|Capítulo 08|
P.O.V Emma Mccall
— Por que não posso ir beber com vocês? — questionei Stiles parada na porta da minha casa.
— Menina! Você tem 13 anos! — respondeu Stiles, virando-se para mim, assim como Scott.
— E daí? — questionei novamente.
— Bloom! Por favor, vai pra casa e mimi. — falou meu irmão, fazendo-me cruzar os braços.
— Vocês são chatos! — disse, pulando para o banco da frente e saindo do carro. — IDIOTAS! — virei-me, mostrando o dedo para eles.
— Te amamos também. — respondeu Stiles, logo dando partida no carro e saindo. Revirei os olhos ao entrar em casa.
(...)
Assim que entrei no meu quarto, tomei um susto ao ver uma certa pessoa na minha cama.
— DEREK! — disse, abrindo um sorriso e correndo até ele. Pulei na minha cama, abraçando-o. — Você tá vivo!
— Lobisomens se curam rápido, além disso, não foi tão grave. — respondeu Derek com um sorriso fraco.
— Ainda bem que tá vivo.
— Vou ser rápido, amanhã é Lua cheia. — disse Derek diretamente.
— Fica tranquilo, eu sei me controlar. Por algum motivo, eu sei me controlar. — respondi tranquilamente.
— Isso é estranho. Por segurança, fica calma, pensa em alguém. — disse, segurando meus ombros.
— Tá bem. Agora não sei do Scott.
— Ele é complicado. — falou Derek, soltando um suspiro.
— Sim, mas logo ele vai se controlar, tenho certeza.
— Tenho que ir, toma cuidado, pequena. — falou o Hale, beijando minha testa.
— Pode deixar, você também precisa tomar cuidado.
— Tranquilo.
(...)
Havia se passado alguns dias desde o acidente na escola, as aulas foram suspensas. Acordei com o despertador do Scott vindo do quarto da frente. Sentei na cama, esfreguei os olhos e bocejei. Saí da cama e fui até o quarto do Scott, onde encontrei ele e mamãe.
Melissa: Está vivo aí? — perguntou mamãe.
— Não. — respondeu meu irmão.
— Não está pronto para voltar para a escola? — perguntou a mulher novamente. Fui até a cama, entrei por debaixo das cobertas e apareci apenas minha cabeça, assustando Scott.
— E você, anjo?
— Não.
— Não também.
— Querem ficar mais um dia em casa? — questionou mamãe.
— Sim/Não. — respondemos eu e Scott juntos.
— Quer um carro novo? Eu também. — disse mamãe meio sarcástica, me fazendo rir. Scott tirou a coberta, levantou e foi até o banheiro. — Não se trata só do que aconteceu no colégio, certo? É por causa da, sei lá, Allison.
— Allison, mamãe.
— Sim, ela. Quer falar sobre isso? — perguntei mamãe, encarando meu irmão.
— Não com você. — respondeu Scott.
— Eu mesma já levei uns pés na bunda, tá bom. — disse mamãe.
— A senhora já namorou além do Rafel? — perguntei curiosa.
— Sim. — respondeu mamãe. — Na verdade, passei por uns desastrosos.
— Eu não quero saber sobre seus pés na bunda, mãe. Vou reconquistá-la. — afirmou Scott, fechando a porta do banheiro. Mamãe olhou pra mim e dei os ombros.
— Que tal me ajudar no café da manhã? — disse, esticando a mão para mim. Dei um sorriso, peguei sua mão e levantei.
(...)
Após o café da manhã, fui direto para o meu quarto, escovei os dentes e troquei de roupa: calça jeans, uma blusa preta e uma jaqueta vermelha, junto com meus tênis All Star de sempre.
(...)
Cheguei no colégio e fui direto para o meu armário. Logo, Brian apareceu ao meu lado.
— Oi.
— Oi. Vamos para a sala? — perguntou o loiro.
— Sim. — respondi, peguei meu livro e fechei meu armário, começamos a andar pelo corredor.
— É estranho. — comentou Brian, confuso. — Todos estão falando sobre o que aconteceu na outra noite, e ninguém sabe que fomos nós.
— Graças à proteção aos menores.
— Minha irmã está mal pelo término com seu irmão. — disse o garoto, olhando para mim.
— Scott está péssimo. — respondi. — Pelo menos, nossa amizade não vai estragar por causa deles, né?
— Não mesmo. Você é minha melhor amiga. Não importa o que aconteça, sempre vou ser seu amigo. — disse o garoto, sorrindo para mim. Retribuí o sorriso.
— Escutou sobre a prova? — perguntou Brian.
— Prova? Que prova? — questionei, parando e encarando ele.
— A prova de matemática. — respondeu Brian, me fazendo arregalar os olhos.
