09 | Drowned in Lies
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09. Afogada em
Mentiras
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Você pode continuar mentindo pra si mesma, mas acho que eu e você sabemos bem a verdade, não é Weasley!?
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Tive uma noite inquieta. Não sei se chegava a ser um pesadelo, mas era no mínimo estranho, minha mãe soluçava sobre o cadáver de Monstro, observada por mim e Rony que estavamos usando coroas, e mais uma vez me vi naquela floresta estranha, as lápides e depois me senti presa em um lugar minúsculo.
Acordei bruscamente com a minha cabeça doendo e encontrei Rony já vestido e falando comigo e Harry, que consequentemente também estava deitado.
— ... é melhor vocês se apressarem, mamãe está furiosa, diz que vamos perder o trem...
Havia grande confusão e barulho na casa. Pelo que ouvi enquanto me vestia rapidamente, consegui entender que Fred e George tinham enfeitiçado seus malões para voar escada abaixo, a fim de economizar o trabalho de carregá-los, e, em consequência, eles haviam colidido diretamente com Ginny e feito ela rolar dois lances de escada até o corredor; a Sra. Black e mamãe estavam ambas berrando a plenos pulmões.
— ... PODERIAM TÊ-LA MACHUCADO SERIAMENTE, SEUS IDIOTAS...
— MESTIÇOS IMUNDOS, EMPORCALHANDO A CASA DOS MEUS PAIS...
Hermione entrou correndo no quarto com o rosto afogueado, na hora em que Harry estava calçando os tênis, e eu arrumava meus cabelos. Ela carregava Bichento a se debater em seus braços.
— Vocês já estão prontos?
— Quase. A Ginny está bem? —Perguntou Harry, pondo os óculos no rosto
— A Sra. Weasley já cuidou dela. — Disse Hermione — Mas agora Olho-Tonto está protestando que não podemos sair até Estúrgio chegar, ou ficará faltando uma pessoa na guarda.
— Guarda? — Perguntou Harry — Temos de ir a King’s Cross com uma guarda?
— Você tem de ir a King’s Cross com uma guarda. — Corrigiu-o Hermione
— Por quê? — Perguntou Harry, irritado — Pensei que Voldemort estivesse agindo nas sombras ou será que você está me dizendo que ele vai pular de dentro de um latão de lixo e tentar me matar?
— Seria engraçado. — Soltei uma risadinha, mas os dois me lançaram olhares sérios — Ah... desculpa.
— Eu não sei, foi o que Olho-Tonto disse. — Respondeu Hermione desatenta, olhando para o relógio — Mas se não sairmos logo decididamente vamos perder o trem...
— SERÁ QUE VOCÊS PODEM DESCER AQUI, AGORA, POR FAVOR! — Berrou mamãe, e Hermione deu um salto como se tivesse se escaldado, e saiu correndo do quarto. Harry agarrou Edwiges, enfiou-a sem cerimônia na gaiola, no mesmo instante em que eu me levantava agarrando Marshall e a gaiola de Mynes, mas logo saímos atrás dela, arrastando nossos malões
O retrato da Sra. Black uivava de fúria, mas ninguém se preocupava em fechar as cortinas sobre seu retrato para fazê-la calar; todo aquele estardalhaço no corredor com certeza iria tornar a despertá-la.
— Harry, você vem comigo e com Tonks. — Gritou mamãe, tentando abafar os repetidos guinchos de “SANGUES-RUINS! RALÉ! CRIATURAS DA IMUNDÍCIE!” — Deixe o malão e a coruja, Alastor vai cuidar da bagagem... ah, pelo amor de Deus, Sirius, Dumbledore disse não!
Um cachorrão peludo aparecera ao lado de Harry quando ele tentava escalar os vários malões que atravancavam o hall e chegar à mamãe.
— Ah, francamente... — Respondeu mamãe, desesperada — Bom, que seja mas por sua conta e risco!
