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|Capítulo 10|

P.O.V Emma Mccall

Após o café da manhã, eu estava no quarto do Brian, compartilhando os detalhes da conversa que tive com Melissa.

— Nossa, foi uma revelação e tanto — comentou o loiro.

— É — concordei, passando a mão no nariz e olhando para o chão. — Será que meus pais biológicos não me queriam? Por isso fui abandonada? — questionei, encarando meu amigo.

— Emma, quem não ia gostar de você? — respondeu Brian, colocando a mão no meu ombro. — Você é a garota mais legal do mundo, todos te amam. A Melissa, Scott, Noah, Stiles, Lydia, Allison e eu. Todos nós te amamos — disse, fazendo um sorriso surgir em meu rosto. — E sobre seus pais biológicos, não pense em coisas ruins. Talvez eles não te abandonaram por não te querer, talvez tenha outro motivo.

— Você pode ter razão — comentei, ainda encarando o chão. Senti Brian passar o braço ao redor do meu ombro, deitei minha cabeça em seu ombro.

— Como seu melhor amigo, eu vou te ajudar a encontrar as respostas.

— Valeu, de verdade — falei, levantando minha cabeça e olhando para ele. Escutei passos e a porta foi aberta por Allison, que nos encarava sorrindo.

— Ei, vocês dois querem sair comigo e a Lydia? Vamos para a floresta — perguntou Allison.

— Fazer o quê? — questionou Brian.

— Uma coisa, lembra de ontem à noite, Brian? — respondeu Allison.

— Vamos testar? — disse o garoto animado, levantando-se. Eu olhei sem entender. Allison encarou seu irmão mais novo com um sorriso.— Vamos — disse ele, pegando minha mão e me puxando.

(...)

Estamos na floresta, e Allison carrega uma bolsa consigo, enquanto eu e Brian seguimos atrás das mais velhas.

— Allison, quando você disse que precisava fazer algo antes de irmos ao shopping, fazer uma trilha na floresta não era o que eu esperava — resmungou Lydia.

— Olha só, eu queria perguntar se está tudo bem para você uma coisa. O Jackson me chamou para ir ao baile de inverno — respondeu Allison, fazendo-me abrir a boca em choque.

— Chamou, é? — questionou Lydia.

— Sim, como amigos, mas eu queria ter certeza de que está tudo bem para você — respondeu Allison.

— Só como amigos, né? — perguntou Lydia.

— É claro, não vou puxá-lo durante o treino de lacrosse para dar uns beijos na sala do treinador — provocou Allison. Até ela sabe.Encarei Brian, apenas ouvindo a fofoca das duas.

— Sobre isso... — começou Lydia.

— Não quero saber — falou Allison.

— Allison, o que é isso? — perguntei, vendo a mais velha colocar algo na ponta de sua flecha.

— Vamos descobrir — disse Allison e atirou a flecha em uma árvore. Ela explodiu, me assustei e me afastei, me cobrindo imediatamente.

— Emma, você está bem, pequena? — perguntou Lydia, colocando a mão no meu ombro.

— Só me assustei — disse ainda em choque.

— Me desculpe, Emma — falou Allison.

— Está bem.

— ISSO FOI TOP DEMAIS — comentou Brian animado, mas logo mudou de expressão e me olhou preocupado. — Emma, você está bem?

— Sim — respondi, dando um sorriso tranquilo para ele. Ouvimos um barulho de alguém pisando em uma folha seca. Allison apenas entregou sua flecha para Lydia e deu alguns passos.

— Onde você vai? — questionou Lydia.

— Eu quero saber o que foi isso — comentou Allison. — Não deve ser nada.

— E se esse nada for alguma coisa? — perguntou Lydia com certo medo na voz.

— Atira — respondeu Allison com um sorriso e saiu. Eu e Brian nos olhamos, rindo.

(...)

Estava no meu quarto, jogada na cama, lendo um livro. Com a porta aberta, percebi Melissa toda arrumada e bonita. Surpresa, me levantei da cama.

— Como estou? — perguntou Melissa nervosa, e eu me sentei na cama com a boca aberta.

— Nossa, mamãe, você tá linda.

— Você acha? — disse ela, abrindo um sorriso.

— Vem cá — chamei a mulher até minha mesa de estudo. Ela se aproximou e sentou na minha cadeira. Puxei minha maleta de maquiagem, procurando um batom. Peguei e abri.

— Fica parada, ok?

— Ok — concordou ela. Segurei o rosto dela e passei o batom certinho.

— Onde vai toda gatona? — disse, vendo a mulher ficar envergonhada. — Um encontro? Um encontro? — repeti após terminar de passar o batom nela.

— Sim — respondeu Melissa.

— Vai dar tudo certo, mãe. Relaxa um pouco e seja você mesma — disse, pegando suas mãos e fazendo carinho.

— Obrigada, meu amor... Sobre aquele assunto? — perguntou Melissa, ainda pensando naquele assunto.

— Eu devia estar xingando o mundo e o céu? Sim, mas prefiro entender seu lado antes de explodir. A gente conversou, mamãe.

— E eu vou recebê-los bem, dependendo de quem for. E vamos ter algumas respostas. Lembra, sempre vou te amar — disse, colocando a mão no meu rosto e fazendo carinho, a calma tocou.

— Pode atender pra mim, meu anjo? Ainda não estou pronta.

— Claro, mamãe — disse, beijando sua bochecha e saindo do quarto. Desci as escadas e, ao abrir a porta, dei de cara com Peter. Arregalei os olhos em choque.

—Oi, diabinha fofa — disse Peter com um sorriso. Apenas fechei a porta na cara dele, virei-me ainda com os olhos arregalados e vi Scott descendo as escadas.

