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154 | The Battle of Hogwarts

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154. A Batalha de Hogwarts

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Malditos Gryffindor e a mania de sempre se sacrificarem e bancar os heróis.

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Antes mesmo dos meus pés tocarem em Hogwarts meu corpo todo já tremia. No fundo eu não queria voltar pra lá, ou queria, mas não naquele momento com tudo o que estava acontecendo, porém, era preciso, é claro que era preciso, eu não era tão idiota.

A cena que vi mesmo de longe me assombrou, era isso, a guerra definitivamente começara e isso me causava mais do que assombro, ver a escola a que eu tinha um grande carinho simplesmente destruída magoava.

— Esse olhar não é porque já passou da sua hora de dormir, né? — Perguntou Sol com uma tentativa de piada, que não funcionou muito bem já que eu estava nervoso demais pra rir

— Aprendeu com o seu ex-namorado a fazer piadas em momentos inapropriados? — Perguntei ainda parado com ela no caminho de Hogsmeade

Sol deu um sorriso meio sem graça e apertou o rabo de cavalo que fizera com suas tranças, suspirando fundo.

— Vamos? — E estendeu a mão pra mim, que fechei os olhos forte, em mente eu fazia uma oração, como eu nunca tinha feito antes, já que nunca fui muito religioso, mas em horas como essa, se acredita em tudo

— Vamos. — Respondi aceitando a sua mão

Não me importei tanto em esconder o meu rosto enquanto eu e Sol caminhávamos pelo corredor no castelo, ninguém prestava muita atenção na gente, pelo contrário, nós que nos assombramos com tudo o que víamos, com as explosões, era tudo assustador demais. Sem hesitar, comecei a correr para subir as escadas.

— Pra onde você tá indo? — Sol gritou parada em seu lugar com a varinha em mãos

— Preciso encontrar o Potter, conforme o plano. — Suspirei profundamente sem me virar

— Mas, Draco, não seria melhor...?

Mas o resto de sua frase ficaria perdido já que eu dava passos rápidos para avançar em direção ao corredor de cima, minhas íris cinzentas correndo de canto a canto. A varinha da minha mãe era ótima, mas não se adequava bem a mim, e eu precisava da minha de volta, e ela estava com Potter.

— Hey, hey, você está bem? — Ouvi os chamados insistentes e preocupados, e me virei para ver quem falava assim que reconheci a voz; lá estava Theodore Nott, ajudando Pansy Parkinson a se levantar, e a afastando da janela de onde vinham alguns disparos, os dois tinham seus rostos cobertos de poeira, mas pareciam convictos, não pude evitar sentir admiração quando notei que estavam mesmo lutando por Hogwarts

— D-Draco? — Exclamou Pansy abrupta, e Theodore também se virou

Sem dar tempo para que absorvessem minha presença eu corri em direção das escadas acima, alcancei o sétimo andar bem em tempo de encontrar dois membros fujões da Slytherin, dois que não estavam com nenhum pingo de vontade de lutar pela escola, mas ainda assim estavam ali. Eu pensei em me esconder e evitá-los, voltar pelo caminho que eu acabei de vir, mas o problema era que eles já me viram.

— Draco!? — Veio a exclamação de Vicente Crabbe

Eu me virei para eles vendo a grande surpresa que demonstravam ao me ver, mas dispensei qualquer tipo de cordialidade. Queria me livrar deles e buscar por Potter, mas precisava manter as aparências.

— Draco, nós o vimos, temos que entregá-lo ao Lorde das Trevas! — Gregório Goyle exclamou extasiado

Eu ergui as sobrancelhas surpreso.

— De quem...?

— Potter. — Respondeu Crabbe — Ficamos em Hogwarts para entregá-lo ao Lorde, vamos ganhar uma recompensa quando fizermos isso.

Sempre soube que eles tinham cérebro de minhoca, mas ouvir o plano me dava ainda mais certeza de que eram completos idiotas, eles não conseguiram pegar Potter assim tão fácil.

— Sabem onde ele está? — Perguntei casualmente, tentando demonstrar que estava aqui pelos mesmos princípios que ele

Crabbe virou-se e apontou adiante, então eu também vi, eles indicavam exatamente o corredor da Sala Precisa.

