P.O.V Emma Mccall

Cheguei ao campo e testemunhei o momento exato em que Scott derrubou Jackson com força no chão. Scott caiu de joelhos, e eu corri até ele, assim como Stiles.

— Maninho? — disse, segurando seu ombro.

—Não consigo controlar. Está acontecendo.— questionou Scott

—O quê? Aqui? Agora? Vem, vem — falou Stiles puxando-o para fora do campo. Olhei para Jackson no chão, o treinador e os outros jogadores estavam ao redor.

— CAIU COMO UM BOSTA! — ri da expressão dele, o treinador me olhou curioso. — Olá e Tchau — falei e saí correndo. Antes de partir, notei Derek parado. Sorri para ele antes de correr na direção dos vestiários.

Ao entrar, vi Scott tentando atacar Stiles. Respirei fundo, transformei-me e corri em direção a ele, empurrando-o com força. O garoto me olhou surpreso antes de avançar novamente. Stiles entrou na minha frente, jogando fumaça nele. Puxei Stiles para trás, encostando-nos na parede, respirando fundo. Olhei para Stiles, soltando um rosnado.

— Se a situação não fosse complicada, eu estaria te apertando. Você é tão fofinha, por que Scott não é? — disse Stiles, olhando para mim e respirando fundo. Voltei ao normal e entrei no vestiário.

— Emma? Stiles? O que aconteceu? — questionou Scott confuso. Olhei para Stiles atrás de mim.

— Você tentou me matar... — respondeu Stiles. — A Emma meio que salvou. Eu já te explico antes. É a raiva. A sua pulsação. É um gatilho.

— Mas o lacrosse é assim. É um jogo bem violento, se ainda não percebeu. — disse Scott.

— Será mais violento se você matar alguém em campo. — disse, cruzando os braços.

— Você não pode jogar no sábado. Terá que ficar de fora do jogo. — respondeu Stiles.

— Mas eu estou no time. — argumentou Scott.

— Não está mais. — respondeu Stiles.

(...)

Estávamos eu e Scott em seu quarto, meu irmão me olhava curioso.

— Ei? Sei que sou linda e fofa, não precisa ficar me olhando — digo sentando na cama assim como ele.

—Como você não fica como eu?—perguntou Scott confuso e curioso

— Não sei.—respondi dando os ombros

—Não sente raiva?—questionou Scott

— Sim, mas minha mamãe sempre me falava. Se eu tiver com muita raiva, pensa em algo que me deixa feliz ou me acalma... então, quando estou com raiva, eu penso nela. Por isso, eu não fico como você, e olha que sou bem novinha. Vamos aprender a nos controlar melhor — digo me deitando ao seu lado e beijando sua bochecha. Scott deu um sorriso e deitou. Olhei para mamãe entrando no quarto.

—Oi... Tô indo fazer um turno extra — disse Melissa intercalando o olhar entre mim e meu irmão. — Mas eu vou tirar folga no sábado pra ir ver o seu primeiro jogo.

—Mãe, você não pode! — respondeu Scott com a cara enfiada no colchão. Olhei para ele fazendo o mesmo e, pelo canto do olho, olhei para ela.

— É claro que eu posso! Eu posso e vou! Não vamos ficar mais pobres por causa disso. Não tanto — disse Melissa balançando a chave do carro nas mãos e logo se aproximando. — O que é que tem nos seus olhos? — perguntou fazendo ele levantar, me fazendo rolar pro lado. — Parece que você não dorme há dias.

— É... Não é nada, eu só tô... Estressado.—respondeu Scott

—Só estressado? Mais nada. — perguntou Melissa enrugando a testa.

— Muito dever de casa.—respondeu Scott

—Você não anda... Tomando drogas né? — disse Melissa, mas com um certo nervosismo na voz, me fazendo rir baixinho.

— Agora?—questionou Scott

— Ag... O quê?! Mas pera aí, o que você quer dizer com agora? Já experimentou drogas?—questionou mamãe colocando as mãos na cintura

— Você já? — perguntou Scott. Sentei na cama rindo.

— Vão dormir... E você, mocinha, eu marquei sua consulta para sexta-feira. — disse mamãe.

— Ah, não, mamãe! Não vou não! — digo cruzando os braços e fazendo biquinho.

— Ah, você vai sim! — respondeu Melissa. — Precisamos ver se está tudo bem com sua saúde. Não se discute mais! Fiquem bem e se cuidem! — disse saindo.

