i. duas gotas de amor
ii. 3/4 de presentes
iii. uma pitada de morte

❛❛DEZENOVE❞

Alina estava radiante enquanto vestia suas vestes negras mais bonitas, era um dia de pesar ao mundo bruxo, um dia tão sombrio mas como se o destino zombasse daquela morte o sol reluzia derretendo um pouco de toda aquela neve acumulada.

Seu cabelo estava preso em tranças no topo de sua cabeça onde uma tiara reluzia no topo de seu penteado, a loira estava pronta para um baile e não para um enterro. Mas o que ela podia fazer? Era um dia de festa até onde ela sabia.

Ser a causa da morte de alguém era delicioso.

A garota quase podia entender um pouco mais seu noivo psicopata, era viciante.

Na primeira vez que ela havia feito aquilo ela não estava sóbria o suficiente para apreciar, fora um momento de desespero, uma solução para algo definitivamente dessa vez fora diferente.

Então talvez seu sorrisinho estivesse lhe entregando um pouco quando aparatou com os Malfoys, mas era extasiante.

— Se controle Alina — Riddle resmungou segurando o braço da noiva quando chegaram no cemitério bruxo.

Os Avery haviam declarado a morte do filho mais novo como assasinato na manhã seguinte por puro orgulho é claro, mas fofocas eram poderosas, Alina não sabia exatamente quem havia começado o boato mas sussurros circularam o resto da semana pelo mundo bruxo que ele havia se matado.

A loira tinha algumas suspeitas é claro, o garoto ao seu lado parecia bem presunçoso quando voltou do ministério poucos dias atrás.

— O que? Estou apenas apreciando o dia.

Riddle bufou e apontou para a amiga de Alina.

— Vamos cumprimentar os pais dele, venha.

E então eles foram até o casal a frente, a mulher olhava para o caixão fechado com desespero.

Não havia restado muito para se olhar depois daquela poção e Alina se orgulhava disso.

— Senhor e Senhora Avery, nossos pêsames — Riddle começou.

— Eu sei o quão horrível é perder um familiar, que Merlin conforte seus corações. — Alina falou — Nina estava tão ansiosa para o casamento, eu ia ser uma das madrinhas é claro.

O homem apenas acenou respeitosamente enquanto a mulher segurava as lágrimas.

— Ele era apenas meu bom menino, não posso acreditar que isso aconteceu, ele sempre foi tão doce.

— Ele fazia parte de algo grande meus senhores, não vamos deixar isso em pune, vamos achar quem fez isso com ele — Riddle afirmou — Um momento senhor Avery?

E então eles saíram enquanto Alina ia até a melhor amiga que olhava estoicamente para o caixão enquanto a mãe da mesma chorava quase tanto quanto a mãe do menino.

— Nina — Alina exclamou chegando perto da menina que olhou sem reação para a loira. — Senhora Faye.

Alina e Bella estavam esta última semana com a melhor amiga tentando consolá-la, mas nada do que havia acontecido parecia o suficiente para tirar a amiga de sua concha, a loira estava preocupada.

— Alina querida — a mulher falou tentando se recompor — Você pode ficar com Nina um minutinho? Preciso falar com a Senhora Avery.

— Claro — Alina falou — Por que você não vem comigo Nina?

E então elas se afastam daquele turbilhão de gente.

— Como você está?

A morena respirou fundo antes de falar.

— Péssima...eu sinto, Merlin, como se fosse minha culpa Ally. Naquela noite eu desejei tanto que tudo mudasse, que algo acontecesse para esse noivado não ir para frente, mas eu juro Ally não foi isso que eu pedi, não, não eu não queria ele morto ...eu faria esse casamento acontecer, eu juro.

Alina apenas abraçou a melhor amiga com um suspiro.

— Eu sei, querida, eu sei — Alina confortou — Não foi sua culpa Nina, nós nem sabemos o que aconteceu direito.

A menina fungou apertando mais a amiga.

— Alguém de seus negócios, eu tenho certeza Ally, ele estava mexendo com coisas estranhas, fazendo negócios obscuros, eu tentei alertá-lo, mas você conhece esses tipos de bruxos.

— Eu acredito em carma Nina, se ele não mexeu com o que não devia amiga, bom, foi ele que procurou você não tem nada haver com isso, não foi sua culpa ok? Você ainda tem toda a vida pela frente Nina.

— Eu sei, mas as vezes é tão difícil respirar, eu não entendo, é tão estranho saber que tudo mudou, que amanhã não vai ser exatamente como o planejado.