Ela abriu com violência a porta de entrada e saiu para o dia palidamente iluminado de setembro. Harry e o cachorro a acompanharam. A porta bateu às costas deles, e os guinchos da Sra. Black cessaram instantaneamente.
— Vega e Amélia venham comigo, deixem as corujas, pois nós vamos pegar o metrô. — Informou a Profa. Misttigan
As duas apenas agarraram suas malas e saíram junto com a professora, esperamos alguns minutos antes que eu, Rony, e Mione saíssemos acompanhados de papai. Fred, George e Ginny viriam com Lupin atrás da gente.
Levamos vinte minutos para chegar a King’s Cross a pé, e nada excitante aconteceu durante esse tempo, exceto um cachorro ter espantado uns gatos. Uma vez na estação, paramos displicentemente ao lado da barreira entre as plataformas nove e dez até não haver ninguém à vista, depois, um a um, atravessamos para a plataforma nove e três quartos, onde o Expresso de Hogwarts nos aguardava, arrotando fumaça escura sobre a plataforma apinhada de alunos que iam embarcar e suas famílias. Aspirei aqueles cheiros familiares e senti meu ânimo fortalecer... ia realmente regressar.
Logo avistamos Moody, com um boné de carregador cobrindo os olhos díspares, ele havia passado mancando pelo arco, segundos antes que eu, Rony, Mione e papai, atrás de um carrinho carregado com as malas. A Profa. Misttigan já estava lá junto com Harry, Tonks e mamãe, com Lia e Vega.
Tínhamos praticamente descarregado o carrinho de bagagem quando Fred, George e Ginny apareceram com Lupin.
— Nenhum problema? — Rosnou Moody
— Nada. — Respondeu Lupin
— Ainda assim, vou dar parte de Estúrgio a Dumbledore. — Disse Moody — É a segunda vez em uma semana que ele não aparece. Está ficando tão irresponsável quanto Mundungo.
— Bom, cuidem-se bem. — Desejou Lupin, apertando a mão de todos. Despediu-se de Harry por último e lhe deu uma palmada no ombro — Você também, Harry. Tenha cuidado.
— É, cabeça baixa e olhos alertas. — Disse Moody, apertando a mão do garoto também — E não se esqueçam, todos vocês: cuidado com o que escrevem. Se tiverem dúvida sobre alguma coisa, não a mencionem em carta.
— Não se preocupem, vou ficar de olho neles. — Informou a Profa. Misttigan
— Foi ótimo conhecer vocês. — Disse Tonks, abraçando Hermione, Amélia e Ginny, logo a mim e Vega também — Logo nos veremos, espero.
Soou um primeiro apito; os alunos, ainda na plataforma, correram para o trem. Vega virou-se para o cão negro e o abraçou forte, seus olhos quase lacrimejando.
— Depressa, depressa. — Disse mamãe, distraída, abraçando-nos a esmo, e segurando Harry duas vezes —Escrevam... se comportem... se esqueceram alguma coisa nós mandaremos... agora subam no trem, depressa... Rox, se alimente direitinho, Rony, obrigue sua irmã a comer...
Por um breve momento, o enorme cão negro ergueu-se nas patas traseiras e apoiou as dianteiras nos ombros de Harry, mas mamãe empurrou o garoto em direção à porta do trem.
— Pelo amor de Deus, Sirius, comporte-se mais como um cachorro! — Sibilou ela — Sienna, controla seu marido.
Misttigan de repente ficou vermelha com a fala de mamãe, e Sirius se aquietou, tenho certeza de que porque os dois nunca chegaram a se casar.
— Até mais! — Gritou Harry pela janela aberta, quando o trem começou a andar, enquanto eu, Rony, Hermione, Vega e Ginny acenavamos ao seu lado. As silhuetas de Tonks, Lupin, Moody, meus pais e a Profa. Misttigan foram encolhendo rapidamente, mas o cachorro preto continuou saltando ao lado da janela, abanando o rabo; gente na plataforma agora pouco visível ria de ver o cão correndo atrás do trem, então contornarmos uma curva, e Sirius desapareceu
— Ele não devia ter vindo com a gente. — Comentou Hermione, manifestando preocupação na voz
— Ah, qual é, Mione. — Protestou Vega — Ele não vê a luz do dia há meses, coitado, né!