— Não quero ir! — digo olhando para Scott, fazendo biquinho. — O doutor vai zoar minha altura de novo.

— Calma aí, Gnomo do meu coração, não é tão ruim assim ver sua saúde e sua altura. — disse Scott, bagunçando meus cabelos e logo se levantou para atender a chamada do seu computador. Levantei-me, dei um tapa na cabeça dele e saí correndo.

— TE AMOOOOO — digo correndo para a cama dele novamente.

— O que descobriu? — perguntou Scott.

— Parece que o Jackson deslocou o ombro. — disse Stiles, começou a pular na cama e fazer uma dancinha. Scott me olhou rindo.

— Quê? É o Jackson? — digo pulando ainda. Scott se virou.

— Por minha causa? — questionou Scott. Tava difícil ouvir mesmo eu sendo uma bela lobisomem, a conexão está ruim.

— Por que ele é um idiota. — disse Stiles, saiu da cama e sentou no colo do Scott.

— OIIIII, MAGRELOOOOOO VIRGEM. — digo com um sorriso fofo.

— Eu escutei, sua pirralha! — retrucou Stiles, me fazendo rir. Apenas mostro o dedo do meio para a câmera, fazendo Scott rir. Saio do colo do Scott e me desconecto do mundo, olhando para a janela e vendo Derek Hale entrar e ficar parado, começando a cutucar meu irmão que não me dá atenção. Num piscar de olhos, ele avança para cima de Scott, o pegando e jogando contra a parede.

— EPAAAAAA! — digo correndo até eles e segurando o braço do Hale, o mesmo apenas se soltou e me levantou pela blusa. — Eiii!

— Vi você no campo. — disse Derek enquanto pressionava Scott contra a parede.

— Do que está falando? — questionou meu irmão.

— Se transformou na frente deles. Se souberem de você, da sua irmã, saberão de mim, sobre todos nós. E não serão só os caçadores atrás da gente, serão todos. — disse Derek, bem sério.

— Calma, eles não viram nada. Eu juro. — respondeu Scott com certo medo.

— E não vão ver. Porque se tentar jogar no sábado, vou matá-lo com minhas próprias mãos. — disse Derek. Olhei assustada para eles. Derek não ia matar meu irmão? E se ele me matasse também? Sou linda demais para morrer. Derek olhou para mim com um olhar diferente. — Fica tranquila, não irei fazer nada contra você. — disse, me colocando no chão, e logo saiu rapidamente pela janela. Scott se virou, me olhando, e me puxou para um abraço.

(...)

— O que vai fazer depois da aula? — perguntou Brian, encostando ao lado do meu armário. Fechei o mesmo, olhando para ele.

— Médico. — digo, fazendo careta. — Mamãe sempre me faz ir às vezes para ver como está minha saúde e principalmente verificar minha altura.

— Ah, sim. Um dia tu vai lá em casa, né? — perguntou Brian, e começamos a andar pelo corredor.

— Claro, por que não? Tem vídeo game? — perguntei, encarando o loiro.

— Sim. — respondeu Brian.

— Vou adorar ir. — digo, entrando na sala junto com ele. Sentamos no fundo, como sempre.

(...)

Depois da aula eu me despedir do Brian vim para o hospital, mamãe estava no quarto comigo enquanto o médico me examinava.

—Está tudo certo com ela.—disse o Médico olhando pra Melissa — Ela tem uma saudade de ferro. É sobre a altura dela, ela ainda vai crescer, está em fase de crescimento e normal, altura ideia dela e entre 1.60 e 1.65, até lá ela vai está na altura ideal.

—Que bom.— disse Melissa aliviada.

— Posso ir?— digo fazendo uma careta, os dois dão risadas

— Pode sim anjo, vai la.—respondeu mamãe,saio da cama vou até ela abraçando e logo sair do quarto, vendo Stiles,fiz careta e fui até ele o mesmo tava falando com uma Lydia com fones de ouvidos. Ao percebe Stiles se sentou me aproximei sentando em seu colo.

— Virgem. — digo rindo, o mesmo me olhou com a cara fechada e só me jogou no chão, fazendo as pessoas olharem. — Chato! — digo me levantando.

— Tampinha. Onde vai? — perguntou Stiles assim que me viu indo na direção da Lydia. A ruiva me olha, dando um sorriso.