— Faz tempo que eles sumiram? — Perguntei observando atentamente

— Acabaram de desaparecer. — Informou Crabbe

— Qual o plano, Draco? Precisamos encurralar ele. — Propôs Goyle divertindo-se — Os outros dois também estão lá. Granger e Weasley.

— Onde ela está? Ela acabaria com ele facilmente. — Disse Crabbe me fazendo virar pra ele na hora

Ela?

— A feiticeira. — Ambos disseram ao mesmo tempo me fazendo ferver, me fazendo querer amaldiçoar a eles, e não a Potter, mas eu não podia fazer isso, não agora

— Temos que ir. — Falei decidido, não tinha mais o que esperar se Potter, Weasley e Granger já estão na Sala Precisa

Precisava de agilidade e inteligência, sem esquecer da força de vontade Slytherin. Crabbe e Goyle eram um atraso, mas não tinha como me livrar deles, ao menos não agora, quando com felicidade iminente eu entrei na Sala, fora sorte ou coincidência de que o lugar que Potter escolhera para a Sala se transformar fosse justo um já muito conhecido por mim.

Assim que eu e os outros dois cruzamos o portal e fechamos a porta às nossas costas, o furor da batalha morreu: tudo era silêncio. E o silêncio me deixava aturdido, porque não dava pra saber o que acontecia lá fora. Suspirando, simplesmente olhei ao redor: estávamos em um lugar do tamanho de uma catedral, com o aspecto de uma cidade, suas altas paredes formadas por objetos escondidos por milhares de estudantes que há muito haviam partido.

— Que...? — Começara Crabbe, mas eu lhe calei com um "shhh"

Passei por um trasgo estufado e o Armário Sumidouro que eu e Sol consertamos no ano anterior com desastrosas consequências; não via sinal algum dos três.

Fui me embrenhando no labirinto, procurando qualquer vestígio deles. Minha respiração soava alta aos meus ouvidos e, a todo momento eu pensava em Rox, a minha própria alma pareceu se arrepiar. Então pisquei e finalmente o achei. Harry Potter parado em um ponto a frente, de costas para mim. O garoto tinha estendido a mão para pegar alguma coisa, quando o cortei:

— Pare, Potter.

Ele parou derrapando e se virou. Crabbe e Goyle se postaram a minha frente, ombro a ombro, as varinhas apontadas para ele. Eu estava atrás, apenas sendo visto pelo estreito vão entre seus rostos zombeteiros.

— É a minha varinha que você está segurando, Potter. — Falei tentando manter a voz firme enquanto apontava a que segurava pelo espaço entre Crabbe e Goyle

— Não é mais. — Ofegou o garoto, com uma coragem admirável, enquanto apertava com força a varinha de pilriteiro — Ganhou, guardou, Malfoy. Quem lhe emprestou essa?

— Minha mãe. — Respondi

Potter riu, mas não havia a menor graça na situação. Não tinha nenhum sinal de Rony e Hermione, ele estava sozinho.

— E porque você não está com a varinha da sua "namorada"? Ela não precisa de varinha, não é? Não com os poderes maravilhosos que ela tem, não?

O desdém estava nítido em seu tom de voz, e eu o achava um completo idiota de não ter percebido esse tempo todo o que tinha acontecido.

— Não é da sua conta. — Retruquei sem me abater

— Então por que não estão com Voldemort? — O garoto perguntou

— Vamos receber uma recompensa. —Respondeu Crabbe que sorria como um garotinho a quem tivessem prometido um grande saco de balas — Ficamos na escola, Potter. Decidimos não sair. Decidimos levar você para ele.

— Ótimo plano! — Exclamou Potter, fingindo admiração — Como foi que entraram aqui?

Não precisava ser um gênio para saber que ele estava tentando nos distrair, eu não era idiota. Só queria minha varinha, apenas isso, e cumprir minha parte do plano sem que eles notassem.

— Vivi praticamente nesta sala de objetos escondidos o ano passado. — Expliquei, minha voz quebrando — Sol e eu. Sabemos como entrar.

— Estávamos escondidos lá fora, no corredor. — Resmungou Goyle — Já sabemos lançar Feitiços da Desilusão! Então — Seu rosto se abriu em um sorriso abobado —, você apareceu bem na nossa frente e disse que estava procurando um dia-D! Que é um dia-D?

