i.  um beijo fervente
ii. duas pitadas de lágrimas
iii. 2/4 de vinganças

❛❛DEZOITO❞

🥀 alerta de gatilho 🥀

Alina gostava daquela socialização irritante por incrível que parecesse, os sussurros por trás das taças de cristal, os olhares enamorados escondidos e os sorrisos escandalizados, estar na alta sociedade era extremamente divertido.

Então sem novidade nenhuma a família Malfoy havia ganhado o direito daquele íntimo jantar, pelo o que Morgan lhe contava todo ano uma das senhoras sangue puro ganhava o enorme prazer de sediar o jantar onde apenas as famílias sangue puros mais importantes eram permitidas, era quase uma guerra entre as matriarcas durante o ano todo para conseguir aquela chance de se exibir mais um pouquinho.

— Intrigante para dizer o mínimo — a loira sussurrou para a morena que olhava conspiratória para a amiga — aposto que está ansiosa para sua chance de apunhalar algumas vadias sangue puro no futuro Morgs.

— Alina — a morena fingiu gritar batendo no braço da amiga com um sorriso indignado — não se preocupe com isso, os meus vão ser melhores.

— Espero bebida de verdade — a loira brincou rodando a taça com aquele champanhe que provavelmente custava mais caro que todos os pertences da mesma.

— Não se engane loira — Lestrange, que obviamente havia se interessado pelo tópico só agora falou de onde estava jogado no sofá do lado de Alina — damas sangue puro não sabem valorizar o bom.

— Idiota, eu também sou uma dama — Alina brincou com um sorrisinho batendo no amigo — Alias, o que voce está fazendo aqui mesmo? Você não tem alguém mais importante para ver, não?

Morgan sorriu maliciosamente.

— Metade das garotas aqui ou odeiam ele por que ele é um idiota, e a outra metade quer um casamento.

— O que eu obviamente estou evitando, além do fato de minha mãe e minhas irmãs estarem tão ansiosas para isso. — o garoto respondeu — então estamos fadados a uma noite tediosa com bebida ruim.

— Pobre menino rico — Alina brincou com um sorrisinho — acho que você vai ficar feliz em ver quem chegou.

O garoto franzindo o cenho se virou para a porta e gemeu quando viu Aisha e a tia entrando com alguns presentes na mão.

— Desista Alina.

Morgan olhou para a amiga sem entender.

— Lestrange precisa aprender a controlar seu amiguinho ali embaixo. — brinca Alina acenando para Aisha vendo o amigo revirar os olhos.

— E agora ela também faz parte da porcentagem que te odeia? — Morgan questiona.

— Hm, acho que ela odeia mais o noivo dela. — Les acena para Alina que apenas faz uma careta concordando.

— Ora, e por que? Ele ajudou ela, não?

Alina suspirou, às vezes esquecia o quanto a amiga mesmo ali no meio era protegida uma vez criada ali.

— Bom...você sabe, Riddle pode ser intenso.

— E um babaca — acrescentou Lestrange sem desviar o olhar de Aisha.

— E agora você está parecendo um perseguidor. Vá falar com ela.

Ele suspira quase amargamente.

— E se ela não quiser falar comigo?

— Bom, você tem que ir até lá — Morgan falou — bom...ela está vindo aqui, então se prepare.

— Merda! — Ele exclamou bagunçando os cabelos e se levantando dali e simplesmente fugindo.

Morgan arregalou os olhos acreditando.

— Ele realmente...?

Alina riu divertida.

— Acho que ele realmente gosta dela. — a loira murmurou e sorriu para Aisha que olhava desconfiada para as amigas

— Aquele era o Lestrange? Por que diabos ele parecia estar fugindo de um Trasgo?

Morgan e Alina compartilharam um sorrisinho

— Bom...eu pensei que era isso que você queria? — Brinca Alina.

— Não quero ele fugindo...apenas...eu não sei ok? Mas eu te disse, isso não pode acontecer.

Morgan olhou confusa para a amiga.