— Oi, lindinha. — disse Lydia, me puxou para um abraço. Olhei para Stiles, que olhava chocado. Mostrei apenas o dedo pra ele e me separei dela.

— Como vai? — digo, sentando ao seu lado.

— Bem, o que faz aqui, pequena? — perguntou Lydia.

— Vim fazer uns exames, e você? — digo encarando ela.

— Vim com Jackson. — disse Lydia, apenas revirei os olhos.

(...)

Passei um bom tempo conversando com Lydia sobre a revista de moda e garotos. Ela disse que, quando tiver idade suficiente, vai me apresentar para os meninos. Que seja, deixe Scott ouvir isso. De longe, vi Jackson vindo, olhei com cara de poucos amigos para ele, me despedi da Lydia e sentei ao lado de Stiles.

— Deixe quando fala com ela? — perguntou Stiles, curioso.

— Não te interessa. — digo, pegando uma revista e abrindo. Tentei não escutar a conversa deles ou de ninguém. Às vezes isso é chato, mas por outro lado tem suas vantagens. Espero que Jackson não a magoe. Olhei para ele e Lydia se beijando, fiz cara de nojo. — Ela merece alguém melhor.

— Aí, meu Deus. — disse Stiles, levando um susto com o Scott.

— O cheiro era o mesmo. — disse meu irmão.

— Tem certeza? — disse Stiles se levantando, assim como eu.

— Sim. — respondeu Scott.

— Ele enterrou a outra parte do corpo na propriedade. — disse Stiles.

— Podemos provar que ele matou a garota. — falou Scott.

— Então vamos usar? — disse Stiles, já saindo.

— Como? — perguntou Scott, confuso, seguindo o melhor amigo.

— Que merda estão aprontando? — digo indo atrás deles.

— Só disse uma coisa. — disse Stiles, parando e se virando. — Está fazendo isso para prender o Derek ou porque quer jogar e ele não deixou?

— Tem marcas de mordidas nas pernas, Stiles. Mordidas. — respondeu Scott.

— Tá bom. Então vamos precisar de uma pá. — disse Stiles.

(...)

Já de noite, na casa abandonada do Derek, enquanto os meninos cavavam, eu estava deitada no capô do jipe lendo HQ.

— Oh, sua tampinha, vai ajudar não, hein, folgada? — disse Stiles, revoltado.

— Não. — digo simples, descendo do capô do carro. — Vocês fazem o serviço aí enquanto eu fico na minha, olhando os dois patetas trabalhando. — digo me ajuntando, olhei para o buraco. — Viu, tá bem fundo, não precisam de mim.

— Não atrapalha, hein. — disse Stiles, voltando a cavar. — Aí, acho que eu distendi um músculo.

— Não pode distender o que não tem. — digo sarcástica. Scott solta uma gargalhada.

— Tá demorando muito... — disse Scott enquanto cavava.

— Se a lindeza da Emma ajudasse, poderia ir mais rápido! Mas continua! — disse Stiles.

— Com qual pá? — digo, colocando as mãos na cintura. — Quer que eu use sua cara. — digo fazendo meu irmão rir mais alto, se apoiando no cabo da ferramenta.

— Essa é minha garotinha. E se ele voltar? — perguntou Scott entre risos.

— Aí a gente vai embora. — respondeu Stiles como se fosse óbvio.

— E se ele pegar a gente? — perguntou Stiles apavorado.

— Eu tenho um plano pra isso. — fala Stiles ainda cavando.

— Qual é o plano idiota? — questionei, levantando uma sobrancelha.

— Vocês correm pra um lado e eu corro pro outro. Quem ele alcançar primeiro... Se dá mal... — respondeu Stiles.

— E perder a chance de cair nos braços daquele Deus Grego? — digo abrindo um sorriso, fazendo Scott arregalar os olhos.

— Escuta aqui, Emma, onde é que você tá aprendendo essas coisas? Você é criança! — perguntou Scott sério.

— Tenho 13 anos, não sou criança. E se eu fosse mais velha, tipo 23 anos, eu com certeza teria chances com ele. — digo, fazendo os dois meninos me encararem sérios. — Que? É a pura verdade. Se bobear, eu perderia a virgindade primeiro que vocês dois. Eu sou linda, imagina eu mais velha, ia ser super gostosa.

— Às vezes tenho medo das coisas que ela disse. — respondeu Stiles.

— Então, posso me jogar nos braços do Derek? — digo, levantando minha mão.

