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𝟏𝟔. 𝐏𝐎𝐓𝐈𝐎𝐍 𝐎𝐅 𝐌𝐘𝐒𝐓𝐄𝐑𝐈𝐎𝐔𝐒 𝐏𝐎𝐖𝐄𝐑𝐒

i.  duas pitadas de repreensão
ii.  2/4 de ambição
iii. 4 xícaras de paixão

Desculpem o sumiço, explicações lá embaixo. boa leitura

❛❛DEZESSEIS

O livro negro era apenas um nome chique para o mais antigo grimorio que já existiu, atualmente estava quase caindo aos pedaços mas essas lendas diziam que ele foi escrito antes mesmo de Merlin existir, antes mesmo que varinhas existissem ou a magia fosse categorizada como boa ou ruim. O pequeno livro encadernado continha desde os feitiços mais básicos da sociedade bruxa até os mais profundos, aqueles proibidos há séculos ou que perderam seus resultados com o tempo. Era uma relíquia. Era um tesouro absurdo para dizer o mínimo. Em mãos erradas, Alina mal podia imaginar o caos que poderia ocorrer. Era uma arma mortal em alguém com intenções maléficas. Então sim, era uma total surpresa que aquilo realmente ainda existisse, uma surpresa maior ainda que naquele momento estivesse nas mãos da pequena loira, essa olhava totalmente fascinada para o objeto em suas mãos quase como se perguntasse o que ela mesma poderia fazer com aquilo em suas mãos.

Alina não se considerava alguém ambiciosa, mas por um momento, olhando o brilho de seu olhar refletido no olhar de seu noivo, ela quase podia entender. Quase.

Ela queria abrir aquilo e ler linha por linha, desvendar letra por letra e praticar feitiço por feitiço até que soubesse os segredos mais escuros daquele universo.

Mas como nem tudo era a utopia que ela fantasiava em sua mente, logo foi acordada de seus devaneios com a voz preocupada de Morgan.

— Alina? — Morgan perguntou de onde olhava a amiga ainda sentada naquele ridículo divã quase que hipnotizada com aquele pacote que tanto ela quanto Abraxas tiveram a missão de recuperar.

A loira piscou balançando a cabeça quase como se estivesse tentando apagar algo e voltou o olhar para cima para encarar seus amigos olhando quase incrédulos em sua direção.

— Onde você conseguiu isso? — Ela perguntou em um sussurro rouco olhando para Riddle em um misto de receio e admiração.

Antes que Tom pudesse realmente se dignar a responder alguma coisa a risada incrédula de Aisha chamou a atenção de todos.

A cacheada parecia quase a beira de um surto enquanto sentava incrédula na poltrona de couro.

— Sério? Você quase morreu...teve um ataque, eu não sei! — a garota disse exasperada puxando seus cachos nervosamente — Tudo isso pelo o que? Um maldito livro que nem estava no plano? NÃO FOI ISSO QUE COMBINAMOS, RIDDLE!

A garota gritou incrédula.

Lestrange franziu o cenho para a garota surtando ao lado e olhou preocupado para Alina.

— Suas mãos brilharam — o garoto mais afirmou do que perguntou — E do nada você simplesmente desligou Alina.

Riddle suspirou quase entediado com todo aquele drama.

— O acordo foi completo Aisha, apenas tivemos alguns contratempos. — Riddle falou com um sorrisinho quase malicioso.

A cacheada bufou incrédula e olhou para a loira que parecia mais alheia aos últimos acontecimentos do que todos.

Com um suspiro e colocando o livro de lado delicadamente, Alina se aproximou de Aisha fuzilando Riddle.

— Você não está ajudando, Riddle — Alina resmungou mas mesmo assim o defendeu — Embora não tenha sido o ideal, funcionou.

Riddle sorriu de lado e pegou o baú colocando na mesinha de centro entre as poltronas.

— Seus pagamentos, meu amigos.

Alina revirou os olhos e encorajou a amiga.

— Sua liberdade, Aisha.

E embora a garota não concordasse com aquilo ou confiasse no moreno em sua frente apenas suspirou e fechou os olhos quase como se pudesse sentir aqueles olhos fantasmas de gerações e gerações de sua família a julgando.

