossa frente. Solto um rugido, mostrando minha face de lobisomem, com presas afiadas e olhos amarelados brilhantes. Sem hesitar, avanço em direção ao Berserker, determinada a enfrentá-lo de frente. A adrenalina corre pelas minhas veias enquanto me lanço para o confronto. Ao mesmo tempo, Scott se transforma ao meu lado, soltando um rugido que ecoa em perfeita harmonia com o meu. Ele também se lança contra os Berserkers, mostrando sua força e coragem. Juntos, somos uma força de alfa. Enquanto lutamos, Malia se junta a nós, enfrentando outro Berserker. No entanto, o Berserker que eu enfrento é implacável e desesperado. Em um momento de brutalidade, ele puxa meu cabelo com força, fazendo meu rosto colidir com a parede. A dor lateja intensamente, mas minha determinação não vacila.

Enquanto me recupero, vejo Kira se aproximando da luta, lançando-se contra os Berserkers com sua própria habilidade e destreza. Ela se junta a Scott, apoiando-o na batalha e fortalecendo nossa posição. Levanto-me do chão, ignorando a dor, e avanço novamente para o combate. Infelizmente, sou surpreendida quando sou jogada violentamente, dessa vez contra Scott. Caímos no chão juntos, momentaneamente atordoados pelo impacto. Mas Kira se junta a nós, demonstrando sua resiliência e compromisso com a luta.

Antes que os dois Berserkers pudessem nos atacar novamente, uma figura misteriosa entra no meio da batalha, lutando contra os inimigos sozinha. Sua presença é imponente e sua habilidade, evidente. Com sua intervenção, os Berserkers recuam, fugindo da cena com medo. Scott estende a mão, ajudando-me a levantar do chão. Olho para ele com surpresa e incredulidade, pois reconheço o rosto da pessoa que nos ajudou. Meu pai voltou a ser adulto, com olhos de beta amarelos, indicando seu status de lobisomem. Uma mistura de emoções toma conta de mim enquanto processa o encontro inesperado.

— Pai? — murmuro, com a voz cheia de emoção. Seus olhos encontram os meus, transmitindo uma combinação de orgulho e preocupação. Corro até ele e o mais velho me abraça, apertando-me em seus braços.

Mais um capítulo amores espero que gostem e me desculpem se tiver erros de português amores ❤️ 🥰 ❤️ 🥰

O que acharam desse capítulo amores???

Meta 50 curtidas amores

Até o próximo capítulo amores 🥰 🥰 🥰