— Não! — respondeu meu irmão, sério.
— E eu detestei esse plano!

— Tá bom. Para, para, para! — disse Stiles, batendo a pá em algo firme. Ele joga a ferramenta e nós pulamos no buraco. Começamos a tirar o pouco de terra que tem em cima do objeto; o mesmo está amarrado a uma corda fina com vários nós e então começamos a desatar.

— Mais rápido! — falou Scott.

— Eu estou tentando. Eu não sabia que lobisomem dava tanto nó... — disse Stiles. Revirei os olhos me aproximando.

— Deixa que eu faço. — digo, desatando um último nó.

— AAAAAH! — nós três gritamos juntos e pulamos para fora do buraco ao ver um lobo morto.

— O que é isso?! — questionou Stiles, afobado, enquanto tento recuperar o fôlego.

— É um lobo. — respondi eu e meu irmão juntos.

— Ah, é isso eu sei! — respondeu Stiles meio sarcástico. — Você falou que sentiu cheiro de sangue. Não era sangue humano? — questionou Stiles.

— Falei que tinha uma coisa diferente. — respondeu Scott confuso.

— Isso não faz sentido! — digo, olhando para o lobo, tendo uma sensação estranha.

— Vamos dar o fora daqui! — respondeu Scott, me puxando pela blusa.

— Tá. Vem me ajudar a cobrir isso. — disse Stiles, pegando uma pá. Olho pelo local até que uma flor roxa chama minha atenção, chuto a canela do mesmo. — AIIII! O QUE FOI! POR QUE CHUTOU! — apenas aponto para a direção da planta, meus olhos se arregalaram.

— O que foi? — pergunta Scott, sem entender.

— Tá vendo aquela flor? — digo, apontando para a planta.

— O quê que tem? — respondeu meu irmão ainda confuso.

— É acônito... — disse Stiles. — Lembrando do filme "O lobisomem".

— E o que é isso? — perguntou Scott, mais confuso. Apenas bato a palma da mão na testa.

— É... Nunca viu "O lobisomem"? — questionou Stiles, em choque.

— Não. — responde Scott tranquilamente.

— Com Lon Chaney Jr.? Claude Rains?

— Não, por quê? — perguntou Scott impaciente.

— Você tá despreparado pra isso. — respondeu Stiles, levantando-se e indo até a flor. — Até a Emma sabe. — disse, enquanto ele puxa a planta que está debaixo da terra.

— Sou inteligente. — digo simples. A pequena flor de acônito está amarrada a uma corda, e Stiles vai puxando a mesma que está debaixo da terra. A corda, por mais fina que seja, é bem comprida, e Stiles dá várias voltas com a mesma até ficar no final. Meu irmão se levanta assustado, me fazendo levantar também. Me aproximei bem devagar e olhei para dentro do buraco. Agora não tem mais um lobo, e sim, metade do corpo sem vida de uma mulher. Mas tive uma sensação de que eu conheço aquela mulher.

— Stiles. — disse Scott chamando o melhor amigo, o mesmo que vem até nós.

— Uou! — Stiles exclamou dando um passo para trás ao ver a mesma cena.

— Que merda, hein. Tou com fome.

— Olha a situação, e você tá com fome? — perguntou Stiles indignado.

— É.

(...)

A casa do Derek estava com alguns policiais. No fundo, eu sentia que ele era inocente. Escondida atrás de um carro, vejo que a polícia prendia o Hale. Fico atrás da casa, observando o momento em que o colocam na viatura. Esperei até os policiais se afastarem e, então, corro até o carro, abrindo a porta do motorista. Levei um susto ao ver Stiles sentado no banco do carona, e então nos viramos para encarar Derek.

— Olha... Só pra você saber, eu não tenho medo de você. — disse Stiles e o  Hale lança um olhar mortal para o mesmo.—Tá, talvez eu tenha... Não importa!

— Esse aí é medroso de qualquer jeito, mas eu não tenho medo não.—digo sorrindo, e Derek me encara da mesma forma. Para sua surpresa, minha expressão continua a mesma. Fechei a cara fazendo a mesma cara que o Derek. — Olha, Deus Grego, só que sa...— antes de eu dizer algo, Stiles tampou minha boca.

—Saber de uma coisa, a garota que você matou... Ela era lobisomem?—questionou Stiles perguntando—Ela era um tipo diferente, não era? Ela conseguia virar um lobo de verdade e eu sei que o Scott não pode. Foi por isso que matou ela? —disse perguntando enquanto Hale não demonstra emoção alguma.