— Bem vinda a vida real amiga, aqui você manda em suas próprias escolhas, não seus pais e nem ninguém, muita merda pode acontecer sem a gente perceber, você precisa ser forte Nina.

— Eu estou tentando.

— Eu sei que é difícil amiga, mas você é muito mais que um casamento proposto por seus pais, muito mais que um menino que você nem gostava, você é uma das corvinas mais inteligentes que eu já conheci, uma bruxa talentosíssima que não pode te parar, fique firme.

Com um último abraço e sentindo a amiga finalmente relaxar em seus braços, Alina sabia que ela iria ser capaz de enfrentar aquilo, a morte podia ser um carma mas nunca o inimigo.

Ambas voltaram para o enterro quando Alina sentiu algo pinicando sua nuca, definitivamente não era o olhar de riddle que a arrepiava de longe, então ela não devia ter ficado tão surpresa quando viu Dumbledore ali prestando suas condolências aos Avery.

Alina não sabia o por que tanta surpresa lhe preencherá, talvez todo o tempo com Riddle lhe estivesse lhe deixando paranoica.

Mas quando o professor se dirigiu exatamente em sua direção, ela sabia que não estava ficando louca.

— Professor — Nina que ainda estava do lado da loira falou com admiração — que prazer o senhor aqui, Avery ficaria muito honrado.

O homem sorriu segurando as mãos da morena.

— Sinto muito pela sua perda, Senhorita Faye, ele era um menino adorável.

Nina sorriu de lado, mas apenas assentiu.

O professor se virou para Alice no instante seguinte.

— Alina querida, posso falar com você um segundo? Já lhe devolverei a senhorita Faye.

Alina forçou um sorriso e com um último abraço na amiga segue o professor até o salão reservado com quitutes para todos após o enterro.

— No que posso te ajudar, senhor?

O professor olhou em volta antes de lançar um abaffiato sem a varinha em volta da sala.

— Não sei se ficou sabendo Alina, mas foi notificado a morte de Avery por envenenamento da madrugada de natal, após uma minuciosa investigação do ministério foi apontado suicidio, não assasinato.

Alina arregalou os olhos e ofegou.

— O que? Os Avery sabem disso? Nina, Merlin, ela definitivamente não deve saber disso.

— Os Avery pagaram uma quantia muito grande ao ministério para manter o sigilo, senhorita, então creio que a senhorita Faye não saiba de nada. Mas não terá investigações sobre o caso.

Alina olhou curiosa para o professor.

— O senhor está me contando isso para que eu possa contar a minha amiga?

O professor negou.

— Estou lhe contando isso por que o veneno não foi constatado em nenhum banco de dados do ministerio, não rastreável em tese.

— Em tese?

— Bom, algo suspeito foi encontrado no quarto dele naquela manhã, uma rosa negra junto com uma carta bastante detalhada de uma poção mortal mas comum.

Alina arregalou os olhos, ele definitivamente sabia.

— Então ele pediu a Rosa Negra...? Espere outra poção?

O professor suspirou mas não desviou o olhar nenhum segundo, se Alina pudesse apostar ele definitivamente estava lendo sua mente e tudo que acharia seria beijos pecaminosos no banheiro Malfoy e ela e Riddle juntos durante a noite.

— Não foi um suicidio Alina, nós sabemos disso.

A garota franziu o cenho para o professor.

— Sabemos? Então o senhor está insinuando que foi realmente um assasinato?

— Não, minha querida, eu estou afirmando.

Alina não disse nada com essa afirmação, o professor parecia analisar cada pensamento da loira. Sua oclumência não era mais poderosa que a dele, ela sabia.

— Senhorita Strong, não sei que jogo você está jogando, mas não é tarde demais.

Alina fez uma careta diante o sobrenome.

— Schwarze Rose, senhor. Esse é meu nome, e sinto muito, não faço ideia do que está dizendo, eu não tenho jogo nenhum em minha mente.

— Eu te falei na nossa última conversa Alina, você está rodeada de pessoas perigosas, se eles descobrirem que você anda brincando os leões, ele não vai te salvar.

— Eu não preciso que ele me salve, senhor.

— O ministério não é tão tolo quanto vocês pensam Alina, nada é infalível e se eu fosse você minha querida parava enquanto ainda dá tempo, esse não é um caminho que você quer seguir. O poder cega, mas não é para sempre.

— Eu realmente não sei do que o senhor está falando, senhor.

— Você tem talento Alina, não use ele para o mal.