— E por que não? Ele é bonito, um pouco charmoso demais, eu sei, mas tem dinheiro e um futuro.

Alina riu divertida.

— Você pareceu a Nina falando agora — mas olhou para Aisha — Bom, ela tem um ponto.

Aisha revirou os olhos.

— Eu não me importo com dinheiro, principalmente não esse dinheiro — ela apontou para o salão — Sem ofensas Morgs, mas tudo é tão...

— Podre? — completou Morgan com um sorrisinho.

— Eu ia dizer trevas ou não sei, mas o ponto é que fazer parte dessa sociedade me dá calafrios.

Alina não podia exatamente discordar.

— Acho que você está olhando pela perspectiva errada, amiga. Você dar chance para um cara legal que gosta de você não significa necessariamente fazer parte disso, você conhece Lestrange, ele gosta tanto disso quanto você.

Morgan olha para a amiga.

— Não deixe isso — ela aponta para o exterior — te tirar uma história incrível Aisha.

A cacheada suspira mas acende.

— Eu entendo o ponto de vocês, mas eu não sei nem se isso é real — ela disse — Les não é realmente conhecido por ter algo sério.

— Você devia conversar com ele — Alina repetiu pela milionésima vez.

— Isso pode ser um pouco mais complicado...

— Será que vamos ter que tranca-los dentro de alguma sala? — Morgan pergunta a Alina com um sorrisinho.

— Não é uma má ideia — Alina brinca.

Aisha arregala os olhos.

— Não se atrevem...eu vou falar com ele, satisfeitas? — ela fala se virando, encontrando o olhar do moreno prendendo a respiração quando sente seu olhar sob o seu.

Nervosamente ela ajeita o penteado e respira fundo, tomando coragem para enfrentar aquilo de uma vez.

— Quebre o coraçãozinho dele, Aisha — Alina brinca quando a amiga sai.

— Oh, Merlin — Morgan murmura vendo a mãe se aproximando — Me esconda.

Alina rindo da amiga apenas sorriu para a mulher mal humorada que não parecia nada satisfeita com a filha conversando com uma convidada que estava longe de participar daquele grupo em vez de estar se misturando com as meninas Black, por exemplo.

[ THE POISON 🧪 ]

O jantar finalmente estava servido e Alina não podia estar mais feliz quando encontrou Tom que encantava alguns Lordes mais velhos e o levou até a mesa de jantar.

— Esperei tanto por isso — Alina sussurrou maravilhada com as enormes porções enquanto se dirigiam aos seus lugares demarcados.

Aparentemente os Malfoys realmente gostavam de Riddle ao colocarem o mesmo tão perto do centro, ela apenas acenou para Aisha que provavelmente com alguma ajudinha de Morgan estava do lado de Lestrange.

Alina não sabia se a amiga tinha finalmente se resolvido mas esperava que ela desse uma chance para descobrir o que poderia acontecer, Lestrange era uma das pessoas mais leais que Alina um dia já encontrara.

— Parece que alguém não come a dias — Riddle brincou se sentando do lado da noiva que olhou surpresa para o mesmo.

— Parece que alguém está de bom humor — ela retrucou com um sorrisinho. — Progressos?

— Você ficaria surpresa o quanto alguns são...convencíveis. — Riddle murmurou com um sorrisinho malicioso.

— Aposto que está em êxtase.

— Bom — ele começou dobrando o guardanapo sobre o colo — Não foi realmente algo muito desafiador...todos tolos esperando uma oportunidade de aventura ou poder.

— E os números vão aumentando...um brinde a isso. — ela brinca com um sorrisinho batendo sua taça de vinho na do mesmo.

— Em breve querida, você vai ver todos vão implorar por uma chance de fazer parte disso.

Alina mal podia saber se aquilo seria verdade, mas de uma coisa ela não duvidava, aquela brincadeirinha iria muito além do que um dia ela poderia imaginar.