— Por que tá tão preocupado comigo quando o problema é o seu amigo? — perguntou Derek, ainda com olhar sério. — Quando ele se transformar, o que acha que vão fazer? Hein? Vão ficar torcendo por ele? Eu não posso impedi-lo de jogar, mas vocês podem. E confiem em mim... Vocês querem.

— Ah... — antes que eu pudesse dizer algo, a porta do passageiro é aberta, e então Tio Noah puxa Stiles do carro, me fazendo esconder rapidamente. Vantagem de ser pequenininha. Olhei pra cima, vendo Derek me olhando.

— Aproveita que eles estão distraídos. — disse Derek com um sorriso bem discreto.

— Estão? — digo, e o mais velho olha, concordando. Sem fazer barulho, saio da viatura correndo até o jipe do Stiles.

(...)

Já no jipe, fui atrás olhando para a passagem enquanto Scott mexia no celular e Stiles dirigia. Não vou mentir, deixei que entrei neste carro e estou me sentindo estranha.

— Não encontrei nada sobre o acônito sendo usado em enterros. — perguntou Scott.

— Continue procurando. Acho que seja um ritual para enterrar uma pessoa como lobo. — respondeu Stiles, sem tirar os olhos da estrada. — Ou talvez seja uma habilidade, uma coisa que vocês têm que aprender.

Não aguentei ficar lá atrás e pulei para o banco da frente, ficando no colo do Scott.

— Oi, pequena. — disse Scott, me arrumando. — Tá meio suada. — falou, passando a mão na minha testa.

— É calor, eu acho. — disse com a respiração um pouquinho pesada.

— Ok... Está na minha lista de afazeres. Depois de "achar um jeito de jogar hoje". — disse Scott.

— Pode ser diferente com garotas lobisomens. — falou Stiles, ignorando o melhor amigo. — Emma, será que você pode se transformar em lobo? — perguntou. Eu só ignorei, minha respiração ficava cada vez mais pesada.

— Tudo bem, pare.

— Parar com o quê? — questionou o Stilinski, confuso.

— De falar de Lobisomem. — respondeu Scott. — Para de curtir demais.

— Vocês estão bem? — perguntou Stiles, notando nossa mudança.

— Não! Não estamos. Estamos longe de estar bem. — respondemos eu e Scott, sérios. Aos poucos, começamos a passar mal e suar muito.

— Terão que aceitar isso. Cedo ou tarde. — disse Stiles.

— Eu não consigo. — retrucou Scott.

— Mas tem que aceitar. — respondeu Stiles.

— Não! Não consigo respirar. — disse, com dificuldades, assim como Scott.

— Calma, os dois. — disse Stiles, começando a ficar preocupado.

— Encoste. — respondeu Scott com a voz pesada.

— Por quê? O que está acontecendo? — questionou Stiles, confuso e preocupado.

— ESCONDE A PORCARIA DESSE CARRO! — disse, soltando um rosnado meio alto. Com dificuldade, Scott abriu a mochila do amigo, vendo que o mesmo trazia a flor com a gente.

— Você guardou isso? — questionou Scott, sem acreditar.

— O que deveria fazer? — perguntou Stiles, confuso.

— PARA O CARRO! — disse, assustando Stiles, que parou o jipe na hora. Coloquei as mãos na cabeça, Stiles pegou a mochila e saiu do carro. Abri a outra porta e puxei Scott para fora do local.

(...)
E

u havia me separado do Scott, não sei para onde meu irmão foi, mas eu vim para casa. Apenas me tranquei no meu quarto, tentando me acalmar. Fui até o espelho, vendo-me transformada, soltei um chorinho.

— Apenas se acalma. — sinto alguém atrás de mim, apenas me viro, jogando a pessoa contra a parede. Soltei um rosnado.

— Derek? Tu não tava preso? — questionei, encarando o mais velho.

— Me soltaram. — disse Derek se levantando. — O corpo enterrado... era minha irmã.

— Ah... sinto muito.

— Tudo bem, agora vamos tentar se acalmar? — perguntou Derek se aproximando e pegando meus ombros. Ele se abaixou, ficando na minha altura. — Fecha os olhos e respira fundo. — Apenas fiz o que ele pediu. — Está calminha? — abri meus olhos concordando. — Cadê seu irmão?