O poder que aquele baú exalava era indescritível, era quase como se a maldição girasse ao seu redor e não no sangue Malkin, mas aquilo não era hora de acreditar em mitos familiares, era hora de viver. E se ela tivesse que macular alguns colares aos seus amigos como recompensa a sua vida, era isso que ela faria.

Então em um último ato de coragem ela abriu o baú e quase caiu no choro, sua bússola moral apertando seu peito, mas tecnicamente não era roubo se era dela, certo? Foi isso que ela sussurrou para si mesmo enquanto pegava o pingente amarelo e se sentia engasgado.

Lestrange sentou do seu lado e a ajudou a respirar, era muita mágica envolvida, era quase poderoso demais, era sufocante.

— Tudo bem? — o garoto perguntou enquanto levantava seus cachos e a ajudava a colocar o pingente delicadamente.

A garota assentiu e quando sentiu aquele pingente em seu peito ofegou mais uma vez sentindo suas veias pegarem fogo.

Aquilo era magia pura.

E pela primeira vez em muito tempo ela se sentiu finalmente viva.

Alina olhava a cena embasbacada, aquela magia dominava a sala era linda.

Sua amiga brilhava tanto quanto os olhos de Riddle que mais uma vez parecia estar planejando algo terrível.

— Como se sente? — seu noivo perguntou quase compassivo.

— Viva — a garota sussurrou ainda impressionada, quase como se não acreditasse. — Como é possível...todo esse tempo...tão perto.

Riddle sorriu de lado.

— Bom...sempre bom fazer negócios com os Malkins, Aisha. — Riddle respondeu e se voltou para a caixa — embora o show tenha sido ótimo ainda há muito a se fazer.

Então o garoto tirou delicadamente outros cinco colares coloridos. Cada pedra tinha função amplificadora então Alina sabia que a magia não vinha realmente da caixa e sim do usuário.

— Como o prometido, Alina...— Riddle indicou para que a loira se aproximasse. — Quartzo rosa.

Então ele se aproximou e quase carinhosamente levantou os cabelos loiros da garota acariciando levemente antes de colocar o colar em volta de seu pescoço e sussurrar lentamente em seu ouvido.

— Juventude eterna — Ele murmurou fazendo seus pelos se arrepiarem — Espero que pare de desperdiçar uma vida dessas.

Ele falou com um sorrisinho que fez a mesma corar embora revisasse os olhos.

Era quase tocante que ele tivesse achado alguma forma dela passar a eternidade com ele, quase.

Então distribuindo o restante das pedras, ele levantou as sobrancelhas para Aisha que ainda olhava desconfiada para ele, principalmente quando ele pegou a pedra sobressalente para si mesmo.

A pequena pedra negra e escondeu nas vestes quase esperando ser contrariado.

Mas ele sabia que ninguém se oporia a ele, eles podiam criticá-lo é claro, mas ele era o rei.

Seu rei.

Então apenas se sentou em seu trono improvisado e sorriu perversamente para todos.

— Saiam — ele ordenou como um rei ordena aos servos sem oferecer mais nenhuma explicação sobre os acontecimentos anteriores.

E quando todos se levantaram para sair, menos uma é claro, ele sabia que tinha vencido.

Mas mesmo que ele quisesse negar o quanto quisesse para si mesmo, era à realidade, Alina não era mais uma serva.

Alina era sua rainha.

Então quando todos se foram e ela permaneceu sentada, ele apenas sorriu.

[ THE POISON 🧪]

Embora a garota não quisesse admitir...bem, aquele plano havia sido fantástico. Claro, a vontade de bater em Tom Riddle era imensa naquele momento, mas uma leve admiração cobria seu ser.

Alina sabia que ele era inteligente, mas não podia deixar de se surpreender.

— Onde...onde você achou isso? — Ela perguntou mais uma vez.

Riddle sorriu vitorioso em seu trono improvisado e conjurou um copo que ela reconheceu como whisky de fogo.

A garota levantou a sobrancelha questionando o mesmo.

— O casal que conhecemos no clube do Slughorn, bem, nada foi por acaso.

— Como...por que eles tinham isso? — A garota perguntou inconformada — Você não tinha dito que eles estavam falidos?

Riddle negou ainda sem tirar aquele sorrisinho irritante do rosto.

— Não, preste atenção Alina, eu disse quase.

Embora ela quisesse questionar apenas ouviu atentamente evitando um revirar de olhos.