Alina riu divertida.

— E no que eu vou usar senhor, para o bem? — Ela perguntou levantando as sobrancelhas.

— Salvar é mais gratificante do que arruinar, Alina.

Eu sei disso — a garota falou — posso estar andando com pessoas erradas senhor, mas o poder é volátil e eu não quero ele.

— Fico feliz em ouvir isso, mas você sabe como as linhas são borradas certo? Eu queria ter salvado Tom, mas eu sei que é tarde, mas você não é ele Alina.

A garota assentiu com um suspiro.

— Eu sei disso senhor, mas como o senhor disse, é tarde demais. — a loira olhou para a porta — mais alguma coisa?

O professor então suspirou derrotado.

— Deseje feliz aniversário para o Tom por mim.

— Eu falarei, obrigada senhor.

E então ela saiu amaldiçoando em sua cabeça sua própria estupidez, se Dumbledore tinha descoberto, quanto tempo até o ministério do saber?

Para seu próprio bem, Alina esperava que nunca.

[THE POISON]

O enterro finalmente tinha acabado quando Alina achou Riddle novamente, o rapaz estava cada dia mais calculista e Alina não podia negar que aquilo era extremamente atraente. Era o último dia do ano mas Riddle parecia renovado de alguma forma, Alina não sabia exatamente seus planos de socialização mas a cada que passava os patronos sangue puro pareciam reconhecer o mesmo.

E daquela vez não era diferente, então quando todos se dirigiram até a sala dos quitutes Alina enganchou seu braço no do noivo e sorriu se desculpando aos senhores sangue puros entretidos.

— Aquilo era uma conversa séria, Alina — o moreno respondeu pegando uma taça de champanhe de um dos elfos domésticos que agora distribuem a todos e entregou uma a ela.

— Você está nessa mesma ladainha as férias de inverno toda, descance, é seu aniversário.

— Aniversário são apenas datas comuns.

— Eu gosto do seu aniversário e todo esse sentimento sóbrio que o roda. Vem comigo.

Então ela levou ele para fora daquele salão.

— Tenho um presente para você.

— Realmente? Não acho necessário.

Ela riu divertida do olhar quase indigna dele.

— No ano passado eu dividi sua alma pela primeira vez, você devia confiar mais em mim.

Ele olhou descrente para ela.

— Eu definitivamente paguei por aquilo.

— Detalhes Riddle, agora pare de resmungar.

Ela levou o mesmo até a floresta onde havia passeado um pouco com Nina e sorriu quando viu que tudo continuava ali.

— Feche os olhos.

— Realmente Alina?

— Não seja um estraga prazeres, vá logo ou não vou te devolver a aqueles senhores entediantes.

Riddle a muito contra a gosto fecho os olhos enquanto Alina sorria de ponta a ponta.

A garota não tinha exatamente planejado aquilo, mas sempre foi boa em improvisar então com um simples movimento da varinha conjurou um laço prateado e com um sorrisinho paralisou a enorme cobra esverdeada.

Bom, aquilo provavelmente se enquadrar em algum crime ambiental, Alina não tinha certeza enquanto levitava a cobra e delicadamente colocava o laço na cabeça assustadora da mesma.

— Alina.

— Quase, um segundo, tudo bem pode abrir os olhos.

Riddle olhou desacreditado a cena a frente, a loira apresentava com um sorrisinho divertido a enorme cobra com um laço adorável em uma aparência nenhum pouco adorável.

Desfazendo o feitiço paralisante, Alina gritou quando a cobra tentou atacá-la, a loira logo se escondeu atrás do moreno.

— Esse é meu presente de aniversário? — ele perguntou rindo enquanto tentava acalmar a cobra em língua de cobra.

— Riddle — ela retalhou enquanto ele ria vendo a cobra tentando atacar a loira — faça alguma coisa.

— Acho que ela não gostou muito do laço. — ele falou conversando com a cobra até ela parar de tentar atacar a loira mas nunca desviando o olhar. — O nome dela é Nagini.

— Diga para ela que foi uma brincadeira — Alina sussurrou para o noivo ainda sem sair de trás do mesmo.

— Ela definitivamente te quer para o jantar Alina — ele falou curioso — ela é um maledictus.

— Um o que? — Alina perguntou sem entender.

— Uma bruxa amaldiçoada, que interessante.

— Não tenho certeza se ela acha tão interessante Riddle — Alina falou desviando o olhar da cobra — Ela combina com você.

