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109 | The Upside Down

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109. O Mundo Invertido
       
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  Também não esperava que essa dimensão fosse tão boa.

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  Ela suspirou impaciente enquanto eu piscava incrédula para toda aquela situação. Me esquecendo por segundos, Ginny começou a passar o dedo indicador pelo aparelho trouxa. Um feletone isso. Não, telefone, algo corrigiu na minha mente, é um telefone celular.

   Eu observei o local em que eu estava. As cortinas de um roxo escuro junto com preto balançavam nas janelas de vidro que indicavam que eu devia estar em algum canto alto, talvez primeiro ou segundo andar. O quarto não era em si enorme, ou só mostrava ser pequeno por conta do apinhado de coisas que tinha presente, um guarda-roupa branco a um canto do lado da janela tinha vários desenhos que com certeza foram feitos com canetinhas coloridas. Uma das portas dele estava aberta e caiam algumas roupas de dentro dele, com certeza devia estar uma zona ali dentro.

   As paredes eram brancas, mas cobertas de pôsteres, banners e fotos, tanto polaroids, quanto colocadas em um mural ou em quadros, tantas que mal parecia ter um lugar vago na parede. Além de ter luzes roxas que piscavam no alto próximo ao teto. Havia uma poltrona perto de uma cômoda com livros em cima, e um tapete felpudo rosa no meio do ambiente com um furão dormindo em cima dele. Marshall, que bom que ele veio pra essa dimensão. Ao lado da cama que eu me encontrava, tinha uma escrivaninha com cadeira e tudo. Ou seria uma penteadeira? É, devia ser, já que tinha um espelho em cima e o que parecia ser várias maquiagens espalhadas sobre ele.

   Mas o quarto em si não parecia bagunçado. Parecia…? Minha cara. Sim, com certeza esse quarto é a minha cara.

— Não me diz que você tá bêbada! Não... não… Por Deus! Onde diabos você e o irresponsável do seu namorado foram ontem à noite!? — Ginny rosnou me fazendo voltar a olhar pra ela

Namorado?? — Perguntei sem entender, não estava raciocinando muita coisa daquela realidade, mas será que eu e Lee ainda não tínhamos terminado?

— Pelo amor de Deus! — Ela me olhou com impaciência  — Olha, são quase sete horas, então acho bom você levantar a raba dessa cama logo e se arrumar se não você vai perder a aula! — Eu pisquei ainda muito perdida — Não adianta nem enganar a mamãe pra faltar hoje, eu sei que você tem prova, o Harry me contou. Matemática, não é? Você é péssima em matemática.

— O quê!? Prova…? Matemática?

— Falando no indivíduo! — Disse Ginny meio rindo, mas com olhar sério enquanto levava o aparelho celular ao ouvido — Oi… não me diz que você acordou agora, Harry Potter… tá, tá… bom dia, amor.

  E quando eu pisquei mais perdida que nunca, Ginny tirou o aparelho do ouvido e se virou pra mim dizendo:

— Levanta logo! O Rony saiu com o carro e eu vou com o Hazz pra escola. O Draco vem te buscar, né?

   Nesse momento meu coração saltou a menção daquele nome. Ginny já parecia impaciente e começou a dizer que não tinha tempo para minhas lerdeza pós-ressaca hoje e simplesmente saiu, me deixando com meus pensamentos enquanto com o telefone no ouvido, dizia:

Não, Harry, eu não estava falando com você, é a Rox.

   E fechou a porta do quarto, me fazendo sentar-se na cama e suspirar totalmente perdida.

   Ouvi um toque de leve tilintar ao meu lado e me virei. Tinha um aparelho celular quase semelhante ao de Ginny em cima de um criado-mudo do lado direito da cama. Ele tinha o que parecia ser uma capa rosinha muito fofa. A tela se acendeu do nada, e na frente de uma foto de papel de parede que parecia ser de um time de algum esporte trouxa estranho, apareceu em fonte verde: “nova mensagem”.

   De alguma forma, no fundo da minha mente, senti que sabia mexer no aparelho, passei o dedo por ele e a mensagem abriu. Tinha um nome “My Person” seguido do que parecia ser uma figurinha mínima de um coração branco e um outro vermelho. Bem no fim do que parecia ser várias mensagens, abaixo do “Mensagens não lidas: 3” estava:

Bom dia, amore mio!  | 06:42
Chego aí em dez minutos. | 06:42

    E um quadrado pequeno com a foto de um bebê aleatório fazendo um coração com as mãos. Ok, estranho… mas isso não era o mais estranho.

   “Amore mio”, repeti assustada antes de ir no nome “My Person” e aproximar a foto para que eu pudesse ver de perto. Então veio o baque de reconhecer aqueles olhos acinzentados e os lindos cabelos louros-brancos mostrados na fotografia. Ele parecia estar sentado em cima de algo que não dava bem pra ver, o rosto sério, usando uma camisa de botões aberta que estava com a manga comprida caindo em um dos braços, mostrando parte do ombro e os músculos, seu peitoral também estava bem à mostra… os quadradinhos perfeitos naquele tanquinho, me deixaram quase babando, e lembrando-me o quanto sou idiota por nunca ter visto isso em minha realidade.

