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148 | Shell Cottage

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148. A Casa das Conchas

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Genial. Vou arranjar uma das nossas outras espadas antigas fundidas por duendes e você poderá embrulhá-la para presente, que tal?

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O chalé de Bill e Fleur erguia-se isolado em um rochedo de onde se descortinava o mar, as paredes caiadas e engastadas de conchas. Era um lugar belo e solitário. Sempre que eu entrava na pequena casa ou em seu jardim, ouvia o movimento constante das ondas do mar, como a respiração de uma enorme criatura adormecida. Passei a maior parte dos dias seguintes dando desculpas para fugir do chalé apinhado de gente, ansiando por avistar do alto do rochedo um céu infinito e um mar vazio, e a sensação do vento frio e salgado em meu rosto.

A enormidade de minha decisão de não competir com Voldemort pela posse da varinha ainda me amedrontava. Não conseguia me lembrar de jamais ter optado por não agir. Estava roído de dúvidas, dúvidas que Rony não conseguia deixar de verbalizar quando nos reuniamos.

— E se Dumbledore quis que a gente decifrasse o símbolo para obter a varinha? E se a decifração do símbolo o tornasse "merecedor" das Relíquias? Harry, se aquela é realmente a Varinha das Varinhas, como é que vamos liquidar Você-Sabe-Quem?

Eu não tinha respostas: havia momentos em que me perguntava se não fora uma rematada loucura não tentar impedir Voldemort de violar o túmulo. Eu não conseguia sequer explicar satisfatoriamente por que me opusera a isso: cada vez que tentava reconstruir os argumentos íntimos que me levaram àquela decisão, eles me pareciam mais fracos.

O estranho era que o apoio de Hermione me fazia sentir-me tão confuso quanto as dúvidas de Rony. Agora forçada a aceitar que a Varinha das Varinhas era real, ela sustentava que era um objeto das Trevas e que o modo pelo qual Voldemort se apossara dele era repugnante, impensável.

— Você jamais poderia ter feito isso, Harry. — Repetia ela, todo o tempo — Você não poderia ter violado o túmulo de Dumbledore.

A ideia do cadáver de Dumbledore, porém, me assustava menos do que a possibilidade de não ter compreendido as intenções de Dumbledore vivo. Sentia que continuava a tatear no escuro; escolhera um caminho, mas não parava de olhar para trás, imaginando se não teria interpretado mal os sinais, se não deveria ter tomado o outro. De tempos em tempos, a raiva por Dumbledore tornava a desabar sobre mim, poderosa como as ondas que se atiravam contra o paredão de pedra abaixo do chalé, raiva de que o diretor não tivesse explicado tudo antes de morrer.

— Mas ele está morto? — Perguntou Rony, três dias depois de chegarmos ao chalé. Eu estivera contemplando o muro que separava o jardim do chalé do rochedo quando Rony e Hermione me encontraram; desejei que não o tivessem feito, porque não queria participar da discussão dos dois.

— Está, sim, Rony, por favor, não recomece com isso!

— Examine os fatos, Hermione. — Insistiu Rony, falando comigo, que estava entre os dois e que, por minha vez, continuava a fitar o horizonte — A corça prateada. A espada. O olho que Harry viu no espelho...

— Harry admite que poderia ter imaginado o olho! Não é, Harry?

— Poderia. — Confirmei, sem olhá-la

— Mas você não acha que tenha, não é? — Perguntou Rony

— Não.

— Taí! — Concluiu Rony, rapidamente, antes que Hermione pudesse prosseguir — Se não foi Dumbledore, explique como Dobby soube que estávamos no porão, Hermione?

— Não posso... mas você pode explicar como Dumbledore nos mandou Dobby se estava em um túmulo em Hogwarts?

— Não sei, poderia ter sido o fantasma dele!

— Dumbledore não voltaria como fantasma. — Afirmei. Agora havia pouca coisa sobre Dumbledore de que eu tinha certeza, mas isto eu sabia — Ele teria prosseguido.

— Que quer dizer com esse "prosseguido"? — Perguntou Rony, mas, antes que eu pudesse dizer alguma coisa, uma voz nos chamou, às costas:

— Arry?