— Aquele cão é de vocês? — Disse uma voz divertida vindo de trás da gente — Achei ele irado.
— Lee!? — Abri um sorriso ao ver o garoto alto de cabelos rastafári parado atrás da gente
— Oi, honey. Sentiu minha falta?
Me adiantei e pulei no pescoço do meu namorado o abraçando forte, talvez eu realmente estivesse morrendo de saudades dele.
— Podem não fazer isso em local público? — Protestou Rony cruzando os braços e nos encarando
— Eai, pessoal. — Cumprimentou Lee rindo quando nos separamos do abraço
— Tás sabendo que tá namorando uma monitora, Lee? — Perguntou George com a cara meio séria
— Monitora? — O menino pareceu intrigado, mas logo me olhou com um sorriso — É sério? Você é monitora, meu Deus, parabéns, linda. — Acrescentou me abraçando de novo, e os gêmeos pareceram indignados por Jordan ter gostado da notícia
— Bom. — Disse Fred, batendo palmas — Acabou a ceninha linda, não podemos ficar aqui conversando o dia inteiro, temos negócios a discutir com você, senhor Jordan, lembra? Vemos vocês mais tarde. — E ele e George puxaram Lee o afastando de mim e desapareceram pelo corredor à direita. Jordan só teve tempo de acenar e dizer que falaria comigo depois
O trem continuou a ganhar velocidade, fazendo os garotos que continuavam em pé balançarem, e transformando as casas em imagens fugidias.
— Vou procurar as meninas, tchauzinho. — Anunciou Amélia pegando suas coisas e desaparecendo no corredor
— Então, vamos arranjar uma cabine? — Convidou Harry
Eu e Rony nos entreolhamos.
— Hum. — Falou Rony
— Nós... bem... Rony e eu temos de ir para o carro dos monitores. — Falei, sem jeito
Rony não estava olhando para Harry; parecia vivamente interessado nas unhas da mão esquerda. E Hermione pareceu bem chateada, pra não dizer irritada.
— Ah. — Respondeu Harry — Certo. Ótimo.
— Acho que não temos de ficar lá a viagem inteira. — Acrescentou depressa — Nossas cartas dizem que vamos receber instruções dos monitores-chefes e depois patrulhar os corredores de tempos em tempos.
— Ótimo. — Repetiu Harry — Bom, eu... eu talvez veja vocês mais tarde, então.
— É, com certeza. — Disse Rony, lançando um olhar esquivo e ansioso ao amigo — É chato ter de ir para lá, eu preferia... nós... mas temos de ir... quero dizer, não estou me divertindo, não sou o Percy.
— Nem eu. — Me apressei em dizer
— Sei que vocês não são. — Disse Harry, rindo
Eu e Rony saímos arrastando nossos malões, Mynes e Píchi, engaioladas, e Marshall no bolso do meu moletom, partindo em direção à frente do trem.
— O que acha que vão falar lá? — Perguntei para Ron enquanto andávamos
— Espero que não demorem. Estou faminto. — Disse ele
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Na altura que eu e Rony retornavamos para o meio do trem, a procura de Harry e Mione, uma hora depois, eu não estava no meu melhor humor, uma raiva crescente inundava meu corpo de uma forma que eu tive quase certeza que meu rosto estava da cor do meu cabelo.
— Bom... não precisa ficar assim, já era meio esperado não era? — Comentou Rony enquanto andávamos no corredor
— Rony, só cala a boca, vai! — Falei lhe lançando um olhar mortal
Mynes e Pichitinho piavam nas gaiolas quando eu abri com força a porta da cabine que eles estavam, Harry, Mione, Vega, Ginny e Neville.