— Draco… — Falei boquiaberta, como em um suspiro, logo respirando fundo pra me manter centrada e jogando o aparelho trouxa pra longe enquanto dava um salto da cama

   Eu pulei para perto do guarda-roupa, vendo as roupas jogadas lá, isso tudo antes de perceber que eu não usava o pijama e sim uma camisa masculina que ficava muito grande pra mim. Eu a levei ao meu nariz, aspirando seu cheiro. É… o cheiro de maçã verde vem daqui.

— Draco. — Repeti deixando escapar um sorriso em saber que essa camisa é dele

   Tentando esquecer um pouco isso e me concentrar no fato de que preciso ir à escola, pois lá eu vou conseguir encontrar Harry, simplesmente me dispus a pegar uma roupa no armário.

   Não sei o que a Rox dessa dimensão usaria, mas com certeza o short preto que eu achei ia combinar lindamente com a meia calça de renda quadriculada da mesma cor e as botas marrom com saltinho que estavam a um canto. Peguei um top azul amarração pra colocar por cima e apanhei um casaco caso a roupa estivesse ousada demais. Com tudo na mão eu saí do quarto seguindo por um caminho desconhecido pra mim, mas conhecido pela minha mente, que estava adaptando-se aos pensamentos e sentimentos da Rox dessa dimensão. No momento seguinte adentrei o banheiro, tentando não captar todas as informações e ser rápida em cumprir as necessidades matinais necessárias.

   Poucos minutos depois já vinham os gritos do andar de baixo da casa, que logo percebi ser na verdade uma enorme chácara, com três andares, muitos quartos e fotos minhas e dos meus irmãos espalhadas por todo o canto. Os móveis divinamente lindos, mas com um ar colorido que no fundo lembrava ‘A Toca, embora bem mais chique, bem mais moderno e trouxa

— ROX!! — Era inconfundívelmente a voz da minha mãe; não trombei com mais nenhum dos meus irmãos enquanto descia, nem meu pai, de modo que talvez só ela estivesse em casa — Roxanne, o Draco está aqui!

   Apanhei a mochila vermelha, com um emblema de leão, que estava jogada no quarto com livros por cima e desci logo depois de jogá-los para dentro dela. A ametista lascada continuava como um pingente no meu pescoço, junto com o colar que Draco me deu na outra realidade e que felizmente me seguiu até aqui. A pulseira que a avó de Lavender me dera meio que brilhava em meu pulso, isso devia significar que eu estava segura, mas precisava ser rápida.

   Desci com pressa os degraus a tempo de ver a sala. Mamãe estava muito diferente naquelas vestes trouxas, talvez fosse a primeira vez que eu a visse de calça e não de vestidos. Ela parecia muito calorosa e conversava com carinho com o adolescente alto e pálido na sua frente.

— Sempre atrasada. Na verdade eu não estava acordada quando ela chegou ontem à noite, espero que os dois mocinhos não tenham chegado tão tarde e também que não se atrasem para o colégio hoje. — Ela ia dizendo pra ele com tanto carinho e divertimento que mal parecia uma repreensão; isso me deixou perplexa, surpresa em ver o quanto eles pareciam se dar bem

— Ah, não, tia Molly, não se preocupe. Não chegamos tão tarde. — A voz dele estava igual a sempre, mas parecia sem preocupação, divertida, um sorriso brincalhão e despreocupado — E prometo que vamos chegar em tempo.

   Suas roupas foram o que mais me surpreendeu, o jogo casual preto e branco o deixava simplesmente divino, mas ao mesmo tempo diferente. Seu cabelo estava um pouco mais comprido, em seu pescoço tinha uma espécie de colar, mas mesmo aqui suas unhas estavam pintadas de preto com seus dedos cheios de anéis, e ele usava uma jaqueta verde por cima da roupa, uma daquelas jaquetas de colegial que jogadores de uma espécie de esporte trouxa usam. Um “M” verde com contorno branco e com um aspecto de ter sido costurado jazia em seu peito direito na jaqueta.
 
   Assim que me aproximei o suficiente ele se virou, seu sorriso se abriu mais e eu me esforcei pra não babar enquanto o observava.

— Olha ela. — Falou quase cantarolando, os olhos observando cada detalhe da minha roupa, seguido de um assobio de aprovação — Sempre maravilhosa, né meu amor?

— É… oi. — Cumprimentei meio sem jeito, mas não conseguindo evitar sorrir — Você que tá lindo.

   Ele piscou um olho, embora tenha sorrido de maneira convencida e brincalhona, antes de acrescentar:

— Então, amor, é quase sete horas, vamos?

— Juízo para os dois e boa sorte na prova, hem. — Disse mamãe com carinho

   Draco se aproximou e pegou minha mochila, logo depois de me dar um beijo na bochecha e me puxar carinhosamente pela mão para a porta.

— Obrigado, sogrinha. — Ele agradeceu como se ele e minha mãe fossem amigos de longas datas — Tchauzinho.

— Obrigada, mãe. — Agradeço com um sorriso nervoso — Tchau.

— Tchau, queridos. — Disse ela

   Eu e Draco finalmente saímos de casa e só aí eu reparo no mundo lá fora. Reparo nas diferenças de uma realidade para a outra. A cidade que resido aqui é completamente estranha para meus olhos, mas ao mesmo tempo de uma forma tão aconchegante.

    Foco, Rox!, Digo a mim mesma sabendo que não posso me deixar levar pelos acontecimentos dessa dimensão e tenho que encontrar logo com Harry para podermos ir atrás da Ametista. Só temos quarenta e oito horas ou podemos ficar presos aqui… nem a pulseira conseguirá mudar isso.