Fleur saíra do chalé, seus longos cabelos prateados esvoaçando à brisa.

— Arry, Grrampo gostarria de falarr com você. Ele sta no quarrto menorrzinhe, e diz que nam querr que o oucem.

Seu desagrado com o duende por mandá-la dar recados era evidente; tinha um ar irritado quando voltou para casa.

Grampo estava esperando, tal como Fleur dissera, no menor dos três quartos, onde Hermione e Luna dormiam à noite. Ele fechara as cortinas de algodão vermelho para filtrar a pouca claridade do céu anuviado, o que emprestava ao quarto um tom flamejante incompatível com o resto do chalé, claro e leve.

— Cheguei a uma decisão, Harry Potter. — Disse o duende, que estava sentado de pernas cruzadas em uma poltrona baixa, tamborilando os dedos finos nos braços do móvel — Ainda que os duendes de Gringotes considerem isso uma vil traição, decidi ajudá-lo...

— Que ótimo! — Exclamei, o alívio percorrendo meu corpo — Grampo, obrigado, estamos realmente...

— ... mediante — Continuou o duende, com firmeza — pagamento.

Ligeiramente surpreso, eu hesitei.

— Quanto você quer? Tenho ouro.

— Não em ouro. Tenho ouro.

Seus olhos negros cintilaram, e neles não se viam córneas brancas.

— Quero a espada. A espada de Godric Gryffindor.

Meu ânimo imediatamente despencou.

— Não posso lhe dar isso. Lamento.

— Então — Disse o duende, mansamente —, temos um problema.

— Podemos lhe dar outra coisa — Disse Rony, ansioso — Aposto como os Lestrange têm um montão de coisas, pode escolher o que quiser quando entrarmos no cofre.

Acabara de dizer a coisa errada. Grampo corou encolerizado.

— Não sou ladrão, moleque! Não estou tentando obter tesouros a que não tenho direito!

— A espada é nossa...

— Não é. — Respondeu o duende

— Somos da Gryffindor, e ela pertenceu a Godric Gryffindor...

— E antes de Gryffindor, a quem ela pertenceu? — Indagou o duende, aprumando-se

— A ninguém. — Respondeu Rony — Foi fabricada para ele, não?

— Não! — Exclamou o duende, encrespando-se e apontando um longo dedo para Rony — Outra vez a arrogância dos bruxos! Aquela espada era de Ragnok, o Primeiro, e lhe foi tomada por Godric Gryffindor! É um tesouro perdido, uma obra-prima do artesanato dos duendes! Pertence aos duendes! A espada é o preço do meu serviço, é pegar ou largar!

Grampo nos encarou, zangado. Eu suspirei, olhei para Rony e Hermione e finalmente disse:

— Precisamos discutir os seus termos, Grampo, se concordar. Pode nos dar uns minutos?

O duende assentiu, de cara azeda. Embaixo, na sala de estar vazia, me encaminhei para a lareira, a testa franzida, tentando pensar no que fazer. Às minhas costas, Rony comentou:

— Ele está brincando. Não podemos lhe entregar a espada.

— É verdade? — Perguntei a Hermione — A espada foi roubada por Gryffindor?

— Não sei. — Disse ela, desanimada — A história dos bruxos com frequência passa por cima do que fizemos a outras raças mágicas, mas nunca li que Gryffindor tivesse roubado a espada.

— Deve ser uma dessas histórias de duendes — Disse Rony — que contam que os bruxos vivem querendo passá-los para trás. Suponho que devemos nos dar por felizes que ele não tenha pedido uma de nossas varinhas.

— Os duendes têm boas razões para não gostar dos bruxos, Rony. — Lembrou Hermione — Foram tratados com brutalidade no passado.

— Mas os duendes não são exatamente coelhinhos fofinhos, não é? — Contrapôs Rony — Mataram muitos de nós. E também lutaram deslealmente.

— Mas discutir com Grampo qual é a raça mais desleal e violenta não vai animá-lo a nos ajudar, não é?