— Estou morto de fome. — Disse Rony, guardando Píchi ao lado de Edwiges, passando a mão num sapo de chocolate de Harry e se atirando no lugar a seu lado. Abriu, então, a embalagem, arrancou a cabeça do sapo com uma dentada e se recostou, com os olhos fechados, como se tivesse tido uma manhã exaustiva. Eu joguei Mynes ao lado de Píchi e sentei ao lado de Vega, cruzando os braços sem falar com ninguém
— Manhã difícil? — Perguntou Vega nos analisando
— Parecemos felizes? — Perguntei sem a olhar e ainda emburrada
— Que foi que aconteceu afinal? — Harry perguntou curioso
— Bom... — Respirei fundo e me sentei direito antes de tornar a falar — Tem dois monitores do quinto ano de cada casa. Um garoto e uma garota.
— Por isso que você tá assim? — Se admirou Mione
— Ah, não é por isso. — Riu-se Rony ainda com os olhos fechados apreciando o sapo de chocolate — Ela está com esse humor negro desde que descobriu quem é os monitores da Slytherin. Adivinhem só.
— Malfoy e Parkinson? — Sugeriu Vega
— Malfoy! — Respondeu Harry na mesma hora, certo de que seus piores receios teriam se confirmado
— Claro. — Disse Rony amargurado, enfiando o resto do sapo na boca e apanhando mais um
— Aquela completa vaca, cara de buldogue, Pansy Parkinson! — Exclamei com ferocidade — Como foi que chegou à monitora, sendo mais obtusa que um trasgo lesado, tão burra quanto...
— Quem são os da Hufflepuff? — Perguntou Harry, me interrompendo
— Ernesto Macmillan e Ana Abbott. — Respondeu Rony com a voz empastada
— Da Ravenclaw é o Anthony Goldstein e Padma Patil. — Continuei
— Anthony Goldstein? — Perguntou Mione — Não é aquele que era atrás de você no segundo ano? — Acrescentou fazendo todos rirem, menos eu
— Ah, nem vem, Mione. — Cruzei os braços novamente
— Temos de patrulhar os corredores a intervalos. — Disse Rony mudando o assunto — E podemos castigar os alunos que não estiverem se comportando. Mal posso esperar para apanhar Crabbe e Goyle fazendo alguma coisa...
— Você não pode abusar da sua posição, Rony! — Ralhou Hermione
— Certo, porque o Malfoy não vai abusar nem um pouquinho da dele. — Respondeu Rony com sarcasmo
— Então você vai se rebaixar ao nível dele?
— Não, só vou garantir que apanho os amigos dele antes que ele apanhe os meus.
— Pelo amor de Deus, Rony...
— Vou fazer Goyle escrever cem vezes a mesma frase, ele vai morrer, odeia escrever. — Disse Rony alegremente. E baixando a voz para imitar os grunhidos de Goyle, contraiu o rosto fingindo dolorosa concentração e escreveu no ar. — “Eu... não... devo... ter... cara... de... bunda... de macaco.”
Todos rimos, seria decididamente engraçado ver isso.
— Então vocês são mesmo os novosmonitores? — Perguntou Neville. Só então olhei para o menino e percebi que tinha um vaso em sua mão, nele tinha algo parecido com um pequeno cacto cinzento, exceto que era recoberto de pústulas, em vez de espinhos
— Aham... Neville, o que é isso?
— Ah... — Seus olhos de repente brilharam de excitação — Mimbulus mimbletonia. — Disse orgulhoso —Ganhei de aniversário.
Olhei atentamente para a coisa, ela pulsava levemente, o que lhe dava a aparência sinistra de um órgão interno avariado.
— É uma escrofulária realmente rara. — Comentou Neville radiante — Nem sei se na estufa de Hogwarts tem uma. Mal posso esperar para mostrar à Profa. Sprout. Meu tio-avô Algie conseguiu-a para mim na Assíria. Vou ver se consigo multiplicá-la.