— Oh, Tom, meu querido — uma voz interrompeu a troca de olhar de ambos — Vocês formam um casal bonito.

Riddle sorriu satisfeito.

— Senhor Selwyn — Riddle cumprimentou — Essa é Alina, minha noiva.

O senhor franziu o cenho.

— Alina...ora, Alina, de onde meu bom rapaz?

— Papai — uma voz doce sussurrou para o pai arregalando os olhos.

— Darakya não se acanhe, foi só uma pergunta minha querida — o mesmo disse com uma risadinha não percebendo o desconforto da filha.

— Não se preocupe — Alina lançou um olhar apaziguador para a encantadora garota ruiva com um sorrisinho de lado — Schwarze Rose, senhor.

O mesmo franziu o cenho.

— Uma sangue puro é claro, você é estrangeira, minha querida?

Alina negou com um sorrisinho finalmente desviando o olhar da garota impedindo uma risadinha quando viu as faces da mesma corar levemente.

— Não, senhor, mas a minha família era alemã.

— Oh, que achado rapaz — o senhor disse olhando para Tom — Eu estudei em Durmstrang, por lá eles ensinam a verdadeira magia se é que me entendem. Teria sido um prazer inscrever minha Darakya lá, mas sua mãe foi exigente quanto Hogwarts.

Riddle sorriu encantador

— Bom, Hogwarts é um sonho senhor...mas devo concordar que cada dia que passa o ensino fica mais restrito.

O homem concordou do outro lado da mesma.

— Oh, verdade, minha filha me contou como os professores...principalmente Dumbledore são contra o ensinamento de magia complementar, não é Darakya? — o homem pergunta e franze o cenho quando a filha não responde — Darakya?

A menina que estava quase jogando o jogo favorito de olhares com Alina se assusta derrubando um pouco de molho na manga com o tom do pai.

— Oh criança. — O homem olha descontente para filha que corra desviando finalmente o olhar da loira sorridente. — corra e vá se lavar.

— Sim papai. — a menina saia vermelha em direção ao banheiro.

— Acontece — Alina diz com um sorriso apaziguador. — Eu conheço um feitiço para remover manchas, eu vou ajudá-lá.

— Oh...obrigada querida, você é um anjo, não ligue ela sempre foi meio atrapalhada.

— Eu já volto — Alina diz para Riddle que franzia o cenho em desconfiança para a noiva.

Obviamente Tom Riddle havia percebido aquela troca de olhar mas apenas impediu um revirar de olhos para a noiva enquanto ainda sorria para um futuro investidor em potencial.

— Você tem cinco minutos — ele sussurrou com um sorrisinho para noiva que apenas lhe mandou um beijinho e levantou atrás da garota ruiva.

[ THE POISON 🧪 ]

Alina entrou no banheiro e sorriu para a garota com olhos arregalados que tentava tirar a mancha da manga do vestido azul.

— Gostei do vestido — Alina diz com um sorrisinho fechando a porta com um click — azul é minha cor favorita.

A menina impediu um sorriso.

— Por isso o uniforme da corvinal? — a ruiva perguntou.

— O que posso dizer, o chapéu seletor sabe escolher. — A loira brinca se aproximando — Embora eu goste de amarelo em você, Kie.

A menina corou e desviou o olhar para a manga impedindo que outro sorriso se espalhasse por seu rosto.

— Quer ajuda? — a loira perguntou se aproximando da pia e apontando para a mancha não tão superficial agora.

— Por favor — a menina exclamou com a respiração entrecortada quando sentiu a aproximação da loira.

— Sente-se — Alina apontou para a bancada da pia com um sorrisinho malicioso.

— O que? — a menina perguntou com olhos dilatando mas seguindo o ordenado se apoiando na pia.

— A mancha — Alina brincou levantando a barra do próprio vestido até a coxa onde sua varinha repousava na cinta liga, lentamente sentindo o olhar da ruiva a cada movimento seu. — Mãos para frente, Kie.

Dessa vez, embora corada, a menina obedeceu prontamente.