Houve uma pausa durante a qual tentamos pensar em uma forma de contornar o problema. Pela janela, eu olhei para a sepultura de Dobby. Luna estava arrumando limônios em um pote de geleia ao lado da lápide.

— O.k. — Disse Rony, e eu me virei para elw—, que acha disso? Dizemos a Grampo que precisamos da espada até entrarmos no cofre, e depois será dele. Tem uma duplicata lá dentro, não é? Trocamos as duas e lhe entregamos a falsa.

— Rony, ele saberia a diferença melhor do que nós! — Objetou Hermione — Ele foi o único que percebeu que tinha havido uma troca!

— É, mas poderíamos dar no pé antes que ele percebesse...

Ele se intimidou ante o olhar que Hermione lhe lançou.

— Isso — Disse ela, baixinho — é desprezível. Pedir a ajuda dele e depois traí-lo?

— A Rox nos traiu. — Rony não olhava para Hermione, tinha um olhar vago e irado

— A Rox não tem nada a ver com isso, ela não está aqui, e tudo o que estamos fazendo é pra acabar com o lado que ela escolheu! Para acabar com essa guerra! — Devolveu Hermione também impaciente, mas tomando o cuidado com as palavras sabendo o quanto o assunto "Rox" se tornara sensível para Rony, mas não só pra ele — Traição atrás de traição não nos levará a lugar algum!

As orelhas de Rony ficaram vermelhas.

— Tá, tá! — E voltou a olhar pra ela — Essa tinha sido a única coisa em que consegui pensar! E qual é a sua solução?

— Precisamos lhe oferecer outra coisa tão valiosa quanto a espada.

— Genial. — E ele fez um arco-íris com as mãos — Vou arranjar uma das nossas outras espadas antigas fundidas por duendes e você poderá embrulhá-la para presente, que tal?

Todos se calaram. Eu tinha certeza de que o duende só aceitaria a espada, mesmo que tivéssemos outro objeto igualmente valioso para lhe oferecer. Contudo, aquela espada era a arma indispensável contra as Horcruxes. Fechei os olhos por instantes e fiquei apenas escutando o barulho das ondas. A ideia de que Gryffindor pudesse ter roubado a espada me desagradava: sempre tive orgulho de pertencer à Gryffindor; Gryffindor tinha sido o campeão dos nascidos trouxas, o bruxo que entrara em conflito com os slytherins amantes do sangue puro...

— Talvez ele esteja mentindo. — Comentei, reabrindo os olhos — Grampo. Talvez Gryffindor não tenha tomado a espada. Como vamos saber se a versão da história contada pelo duende é a certa?

— Isso por acaso faz diferença? — Perguntou Hermione

— Muda o meu modo de encarar o pedido.

Inspirei profundamente.

— Diremos a ele que poderá ficar com a espada depois de nos ajudar a entrar naquele cofre, mas teremos a cautela de omitir exatamente quando a entregaremos.

Um sorriso espalhou-se lentamente pelo rosto de Rony. Hermione, entretanto, pareceu alarmada.

— Harry, não podemos...

— Ele a terá — Prossegui — depois que a usarmos em todas as Horcruxes. Garantirei pessoalmente que ele a receba. E cumprirei com a minha palavra.

— Mas isso poderia levar anos! — Protestou Hermione

— Eu sei disso, mas ele não precisa saber. E não estarei mentindo... tecnicamente.

Encarei Hermione nos olhos com uma mescla de desafio e vergonha. Lembrei-me das palavras que estavam gravadas na entrada de Nurmengard: Pelo Bem Maior. Afastei a ideia de minha mente. Que outra escolha tínhamos? De que outra forma poderíamos vencer Voldemort? Ele tem os poderes de Rox agora.

— Não gosto disso. — Falou Hermione

— Também não gosto muito. — Admiti com sinceridade

— Pois eu acho genial. — Disse Rony, levantando-se — Vamos dar a resposta a ele.

De volta ao quartinho, fiz a oferta, tomando o cuidado de fraseála de modo a indefinir a data para a entrega da espada. Hermione franzia a testa, de olhos no chão, enquanto eu falava; confesso que me irritei com ela, receoso de que a garota pudesse entregar o jogo. Contudo, Grampo só tinha olhos para mim.