— Ôu, casal! Cês querem perder a prova é!? Se eu não entrar na faculdade, a culpa é de vocês dois. — Então veio um grito à frente me fazendo focar na preciosidade estacionada à frente da minha casa

   Draco não tinha um carro, ele tinha "o" carro. Uma preciosidade de um branco alvo com vidros escuros. O carro tinha teto solar que foi abaixado e mostrava uma garota de cabelos negros trançados com vestes casuais que estava pendurada para fora dele acenando para nós. Foi com muito susto que eu notei quem era.

— O carro dela quebrou, então eu tive que dar um carona pra ela hoje. — Draco comunicou me olhando com um sorrisinho culpado, mas ao mesmo tempo meio que sem se preocupar como se eu e Sol Lestrange fôssemos amigas. Será que somos amigas nessa dimensão?  — A chata, se hoje não fosse prova eu teria deixado ela em casa.

— Eu tô ouvindo, ôu. — Ela gritou tentando parecer brava, mas rindo

— É brincadeira, prima. Você não sabe que eu te amo? — Ele brincou enquanto descíamos os degraus até ela; ele com minha bolsa em seus ombros, mas ainda de mãos dadas comigo

— Hum. Hum. — Ela se fez de ofendida — É bom amar mesmo, se não eu vou parar de acobertar suas coisas e vou contar tudo que você apronta pra tia Ciça.

    Draco riu, não acreditava que ela tivesse coragem de fazer isso e obviamente eles só estavam brincando como se fossem…? Apenas adolescentes sem preocupação, até pareciam irmãos.

   Entramos no carro logo depois que ele abriu a porta para mim, todo cavalheiro e colocou minha bolsa em um canto, logo mandando a prima se sentar e tirar a cabeça de fora do carro para ele poder fechar o teto.

— Ok. Ok, estraga prazeres. — Ela riu se abaixando, logo me surpreendendo no minuto seguinte quando se inclinou do assento traseiro para me abraçar dizendo: — Bom dia, ruiva.

   Tentei não deixar o desconforto transparecer enquanto retribuía o cumprimento, e via meu “namorado” tirar o carro do local, depois de mandar eu e Sol colocarmos o cinto de segurança. Meu coração estava meio saltado tentando captar as coisas que já notei nessa dimensão.

  Eu e Draco namoramos.
  Harry e Ginny também.
  Moro numa chácara enorme.
  Minha família apoia meu namoro.
  Eu e Sol somos amigas.
  Draco vem me buscar de carro pra me levar pra escola.

   São informações demais, impossíveis demais na minha realidade. Mas… ao mesmo tempo maravilhosas.

— Não sei vocês dois, mas eu… euzinha estou simplesmente surtando com essa prova. Não viram o que a Profa. Vector disse na aula passada, ia ser uma recapitulada com os assuntos do quarto, quinto e sexto ano!? — Ia dizendo Sol, de maneira despreocupada, mas surtando no banco de trás do carro — Fala sério, vocês lembram de algo que aprendemos no quarto ano!? Eu acho que já esqueci como se faz uma equação do primeiro grau, se tiver terceiro pior! E se tiver gráficos??? Tô ferrada, ferrada! Vou pedir pro George me dar um emprego na loja dele, pois acho impossível eu entrar numa faculdade se depender das minhas notas em matemática.

— Não acho matemática coisa de outro mundo, acho que só me perco ainda pra descobrir o cosseno e o seno dos números… — Draco riu divertido como se realmente estivesse entendendo algo do que Sol falara — No resto eu tô de boa, principalmente se tiver Anagrama, acho que é meu conteúdo preferido.

— Draco, o problema é ela recapitular tudo! Tudo!! Cara, o CCH acaba com minha vida! E com a vida de qualquer estudante do sexto ano do colegial. — Sol se lamentou

   Eu arregalei os olhos, nervosa. Do que diacho eles estavam falando!? Matemática!? Prova de Matemática!? Mas não tem matemática em Hogwarts!

— É… CCH? — Perguntei meio incerta de entrar no assunto

— É, amor. — Draco riu — O Teorema de Pitágoras. Cateto, cateto e hipotenusa. O triângulo retângulo lembra? Que tem um ângulo de noventa graus e aquele cálculo chatinho de descobrir o seno e o cosseno. Espero mesmo que isso não caia.

— O melhor é a Pati dizendo que ia ter gêmeos e chamar os dois de cateto e quando tivesse uma filha ia chamar de hipotenusa pra ver se assim nunca mais esquece o conteúdo. — Sol se pôs a gargalhar me fazendo apenas ficar mais avoada

   Eu levei meus olhos em direção a janela e observei a vista do caminho que devia levar a escola, o nervosismo crescendo em pensar numa tal de prova de matemática e sabendo bem que vou me ferrar, pois não sei nada mais que as quatro operações e ainda muito mal nos quesitos de multiplicação e divisão.

   Por um tempo vi pelo reflexo do espelho Sol se preocupar em mexer em seu aparelho celular e Draco cantarolava baixinho alguma coisa, as mãos no volante e os olhos fixos no caminho a sua frente.

— Uiiizzzzz… vocês não cansam de aparecer nos Tabloides? — Perguntou Sol de repente de um modo que me fez erguer as sobrancelhas e virar pra trás

— Como assim?