— Bom...isso está bem encharcado — Alina murmurou pegando a manga do vestido da garota.

— Você não tem ideia — a garota suspirou sentindo a loira se aproximar.

segurando um sorrisinho e com a varinha na mão, Alina apenas se aproximou olhando nos olhos esverdeados da garota.

— Posso? — Alina murmurou sem entender muito sobre o que exatamente perguntava mas apenas afastou as coxas da menina ruiva e murmurou um feitiço que prontamente deixou tudo como novo. — Precisa de mais alguma ajuda?

A ruiva assentiu chorando mais uma vez, mas dessa vez puxando Alina para mais perto.

— Uma ou duas coisas — a ruiva sussurrou finalmente colando os lábios nos da loira que aceitou com entusiasmo beijando-a de volta.

Um beijo intenso e avassalador quebrado apenas pela necessidade de respirar.

— Seu noivo...? Ele não se importa? — com dificuldade ofegante a ruiva perguntou sem se separar totalmente de Alina.

— Eu nunca perguntei — Alina murmurou em seus lábios com um sorrisinho malicioso segurando seu rosto e atacando seus lábios mais vez em uma enxurrada de emoções.

— Merda — a ruiva sussurrou quando ambas ouviram os passos apressados no corredor seguidos de gritos estridentes.

Alina se afastou olhando preocupada para a porta do banheiro.

— O que é isso?

Elas estavam em uma área mais afastada da mansão, então aquilo definitivamente não parecia ser bom.

— Volte para mesa, vão ficar preocupados.

A menina arregalou os olhos descendo de onde estava encostada na pia e olhando preocupada para a loira.

— E você?

— Vou verificar e logo volto — Alina olhou para a menina e ajeitou as mechas revoltas de seu cabelo com um sorrisinho antes de se afastar depositando um último selinho na garota — Chame Tom.

A menina apenas assentiu saindo do banheiro lançando um último olhar para a fonte dos gritos.

Dando uma última conferida em sua imagem no espelho, Alina saiu apressada em direção aquela confusão.

A cada passo ela conseguia distinguir duas vozes furiosas, mas paralisou completamente quando ouviu aquele som que estava marcado em sua alma, o som de um tapa ressoou por todo aquele corredor escuro.

Alina correu até a fonte e arregalou os olhos ao encontrar ninguém menos que Nina esparramada pelo chão com uma enorme contusão crescendo em seu rosto enquanto seu noivo gritava algo que seus ouvidos não tiveram tempo antes de absorver antes que uma onda extremamente poderosa de sua magia jogasse o garoto do outro lado da sala.

— ALINA! — Nina gritou do outro lado da sala com olhos arregalados e lágrimas manchando sua bochechas.

— Quem diabos...você pensa que é...— Alina começou sentindo sua raiva descontrolar seu poder.

— Ally...solte, Alina...— Os gritos desesperados de Nina mal foram ouvidos pela garota enquanto a mesma tentava se levantar mancando por cima de um tornozelo torcido.

— Sua vadia — o menino tentou se soltar das amarras invisíveis da loira que lentamente sufocavam o mesmo.

— Foda-se — Tom entrou na sala evitando um revirar de olhos para toda a situação inconviniente — Alina, solte-o.

— Ele...ele é igualzinho a eles, Riddle — A loira começou apertando seu poder — ele não merece...não...não..não.

— Ally...por favor — NIna tentou enquanto choramingava.

Riddle bufou puxando a loira para trás abruptamente parando seu poder.

— Me solte Tom, me solte idiota...eu vou acabar com isso.

— Não, Alina, merda, me ouça — Ele tentou enquanto impedia a loira de se virar ainda sentindo a magia no ar — ALINA!

— O QUE?

— Aqui não, respire fundo e se controle.

A garota sentindo as lágrimas em seus próprios olhos ela parou de se debater vendo o medo refletindo nos olhos da melhor amiga.

— Eu não...

— Shiu...respire, aqui não — Riddle ordenou não desviar dos olhos da garota em nenhum momento — Avery, fora, agora!