Eu sabia que o assunto favorito de Neville era Herbologia, mas, por mais que me esforçasse, não conseguia imaginar o que o garoto poderia querer com aquela plantinha nanica.
— Ela faz alguma coisa? — Perguntei
— NÃO! — Exclamaram Harry, Mione e Vega no mesmo instante
— Ah, não sejam idiotas. — Riu-se Ginny quando Neville se retraiu
— O que foi?
— Bom, é que ela tem um fantástico mecanismo de defesa... — Explicou Neville ainda meio tímido
— E bota fantástico nisso. — Ironizou Vega — Há alguns minutos atrás, o Neville já demonstrou para a gente. Foi só espetar a planta com a pena e ela espirrou um líquido de todas as pústulas; jatos verde-escuros, malcheirosos, e espessos.
— Bateram no teto, nas janelas, nos nossos rostos... e tem um cheiro horrível de estrume rançoso. — Completou Hermione
— Nada que um feiticinho não resolva, eu limpei tudo depois. Deixem de ser dramáticos. — Ginny riu novamente
— Desculpem por isso. — Pediu Neville, tímido
Eu apenas ri e tirei Marshall do bolso do meu moletom.
— Olha Neville, ganhei dos meus pais por ser escolhida monitora, esse é o Marshall! — Exclamei balançando o furão na frente do rosto do garoto
Mas o garoto nunca teve oportunidade de responder, pois naquele momento a porta da cabine foi aberta. Eu olhei imediatamente para lá, já esperava por isso, o que não tornou mais agradável a visão de Draco Malfoy, com Pansy agarrada ao seu braço, e ladeado por seus dois comparsas Crabbe e Goyle.
— O universo me odeia mesmo, hem. — Resmunguei pra mim mesma
— Que é? — Disse Harry agressivamente, antes que Malfoy pudesse abrir a boca
— Modos, Potter, ou terei de lhe dar uma detenção. — Entoou Malfoy, cujos cabelos lisos e louros eram tão proporcionais ao seu rosto e o faziam ser tão lindo quanto arrogante, e isso me irritava bastante, o fato de continuar o achando lindo — Como está vendo, ao contrário de você, fui promovido a monitor, o que quer dizer que, ao contrário de você, tenho o poder de distribuir castigos.
— É. — Disse Harry — Mas, ao contrário de mim, você é um babaca, por isso se manda e deixa a gente em paz.
Rony, Hermione, Ginny, Vega e Neville riram. Malfoy crispou o lábio.
— Vem cá, Potter, como é que você se sente perdendo a liderança para o Weasley?
— E você, Granger, como se sente perdendo para uma louca? — Se adiantou Parkinson, no que nós não fomos os únicos a olhar para ela com raiva, Draco pareceu bem perdido e incomodado
— Cala a boca, cara de buldogue! — Vociferei me colocando em pé e encarando a garota que era bem mais alta do que eu — Me diz, Malfoy como você aguenta esse encosto do seu lado? Tem que ser muito corajoso pra namorar com a garota mais idiota e irritante de Hogwarts.
Draco deu um risinho de desdém no mesmo instante que Pansy quase saltava em cima de mim.
— E você namora com o cara mais sem noção de toda Hogwarts! — Devolveu ele me fitando com a mesma intensidade
— Como você aguenta ser tão babaca? Juro que não entendo como você se afogou dessa forma!
— Eu?? Acho que eu quem deveria te perguntar isso né, Weasley. Acho que as pessoas que me chamam de orgulhosos é porque não te conhecem...
— Eu, orgulhosa!? Eu quem sou orgulhosa!?
— Você sim... e você sabe bem disso! Por mais que seja lerda, acho que não é tão idiota assim!
Continuamos nos encarando seriamente e ninguém na cabine parecia entender aquilo, além de mim e Draco, ambos carregados de ódio e ressentimentos.