Eu franzi a testa, não sabia dessa parte da história, sobre o que eles tinham ouvido, mas eu sabia do que eles estavam falando. Potter está procurando o Diadema, é claro. Por isso eles vieram a Sala Precisa, agora faz todo sentido.

— Harry? — A voz do irmão gêmeo de Rox ecoou repentinamente atrás da parede à direita de Potter — Você está falando com alguém?

Me surpreendendo, com um movimento de chicote, Crabbe apontou a varinha para a montanha de quase vinte metros de móveis velhos, malões desmantelados, vestes e livros e lixaria indiscriminada, e gritou:

Descendo!

A parede começou a balançar, então desmoronou sobre a ala ao lado daquela em que Rony se encontrava.

— Rony! — Berrou Potter, ao mesmo tempo que, em algum lugar, Granger gritou e ouvi um estrondo de objetos batendo no chão do outro lado da parede desestabilizada: ele apontou a varinha para o alto e gritou: — Finite! — E a parede se firmou

— Não! — Gritei atordoado, segurando o braço de Crabbe quando ele fez menção de repetir o feitiço — Você está louco? Se você desmontar a sala, talvez enterre o tal diadema!

— E daí? — Retrucou Crabbe, se desvencilhando — É o Potter que o Lorde das Trevas quer, quem se importa com um dia-D?

— Potter entrou aqui para apanhá-lo — Repliquei, mal disfarçando a impaciência com o retardamento dos outros dois —, então deve significar...

— Deve significar? — Crabbe se voltou para mim, com visível ferocidade, me fazendo arregalar os olhos — Quem se importa com o que você pensa? Não recebo mais ordens suas, Draco. Você e seu pai já eram.

— Por que não diz isso na frente da Rox, Crabbe? Você ficaria surpreso com o que te aconteceria se tivesse tal audácia. — Falei enquanto juntava coragem para o enfrentar, mas senti meu orgulho imediatamente destruído. A que ponto cheguei? Estava mesmo me escondendo atrás dela?

— Então agora você se esconde debaixo da saia da sua namorada, Malfoy!? — Goyle gargalhou — Sabe de uma coisa? Eu não tô vendo ela aqui — E olhou para Crabbe —, e você, Vicente?

— Não, também não estou vendo. — Retrucou o garoto fazendo minhas orelhas ficarem vermelhas

— Harry? — Weasley tornou a chamar do outro lado da parede de quinquilharias — Que está acontecendo?

— Harry? — Arremedou-o Crabbe — Que está... não, Potter! Crucio!

Eu arregalei os olhos vendo Potter mergulhar para pegar alguma coisa, era a tiara; o feitiço de Crabbe não o acertou, mas bateu no busto de pedra, que foi projetado no ar; o diadema pairou no alto e caiu, desaparecendo na massa de objetos em que o busto estivera apoiado.

— PARE! — Gritei chegando ao ponto de me desesperar — O Lorde das Trevas quer ele vivo...

Rox também não iria querer o seu melhor amigo morto.

— Então? Eu não estou matando ele, estou? — Berrou Crabbe, empurrando o meu braço que o tolhia —, mas, se eu puder, é o que farei, o Lorde das Trevas quer ele morto mesmo, qual é a dif...?

Nunca tinha passado pela experiência de alguém da Slytherin não cumprir minhas ordens, é horrível, é terrivelmente horrível. Me assustei quando vi um jato de luz vermelha passar a centímetros de Potter: Granger tinha contornado o canto por trás dele e lançado um Feitiço Estuporante direto na cabeça de Crabbe. Errou apenas porque eu o tirei do caminho.

— É aquela sangue-ruim! Avada Kedavra!

Eu vi Granger mergulhar para um lado, e me senti furioso em ver que Crabbe quisera mesmo matá-la, como pude por anos andar com dois garotos tão cruéis? Como?

Eu não tive tempo de ter alguma reação, Potter estava tomado de fúria, e lançou um Feitiço Estuporante em Crabbe, que se arremessou para longe derrubando a varinha da minha mão; o objeto desapareceu sob uma montanha de caixas e móveis quebrados.