Lançando um último olhar para a loira e para noiva aos prantos no chão ele apenas cuspiu no chão ao lado da menina.

— Isso ainda não acabou Carolina — ele murmurou entredentes — Você é minha e eu não vou deixar passar um desaforo desses.

— Avery — Tom ordenou quando a garota começou a soluçar em prantos no chão — Eu cuido dele, não saia daqui Alina.

— Aquele filho...

— Alina — ele repreende mais uma vez lançando um olhar para a menina no chão — cuide dela, ninguém precisa saber.

Com um olhar indignado, ela apenas assentiu vendo o noivo sair e se virando para a melhor amiga no chão.

— Oh Nina — Alina começou sentindo as lágrimas começarem a vazar de seus próprios olhos — Aquele bastardo...a quanto tempo...? Venha aqui.

Se sentando ao lado da amiga Alina apenas passou os braços em volta da amiga e a segurou como se sua vida dependesse daquilo chorando junto como a mesma nunca mais querendo que sua amiga sofresse algo semelhante aquilo.

— Shhh...está tudo bem agora Nina, ele foi embora, nunca mais...eu prometo amiga.

A menina embora tenha se acalmado um pouco negou para loira com um sorriso triste em meio as lágrimas.

— Não acabou Ally, isso...isso foi só o começo. — a menina respirou com dificuldades — Eu não sei se consigo...não era para ser assim, não, porque Ally? Eu sempre fui uma boa garota, sempre fiz o que ele queria mesmo que...urgh, fosse tão nojento amiga, por que ele fez isso? De novo.

Ela voltou a soluçar enquanto Alina arregalou os olhos mal conseguindo imaginar como aquilo tinha acontecido embaixo do seu nariz esse tempo todo.

— Ele sempre foi atencioso, bonito e carinhoso mas toda vez que eu não quero....Merlin, estávamos na frente de todos os que diabos ele queria aquilo? Eu não sei, ele fica com raiva...descontrolado, eu tento obedecer, eu juro Ally.

— Shiu...não é sua culpa Nina, ele é o babaca, você não fez nada amiga.

— Então por que ele fica tão bravo? Toda vez...eu não sei se aguento Ally, fica tão difícil respirar do lado dele, eu morro de medo, em um segundo um sorriso amável parece um cruel, eu não sei Ally.

— Ele é uma pessoa ruim Nina, ele não te merece amiga, você não precisa fazer isso.

Ela negou desesperada arregalando os olhos.

— Eu preciso Ally, se eu não fizer como vou ser uma boa esposa? Como mamãe ficará orgulhosa? Não posso decepcionar todo mundo.

— Oh Nina, fale com ela.

— Ela não entenderia Ally, eu não posso, prometa que não fará nada, eu serei uma boa menina, eu prometo.

— Nina...

— Alina, jure, eu não sei se suportaria ser pária da sociedade, ele contaria a todos, ele me disse, é uma vergonha.

— Você...você o ama? — Alina pergunta com receio.

A garota riu franzindo o cenho para dor.

— Eu não sei o que é amor Ally, mas eu posso descobrir, certo? Nós vamos ser felizes, eu juro.

Alina sentindo seu rosto transbordar de lágrimas sentindo mais uma vez aquela história de abusos se repetir soluça com a amiga, ela parecia sua mãe falando aquilo, Alina sentia seu coração apertado e quebrado em mil pedacinhos sem saber como ajudar a amiga, então apenas apertou mais forte Nina e ambas colocaram todas suas dores para fora.

[ THE POISON 🧪]

Nina e todos os convidados haviam saído da mansão a pouco tempo e logo a família Malfoy e por consequência, Tom e Alina haviam se recolhido. Graças a Merlin, Alina não vira mais o noivo babaca em nenhum lugar, mas doeu seu coração ao ver Nina colocar aquele sorriso novamente no rosto e sair com os pais após um feitiço de glamour.