— Tenho a sua palavra, Harry Potter, de que me dará a espada de Gryffindor se eu ajudá-lo?

— Tem.

— Então, aperte aqui. — Disse o duende estendendo a mão

Eu a segurei e sacudi-a. Fiquei em dúvida se aqueles olhos negros teriam visto alguma apreensão nos meus. Então, Grampo me soltou, juntou as palmas das mãos e disse:

— Então. Comecemos!


Foi uma repetição do planejamento para entrar no Ministério. Nós nos acomodamos para trabalhar no pequeno quarto, que era mantido, seguindo a preferência de Grampo, na penumbra.

— Visitei o cofre dos Lestrange apenas uma vez — Disse Grampo —, na ocasião em que me mandaram guardar a espada falsa lá dentro. É uma das câmaras mais antigas. As famílias de bruxos mais tradicionais guardam os seus tesouros no nível mais profundo, onde os cofres são maiores e mais bem protegidos...

Permanecíamos trancados no quarto, que lembrava um armário, durante horas seguidas. Lentamente, os dias se alongaram em semanas. Surgia um problema atrás do outro para resolvermos, dos quais o menor não era o estoque de Poção Polissuco estar extremamente desfalcado. Só havia o suficiente para um de nós, mas eu sabia que aquilo seria o suficiente.

Os outros habitantes do Chalé das Conchas não poderiam deixar de notar que alguma coisa estava acontecendo, agora que Rony, Hermione e eu só aparecíamos à hora das refeições. Ninguém fazia perguntas, embora eu sentisse, com frequência, o olhar de Bill sobre nós três à mesa, pensativo e preocupado.

Quanto mais tempo passávamos juntos, no entanto, tanto mais eu tomava consciência de que não gostava muito do duende, na verdade eu não gostava nenhum pouco. Grampo se mostrava inesperadamente sedento de sangue, ria-se da ideia de infligir dor a criaturas inferiores e parecia antegozar a possibilidade de que pudessem ferir outros bruxos para chegar ao cofre dos Lestrange. Percebi que o meu desagrado era compartilhado por Rony e Hermione, mas não o discutíamos: precisávamos de Grampo.

Era fato que ultimamente ele andava dando muito mais trabalho. O duende só comia com os demais de má vontade. Mesmo depois de suas pernas estarem curadas, ele continuou a pedir que levassem a comida em bandeja ao seu quarto, como faziam para o ainda frágil Olivaras, até que Bill ( após uma explosão de raiva de Fleur) subiu para lhe dizer que o esquema não poderia continuar. A partir de então, Grampo se reunia a todos na mesa lotada, embora se recusasse a comer a mesma comida, insistindo em se alimentar de pedaços de carne crua e cogumelos variados. Eu me sentia responsável: afinal, eu que insisti que o duende permanecesse no Chalé das Conchas para poder interrogá-lo; era minha culpa que toda a família Weasley tivesse sido obrigada a entrar na clandestinidade; que Bill, Fred, George e o sr. Weasley não pudessem mais trabalhar.

Em um determinado dia, ao ver Fleur irritadiça com toda a situação resolvi pedir desculpas, logo vendo seu rosto se amenizar enquanto ela falava que a culpa não era minha e que logo as coisas ficariam mais fáceis quando Olivaras fosse para a casa de Muriel. Mal ela sabia que logo logo eu, Rony e Hermione também partiríamos.

As coisas continuavam indo lentamente, e íamos avançando no plano até que algo interessante aconteceu em uma tempestuosa noite de abril.

Um vento forte fustigava as janelas do chalé e todos jantavam espremidos na mesa, quando ouviu-se, então, uma batida na porta da frente. Todas as cabeças se voltaram para o ruído. Fleur, que estava na cozinha, veio correndo com ar assustado; Bill levantou-se de um salto, a varinha apontando para a porta. Eu, Rony e Hermione o imitamos. Silenciosamente, Grampo escorregou para baixo da mesa, se escondendo.