— Não sei, nos separamos. — digo, e Derek solta um suspiro se levantando.

— Vai dormir vai. — disse Derek.

— Você não manda em mim. — digo, cruzando os braços.

— Tá na hora de ir pra cama! — falou, me pegando pela argola da blusa e caminhando até a cama. O mesmo me colocou na cama. — Dorme!

— Não tou com sono e sim com fome! — digo, cruzando os braços. Derek soltou um suspiro pesado. — Minha mamãe tá no hospital, vai chegar só amanhã.

— Ok. Eu vou fazer uma coisinha pra você comer, coloca seu pijama. — disse Derek, saindo do quarto. Me levantei e fui até meu quarto, pegando meu pijama. Troquei de roupa e me sentei na cama, esperando por Derek. Após uns 20 minutos, o Hale entrou no meu quarto com uma bandeja. Ele veio até mim, colocando na minha frente. Havia 4 sanduíches, um copo com leite e frutinhas. — Come tudo..

— Tá bom, obrigado. — digo, pegando um dos sanduíches. Enquanto comia, Derek ficou olhando meu quarto. Ele parou em frente à minha mesinha de estudo, vejo ele pegando uma foto.

— Ah, essa bebezinha? — questionou Derek, olhando para mim.

— Sou eu. — digo com a boca cheia. — Eu tinha uns 6 meses.

— 6 meses? — repetiu Derek.

— Eu era fofinha, né? — digo, terminando de comer. O Hale guardou a foto e veio até mim. Ele pegou a bandeja, colocando-a no criado-mudo, e me ajeitou na cama.

— Agora você tem que dormir. — disse Derek.

— Tá bem. — digo, fechando os olhos. Peguei na mão do Derek, fazendo carinho enquanto pegava no sono.

(...)

Já era sábado estava bem animado já que era o jogo, mamãe tirou o dia de folga só pra ver Scott, sair do banheiro e peguei um roupa super confortável.

(...)

— Calma, filha. — disse Melissa rindo, enquanto eu a puxava com cuidado. — Sei que está animada para ver seu irmão jogar.

— Óbvio, meu irmão vai ser o melhor desse time.

— Também estou feliz, meu anjo, mas vai com calma. — respondeu Melissa, pegando minha mão e indo até o campo.

— Vou no Scott. — digo, beijando seu rosto, e corro até ele, pulando em suas costas. Scott dá uma risada fraca e me puxa. — Boa sorte, idiota. — digo, beijando sua bochecha.

— Obrigada, irmãzinha. — disse Scott, passando a mão pesada coberta pela luva em meu cabelo.

— Vai lá e mostre a todos quem é Scott McCall, dá o seu melhor. Você ainda é o meu garoto e sempre vai ser. Eu te amo. — digo, dando um abraço nele, e vou até as arquibancadas do lado da minha mãe. O juiz apita e todos os jogadores vão para o campo. Scott se posiciona, e eu entrelaço minhas mãos na tentativa de me acalmar. Então o jogo começa, nossa escola já consegue pegar a bola, Scott está livre e pede para passarem para ele, mas ninguém faz. É aí que ele vê a bola no chão e corre até ela, mas Jackson o empurra, fazendo meu irmão cair no chão.— FILHINHO DE PAPAI DESGRAÇADO! NÃO ALGUENTA MELHOR QUE ELE! SEU PLAYBOY INVEJOSO! — grito, levantando e fazendo minha mãe arregalar os olhos; sinto ela me puxando e sentando de volta.

— Emma, calma. — disse Melissa, fazendo carinho na minha mão. Fiz biquinho. Jackson acaba fazendo um ponto para nossa escola, e então a torcida grita.

— IDIOTA!

— Emma! — Mamãe repreendeu, rindo.

— Ah, não aguento esse idiota, mamãe! Mas não tenho problema, Scott vai fazer o gol da vitória mesmo. — digo levantando. — VAMUUUU SCOTTTT.

(...)

5 a 3 pro time adversário.

Eu já estava sem voz de tanto gritar. Scott não pegou na bola o jogo todo, e de longe pude perceber que meu irmão está fazendo o possível para se controlar.

— Scott, você consegue. — digo baixinho. — Que droga, por que não estão passando a bola pra ele!

— É, eu tô vendo, filha. — respondeu mamãe.