— Ah, apenas fotos de flagras de vocês dois na festa ontem à noite… álcool, álcool, álcool… não sei como vocês conseguem deixar a hashtag de vocês bombar tanto no twitter, e… ah, estão falando das suas fotos, Draco.

— Da qual revista? — Ele pareceu achar graça na situação, embora mostrasse entender perfeitamente do que ela falava

Elle. Aliás, os modelitos estão incríveis! E tem muitos comentários, hem. Tá saindo muito essa edição. — Ela riu — Convenhamos que as pessoas gostam quando você pousa em roupa de praia. Pode ver as estatísticas, eles vendem mais quando conseguem fazer você tirar a camisa na frente da câmera.

— Como assim? — Perguntei antes de conseguir evitar, definitivamente não conseguia entender do que eles estavam falando

   Draco balançou a cabeça meio rindo.

— Ah, Rô, você mais do que ninguém deve concordar que seu namorado sem camisa chama atenção de qualquer um, né!? Não importa a idade ou o gênero, bom não é à toa que o bocó do meu priminho aí é o modelo mais queridinho do Reino Unido. — Disse Sol com naturalidade, me deixando ainda mais perdida — O garoto mais cobiçado do país.

   Modelo!? Draco é modelo!?

— E comprometido. — Acrescentou ele, me olhando e dando um sorriso com uma piscadela

— Isso não muda o fato de criarem milhares de fanfics apaixonantes sobre você. Cara, se você visse uma que eu achei. — E ela começou a gargalhar — Deve ter sido escrita por uma garotinha de doze anos. Sabe o pior? Tem hot.

   Eu tentei não deixar demonstrar o leve desconforto que passei a sentir. Ok, Draco realmente é lindo em ambas as dimensões, e sempre teve gente interessada por ele lá, mas… eu não imaginava que aqui ele pudesse ser um garoto famoso, muito menos o mais cobiçado do país. E se ele é, por que está comigo?? Ou a eu dessa dimensão é interessante?

   Só voltei à tona quando percebi o loiro estacionando o carro. Então tentando focar apenas na Ametista e deixar passar as coisas que eu estava descobrindo, me debrucei sobre a janela e observei a escola.

   Totalmente diferente de Hogwarts. Não era nem um castelo, mas era uma propriedade imensa e incrível. Totalmente incrível. As paredes de vidro, o grande portão, as pessoas. Eu simplesmente quis fazer um “uau”, quando enfim desci do carro e Draco pegou minha mão, novamente carregando minha mochila como um bom cavalheiro, e com a sua própria no mesmo ombro.

— Eu vou indo pra sala agora, vocês vem? — Sol perguntou ajeitando um óculos escuro como uma tiara em seu cabelo e parecendo mascar um chiclete logo depois de bater a porta do carro e arrumar a mochila no ombro

— Chegamos em um minuto. — Draco respondeu por mim com um risinho

   Sol nos lançou um olhar acusador, mas ria quando saiu e nos deixou sozinhos no pátio do colégio.

— Tenho treino hoje de tarde. — Draco comunicou quando começamos a andar bem devagar para o que parecia ser uma lanchonete que ficava dentro do colégio — O time das meninas devem treinar até quase meio dia, então o nosso vai ser depois do almoço, depois ainda vai ter as coisas da festa aqui na escola, os preparativos pra amanhã de noite, então o treino deve terminar cedo, mas você vai dormir lá em casa hoje, né?

   Ótimo, era só o que faltava… uma festa.

— Sim, é, claro. — Respondi sem jeito. Tinha que encontrar Harry, tinha que achar a Ametista, mas… não conseguia dizer não pra Draco, ao menos não sabendo que ele está tão distante de mim na minha própria realidade

— Você está bem? Parece pensativa hoje. É a prova, né? Amor, relaxa, sei que você odeia matemática, mas respira. Você estudou, não foi? Vai dá certo. — Ele apertou na minha mão transmitindo confiança

   Eu sorri boba, me sentindo bem. Me sentindo mais que bem. Eu estava namorando com Draco Malfoy, minha família aceita isso. Como essa realidade pode ser tão perfeita?

— Eaí, Jhon. — Draco cumprimentou o atendente da lanchonete do colégio — O de sempre, por favor, mas o meu sem canela, tá? E o dela… chocolate, né amor? — Ele me olhou esperando resposta, eu assenti mesmo sem saber — Isso, chocolate.

— Certo. — Disse o homem que devia se chamar Jhon

    Draco devia pedir regularmente, pois o homem não demorou mais do que alguns segundos para voltar e nos entregar dois copos enormes do que dizia ser cappuccino. Não lembro de já ter tomado isso alguma vez na vida e nem ao menos eu tinha ideia do que era, mas me assombrou o tão saboroso era aquilo e eu com certeza ia querer tomar de novo. Será que isso existe na minha realidade? É uma bebida trouxa?

— Você devia experimentar o meu um dia, sabe. O creme de leite diet é ótimo, e acho o cacau em pó bem melhor e mais saudável do que esse seu chocolate fermentado. — Draco brincou quando tornamos a caminhar pelo corredor passando por entre alguns alunos e ele tomou um pouco de sua bebida

— Eu gosto de chocolate, sabia? — Brinco me divertindo em saber o quão leve era falar com ele e feliz de ver que ninguém se incomodava que estávamos juntos, nós simplesmente podíamos ficar juntos

   Mas então no momento que chegamos à sala de aula me vêm as preocupações de como se eu fosse realmente a Rox dessa dimensão. Essa prova parece ser o pior monstro que já tive que enfrentar e nem todo esse cappuccino de chocolate parece ter sido suficiente pra me acalmar.