— O marido, sim, está cada dia mais se afundando em dívidas com apostas idiotas, mas a mulher? Não, minha querida. Existe um motivo, sempre existe um motivo para o professor slughorn convidar alguém.

Alina deu uma leve risada divertida começando a compreender onde o noivo queria chegar.

— E como aluno favorito, suponho que soube cada detalhe sórdido dessa família? — Aline perguntou se lembrando do pequeno bebe chorão.

— Obviamente — Tom falou com um leve levantar de sobrancelhas — E você mal pode imaginar minha surpresa ao descobrir a linhagem da esposa.

Alina franziu o cenho para tentar achar alguma conexão que ainda não havia achado naquela história.

— Rowena Ravenclaw.

A garota então olhou embaçada para o mesmo.

— Rowena? Mas como? Eu pensei que todos os descendentes haviam sido mortos à tempos.

Riddle acenou em concordância.

— Eu também achava, até ouvir o sobrenome de solteira da mesma. E embora os Fawley pareçam extremamente comuns e quase extintos, eu descobri algumas coisas sobre linhagens no quinto ano.

Alina quase estremeceu ao se lembrar do maldito basilisco mas continuou a ouvir o moreno que monalogava como um professor. A garota mal podia piscar entretida com aquilo.

— A família Fawley a muitos anos se conectou aos Yaxley, e embora essa família tenha realmente acabado, uma pena eu diria, os sangues puros estão se auto extinguindo aos poucos e isso é preocupante.

Alina revirou os olhos mas não interrompeu.

— Então ao descobrir essa coneção lembrei no mesmo instante, Helena foi a ultima guardiã do livro negro, e não seria um mito se nunca tivesse existido. Eu simplesmente sabia que estava ali, e não podia simplesmente deixar algo tão precioso mofando em um cofre mágico.

A loira concordando em partes e talvez até se sentindo meio mal por estar com algo tão sagrado nas mãos levantou e foi até o garoto que parecia estar apreciando mais sua vitória do que o próprio livro que parecia brilhar nas mãos de Alina.

— Um desperdício — ela concordou se sentando no apoio do trono sem desviar o olhar daquele livro.

Era tão mágico, tão poderoso, tanto conhecimento.

Ela quase podia sentir sua respiração faltando enquanto abria o livro passando de página em página, ritual à ritual e porção por porção.

— É tão mágico...Merlin.

Ela olhou extasiada por ele.

— Tommy, você poderia simplesmente estalar os dedos e dominar o mundo — ela falou empolgada — ou até dominar outras linhas do tempos...universos paralelos, Merlin! Viagens no tempo.

Ele riu divertido se escorando em seu belo trono olhando, apreciando ela.

Era quase melhor do que a sensação de vitória.

— Você poderia ter tudo — ela murmurou quando passou por alguns encantamentos de manipulação — isso quase faz as horcrux parecerem brincadeiras de criança.

Ela franziu o cenho e olhou para ele desconfiada.

— Você não parece tão encantado com isso — ela lhe acusou.

Ele ergueu as sobrancelhas em apreciação.

— Você saberia melhor Alina. — Ele falou bebericando sua bebida levemente.

A garota lambeu os lábios ao apreciar a visão, estar tão perto dele a deixava estranha para dizer o mínimo.

— Embora eu seja um bruxo habilidoso, muitos desses feitiços tem séculos, muitos só seriam úteis em muitos anos, e mesmo que eu seja paciente não sou um santo, meus planos de melhorar o mundo bruxo vai além de criar um exército de robôs. Quero ser temido é claro, mas quero ser alguém que possa inspirar, quero ser o motivo que muitos possam se encontrar. Sem medo de sair de casa, sem medo de dar um piso em falso, liberdade,  quero ser o motivo que vai instalar paz novamente no mundo bruxo.

— Sua percepção de paz é deturpada, Tom. — Alina disse mas se escorou na cadeira quase em apreciação ao plano, não que ela concordasse mas as palavras, o jeito que ele falava, céus, era inspirador.

— Paz é apenas outro sinônimo para guerra, Alina. Quantas vezes nós bruxos fomos caçados, enforcados e queimados por causa de trouxas tolos? Nós não deveríamos ter medo de viver, de poder exercer nossa liberdade por causa de trouxas medrosas, nosso poder poderia ter nos salvado tantas vezes, mas as regras que somos impostos, as malditas regras nos contiveram tantas vezes que eu perdi as contas.