— Não o mate! NÃO O MATE! — Urrei para Crabbe e Goyle, que miravam em Harry: a fração de segundo de hesitação foi só o que Potter precisou para usar seu feitiço preferido

Expelliarmus!

A varinha de Goyle voou de sua mão e sumiu entre os objetos ao seu lado. Goyle ficou pulando inutilmente no mesmo lugar, tentando recuperá-la; eu saltei fora do alcance do segundo Feitiço Estuporante de Granger e Weasley, aparecendo repentinamente no fim da ala, ela lançou um Feitiço do Corpo Preso em Crabbe, que, por pouco, não o acertou. Crabbe se virou e tornou a gritar:

Avada Kedavra! — Weasley, de um salto, se escondeu para evitar o jorro de luz verde

Sem varinha, eu simplesmente me abriguei atrás de um guarda-roupa de três pernas quando Granger avançou contra nós e, a caminho, acertou Goyle com um Feitiço Estuporante.

— Está por aqui em algum lugar! — Berrou Potter para ela, apontando uma pilha de destroços em que a velha tiara caíra — Procure enquanto vou ajudar R...

— HARRY! — Granger gritou, eu entendi imediatamente o porquê

Um rugido crescente me deu um breve aviso. Eu me virei e vi Rony Weasley e Vincente Crabbe correndo o mais rápido possível pela ala em sua direção.

— Que tal o calor, gentalha? — Urrou Crabbe enquanto corria

Entretanto, ele parecia não ter o menor controle sobre o que fizera. Chamas de tamanho anormal os perseguiram, lambendo os lados da montanha de objetos, que se desfazia em fuligem ao seu toque. Com os olhos do tamanho de duas laranjas eu tentava localizar a varinha da minha mãe.

Aguamenti! — Potter berrou, mas o jato de água que voou da ponta de sua varinha se evaporou no ar

— CORRAM!

Esquecendo a varinha de mamãe, eu agarrei o estuporado Goyle e o arrastei comigo, não o deixaria para trás. Apesar de tudo, Crabbe e Goyle eram meus... amigos. Crabbe ultrapassou todos na corrida, agora aterrorizado; Potter, Weasley e Granger se precipitaram em seu rastro, o fogo atrás. Não era um fogo normal; Crabbe usara um feitiço que eu conhecia bem, e me assombrava: ao virarmos um canto, as chamas se lançaram em nosso encalço como se estivessem vivas, conscientes, decididas a nos matar. Então, o fogo começou a mudar, a formar um gigantesco bando de feras: serpentes flamejantes, quimeras e dragões se elevavam e baixavam e tornavam a se elevar, e os detritos de séculos com que se alimentavam eram arremessados no ar para dentro de suas bocas dentadas, jogados para o alto sobre pés com garras, antes de serem consumidos pelo inferno.

Era uma visão terrível, e em mente eu agradeci que Rox e Sol estivessem bem longe. Queria ter dito o tanto que elas são importantes pra mim antes de vim.

Potter, Weasley e Granger tinham sumido, e agora eu não via sinal algum de Crabbe, enquanto tremia, eu tremia muito e arrastava Goyle ainda inconsciente junto comigo. Os monstros de fogo nos rodeavam, cada vez mais próximos, chicoteando garras, chifres e caudas, e o calor se tornava sólido como uma parede, nos sitiando.

— Goyle? — Eu chamava, mas sabia que era em vão — Goyle? Hey Gregório, acorda, por favor.

Pequenas lágrimas brotaram no meu rosto, e naquele momento em que eu via a morte tão de perto, eu só pensava em Rox.

Tomado de uma coragem, que não sei de onde tirei, consegui arrastar Goyle para cima de uma torre de frágeis escrivaninhas, estávamos empoleirados e eu o segurava com as duas mãos para que ele não caísse. Eu tremi quando vi um largo bico chifrudo de um raptor flamejante que tentava nos abocanhar. A fumaça e o calor estavam se tornando avassaladores, olhei ao redor e vi que o fogo amaldiçoado estava consumindo o contrabando de gerações de estudantes perseguidos, o resultado criminoso de experiências proibidas, os segredos de incontáveis almas que buscaram refúgio naquela sala. Ainda não via Crabbe, nem os outros três, mas imaginei que a essa altura eles estivessem bem longe.