— Sr. Malfoy. — Era a Profa. Vector, a professora de Aritmancia de Hogwarts, embora parecesse mais nova talvez e inconfundivelmente uma trouxa — E é claro, Srta. Weasley.

   Ela acabara de abrir a porta da sala para nós dois e não parecia muito feliz. Passando rapidamente o olhar pela sala notei que já estava cheia, nós devíamos ser os últimos a chegar, então era compreensível a sua reação.

— Atrasados como sempre.

— Bom dia, professorinha. — Draco cumprimentou sorridente, parecendo divertir-se com a situação; eu também sorri, tentando parecer envergonhada, mas achando graça em tudo

   Observei a professora suspirar fundo enquanto encarava o meu namorado, que tinha seu braço passado pelo meu pescoço, meio que me abraçando e segurando minha mão ao mesmo tempo na altura do meu ombro.

— Os tabloides hoje estão apitando muito. A hashtag Dranne está bombando no twitter, de novo para variar. — A Professora recomeçou, a voz séria enquanto nos observava — Espero que não tenham vindo direto do cabaré para a escola e que tenham reservado ao menos meros segundinhos de vosso precioso tempo para estudar para minha prova, pois eu não tô com a mínima vontade de te passar só porque você é famosinho, Sr. Malfoy e nem passar a sua namorada só porque por acaso ela sabe correr atrás de uma bola e marcar uns gols. Não acho nada de interessante ser a melhor jogadora dos leões ou ser um modelinho capa de revista famoso se o casalzinho popular da Hogwarts School não consegue chegar na hora uma única vez! Nem em dia de prova!

   Eu estava surpresa demais com o fato de ser “a melhor jogadora dos leões” para me importar com a repreensão. Já Draco apenas riu.

— A senhora lê os Tabloides, professora? Gosta de Dranne? — Ele perguntou divertindo-se — Eu gostava de “Drarox”, sabe. De qualquer forma, podemos te dá um autógrafo, não é? O que acha, amor?

   E abaixou a cabeça para me ver apenas retribuir o sorriso. Não íamos nos meter em encrenca, isso eu já notei.

— Sentem-se os dois, antes que eu decida deixá-los fora da sala e acrescentar um zero no histórico de ambos! — Ela rosnou

   Draco riu e eu não consegui evitar fazer o mesmo, achando a situação muito divertida. Nós seguimos juntos para duas cadeiras vazias no canto direito da sala, na segunda fileira, ele sentou-se perto da parede, já eu do seu lado, finalmente nos soltando um do outro, só aí que ele me devolveu minha mochila, mas mal tínhamos nos acomodado, a professora já tinha tornado a berrar:

— Srta. Patil! Queira fazer o favor de trocar de lugar com a Srta. Weasley por gentileza. Não acho que dê pra morrer se separarmos o casalzinho dos sonhos por umas horinhas.

   Vi quando Parvati, que mesmo aqui era tão estilosa como sempre, se levantou saindo de seu canto do outro lado da sala na quarta fileira no horizontal e segunda na diagonal e veio até mim. Eu lhe dei um sorrisinho, mas ela revirou os olhos, como se não fossemos amigas aqui. Então sem entender me levantei e segui para o seu canto, ficando bem ao lado de Daphne Greengrass, que balançava uma espécie de pena esquisita de pompom verde neon parecendo totalmente despreocupada, seus cabelos loiros eram tão curtos como na outra dimensão, mas aqui ela tinha mechas de um azul claro que chamam um pouco atenção, tal como seus brincos de alien verde que só lhe dão um ar mais estiloso.

— Ela odeia dar aula aos leões e as serpentes ao mesmo tempo. — Daphne comentou em voz baixa dando um risinho de meu lado direito ao virar-se — E seu namorado adora provocar, né? O  Draco não muda nunca.

   Eu estava surpresa em vê-la falar comigo assim tão simpática, e sendo tão legal…?

— Silêncio! — Mandou a professora ríspida — Celular na bolsa, Sr. Thomas, ou prefere que eu o recolha e só devolva para a sua mãe!? Srta. Megalos, os fones de ouvido, por gentileza, e dá pra o senhor guardar esse caderno Sr. Finnegan!? O horário de revisão pra prova já acabou. Certo, agora que o casalzinho de ouro quis dar o ar da graça, e todos já estão com apenas caneta, lápis e borracha na mesa…

— Professora, tem problema se eu usar caneta rosa?

   Olhei para as duas carteiras da frente vendo a garota loira de bandana que interrompera a professora. Lavender Brown, eu a reconheceria em qualquer lugar, mesmo de costas percebo que ela continua tão fofa quanto lá, as vestes suaves de cores muito coloridas e o jeitinho meigo que só minha melhor amiga pode mostrar.