— Quem é? — Perguntou Bill

— Sou eu, Remo John Lupin! — Respondeu uma voz sobrepondo-se ao uivo do vento. Eu senti um tremor de medo; que acontecera? — Sou um lobisomem, casado com Ninfadora Tonks, e você, o fiel do segredo do Chalé das Conchas, me informou o endereço e me pediu para vir se houvesse uma emergência!

— Lupin. — Murmurou Bill e, correndo à porta, abriu-a

Lupin desabou na soleira. Estava muito pálido, envolto em uma capa de viagem, seus cabelos grisalhos despenteados pela ventania. Ele se ergueu, correu o olhar pela sala, verificando quem estava presente, então gritou:

— É um menino! Demos a ele o nome de Teddy, em homenagem ao pai de Dora!

Hermione deu um gritinho.

— Qu... Tonks... Tonks teve o bebê?

— Teve, teve, teve o bebê! — Gritou Lupin. Em volta da mesa houve gritos de alegria, suspiros de alívio. Hermione e Fleur guincharam:

— Parabéns!

E Rony exclamou:

— Caramba, um menino! — Como se nunca tivesse ouvido falar em tal coisa antes.

— É... é... um menino. — Repetiu Lupin, que parecia atordoado com a própria felicidade. E, contornando a mesa, me abraçou; a cena no porão do largo Grimmauld parecia jamais ter acontecido.

— Você será o padrinho? — Perguntou, ao me soltar

— E-eu? — Gaguejei

— Você, é claro... Dora está de acordo, ninguém melhor...

— Eu... é... caramba...

Imediatamente me senti orgulhoso, espantado, encantado: agora Bill corria a buscar vinho e Fleur convencia Lupin a tomar uma taça com eles.

— Não posso me demorar, preciso voltar. — Disse Lupin, sorrindo para todos: parecia mais jovem do que eu jamais o vira — Obrigado, obrigado, Bill.

Logo Bill enchera as taças; todos se levantaram e as ergueram num brinde.

— A Teddy Remo Lupin — Disse o pai —, um futuro grande bruxo!

— Com quam ele parrece? — Indagou Fleur

— Acho que parece com Dora, mas ela acha que é como eu. Pouco cabelo. Parecia preto quando nasceu, mas juro que virou ruivo desde então. Provavelmente estará louro quando eu voltar. Andrômeda diz que os cabelos de Tonks começaram a mudar de cor no dia em que ela nasceu. — Ele esvaziou a taça

— Ah, aceito, só mais uma. — Acrescentou, sorridente, quando Bill fez menção de tornar a servi-lo

O vento açoitava o pequeno chalé, e o fogo saltava e estalava, e logo Bill estava abrindo uma segunda garrafa de vinho. As notícias de Lupin pareciam ter feito todos se descontraírem, nos tirou por uns momentos do nosso estado de sítio: notícias de uma vida nova eram animadoras. Somente o duende parecia insensível ao clima subitamente festivo, e, após algum tempo, voltou discretamente para o quarto, que, agora, ocupava sozinho. Eu pensei que tivesse sido o único a notar, até ver o olhar de Bill acompanhando o duende subir a escada.

— Não... não... eu realmente preciso voltar. — Disse Lupin, por fim, agradecendo mais uma taça de vinho. Levantou-se, vestiu a capa de viagem — Tchau, tchau... vou tentar trazer umas fotos dentro de alguns dias... todos ficarão muito contentes quando souberem que estive com vocês...

Ele abotoou a capa e se despediu, abraçando as mulheres e apertando as mãos dos homens, então, ainda sorrindo, voltou para a noite tempestuosa.

— Padrinho, Harry! — Exclamou Bill, quando voltávamos juntos para a cozinha, ajudando a tirar a mesa — Uma verdadeira honra! Parabéns!

Quando pousei as taças vazias que levava, Bill fechou a porta ao passar, isolando as vozes ainda loquazes que continuavam a comemoração, mesmo na ausência de Lupin.

— Eu queria mesmo dar uma palavrinha com você em particular, Harry. Não tem sido fácil arranjar uma oportunidade com o chalé tão cheio de gente.