Fogo. Parece mesmo a pior morte para alguém se ter...

Baixei a cabeça para Goyle, notava agora que as chamas começavam a consumir o começo da pilha em que estávamos, nossa morte seria em instantes.

— Goyle... — Chamei de novo sem conseguir segurar as lágrimas e com medo de aceitar a morte, mesmo que tivesse eu próprio passado o ano anterior inteiro a desejando

Comecei a tossir desesperadamente, o fogo ficando mais alto, eu sabia que não suportaria muito tempo. Então eu vi algo que realmente me surpreendeu: Potter montando em uma vassoura mergulhando em nossa direção.

Assim que o vi, movido pela esperança, eu ergui um braço, mas, no momento em que Potter o agarrou, vi em seus olhos que não adiantava: Goyle era pesado demais e a minha mão suada escorregou instantaneamente da dele...

— SE MORRERMOS POR CAUSA DELES, VOU MATAR VOCÊ, HARRY! — Vociferou a voz do irmão gêmeo da minha namorada, e quando uma grande quimera flamejante avançou sobre os dois, ele e Granger puxaram Goyle para cima da vassoura e subiram mais uma vez no ar, rolando para os lados, para a frente e para trás, enquanto eu escalava com mãos e pés a traseira da vassoura de Potter, suspirando com alívio

— A porta, vão para a porta, a porta! — Gritei no ouvido de Harry, e o garoto ganhou velocidade, seguindo Weasley, Granger e Goyle através da crescente nuvem de fumaça escura

Eu mal conseguia respirar: a toda volta os últimos objetos ainda não queimados pelas chamas devoradoras foram parar no ar, enquanto as criaturas do fogo maldito comemoravam, atirando-os para o alto: taças, escudos, um colar cintilante e uma velha tiara descolorida. No meio daquilo tudo eu ainda buscava por Crabbe.

— O que você está fazendo, o que você está fazendo? A porta é para o outro lado! — Gritei, mas Potter fez uma curva fechada e mergulhou

Malditos Gryffindor e a mania de sempre se sacrificarem e bancar os heróis. Sorrindo, eu percebi que Rox era igual a ele.

Observei o diadema que parecia cair em câmera lenta, girando e rebrilhando em direção à barriga de uma serpente a bocejar, então Potter o capturou, enlaçando-o no pulso...

O garoto fez nova curva quando a serpente se atirou sobre nós, empinou o nariz da vassoura e voou direto para o lugar em que, pedia eu aos céus, haveria uma porta aberta: Granger e Weasley tinham desaparecido com Goyle, eu tremia e me agarrava a Potter com tanta força que tenho certeza que sentiria vergonha disso depois. Então, através da fumaça, vi um trecho retangular da parede e Potter apontou para lá a vassoura, momentos depois o ar puro encheu meus pulmões e nós dois nos chocamos contra a parede no corredor além.

Eu vou ter que concordar, Potter sempre voou melhor do que eu. Assim que caí da vassoura, fiquei deitado de cara para baixo, arquejando, tossindo e engulhando. Potter rolou para o lado e se sentou: a porta da Sala Precisa desaparecera, e Weasley e Granger, ofegantes, estavam sentados ao lado de Goyle, que continuava inconsciente.

— C-Crabbe. — Engasguei, assim que pôde falar — C-Crabbe...

— Ele está morto. — Disse Weasley, com rispidez, e por instantes fez-se silêncio, exceto pelos meus arquejos e tossidas

Eu captava a morte do meu amigo de infância com dor, ele fora alguém importante pra mim, querendo ou não doía, doía muito.

— Onde está a minha irmã? — Perguntou o Weasley com uma voz fria e distante

Eu tremia quando levantei o olhar pra ele, me sentindo um tremendo de um inútil e um covarde. Funguei pensando em sua pergunta.