— Caneta azul ou preta! Vocês estão no sexto ano do colegial e ainda não entenderam que não pode caneta colorida nas provas!? — A professora bufou enquanto eu colocava minha mochila no chão, encostada nas pernas da mesa, logo depois de apanhar os mesmos três objetos estranhos que os demais colocaram na mesa, que parecia ser duas espécies de penas estranhas e um quadradinho azul chamado “borracha” que deve dá pra apagar o que uma das penas escreve, acredito que só vi esses elementos trouxas uma vez. Prefiro mil vezes minhas penas e tintas normais, mas parece bem melhor ter um objeto que sirva pra apagar do que rasgar o pergaminho

— Acho que não tenho caneta azul professora… — Lavender se lamentou enquanto mexia em uma bolsinha que parecia cheia dessas espécies de penas

— Alguém empresta uma caneta pra essa menina pelo amor de Jeová! — Pediu a professora, completamente sem paciência e o menino do lado de Lav, Blaise, lhe entregou uma dessas penas por nome “caneta” — Bom…  agora, acho que já podemos começar a passar as provas. — Ela olhou para o relógio no canto direito da sala, antes de sair do lugar onde estava e ir sentar-se em cima de sua mesa no canto direito do ambiente — São exatamente 7:30, vocês tem até 9:30 para me entregarem a prova, e não adianta só marcar “a”, “b” ou “c” não, quero todos cálculos na folha extra que acompanha a prova, e não adianta chorar ou se espernear, ou nada. Vocês estão no sexto ano do colegial e não tô vendo nenhuma criancinha aqui não. — Escutei uma risadinha de deboche em algum canto atrás, mas achei melhor não virar pra ver quem era — Bom… vejamos… Sr. Nott, você, isso, você menino, tem outro Nott na sala por acaso? Achei que os únicos duplos fossem os dois Weasley. Vamos, menino, levante-se e venha pegar as provas para ir entregando aos seus colegas.

   Observei Theodore, sentado no fundão do outro lado da sala, apenas três cadeiras atrás de Draco e bem ao lado de Pansy Parkinson como se fossem... namorados? Ele me olhou e deu um risinho divertido, meio que me mostrando a língua em forma de cumprimento enquanto ia até a professora.

— Também estava olhando isso. — Disse Daphne em sussurro novamente me  fazendo voltar a olhar para ela — Ela esqueceu de separar o Theo e a Pans dessa vez. Ela odeia casais juntos.

— Ela não tem amor e quer destruir o nosso desde cedo? — Retruquei com um risinho baixo

   Daphne também sorriu.

— Não rir da solteirona do colégio, amiga. Que maldade. — Me repreendeu embora de brincadeira

   Nós nos entreolhamos balançando a cabeça e rindo baixo. Sorte que a professora não nos notou, só paramos de rir quando Theo passou por nossa fileira e nos entregou a prova meio que batendo com ela em nossas cabeças.

— Eu quero fila. — Falou lançando um olhar rápido de mim pra ela antes de voltar a entregar as demais provas

   Eu e Daphne nos entreolhamos de novo tentando segurar a risada.

— Se ele for depender de cola minha, ele repete de ano. — Ela sussurrou meio balançando a cabeça enquanto olhava para a prova em suas mãos — ‘Cê sabe de alguma coisa?

   Então eu neguei com a cabeça, tentando conter a risada. Aliás, por que tem letras na matemática??

   Era definitivamente estranho, mas, esquecendo a prova, Daphne até que é legal, mais que legal. Será que na outra dimensão ela também é assim tão simpática? Talvez seja, pelo menos, com os amigos dela.

   Eu só comecei a me irritar com a situação ao me tocar que devia está gastando meu tempo procurando uma Ametista e não… eu nem sabia que merda eu estava fazendo. Minha experiência com matemática era mais que decididamente ruim. Eu nunca quis fazer Aritmancia e não conseguia entender onde se encaixava nada daquele papel. E usar aquele tipo de pena esquisita que já vem com tinta dentro era mais anormal ainda. Mas eu gostei da outra pena, a que vem com um apagador, ao menos não precisamos rasgar o pergaminho e começar de novo quando erramos.

   Não vou dizer que me entristeci quando as horas de tormento acabaram. Passaram lentas, mas acabaram. E tenho certeza que eu zerei a prova.

   Eu saí logo depois que vi as primeiras pessoas saindo, então simplesmente entreguei o pergaminho pra professora e fiquei parada no corredor, olhando a porta da sala. Me vi, naquele momento, observando as pessoas que saiam e notei que todas eram da minha classe em Hogwarts na outra dimensão, embora fossem apenas membros da Gryffindor e Slytherin. Então lembrei-me do que Daphne falara… “Leões” e “Cobras”, aqui também devia ter isso de divisões de casas.

— Você nunca chega na hora, né? — Disse uma voz arrastada se aproximando

   Lá estava Rony, meu irmão gêmeo, coberto de sardas, o cabelo ruivo brilhando por baixo de um boné tão vermelho quanto as madeixas. Suas vestes todas de um tom entre o laranja, amarelo e marrom e no ombro ele tinha uma jaqueta bem parecida com a que Draco usava, embora a dele fosse vermelha. A mochila estava meio caída no ombro, e suas mãos no bolso o davam um ar despreocupado.

— Você me conhece, não? — Retruquei meio rindo

— A resposta era 314,51. A vírgula vinha depois do quatro, eu fiz o cálculo três vezes e em todos a resposta deu essa. — Ia dizendo uma garota de cabelos castanhos e cheios, com um óculos de grau redondo, que acabara de sair da sala, ao seu lado Draco vinha revidando a fala dela

— E você é o quê? Deus, que não pode errar? O meu deu 332,45 e eu também fiz o cálculo mais de uma vez! — Dizia ele mexendo nos cabelos loiros, sua popularidade deixada de lado pra rebater assuntos matemáticos — Posso ter errado todas, mas dessa eu tenho certeza, Mione, a resposta era a letra “D”. Não é possível que você não erre umazinha.