— Acho que ela ainda não desistiu de você, querida, ela está indo para a mansão Malfoy.

— O que? — Alina arregalou os olhos quando a cobra se mexia na direção contrária.

Riddle sorriu maliciosamente enquanto virava a noiva em sua direção e depositava um beijo em seus lábios, rápido e quente mordiscando seu lábios e a deixando como sempre, sem fôlego.

— Vai ser um presente muito proveitoso.

E então com todas as perguntas em sua mente, eles voltaram ao enterro.

[THE POISON]

As férias de inverno haviam acabado tão rápido que a garota ainda sonhava com os cafés da manhã da mansão Malfoy, se Alina pudesse escolher ser rica em seu futuro provavelmente seria apenas pela comida. Hogwarts havia voltado a pouco mais de um mês e tudo estava em pleno vapor, como último ano e com as provas finais tão perto Nina andava cada dia melhor, seja pela falta de tempo em pensar naquilo ou o tempo, Alina não tinha certeza.

Então quando o dia dos namorados chegou, Alina olhou com saudades para a data, era seu último Valentine 's Day em Hogwarts, o último evento grandioso da Rosa Negra e estava passando tão rápido. Alina não tinha muita certeza com o que faria com seu pseudônimo lá fora.

Todo mundo conhecia esse nome, seja em sussurros assustados ou murmúrios entusiasmados, Alina tinha algo que definitivamente não queria jogar fora.

Ela era alguém importante.

Ela não queria que aquilo acabasse ali, esquecido naquelas paredes.

— Você parece ocupada — a voz de Lestrange invadiu a sala precisa enquanto ela mexia um dos quatro caldeirões a sua frente.

— Rápido, mecha isso — Alina comandou o amigo entregando ele uma colher de pau.

— Foi para isso que você me chamou? — ele perguntou com um sorrisinho divertido.

— Em partes — ela confirmou, pegando algumas folhas e jogando no outro caldeirão — eles são loucos.

O cacheado ergueu uma sobrancelha divertida.

— Como é possível que existam tantos pedidos de amortentia? As garotas dessa escola estão malucas.

— Isso é caro — Les admirou — Aposto que vai valer a pena.

— Em partes — A garota falou com um sorrisinho — mas acho que estamos adiando demais essa conversa, o que você comprou para ela?

Ele engasgou e olhou para a loira indignada.

— O que?

Alina bufou indignada passando para o próximo caldeirão e adicionando mais ingredientes.

— Céus, Lestrange...desde o jantar de natal as coisas andam tão estranhas entre você e a Aisha.

— Ela disse que queria só ser minha amiga Alina, o que eu posso fazer?

— Tantas coisas meu amigo — Alina olhou para ele — ela está com medo, seu mundo é bizarro.

— Nosso mundo Alina, nosso.

— Me esclareça, você gosta dela?

— Para caralho — ele murmurou se encostando derrotado — Estar longe assim...dói. É idiota, Merlin eu nunca quis estar perto realmente de alguém, mas não poder me virar e conversar com ela, não poder fazer ela rir a qualquer instante, não poder beija-la por que ela me considera só um amigo? Parece uma maldição.

Alina olhou para ele com um sorrisinho malicioso desligando o caldeirão.

— O que você faria para ter tudo isso, Les? E eu quero uma resposta real, não a de um menino com medo do que os amigos vão pensar.

Ele passou a mão nos cachos exasperado e confuso.

— Eu não sei...tudo?

— Bom, ela só vai te aceitar se você sair. Mas tem que ser sério, quando Hogwarts acabar cada um vai para um lado e você tem duas escolhas.

— Eu realmente tenho, Alina? — o garoto perguntou desacreditado.

— Continue nessa farsa, se case com alguma garota dentro da Elite bruxa e tenha algum cargo no ministério enquanto se afoga dia após dia na mesmice enquanto Riddle disseca cada pedacinho bondoso no seu coração com as missões dele, e eu garanto não serão nenhum pouco simples — Alina começou — ou seja você mesmo, caia na aventura dia após dia com ela, saia daqui, dessa prisão repleta de trevas, se permita amar, em Londres, na França, eu não sei, mas você vai ter que escolher entre o seguro e o desafio.

Lestrange olhou para a garota impressionada.

— Eu não tenho certeza se consigo fazer isso.

— Você só vai saber se tentar.

— Você sabe que isso é fantasioso Alina, mesmo que eu tente sair, está no meu sangue, eu sempre vou voltar.

— Você pode voltar, mas não precisa ser agora, não precisa desperdiçar isso.