— Merda! — disse, batendo na testa. — Eu dormi na aula.
— Você tá ferrada. — disse, e olhei para ele sorrindo. Passei meu braço em volta do seu pescoço.
— Brian?
— Você vai me passar as respostas.
— Como?
— Vou sentar atrás de você e você diz as respostas para mim.
— Como você vai escutar? — perguntou o loiro, confuso.
— Confia em mim, eu só preciso de um B+ nesta prova.
— Tá, eu te ajudo.
(...)
Entramos na sala e fomos direto sentar. Eu me acomodei atrás do Brian enquanto a professora começava a entregar as provas. Peguei a minha e olhei para a quantidade absurda de contas. Comecei a ouvir os barulhos ao meu redor, lápis arranhando o papel, borracha sendo apagada, canetas batendo na mesa.
— Bloom. — Brian chamou, com a voz suave, e eu me concentrei apenas nele, ignorando os outros sons. — Presta atenção, vou dizer as respostas.
Respirei fundo e comecei a fazer a prova, tentando focar apenas nas instruções de Brian. Mas os ruídos do celular vibrando, dedos batendo na mesa e as emoções ao meu redor tornavam tudo difícil. Já havia respondido metade das questões, faltavam apenas duas. Levantei-me, segurando a prova, e fui até a professora, entregando-a antes de sair da sala.
— Sra. McCall? — A professora me chamou, mas não dei ouvidos e saí correndo pelos corredores. Cheguei ao vestiário feminino e encostei-me à parede, lutando para respirar.
— Emma? — Brian apareceu, encarando-me com preocupação.
— Brian, eu não consigo... — Disse com a respiração pesada.
— O que? — Ele se aproximou, ainda mais preocupado.
— Eu não consigo respirar. — Encarei-o, e Brian tentava entender o que fazer.
— Não me mate. — Falou o loiro.
— Ah? Por que eu te mataria? — Disse ainda com dificuldade para respirar. Brian segurou meu rosto e se aproximou, dando-me um selinho, fazendo-me prender a respiração. Ficamos assim por 30 segundos até ele se afastar, e nossas bochechas estavam coradas.
— O que foi isso?
— Você estava tendo um ataque de pânico. Te beijei, e você prendeu a respiração. — Brian respondeu sem jeito. — Não achei que fosse funcionar.
— Ah, cara, meu primeiro beijo foi com meu melhor amigo. — Disse, chocada.
— Não foi só você. — Brian olhou para mim, e começamos a rir da situação. — Pelo menos foi só um selinho.
— Imagina se fosse de língua. — Fiz uma careta junto com Brian. — Como sabia que eu estava tendo um ataque de pânico?
— Tive quando tinha uns 10 anos, foi meu primeiro ataque. — Brian se levantou e estendeu a mão para mim. Peguei-a, e ele me ajudou a levantar. — Amigos sempre se ajudam. — Disse, fazendo um carinho na minha mão.
(...)
Estava pelo corredor procurando pelo Scott e Stiles. Brian foi embora mais cedo, então não pôde ver o treino comigo. Ao me aproximar da sala do treinador, vi Lydia e Scott entrando. Abri e fechei a boca, surpreso.
— Lydia e Scott? Na sala do treinador? Que estranho. — murmurei para mim mesma, curiosa. Decidi dar uma olhada. Cheguei perto da sala e, através da janela, vi Scott e Lydia se beijando. Meus olhos se arregalaram, abri e fechei a boca, ainda em choque. Afastei-me e saí correndo até o campo.
Recuperando o fôlego no campo, avistei Stiles. Me aproximei e sentei ao seu lado, pensando em como contar a ele que vi o melhor amigo e a garota de quem ele gosta se beijando.
— Oi, Stiles. —digo, tentando não parecer suspeito.
— Oi, pequena. Como se sente? Tá bem? Tá querendo me matar? — perguntou Stiles.
— Não sou o Scott! — cruzei os braços. — Aliás, viu ele? — perguntei, curioso.
— Foi falar com a Lydia. — respondeu Stiles animado. — Ele vai me fazer um favor, pergunta algo a ela.
— Ah, tá. — falei, olhando para o campo. Acho que o Stiles não vai gostar de saber qual foi a conversa entre Lydia e Scott. Não demorou muito para Scott aparecer.
— O que rolou? — perguntou Stiles após Scott sentar.
— O quê? — perguntou Scott, "fingindo".
— Como assim, o quê? Perguntou a ela? Ela disse algo? Disse que gosta de mim? Ela deixou implícito que gosta de mim? — solta Stiles com várias perguntas. Olhei para meu irmão.
— Sim. É, ela gosta de você. Aliás, ela está muito a fim de você. — respondeu Scott com um olhar estranho, e encarei meu irmão, incrédulo de que ele mentiu na cara dura.