— Começaram! — Rony bateu com a mão no rosto — Lá vem os nerds da matemática.

— Amor, amor — Draco começou a chamar ao nos alcançar —, sua resposta da questão três quanto foi?

— A do gráfico? — Perguntei só pra confirmar

— Sim. — Ele respondeu enquanto a garota ao seu lado que eu logo notei ser Hermione ajeitou os livros no braço enquanto ajeitava o óculos? no nariz — Não foi 332,45? Você marcou letra “D”, não foi?

— Na verdade… — Falei quase corando — O meu deu 450 e alguns centavos, sei lá.

   Draco boquiabriu-se surpreso antes de relaxar e soltar uma risadinha como se dissesse que não cometi um erro tão grave e que estava tudo bem.

— Quatrocentos e cinquenta!? — Hermione repetiu muito surpresa — De onde você tirou esse número? Não tinha como de nenhuma forma o cálculo dar esse! E em nenhuma das alternativas tinha esse número.

— Por isso eu marquei o mais próximo de 450, letra “a”, trezentos e noventa e... alguma coisa. — Respondi com um dar de ombros

— Meu docinho, você tá bêbada? Você por acaso tomou alguma coisa antes da aula, amore mio? — Draco perguntou com carinho mexendo no meu cabelo e ainda achando a situação muito engraçada

— Eu… — E antes mesmo que eu terminasse de falar, os lábios dele já estavam colados nos meus, tão depressa quanto começara, cessou antes mesmo que eu pudesse ter alguma reação

— Não. Nada de álcool, só um gosto maravilhoso de pasta de dente de hortelã junto com os resquícios do capuccino de chocolate fermentado. — Ele falou voltando ao seu posto e me olhando com um sorriso — Aliás, por que você corou, amor?

   Muito nervosa, tentei voltar ao normal, mas ele já apertava minhas bochechas.

— Owww, eu amo quando você usa pouca maquiagem e deixa as sardas à mostra, também amo porque posso te ver coradinha. — Ele riu divertido — Ah, e aliás, você trocou a pasta de dente? A sua não é de menta e framboesa?

— Você pegou minha pasta de dente de novo, não foi!? — Rony me olhou meio bravo, me fazendo meramente balançar a cabeça. Eu nem sabia que tinha diferença afinal, só tinha pegado a primeira que achei no banheiro

— Devo ter trocado. — Murmurei para o meu irmão com um dar de ombros

— Bom, voltando a falar da questão três... — Recomeçou Rony depois de lançar um olhar enojado pra mim e Draco, o tipo de olhar que parecia dizer “tenho nojo de casal feliz” — o meu deu 334,50. Letra “E”.

   Hermione o olhou e suspirou fundo, fincando o óculos no rosto de novo, antes de dar um passo.

— Quer saber? Eu vou comprar um café, um bem forte.

— Ah, qual é, nem todos são gênios prodígios como você, Mione! — Retrucou Rony correndo para acompanhar a menina — Por que não se muda pra casa das Águias, afinal!?

    Eu observei os dois se afastarem, enquanto senti Draco voltar a mexer no meu cabelo. Eu ainda não fazia ideia de onde Harry havia se metido e já estava me irritando com isso, preocupada com a bendita Ametista.

— Quer sair daqui? — O loiro chamou minha atenção com um sorriso — Podemos ir para um lugar mais privado, que tal?

   Nem tive chance de responder, pois alguém nos chamou a atenção na mesma hora.

— Hey, Malfoy. Não tá fugindo dos amigos de novo, não?

   Giro o corpo no mesmo momento presenciando o grupinho das cobras. A pessoa que falou era Blaise Zabini, vindo ao lado dele e um pouco atrás estava Pansy Parkinson, o batom preto combinando com as roupas que tinha poucos detalhes em verde além da tiara em seu cabelo, ela andava meio abraçada com Theodore Nott que agora usava uma jaqueta igual a de Draco embora com um “N” onde o loiro tinha um “M”, Daphne os acompanhava junto com outra garota loira, era Sophie Roper, reconheci-a mesmo que seus cabelos não estivessem tão platinados, apenas um loiro caramelo, as roupas leves de cores pastéis, o lacinho no cabelo e o pingente com a letra “S” brilhando em seu pescoço, tal como seus brincos de pompom rosa só indicavam que ela tinha o mesmo estilo aqui, fofa e intrometida.

— Que fogo é esses, queridinhos? Não podem passar um tempo conosco? — Ela perguntou divertindo-se enquanto Daphne colocava um braço sobre ela que devia ter pelo menos uns cinco centímetros a menos que a outra

— Sempre tão formidável, não, Soph? —Draco perguntou meio rindo ao virar-se

— Nós estávamos comentando sobre a recuperação — Disse Pansy meio suspirando — , mas, obviamente, o senhor matemática não precisa se preocupar com isso, não?

— Ah, a prova até que não estava lá aquelas coisas, sabem… — Devolveu Draco

— Eu achei que estava horrível. —Comentei, não querendo ficar calada e feliz de saber que não fui a única a me dar mal

— Ai, Jujuba, eu tô com você, é sério. Acredita que a chata, sem-coração e maléfica da minha namorada não me passou uma resposta!? — Theo se lamentou — Nem umazinha sequer ela me deu.