Ele olhou para a garota.

— Como você sabe disso? — ele perguntou verdadeiramente curioso.

Alina suspirou enquanto engarrafava as poções.

— Eu sei por que também é minha escolha — Alina murmurou e voltou o olhar para o amigo — só que diferente de você eu não tenho nada a perder.

— E se não valer a pena...?

— Só vai valer se você não desistir, Les, até o último segundo.

Ele fechou os olhos e suspirou.

— Se fizer isso não vai ter volta...mas quer saber, eu acho que prefiro. — ele começou — e acho que você deveria vir junto, Alina.

Ela sorriu tristemente.

— Eu não posso.

— Por que não? Você nunca quis realmente fazer parte disso, loira.

Alina pegou uma das cestas e tirou de lá um bolinho ensacolado, era simples mas tinha um pequeno post it no centro rosa escrito "Eu gosto de voce".

— Isso foi uma declaração? — ele perguntou divertido.

— Não, Merlin isso...eu nem vou entregar, eu não sei o que me deu mas...

Lestrange suspirou e foi até a amiga.

— Era para o Tom, certo?

— Idiota eu sei, mas as vezes eu simplesmente esqueço que isso não é real.

— Só porque tudo começou com um acordo, não significa que não seja real, loira.

Alina resmungou.

— Eu sempre fui uma pessoa carente e eu sei disso, mas me apaixono por alguém que mal tem uma alma no corpo? Parece ridículo até para mim.

— Sim, definitivamente não foi sua melhor escolha — ele falou — mas não mandamos no coração, certo?

Alina suspirou ainda inconformada.

— Eu gosto dele de verdade Les, não sei se é apego emocional ou alguma síndrome estranha, mas estar com ele me faz sentir segura, me desafia e me faz sentir que eu pertenço a algum lugar.

— Você é uma bruxa extraordinária Alina — o garoto disse — ele definitivamente não te merece, mas ele também gosta de você, eu realmente não sei como funciona a mente de Tom Riddle mas voce sempre foi diferente para ele, você desafia ele e ele apenas sorri, Merlin você fez aquela parede de gelo rir garota, indiferente ele definitivamente não é.

— O que você acha que eu devo fazer? — Alina perguntou de certa forma se ela se sentia perdida.

— Se fosse um cara qualquer eu provavelmente falaria para contar para ele, mas acho que você deve seguir até onde der, loira, ele é uma pessoa ruim mas eu sei que ele não vai te machucar.

— Muita fé em alguém que se autointitula como Lord Voldemort, Les — Alina falou divertida.

— Se alguma coisa acontecer, hoje, amanhã ou daqui a 50 anos, eu ainda vou estar aqui para te ajudar e te acolher.

— Promete? — Alina ergueu seu pedido vendo ele franzir o cenho para o costume trouxa.

— Prometo — ele falou e ela juntou os dedinhos deles. — Voce é minha mehor amiga, idiota, não se preocupe com isso.

— Ownt, melhor amigo — Alina provocou mas abraçou o amigo — Agora me ajude a terminar com isso.

E então com tantos pedidos para Rosa Negra, eles trabalharam a tarde toda.

[ THE POISON]

No final do dia, após entregar vários pedidos, Alina tinha duas escolhas.

Entregar o maldido bolinho a Tom Riddle e se arrepender amargamente.

Ou

Ignorar todas aquelas borboletas em seu estômago e qualquer sentimento, acabando com aquilo assim que Hogwarts acabasse junto com qualquer necessidade de um noivado falso.

Bom, era óbvio que Alina não era conhecida por tomar decisões sábias, então não foi realmente uma grande surpresa quando ela escolheu a primeira escolha.

Alina não queria que aquilo acabasse.

Alina não sabia exatamente o que sentia, mas ela sabia que queria Tom Riddle do seu lado.

Então ela escolheu.

E se arrependeu no futuro, é claro, mas mesmo assim ela sabia que aquela decisão nunca deixaria ela abandonar aquele idiota realmente.

E ela não tinha certeza se queria aquilo.

Então ela deixou aquele maldito bolinho, e se arrependeu.

[ THE POISON]

Oie gnt, um capitulo mais curtinho essa semana mas o próximo terá altas revelações, aguardem que o aniversário da Alina esta chegando e com isso o fim de hogwarts também, a temporada também e não sei se estou pronta para isso. Mais novidades no tik tok e no meu instagram oficial como autora (autoracaahb), quem não viu estou lançando uma história original, corram lá. Bjs