— Mas se você gosta de viver nas mentiras, boa sorte pra você! — Prosseguiu Draco seriamente
— Mentiras?! Que mentiras? O que eu estou vivendo é puramente verdadeiro, não há nada de mentiras...
— Ah, é? — Ele deu um risinho, mas então baixou seu olhar — Bonito colar...
Meu coração palpitou no momento em que eu também baixei o olhar para o colar de prata no meu pescoço, onde tinha a inicial do meu nome em um coração, aquele colar... aquele maldito colar que eu continuo usando mesmo depois de anos; colar esse que me faz lembrar da primeira vez que eu e Draco nos beijamos, e de tudo que vivemos, antes de eu mesma jogar tudo fora por causa do baile de inverno. Senti minhas bochechas esquentarem, por mais que ninguém percebesse ou entendesse o motivo, o maldito loiro sabia bem.
— Você pode continuar mentindo pra si mesma, mas acho que eu e você sabemos bem a verdade, não é Weasley!? — Disse ele seriamente, e eu levantei a cabeça fazendo força para o encarar — Mas continue com suas mentiras, se afogue nelas se é isso que você quer! Continue com esse seu maldito orgulho, afogada em mentiras e mais mentiras!
— Mas de que droga ele está falando? — Perguntou Rony encarando Draco com intensidade
— Cala a boca, Malfoy! — Mandou Vega rispidamente
— Amorzinho, do que você está falando? — Perguntou Pansy com uma voz melosa que me fez querer vomitar
— “Amorzinho”!? — Revirei os olhos — Draco, vai pra Azkaban, você e a nojenta da sua namorada antes que eu arranque os cabelos dessa idiota e quebre a cara dela até ela esquecer que tem nome!
— Bater em mim, é? — Pansy riu e se soltou do braço de Draco andando até mim
— Pansy, quieta! — Draco a repreendeu e a menina parou
No mesmo instante Marshall saltou do meu bolso e eu o peguei nas mãos.
— Olha só... — Parkinson riu novamente analisando o meu furão — Ela está tão apaixonada pelo meu namorado que até comprou uma doninha pra lembrar dele. Ah, que fofa.
Draco bateu com a mão no rosto no mesmo instante que todos olharem para Parkinson com uma cara de indagação.
— Tudo tem limites. — Vega deixou escapar uma risadinha
Eu teria rido se não fosse minha vontade de partir pra cima daquela garota.
— Doninha!? Isso é um furão, destrambelhada, já vi ser burra, mas no nível Pansy Parkison deveria ser considerado xingamento. — Suspirei e a garota bufou parecendo vermelha de raiva
— Hum. — Disse Draco, sorrindo com afetação, puxando Pansy para junto dele, e desviando o olhar de mim, me ignorando novamente, como sempre fazia, simplesmente fingir que não existo e voltar a resmungar com Harry — Bom, trate de se cuidar, Potter, porque vou estar na sua cola como um cão de caça, caso você saia da linha.
— Fora daqui! — Disse Hermione, ficando de pé
Abafando o riso, Malfoy lançou um último olhar malicioso a Harry, nem olhou para mim, e saiu da cabine com os dois amigos pesadões em sua esteira, e a idiota da Parkinson agarrada ao seu braço.
Hello bruxinhoooos!!
Quem estava com saudades da doninha albina? Eu sim kkkk. Pois é, veremos Dranne em pé de guerra por todo o quinto ano. Triste? Pois é kkkk.
Último capítulo de 2021, obrigada por tudo moressss, tudo mesmo. Amo cada um de vocês, comecei a postar a 1° temporada de TW dia 3 de março desse ano e aqui estamos nós, obrigada por estarem sempre acompanhado, vocês são muito especiais pra mim.
Meia noite eu apareço nos avisos pra desejar um Happy New Year pra vocês.
É isso...
Spoiler: O capítulo de segunda tem a entrada da maravilhosa Luna Lovegood.
– Bjos da tia Nick.
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