— Por que fechou a porta? — questionou Scott, empurrando-me de lado. Assim que Scott abriu, teve a mesma reação que eu e só fechou a porta na cara de Peter novamente. Fui até a porta, abrindo-a novamente, mas o Hale malvado havia sumido. Fechei a porta, encarando Scott.

— O que estão fazendo? Não vão chamá-lo para entrar? — disse Melissa, indagando e chamando nossa atenção. Abri a porta novamente, não vendo ninguém. Olhei para Scott e, em seguida, para a porta, onde Peter estava bem na frente.

— Saia, assombração! — disse, dando um pulo.

— Olá — disse Peter, sorrindo. Scott me puxou e tentou fechar a porta, mas Peter o impediu, com um sorriso cínico. — Jura? Ia bater novamente na minha cara? — disse irônico.

— Sim. Ninguém gosta de você — falei, ficando ao lado do meu irmão.

— Eu vou contar — murmurou Scott.

— Contar o que? Que eu era um inválido, catatônico, com metade da cara queimada? Então, boa sorte — comentou Peter, me fazendo rosnar, querendo avançar. Senti Scott me segurando pela blusa, e Peter sorriu novamente. — Olha que bonitinho, ela é brava, um pinscher ruivo — provocou.

— Some! Anda! Vai embora! — digo, já irritada.

— Não posso, tenho um encontro — respondeu Peter.

— Se você tocar ou machucar ela... — falou Scott, se segurando.

— Vamos te castrar! — respondi séria.

— Pode parar com as ameaças, Emma e Scott. Só um instantinho. Lembrem-se que eu acabei de sair do coma por seis anos. Não acham que eu ia querer jantar com uma mulher maravilhosa? — disse Peter irritante. — Ou talvez achem que estou tentando uma maneira mais fácil de trazer vocês para o bando, se a sua mãe for junto — disse, nos olhando. Peter começou a se aproximar lentamente dos dois, Scott se colocou na minha frente na intenção de me proteger. — Vocês têm que colocar na cabeça de vocês que somos mais poderosos juntos, comigo e com Derek.

— Apenas queremos que você nos deixe em paz! Seu velho! — respondi, encarando com raiva. Escutei minha mãe descendo a escada, dizendo que estava pronta. Peter segurou a mão dela e ia saindo; Scott tentou impedir dela sair, mas não deu certo.

— O que a gente faz? — perguntou Scott olhando para mim. Acabei tendo uma bela ideia.

— Liga para o Stiles. E vocês vão atrás para resolver tudo.

— Eu? Por que? — questionou Scott, cruzando os braços. Apenas fechei a cara.

(...)

— Cadê seu irmão? — disse Allison, aparecendo na cozinha. Eu estava de boca cheia e engoli, encarando-a.

— Saiu. Não te vi aqui — falei, pegando meu copo e tomando um gole de suco.

— Ele sempre te deixa sozinha? — perguntou Allison, se sentando ao meu lado.

— Às vezes eu sigo ele e o Stiles. Agora que tenho o Brian como amigo, às vezes vou aparecer lá.

— Meu irmão adora sua amizade. Sempre na hora do jantar ele faz questão de falar de você — disse, me fazendo sorrir. Senti uma dor no peito como se algo estivesse acontecido. Passei a mão no peito, o celular de Allison começou a vibrar, e ela pegou—.
Anjinho, eu preciso ir. Avise seu irmão?

— Claro, até mais — falei, e a garota beijou minha testa antes de sair. — Que sensação estranha é essa... Scott! — chamei, levantando-me de uma vez.

(...)

Corri até chegar na clínica veterinária. Não sei por que vim parar aqui. Entrei de uma vez, indo até uma sala e vi Scott sem camisa, desacordado, com Deaton ao seu lado.

— SCOTT! — falei, deixando as lágrimas escorrerem, indo até ele e segurando sua mão. — Deaton! O que você fez?

— Eu salvei a vida dele — respondeu Deaton. — Ele foi atingido por uma bala com antídoto. Aliás, como você?

— Senti que algo estava errado... Ele vai ficar bem? — perguntei, fazendo biquinho.

— Sim, anjo. Ele vai — respondeu Deaton, fazendo carinho no meu cabelo.

— Espera? Você sabe sobre nós? — questionei, encarando o veterinário.

— Sei, pequena. Agora vou terminar de tirar a bala dele, ok? Senta ali — disse Deaton, apontando para uma cadeira.

— Está bem — digo, obedecendo e indo.

(...)

P.O.V Narradora

Emma havia adormecido, e Deaton encarava a garota curiosa, tentando entender como ela soube que Scott estava em perigo. O McCall puxou o ar de uma vez após Deaton retirar a bala.

— Eu não levantaria ainda — falou Deaton.

— Onde estou... — questionou Scott, confuso.

— Você está bem. Eu te dei algo que vai ajudar no processo de cura — respondeu Deaton, enquanto limpava o ferimento de McCall.

— Mas você é veterinário — falou Scott, ainda confuso.

— Isso é verdade. Em 90% do tempo, eu trato de cães e gatos — respondeu Deaton.

— 90%? — disse Scott, confuso.

— Só 90% — disse, dando um sorriso. McCall virou a cabeça, encarando a ruiva dormindo. — Ela veio até aqui preocupada com você.

— Ela está bem? Foi machucada? — perguntou Scott, preocupado.

— Sua pequena está bem. Está apenas te esperando acordar.— respondeu Deaton

Mais um capítulo amores espero que gostem e me desculpem se tiver erros de português amores ❤️ 🥰 ❤️ 🥰

O que acharam desse capítulo amores???

Até o próximo capítulo amores 🥰 🥰 🥰 🥰

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