— E uma anarquia faria nosso mundo melhor? — A garota perguntou incrédula.

Riddle apenas suspirou mas continuou.

— Nosso mundo só será melhor quando estivermos livres, quando não tivermos uma barreira separando nosso minúsculo espaço do mundo inteiro. Por que você acha que os sangues puros estão acabando? Os bruxos em geral estão cada vez mais escassos.

Alina franziu o cenho.

— Então não seria mais fácil aceitar os nascidos trouxas?

— Não necessariamente — Riddle começou — os nascidos trouxas nada mais são que mestiços de linhagem velha, ninguém vira bruxo do nada, apenas algumas linhagens são esquecidas e apagadas com o tempo mas um ou outro ressurge. Por isso é tão importante novos bruxos, mas existe outro porém, o sangue de um sangue ruim tem menos probabilidade de conter magia antiga, e a magia nova pode muitas vezes ser até mais poderosa, mas também perigosa. Por isso muitos sangues ruins não têm controle sobre suas habilidades no início e é tão importante o uso da varinha, pois a magia não é filtrada como a nossa. E sangues puros não são diferentes, o medo por alguém mais poderoso fez essa supremacia de sangue crescer, duvido que muitos saibam realmente o motivo.

Alina riu incrédula.

— Então você está me dizendo que todo esse preconceito é medo que eles os superem?

Riddle confirmou.

— De certa forma, sangues puros são hipócritas, mas não é um medo irracional Alina, esse medo de certa forma os protege. Meu governo não pecará algo irracional, sangues ruins podem se tornar interessantes com o tempo, mas para alcançar o poder preciso de uma causa que una todos, ou pelo menos à maioria.

Alina revirou os olhos mas continuou.

— O preconceito de sangue — a garota confirmou.

— Nem todos se contentam com o poder, querida — Riddle murmurou segurando o queixo da mesma quase delicadamente.

Ela então deu um sorrisinho astuto.

— Alguns apenas são curiosos demais.

Ele confirmou não desviando o olhar da mesma, planejando, sempre planejando.

Então ele disse algo que ela nunca esperaria nem um milhão de séculos.

— Fique com ele.

— Ele?

O mesmo bufou impaciente.

— O livro.

A garota então arregalou os olhos.

— O livro?

A mesma perguntou sem entender. Tom Riddle nunca arriscaria um plano por algo para simplesmente dar ele para qualquer um. Simplesmente não estava em seu DNA.

Tom Riddle não se importava com nada além de si mesmo e do que pertencia a ele, então por que diabos ele estava dando aquilo para ela? Só poderia ser uma pegadinha. Ou algo terrível que ele estivesse tramando.

— Ou você não quer? — ele perguntou quase risonho.

— O que você quer em troca?

Ele riu baixinho.

— É um presente Alina, não um acordo.

A mesma olhou para o livro quase como se esperasse que ele pegasse fogo a qualquer instante.

— Por que? — Ela perguntou desconfiada.

Ele apenas deu de ombros como se não estivesse planejando nada.

— Acho que ele será mais útil para você , eu não preciso de um manual de instruções.

Ela ergueu as sobrancelhas questionadoras não acreditando em uma só palavra que ele estava dizendo.

— Desde quando o ego masculido é tão frágil?

— Não é ego, Alina, apenas não preciso de mais nada desse livro, já tive o suficiente nas últimas quinze horas.

Ela fez uma careta ao se lembrar da quantidade de tempo que permaneceu inconsciente.

— Bom, eu não vou devolver — ela testou ainda franzindo o cenho.

Ele apenas revirou os olhos.

— É seu. Se preferir queimar, queime.

A garota quase colocou fogo em hogwarts só para testar até onde ia à repentina boa vontade do garoto.

— hm...obrigada?

Ela tentou ainda desconfiar.

— Agora vamos discutir algo mais importante— Ele começou afastando o assunto e a desconfiança da garota — Isso.

Ele então levantou a manga da blusa da garota e mostrou aquela rosa tatuada envolta de uma caveira terrivelmente encantadora.

A garota prendeu a respiração se dando conta do que havia acontecido.

— Você precisa controlar seus ataques Alina, isso foi malditamente perigoso.

Ela fez uma careta levantando o braço e apreciando por si mesma.

— Eu fiz...?