Alina não podia aceitar aquilo, não podia ver aquilo acontecendo de novo e com uma de suas melhores amigas. E por mais que Nina tivesse dito que seria boa ou qualquer outra coisa para que aquilo nunca mais acontecesse, Alina sabia que era mentira, homens como o noivo dela se deliciaram com os menores deslizes para poderem abusar de algum poder doentio.

Então enquanto Alina se revirava na cama com sua camisola de seda, ela decidiu. Pessoas como ele não mereciam viver, e embora ela achasse mesquinho alguém realmente se achar no poder de escolher quem morria ou vivia ela mal podia se importar, ela queria ver ele sofrer, ela queria se certificar que ele nunca mais pudesse encostar um dedo na melhor amiga.

Então com a desculpa de deixar o mundo bruxo mais limpo ela apenas pegou um sobretudo qualquer e saiu do reconfortante quarto batendo na porta de seu não tão querido noivo.

Ela sabia que ele ainda estaria acordado, às vezes ela se perguntava se ele realmente dormia.

— Eu preciso da sua ajuda — ela apenas murmurou entrando no quarto vendo Riddle sentado em sua cama muito concentrado em um livro qualquer.

Como se nada tivesse acontecido.

Alina queria gritar algo, ou rasgar aquele livro em mil pedacinhos, mas apenas respirou fundo enquanto ele levantava seu olhar.

— Não — ele respondeu simplesmente enquanto Alina piscava sem entender.

— O que...não?

— Voce não pode simplesmente matar qualquer idiota que encontrar pela rua Alina.

Essa foi a vez da garota rir divertida.

— Te assusta o fato de eu ter um motivo bem melhor que os seus para isso?

— Ele faz parte dos comensais Alina, você não pode simplesmente matá-lo porque sua amiguinha é fraca.

Alina apenas levantou sua varinha para o garoto com um olhar indignado.

— Repita essa merda Riddle, e eu garanto que suas almas não ficarão tão bem guardadas assim.

Ele revirou os olhos mas fechou o livro com cuidado.

— Não seja tão sentimental Alina, um dia, esses sentimentos ainda vão te matar.

— Eu não me importo de morrer para proteger quem eu amo, Riddle, diferente de você eu ainda tenho minha alma.

Ele negou.

— Se continuar nesse caminho, por pouco tempo querida — ele falou com um sorrisinho mas logo voltou a sua expressão séria — Você não pode matar um dos meus, Alina.

Foi a vez dela sorrir cruelmente.

— Você duvida? — Ela perguntou e ergueu uma sobrancelha desafiando o mesmo — Eu desejo a vida dele para mim Riddle, eu desejo o maldito poder de revindicar aquela alma cruel para o lugar onde ele merece, o inferno. Meu inferno.

No mesmo segundo enquanto ele quase negava em decepção a palma da mão dos dois começaram a brilhar, um fio esbranquiçado ligando os dois a aquela maldita marca no pulso da garota sendo preenchida uma vez que ela reivindicava mais um desejo.

E embora ele quisesse negar, ele era obrigado então Riddle apenas suspirou e pegou um casaco também.

— Espero que saiba o que está fazendo Alina, você desperdiça esses malditos desejos por emoções tão fácil.

— Apenas me ajude Riddle.

— Você pediu — Ele murmurou e agarrou o pulso da mesma aparatando de uma vez.

Arregalando os olhos e sem tempo de reclamar, Alina se viu sendo puxada até cairem no maldito quarto do idiota.

— Isso é tão ridículo — Alina murmurou para si mesmo quando Riddle ergueu uma sobrancelha questionadora — ele está simplesmente dormindo como se nada importasse, como se ele não estivesse arruinando a vida de uma garota dia após dia.

A loira negou olhando com raiva para o garoto em sua cama.

— Acorde-o — Alina ordenou silenciando as paredes enquanto Riddle simplesmente se sentou na poltrona do quarto como se tudo aquilo fosse dele, não o contrário.