— Você sabe onde ela está, não sabe? — Reforçou o garoto e eu pude sentir a preocupação no fundo de toda aquela raiva

— C-com o Lorde das Trevas... — Respondi ainda com dificuldade e tão preocupado quanto ele deveria estar

Antes que o garoto tivesse a chance de responder a qualquer coisa, uma série de fortes estampidos sacudiu o castelo e uma grande cavalgada de vultos transparentes passou a galope, as cabeças gritando sedentas de sangue sob os braços dos fantasmas. Vi Potter se erguer cambaleando depois que os Caçadores Sem Cabeça passaram, e olhou ao seu redor, eu fiz o mesmo: a batalha continuava para todo lado. Ouviam-se outros gritos além dos emitidos pelos fantasmas em retirada. O pânico cresceu em meu íntimo.

— Onde estão Ginny e Vega? — Potter perguntou, bruscamente — Elas estavam aqui. Deviam ter voltado para a Sala Precisa.

— Caramba, você acha que ela ainda funcionará depois desse incêndio? — Indagou Weasley, mas ele também se levantou, esfregando o peito e olhando para os lados — Vamos nos separar e procurar...?

— Não. — Disse Hermione, levantando-se também. Percebi que ela olhava de relance pra mim e Goyle que continuávamos caídos e inermes no chão do corredor; nenhum dos dois com varinha — Ficamos juntos. Vamos... Harry, que é isso no seu braço?

— Quê? Ah, é...

Eu me sentei arquejando em tempo de o ver puxar o diadema do pulso e mostrá-lo para os outros. A jóia estava suja de fuligem, mas, era estritamente linda, e sem dúvidas o Diadema de Rowena Ravenclaw. Uma substância semelhante a sangue, escura e resinosa, parecia vazar do diadema.

— Deve ter sido o Fogomaldito! — Acabei murmurando com meus olhos cravados nos cacos do diadema

Os três olharam pra mim, sentado e cansado apenas os observando.

— Desculpe? — Disse Potter

— Fogomaldito é uma das substâncias que destrói Horcruxes. — Suspirei sem olhar diretamente para eles que piscaram desconcertados com o meu comentário

— Quê? Como você...? Como? Mas...? —Potter estava decididamente perdido, totalmente atordoado

— Eu não sabia que é uma Horcrux — Falei meio ranzinza aos seus olhares, e claramente mentindo, mas eles não precisavam saber desse detalhe —, eu mal entendo de magia antiga, quem gosta disso é a minha prima, mas... ultimamente acabei descobrindo umas coisas, não precisa ser um gênio para sacar.

Nenhum dos três pareciam entender como eu entendia daquilo, como eu sacara o que é uma Horcrux e descobrira que o Lorde das Trevas as fizera, mas eu não os contaria ainda.

— Só uma coisa não faz sentido. — Suspirei tentando mudar o rumo do assunto — Como o Crabbe terá...?

— Ele é seu amigo, não? — Retrucou Potter — Você deveria saber.

— Deve ter aprendido com os Carrow. —Suspirei sombriamente não dando atenção à sua frieza

— Pena que não estivesse prestando atenção quando eles ensinaram a apagá-lo, pena mesmo. — Disse Weasley, cujos cabelos, como os de Granger, estavam chamuscados e cujo rosto estava preto; imaginei que o meu estivesse igual — Se não tivesse tentado nos matar, eu lamentaria a morte dele.

— Mas você não percebe? — Cochichou Hermione para que eu não pudesse ouvir e se aproximou deles sussurrando

Mas ela, no entanto, se calou quando berros, gritos e o inconfundível barulho de combate encheram o corredor. Eu olhei e meu coração pareceu parar: Comensais da Morte tinham penetrado Hogwarts. Claro, eu e Sol estávamos aqui, não iria demorar para mais deles fazerem isso.

As gêmeas Patil tinham acabado de aparecer, recuando, as duas duelando com os homens de máscara e capuz. Potter, Weasley e Granger correram a ajudar, eu queria ter feito o mesmo, mas não tinha varinha alguma para socorrer as amigas de Rox, então nada podia fazer. Foi tudo muito rápido, jorros de luz voavam em todas as direções e o homem que lutava com Padma retrocedeu rapidamente.

— Acho que você vai ter que ser um pouco mais veloz. — Ria-se a indiana brincando de desviar-se do homem com quem lutava e recebendo repreensões da irmã

Me levantei tentando fazer alguma coisa para as ajudar, foi quando vi que mais um pouco ao lado deles estavam Percy e Fred Weasley, dois dos irmãos de Rox lutando com outros dois homens mascarados. Potter se encaminhou para ajudá-los, e quando aquele com quem Percy duelava cambaleou, seu capuz escorregou e pude ver a testa alta e os cabelos raiados de branco.