(...)
Não prestei muita atenção no treino, apenas senti a raiva emanando de Scott. Vi Scott acertando o taco bem na cara do Danny. Levantei do banco e corri até Scott e Stiles.
— Scott, tá maluco? — Questionei meu irmão.
— Cara, o que você fez? — Perguntou Stiles.
— O quê? Ele é o dobro do meu tamanho. — Respondeu Scott.
— Mas todo mundo gosta do Danny. Agora todo mundo vai te odiar. — Disse, encarando meu irmão.
— Eu não ligo. — Disse Scott, todo diferente, encarando eu e Stiles. Olhei para Lydia que apareceu.
— Ele está bem? — Perguntou Lydia olhando para Danny.
— Sim, parece que o nariz dele sangrou. — Respondeu Jackson olhando para Lydia. Apertei meus olhos, percebendo que o batom dela estava borrado.
— O quê? — Perguntou Lydia, confusa.
— Seu batom. — Respondeu Jackson, e a garota pegou um espelho na bolsa, olhando e limpando.
Lydia: Ah, como será que isso aconteceu? — Falou fingindo enquanto limpava. Fiz uma careta discretamente; eu sabia o que estava rolando. Virei-me, encarando Scott saindo. Não fui só eu, Stiles também havia percebido.
(...)
Já estava em casa, faltavam algumas horas para a Lua cheia. Estava na sala, comendo e assistindo TV, enquanto mamãe se arrumava para trabalhar. Ouvi alguém abrindo a porta e olhei para o lado, vendo Stiles.
— Scott? — Perguntou mamãe, achando que era meu irmão, mas na verdade era Stiles.
— Stiles. — Respondeu ele com um sorriso. Levantei do sofá ainda com o balde de pipoca.
— Olha só, uma chave. Aprendeu como se usa uma porta, Stiles? — Disse sarcástica, encarando-o.
— É. Eu mandei fazer uma, então... — Respondeu o garoto.
— Isso não me surpreende. Me assusta, mas não me surpreende. — Disse Melissa, e Stiles jogou uma bolsa com correntes no chão. — O que é isso?
— Trabalho da escola. — Respondeu Stiles.
— Stiles, ele está bem, certo? — Perguntou mamãe, um pouco preocupada.
— Quem? O Scott? Sim. Totalmente. — Respondeu Stiles.
— Ele não quer falar muito comigo, nem com a Emma. Não como ele costumava. — Falou mamãe.
— Bem, ele teve uma semana dura. — Disse, driblando.
— Sim, eu entendo. Tá bom. Cuidado hoje. — Falou mamãe.
— Você também. — Disse Stiles.
— Lua Cheia. — Falou mamãe.
— O quê? — Perguntei, meio perdida, mesmo sabendo que era Lua cheia.
— Tem Lua Cheia hoje à noite. — Respondeu mamãe. — Deveria ver como fica a sala de emergência. Aparece todo tipo de maluco.
— Sim. — Respondeu Stiles.
— Certo. Emma, se cuida, anjinho. — Falou mamãe, beijando minha testa.
— Você também, mãe.
— Sabe, foi na verdade. — Disse ela, passando por mim e indo até Stiles. — Onde surgiu a palavra "lunático". — Disse e logo saiu de casa. Eu e Stiles nos encaramos.
(...)
—Ai, meu Deus! — exclamou Stiles ao ver Scott sentado na poltrona.
— Que susto! — comentei, colocando a mão no peito. — Parece um psicopata! O que tem na bolsa, Stiles? — questionei curiosa, observando enquanto o garoto se aproximava com a bolsa.
— Vai ver. — Respondeu Stiles, abaixando-se e abrindo a bolsa.
— Eu estou bem. Só vou trancar a porta e ir para a cama mais cedo. Emma, pode dormir comigo e me vigiar. —disse meu irmão.
— Olha para minha cara se eu quero ser sua babá? — cruzei os braços, desencruciando-os ao ir até a cama e sentar. — Oh, maninho, você tá com cara que vai matar alguém. Você não tá bem! — falei séria.
— Eu estou bem. — respondeu Scott sem expressão. — Agora é melhor vocês irem. Emma, você tem que se trancar também.
— Tá bom, com embora. Olha, você poderia pelo menos olhar o que eu comprei. Vocês podem usar, ou não. Tudo bem? — Stiles questionou.
— Acha que vou deixar você colocar isso em mim e me acorrentar que nem um cachorro? — disse Scott, pegando correntes que estavam dentro da bolsa de Stiles.
— Na verdade, não. — Stiles pegou uma algema e prendeu Scott no radiador.