— Porque eu não sabia nenhuma resposta, né!? — Ela rebateu — Queria o quê, que eu te passasse meus chutes?

— Eu e Rox estávamos ambas perdidas, não foi, ruiva? — Daphne riu — Eu não sabia nada de nada. Fala sério, todos sabem que matemática não é a matéria dos The Serpens. Tenho certeza que as maiores notas vão ser do pessoal dos Eagle.

— As Águias. — Repetiu Blaise meio enojado olhando um grupo de alunos adiante, alguns usavam jaqueta azul — Os intelectuais, hum. Quando é a prova de matemática deles?

— Hoje à tarde junto com As Abelhas. — Respondeu a tal Sophie enquanto seus brincos balançavam e ela olhava para o mesmo canto que ele — Amanhã é a festa da primavera, então com certeza é hoje.

— Eu gosto dos The Bees. — Disse Daphne como se só por dizer, as mãos entrelaçadas, envoltas do pescoço de Roper

— Todo mundo gosta dos The Bees. —Pansy retrucou — Principalmente nós das serpentes. Você, ruiva — E ela olhou pra mim —, vocês dos leões tem algo contra as abelhas?

— Os Hufflepuff? — Perguntei meio franzindo a testa

— Os quê? — Ela perguntou rindo — Linda, cê nunca vem pra escola sóbria, não?

   Eu me permiti rir com eles, tentando não parecer deslocada, mas no fundo sabendo que era sim dos Hufflepuff que eles estavam falando, algo na minha mente logo informou isso.

— Estávamos indo para o ginásio. —Anunciou Blaise ajeitando a mochila no ombro — Vocês dois vêm?

— Se forem cuidem logo, tenho que trocar de roupa pro treino de futebol dos The Serpens. — Pansy bocejou enquanto Theo bagunçava seu cabelo do jeito que um pai orgulhoso faria — Para, Nott.

— Ohhh, é que você fica tão fofa com o uniforme. — Ele riu

— Acho que quem fica linda de uniforme é a minha namorada. — Disse a tal Sophie e percebi Daphne abrir um sorriso meio a abraçando, foi quando me dei conta que aqui, nessa dimensão, elas namoram. E isso bugou totalmente minha cabeça, mas elas são tão fofas

— Alguém me trás uma tocha olímpica, por favor!? — Pediu Blaise levantando os braços aos céus nos fazendo rir

— Não precisaria de tocha se tomasse logo coragem pra chamar a garota hippie dos leões pra sair. — Alfinetou Pansy fazendo Blas corar, cruzar os braços e soltar um “me deixa!”

— Quer ver o treino das meninas, amor? De lá podemos ir almoçar antes do meu treino, que tal? — Draco me olhou esperando a minha opinião

   Eu estava prestes a responder quando finalmente brotou a pessoa que eu procurava desde cedo.

— Hey, Rox.

   O cabelo de Harry não podia estar mais bagunçado, só que de forma despojada, o óculos redondo no rosto, jeans e camiseta a combinar com a jaqueta vermelha que continha um “P” do lado direito. Mas o mais surpreendente era que aqui, Harry não tem uma cicatriz na testa.

— Harry. — Cumprimentei aliviada

— Potter, Potter, Potter! — Disse Draco com um tom divertido e um sorriso deixando tanto eu quanto Harry surpresos — Eaí, Hazz!

— Malfoy. — Harry devolveu sem jeito e muito menos jeito quando Draco estendeu a mão pra bater na dele com um bate de amigos próximos

— E aí, capitão dos The Lions preparado pra perder para os The Serpens no próximo jogo? — Meu namorado perguntou em tom brincalhão

— Nunca. Vocês tão preparados pra perder? — Harry retrucou

   Draco meramente riu.

— Sempre confiante, não, Hazz?

— Mas é claro. E então, Malfoy, se importa se eu roubar sua namorada um tempinho? — Harry perguntou de forma cautelosa

— Ora, Potter, você já tem uma Weasley, não? — Draco perguntou em um tom de brincadeira fazendo-nos rir — É zuera, claro, vocês são melhores amigos, não?

— Ótimo porque eu preciso tratar algo com a capitã do time de futebol dos leões. — Harry falou divertido

— Claro. — Disse Draco e virando-se pra mim acrescentou: — Nos vemos depois do meu treino? Ou no almoço?

— Acho que te encontro depois do treino. — Eu sorri, ele me beijou antes de dizer que me ligava quando o treino acabasse, então acenou e seguiu junto com as cobras no corredor à frente pelo qual Hermione fora seguida de Rony

   Fiquei por uns segundos olhando para as costas dele, rindo e brincando com Blaise, acompanhado dos dois outros casais.

— Também não esperava que essa dimensão fosse tão boa. — Harry suspirou fundo me fazendo voltar a olhá-lo, logo notando seu olhar cansado e o sorriso triste

  Helloooo bruxinhoooos!!

   Perguntaram se a Rox iria encontrar o Draco nessa dimensão... Bom e por isso vocês esperavam?? Kkkkkk

   Será essa a dimensão dos sonhos??

   Draco modelo? Sol e Rox amigas novamente? A família Weasley apoiando o namoro da Rox? Rox namorando com Draco? Rox sendo amiga dos membros das Cobras? Draco e Harry amigos?

   Mas, calma, calma, que a aventura deles só está começando... Aiaiaiai...

   Nos vemos sexta-feira.

– Bjosss da tia Nick.

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