Embora Riddle quisesse discordar apenas levantou sua varinha para o garoto adormecido.

— Crucio. — Riddle fez questão de se deliciar com as palavras enquanto atingia Avery com aquele feitiço.

O garoto acordou aos gritos como se mil agulhas simplesmente tivessem invadido seus sonhos.

— Mes..mestre — o garoto tentou quando o feitiço acabou se sentando na cama com olhos arregalados vendo Riddle e sua noiva simplesmente parados ali.

Seria cômico se não fosse trágico, o grande Lord das Trevas de pijama torturando um sangue puro inútil porque simplesmente sua noiva, também de pijama, havia ordenado.

— Avery — Tom disse com aquele sorriso característico — fico feliz que tenha acordado, acredito que deveria aumentar a segurança meu caro, nunca se sabe quando alguém pode invadir.

O garoto franziu o cenho sem entender se levantando.

— Senhor...o que, o que diabos está acontecendo?

— Bom, essa é uma história interessante Avery — Tom começou — Minha garota queria dar uma palavrinha com você, você sabe como meninas podem ser exigentes.

Alina se desencostou e sorriu cruelmente para o garoto que olhava apreensivo para os dois tirando a varinha lentamente.

— Accio — Alina murmurou rindo divertida quando ele arregalou os olhos impotentes — Ops...parece que alguém não sabe usar magia de verdade Tommy, pensei que teria melhores.

Riddle sorriu de lado para a noiva.

— Nem todos podem ser tão bons, querida.

— Senhor... — o menino começou de novo — o que está acontecendo?

— Acho que você deveria começar a implorar, Avery — Tom disse com um sorrisinho se encostando quase como se estivesse prestes a apreciar um show — Dessa vez você não poderá culpar a bebida, Alina.

Alina sorriu se deliciando com aquela verdade.

— Eu não preciso de bebida para isso Tommy, eu quero...eu preciso ver cada detalhe disso sóbria. Oh garoto, você não faz ideia no que voce mexeu.

— Senhor...o senhor não pode deixar ela Milord — Avery tentou negociar percebendo o que estava acontecendo.

— Ora e por que não? — Riddle disse — É tão divertido.

Alina evitando um revirar de olhos se aproxima mais do garoto.

— São tantas possibilidades — a menina murmurou pegando sua própria varinha — Ligare.

— O que? — a menina arregalou os olhos quando seus braços e pernas foram presos com cordas invisíveis fazendo o mesmo cair no chão.

— Senhor, você não pode deixar essa doida mandar em você Milord. Você é o Lord Voldemort, acabe com isso.

Alina riu sombriamente se deliciando com a carranca de Riddle, quase como se ele também quisesse fazer parte do show agora.

— No momento, Avery, eu sou a pessoa mais poderosa da sala então acho que seus pedidos são inúteis querido — Alina diz com um sorrisinho doce — Acho que você vai sentir na pele o que Nina sentiu enquanto gritava por socorro hoje.

— Sua vadia — o mesmo tentou cuspir onde Alina se agachou — Isso tudo é por causa daquela sua amiguinha imbecil?

— Oh querido, você não faz ideia — Alina murmurou pegando de sua bolsa uma poção esverdeada enquanto chutava o menino amarrado. — Tenho uma nova fórmula da mesma poção que papai tomou, acho que você vai gostar.

— Como..? — o menino começou mas logo foi impedido quando começou a gritar enquanto Alina abria e derramava em cima dele aquele ácido estranho que aos poucos destrói sua roupa e rasgava sua pele.

— Seja um bom menino — Alina murmurou enquanto segurava o rosto do mesmo que se debatia e gritava em proporções iguais — engula tudo, monstro.

E então ela forçou a poção por toda sua boca enquanto segurava seu nariz impoedindo que ele ao menos respirasse, enquanto sua magia trabalhava para segurar o maldito.

— Não...você — ele tentou enquanto engasgava aquele líquido esverdeado que queimava cada partícula de sua pele, sua boca e sua garganta, descendo até seu estômago, invadindo suas veias — Não...não...pare, não, pare, por favor...NÃOOOO.