— Será que o treinador não percebe isso? — digo cruzando os braços, e minha mãe respira fundo. Levantei. — OS SEUS BANDOS DE CORNOS! PASSA A PORCARIA DA BOLA! OH TREINADOR, FAZ ALGUMA COISA EM VEZ DE FICAR DANDO PT — digo, chamando a atenção do treinador que me olhou. Dei um sorriso pra ele e me sentei. — Eu juro por Deus, se ninguém passar a bola, eu vou descer e bater no treinador.

— Filha. — falou Melissa, me olhando.

— Brincadeirinha. — voltei minha atenção para o jogo. O juiz apita, e o jogo retorna. Quando a bola vai para o alto, Scott pula por cima de dois jogadores, a pegando, e eu levanto assim como minha mãe. Ele desvia de dois jogadores, levando a torcida à loucura. Corre mais um pouco, driblando outros três jogadores, e então marca o gol, me fazendo gritar, assim como todos.

— ESSE É MEU GAROTO! — digo pulando e batendo palmas. — ISSO AÍ, SCOTT! — Os jogadores se posicionam, e então o juiz apita novamente. O time adversário começa com a bola. O jogador olha para Scott e passa a bola para o meu irmão propositalmente, me fazendo pular no banco. Scott praticamente atravessa o campo todo, driblando os adversários, empatando o placar e fazendo a torcida gritar.

— O quê?! — questionou Melissa sem acreditar, enquanto eu sorria de orelha a orelha. Novamente, os jogadores voltam às suas posições. O juiz apita, e Scott consegue pegar a bola, ficando entre jogadores do time adversário. Merda. — Vamos lá! — disse olhando para o campo e juntando as mãos quando eu levanto. Já com as mãos suando, vejo que faltam poucos segundos para o jogo acabar quando dois adversários vão em direção a Scott, e o mesmo lança a bola.

"Vitória!"

— 6 a 5 para a Beacon Hills High School! — Todos começam a gritar, e eu abraço minha mãe.

— ISSO! EU FALEI, MAMÃE! — Digo fazendo uma dançinha engraçada. — Vou falar com ele. — Corro pelo campo procurando por Scott, mas não o encontro. — Ei, Stiles! Você viu meu irmão?

— Ele foi correndo pro vestiário. Ele tava se descontrolando no campo. — Disse Stiles afobado.

— Vamos! — Digo correndo para dentro da escola junto com ele. Assim que chegamos no vestiário, encontramos meu irmão e Allison se beijando. Stiles e eu voltamos alguns passos pra trás, esperando que os dois terminem. Dou uma risadinha baixinha, pulando de felicidade.

— Oi, Stiles, oi Emma! — Disse Allison cumprimentando enquanto sai do vestiário, e eu aceno sorridente. Meu irmão vem até nós com a maior cara de bobo alegre, me fazendo prender o riso.

— Eu beijei ela. — Respondeu Scott ainda sem acreditar.

— Finalmente perdeu o BV. — Digo rindo.

— É, a gente viu. — Respondeu Stiles.

— Ela me beijou. — Disse Scott com um sorriso bobo.

— A gente também viu. — Respondeu Stiles.

— Tá felizão, né? — Digo mexendo ambas as sombras.

— Eu não sei como... Mas eu me controlei! Eu segurei a onda! — Respondeu Scott, ainda tentando entender o que aconteceu. — Acho que eu consigo fazer isso, pode não ser tão ruim!

— É, a gente se fala... — Disse Stiles.

— O que foi? — Perguntou Scott, confuso.

— O médico legista deu uma olhada na outra metade do corpo que achamos... — Disse Stiles, e Scott perguntou o que seria. — Vou simplificar as coisas. O médico legista falou que quem matou a garota era um animal não humano. Derek é humano e não animal. — Concluiu Stiles. Eu fiquei caladinha, apenas escutando.

— Tá brincando comigo? — Perguntou Scott, sem acreditar.

— Não, e isso não é o pior. Meu pai identificou o corpo. As duas metades. O nome dela era Laura Hale. — Disse Stiles, e meus olhos se arregalaram.

— Hale? — Questionei, confusa.

— É, era irmã do Derek. — Disse Stiles.

— Agora complicou nossas vidas. — Digo, a primeira coisa que veio na minha cabeça.

Mais um  capítulo amores espero que gostem e me desculpem se tiver erros de português ❤️ 🥰 ❤️ 🥰 ❤️

O que acharam da Bloom com o Derek?

Até o próximo capítulo amores 🥰 🥰 🥰