— Olá, Ministro! — Berrou Percy, lançando um feitiço certeiro contra Thicknesse, que deixou cair a varinha e agarrou a frente das vestes, aparentando extremo embaraço — Cheguei a mencionar que estou me demitindo?

— Você está brincando, Percy! — Gritou Fred, quando o Comensal da Morte a quem ele dava combate desmontou sob o efeito de dois Feitiços Estuporantes distintos. Thicknesse tinha caído no chão com espículos brotando por todo o corpo; pelo visto, estava se transformando em alguma forma de ouriço-do-mar. Fred olhou para Percy com prazer — Você está mesmo brincando, Percy... acho que nunca ouvi você brincar desde que era...

O ar explodiu. Eles estavam agrupados, Potter, Fred e Percy, os dois Comensais da Morte a seus pés, um estuporado, o outro transfigurado, Weasley, Granger, as gêmeas Patil e seus próprios comensais caídos; eu continuava no canto com Goyle: e, naquela fração de instante, quando o perigo parecia temporariamente contido, o mundo se cindiu. Eu senti que voava pelo ar e tudo que consegui fazer foi proteger a cabeça com os braços, me sentindo indefeso por estar sem varinha: ouvi berros e gritos a todo lado, sem esperança de saber o que acontecera com eles.

Então, tudo se resumiu em dor e penumbra: eu estava quase soterrado pelos destroços do corredor que sofrera um terrível ataque: o ar frio me fez perceber que aquele lado do castelo explodira e a sensação pegajosa na minha face me informava que estava sangrando profusamente. Ouvi um grito terrível que fez minhas entranhas tremerem, expressando uma agonia que nem fogo nem maldição poderiam causar, e eu me levantei, tonto, mais assustado do que se sentira naquele dia, mais assustado talvez do que já se sentira na vida, eu sabia que Rox e Sol estavam longe, mas eu tremia, acabara de perder Crabbe, e agora...

Vi que Granger tentava ficar em pé entre os destroços, Potter olhava para todo atordoado, e havia dois homens ruivos no chão, que estavam juntos quando a parede explodiu. Potter segurou a mão de Granger e eles levantaram, cambaleando e tropeçando, sobre pedras e paus, Weasley fazia o mesmo próximo a eles. Mas estava tudo bem, os irmãos de Rox tinham os rostos pretos de carvão e sangravam, mas pareciam bem, Percy agora ajeitava Fred a se levantar, mas eu tinha notado outra coisa quando me levantei com muito esforço, outra que eles talvez não tivessem visto.

— Não... não... não! — Alguém estava gritando histericamente — Não! Não!

Mais adiante eu reconheci Parvati Patil, era impossível não diferenciá-la da sua irmã, as duas tinham jeitos distintos que a faziam únicas, e por isso eu não tive dificuldade pra saber que a pessoa ajoelhada no chão era Parvati, era ela que gritava. Eu senti um frio na barriga quando me aproximei mais, sentindo a dor dela que não parava de gritar.

— Pad!? Não! Padma, por favor, Pad?! Fala comigo, Pad!

Parvati sacudia a irmã sem parar, e os olhos de Padma Patil estavam muito abertos e cegos, neles se refletiam o rosto da irmã a quem ela nunca mais poderia atender o chamado.

Hello bruxinhooos!!

Vocês esperavam por isso? Esperavam? Esperavam? Não, né?

Primeiro de setembro é dia de... Voltar a Hogwarts uhuuuu, o capítulo é depressivo, mas eu to animada porque acabei de comprar ingressos para um evento de Harry Potter que vai ter ano que vem na minha cidade, então tô no clima de #backtohogwarts, e é nesse dia especial que eu anuncio que o mais aguardado e pedido por vocês voltou: dois capítulos por semana. A partir de hoje vocês contarão com capítulos na segunda e na sexta, eai, gostaram??

Eu sei, esse capítulo não é muito feliz, nem os próximos são muito alegres, a guerra já começou meus lindos. Preparados ou não, o fim está próximo... hihihi

– Bjosss da tia Nick.

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