Soltando ele com visível nojo pingando a mesma apenas se afastou da figura que se debatia com cada estalar de ossos se quebrando.

Alina sorriu e olhou em volta pegando um pequeno soldadinho na estante do mesmo.

— Acho que você não merece o inferno — Alina murmurou ainda sorrindo — Você faria amizades muito fáceis lá, que pena...acho que prefiro te atormentar.

Então ela segurou o bonequinho na mão e fechou os olhos invocando toda sua magia mais profunda como o feitiço que ela havia lido recentemente naquele livro que ganhara de presente de Tom.

— Damno te ad eternum, in summa desperation delapsum, in valle animarum te invoco et tanquam meum revolvo. — ela murmurou enquanto o mesmo se debatia fazendo um brilho azulado sair por sua boca escancarada enquanto seu olhos paravam de piscar.

O brilho invocado por um último grito em desespero foi até o soldadinho e simples assim o silêncio reinou pelo quarto.

Alina abriu os olhos com cuidado e riu sem acreditar.

— deu certo. — ela olhou com alívio brilhando em seus olhos em novas lágrimas.

Riddle que parecia fascinado com aquele show finalmente se levantou e olhou para o objeto na mão da garota.

— O que você fez?

Ela sorriu de lado.

— Ele não merecia descansar em paz...então simplesmente roubei sua alma da morte.

— Então você não o matou? — Ele perguntou confuso.

— Bom — Alina lançou um olhar para o corpo murcho em seus pés — aposto que ele está bem morto, mas como as horcrux prendi a alma dele aqui antes do descanso final, mas em vez de vários pedaços como você Tommy, deixei ela em sofrimento para sempre.

— Você nunca vai me surpreender Rosa negra.

Ela sorri de lado e joga o soldadinho na bolsa olhando novamente para o corpo.

— O que vamos fazer?

Foi então a vez de Riddle sorrir maliciosamente tirando do caso um pergaminho novo.

— Que sorte a nossa que ele tenha se matado então.

Alina olhou para ele incrédula.

— Acha mesmo que vão acreditar?

— Bom, talvez não fossem se ele não tivesse feito alguns ajustes em sua conta bancaria e testamento, você ficaria surpresa o quanto eles podem ser presunçosos.

Alina pegou a carta e sorriu compreendendo o plano.

Não muito tempo atrás Avery tinha pedido algo para a famosa Rosa Negra, é claro, então ele havia cavado sua própria cova em um momento ou outro.

— Bom — Alina começou pegando sua varinha e transfigurando uma rosa negra reluzente e jogando do lado do corpo no meio do quarto junto com aquela carta onde ele pedia algo tão mortal quanto.

Alina não fazia ideia do que para que ele precisava daquela poção mas Riddle havia dito algo sobre o mesmo estar prestes a subir de posição no ministério, fazia um certo sentido que sua morte em tese fosse a causa de sua tamanha ganância.

Pegando o frasco de sua opção favorita, ela apenas deixou jogada ali também montando a cena de crime perfeita enquanto bocejava.

— Venha, você precisa dormir Alina — Riddle murmurou com um sorriso orgulhoso enquanto segurava a mesma e ambos aparentavam.

Alina não podia estar mais feliz com os acontecimentos que fecharam a noite, ninguém encostava em quem ela amava e vivia para contar história.

[ THE POISON 🧪 ]

Oie amores, como voces estão? dessa vez não demorei tanto, juro kkkk enfim um capitulo cheio de emoções para simbolizar nossa reta final da segunda temporada de The Poison.

Muito obrigada a todos que estão por ai, não esqueçam de curtir e comentar, logo logo capitulo novo amores.

Me sigam no Tik Tok, Caah_Black para mais spoilers :)

Tradução feitiço: eu te condeno a toda eternidade, preso ao mais profundo desespero, no vale das almas te invoco e te revendico como meu