— Stiles? Isso foi engraçado. — Ri, enquanto Stiles se aproximava de mim. — O que tá fazendo?
— Conquista na Emma! — disse Stiles, me pegando e jogando na cama. Ele começou a fazer cócegas em mim, soltando risadas. Não percebi que ele me algemava na cabeceira da cama.
— Cuzão! — falei com raiva, rosnando.
—O que é isso? — Scott perguntou, furioso.
—Tô protegendo de vocês mesmo. E me vigiando por beijar a Lydia.—respondeu Stiles
— Você é um péssimo amigo.—digo chamando atenção de Stiles
—Pera, você sabia? — [erguntou, olhando para mim.
— Não. Não. — digo e logo dei um sorriso todo sem jeito. — Eu vi eles entrando na sala do treinador, e por curiosidade fui ver, e digamos que vi eles se beijando — falei, e Stiles me olhou decepcionado. Fiz um biquinho fofo para ele, que me ignorou. Stiles buscou uma garrafinha de água e colocou em uma vasilha de cachorro com o nome do Scott.
—Eu vou te matar!— respondeu Scott jogando a vasilha no amigo. Stiles virou-se com raiva, os dois começaram a brigar por causa do maldito beijo que meu irmão deu em Lydia. Eu só observava aquilo, e logo comecei a sentir a Lua cheia. Tentei me soltar sem que eles notassem.
— Por favor, parem! —digo baixinho, tentando chamar a atenção deles. — CHEGA AGORA! — gritei com a voz embargada de choro. Os dois pararam de brigar. — Me solta! Me solta, Stiles! — gritei, com lágrimas nos olhos.
—Me desculpe, eu não posso. — respondeu Stiles, olhando para mim e saindo do quarto, fechando a porta. Soltei um grito de raiva.
— EU VOU TE MATAR, STILES! SÓ DEIXA EU SAIR DAQUI! — Gritei, rosnando.
P.O.V Narradora
Stiles estava sentada, encostada na parede, enquanto Scott começava a provocá-la sobre Lydia. No entanto, a Lua cheia começava a fazer efeito, e Emma chorava baixinho, sentindo os efeitos sobre ela. Os dois Mccall começaram a gritar, pedindo para que Stilinski os soltasse. Os dois betas gritaram, transformando-se, até que tudo ficou em silêncio dentro do quarto. Stiles se levantou rapidamente devido àquele silêncio. Ele abriu a porta e entrou no quarto, mas os betas não estavam mais lá. Emma dirigiu-se ao jipe, furando o pneu do veículo com suas garras.
(...)
Emma corria pela floresta sem Scott, e Derek sentiu a presença da garota, decidindo segui-la. Ele a viu correndo pela floresta, pulando em cima dela quando a alcançou. Ambos rolaram pelo chão, e Emma socou Derek, empurrando-o. A ruiva se levantou rosnando, já transformada, e Derek olhou para ela.
— Emma, só eu. Calma. — Derek se aproximava devagar, tentando acalmá-la. A garota começou a ouvir a voz de Derek e gradualmente ficou mais calma, voltando ao normal.
— Papai? — disse a ruiva, vendo coisas, e logo desmaiou. Derek foi até ela preocupado.
— Vem cá, anjinho. — Falou o Hale, pegando a garota no colo. — Tenho que encontrar o Scott.
P.O.V Emma Mccall
Estava no colo do Derek enquanto ele nos ajudava a entrar no quarto, colocando eu e Scott na cama, ambos suados.
— Derek, obrigada. — Agradeci com um sorriso, e ele sorriu de volta, virando-se para sair.
— Espere. — Chamou Scott, e o mesmo se virou novamente. — Eu não posso fazer isso. Não posso ser isso e ficar com a Allison.
— E eu com o Brian. Não quero me afastar do meu melhor amigo.
— Precisamos que nos fale a verdade. Tem cura? — Perguntou Scott.
— Para alguém que foi mordido? Ouvi falar de uma. Não sei se é verdade. — Respondeu o Hale.
— Bem, o que é? — Disse Scott.
— Você tem que matar quem te mordeu. — Disse Derek.
— Matar o Alfa? — Respondi eu e meu irmão ao mesmo tempo.
— Scott. Bloom. Se vocês me ajudarem a encontrá-lo, eu ajudo a matá-lo. — Derek nos olhava, e eu peguei a mão do Scott, apertando.
Mais um capítulo amores espero que gostem e me desculpem se tiver erros de português amores ❤️ 🥰 ❤️ 🥰 ❤️
Desculpem a demora amores tem episódios complicados em escreve.
Emma e Brian amo essa amizade deles hehe
EMMA CHAMANDO DEREK DE PAPAI AAAAAAA
Até o próximo capítulo amores 🥰 🥰 🥰 🥰
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