Bill hesitou.

— Harry, você está planejando alguma coisa com Grampo.

Era uma afirmação, não uma pergunta, e não me dei o trabalho de negar. Apenas olhei para Bill e aguardei.

— Eu conheço duendes. Trabalhei no Gringotes desde que terminei Hogwarts. Até onde possa haver amizade entre bruxos e duendes, tenho amigos duendes, ou pelo menos, duendes que conheço bem e de. quem gosto. — Mais uma vez, ele hesitou — Harry, que está querendo do Grampo e o que lhe prometeu em pagamento?

— Não posso lhe dizer. Desculpe, Bill.

A porta da cozinha abriu-se às nossas costas. Fleur vinha trazendo mais taças vazias.

— Espere. — Disse Bill — Um instante.

Ela retrocedeu e tornou a fechar a porta.

— Então, preciso lhe dizer o seguinte: se você fez algum negócio com Grampo, e, muito particularmente, se esse negócio envolver tesouros, você precisa ter excepcional cautela. As ideias que duendes têm de posse, pagamento e retribuição não são as mesmas que as dos humanos.

Eu senti um leve mal-estar, como se uma cobrinha tivesse despertado em meu íntimo.

— Que está querendo dizer?

— Estamos lidando com uma raça diferente. Os negócios entre bruxos e duendes há séculos têm sido desgastantes: mas você aprendeu isso em História da Magia. Tem havido erros de ambas as partes. Eu jamais diria que os bruxos foram inocentes. Entretanto, há uma crença entre os duendes, e os de Gringotes são mais influenciados por ela, de que não se pode confiar nos bruxos em questões de ouro e tesouros, de que eles não respeitam o direito de propriedade dos duendes.

— Eu respeito... — Comecei, mas Bill balançou a cabeça

— Você não está entendendo, Harry, ninguém poderia entender a não ser que tenha convivido com duendes. Para um duende, o dono verdadeiro e legítimo de qualquer objeto é quem o fabricou e não quem o comprou. Todos os objetos feitos por duendes são, aos olhos dos duendes, legitimamente deles.

— Mas se tiver sido comprado...

— ... então eles o considerariam arrendado à pessoa que desembolsou o dinheiro. Eles têm, entretanto, grande dificuldade em compreender que objetos feitos por duendes passem de bruxo para bruxo. Você notou a expressão de Grampo quando bateu os olhos na tiara da tia Muriel. — Disse Bill me fazendo lembrar da tiara feita por duendes que Fleur usara em seu casamento e que pedira para Bill levar de volta à tia — Ele não aprovou isso. Acredito que pense, como os mais radicais de sua espécie, que o objeto deveria ser restituído aos duendes quando o comprador original morresse. Eles consideram o nosso costume de guardar objetos feitos por duendes e passá-los de bruxo para bruxo sem novo pagamento praticamente um roubo.

Tive uma sensação agourenta; fiquei imaginando se Bill teria adivinhado mais do que estava demonstrando.

— O que estou dizendo — Continuou ele, pondo a mão na porta que dava para a sala de estar — é para que tenha muito cuidado com o que prometer a duendes, Harry. Seria menos perigoso arrombar o Gringotes do que renegar uma promessa a um duende.

— Certo. — Falei, quando Bill abriu a porta — Obrigado. Não me esquecerei disso.

Quando segui Bill para me reunir aos outros, ocorreu a mim um pensamento esquisito, inspirado, certamente, pelo vinho que bebi. Parecia que estava em vias de me tornar um padrinho tão inconsequente para Teddy Lupin quanto Sirius Black fora para mim.

Hello bruxinhooos!!!

Como vão meus amores? Sim, eu acabei esquecendo que ontem era dia de postagem, mas aqui está o capítulo, a cada dia mais e mais perto do final, né? aiaiai.

Gente, vocês tão bem? Ando sentindo falta dos comentários ultimamente, espero que esteja tudo bem com vocês.

Bom... nos vemos segunda-feira, amo vocês!!!

– Bjosss da tia Nick

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