Ele disse quase exausto.

— Sim, nos ligou por meio daquele contrato mágico por causa de malditas bombas.

Ela respirou fundo balançando a cabeça se aconchegando quase que inconscientemente mais perto do garoto.

— Apenas...eu..eu pirei, tudo bem? Ouvir aquelas explosões novamente, céus, naquela caverna ainda, era quase como se tudo fosse cair. Eu me senti uma garotinha de novo Riddle, sem saber o que estava acontecendo, com medo e encolhida em algum canto enquanto a morte me levava, sem esperanças e no meio de um redemoinho, era desesperador, aqueles barulhos, à sensação, à adrenalina.

Quando ela terminou era quase como se estivesse se afogando naquele mar de sensações de novo.

Riddle então franziu o cenho para ela.

— Respire Alina, você está em casa.

E de certa forma ela estava.

— Você desperdiçou um maldito desejo — ele disse com uma careta — espero que tenha valido a pena.

O mesmo disse entredentes se lembrando da sensação, era quase como se ele pudesse sentir o desespero da garota em sua pele.

— Se eu nunca mais me sentir assim, eu desperdiçaria os três .

A garota falou com um encolher de ombros voltando seu olhar para ele, e quando aquele mar azul se chocou com aquelas tempestades tudo que ela queria era continuar ali.

— Você precisa controlar isso, se eu acreditasse nas merdas trouxas poderia até ser uma opção, mas use isso — ele apontou para o livro — e se livre desse maldito ponto fraco, ou eu vou me livrar, e pode ter certeza que você não vai gostar.

ela riu baixinho olhando para ele surpresa.

Embora fosse uma ameaça descarada, ela começou a se perguntar, só por um momento talvez, mas por que ele se importava?

Tom Riddle era de fato um enigma.

E talvez ele só estivesse protegendo o que era seu.

Alina mal podia imaginar.

[ THE POISON 🧪]

Embora conversar com Tom Riddle por horas e horas fosse de fato empolgante, ela nunca se cansaria de tentar desvendar cada tramoia do menino, ela sabia que tinha que voltar à torre.

Mesmo com o baile lhe dando alguma cobertura, Alina não sabia bem qual desculpa ela poderia dar para as amigas além de ter tido uma noite de fato divertida. Então respirando fundo e com o vestido reluzente de Alice da noite passada, a garota caminhou em direção a torre enquanto tirava as pequenas presilhas do penteado muito desfeito em seu cabelo.

Com sorte o cabelo bagunçado ajudaria em sua provável meia verdade.

— Alina?

A garota ouviu e se virou contendo uma careta quando viu o professor Dumbledore virando a esquina.

— Professor?

Ela perguntou esperançosa que tudo que ele visse, novamente, era apenas uma garota após uma noite agitada de baile.

— Oh, que surpresa querida — o homem começou — espero que a noite tenha sido boa?

Ela sentia um deixa-vu estranho ao presenciar aquela cena.

Sentindo suas faces corar a corvina apenas sorriu.

— Hm...sim — a loira respondeu olhando seu vestido da noite anterior.

— Receio não ter te visto hoje no café da manhã, minha querida, aposto que deve estar faminta. — ele começou — Venha, minha sala é no final desse corredor...espero que goste de tortinhas de limão?

Embora ela quisesse fugir e se esconder em seu quarto, ela apenas sorriu gentilmente.

— Bom, é verdade — ela admitiu a verdade, mal se lembrava quando comera pela última vez — Se não for um incomodo senhor...posso ir à cozinha.

— Não se preocupe, vou fazer um chá — ele disse — e estava querendo falar com a senhorita a um tempo, venha.

E então ela seguiu, agradecendo a Merlin por não ter que descer algumas escadas.

— Sente-se querida, fique a vontade — o homem começou colocando sua chaleira no fogo e enfeitiçando a mesma — Aqui, coma.

Pegando algumas tortinhas de bom grado, Alina se sentou atrás da mesa do professor com um leve receio do que ele queria conversar.

Após preparar o chá e a garota agradecer, embora não fosse tão fã preferiu ficar quieta.

— Bom...acho que não tive tempo de ler as notícias hoje?

Ela apenas franziu o cenho e concordou enquanto mordia a tortinha.

— Uma lástima querida — o professor começou e passou o profeta diário para a mesma.

No mesmo segundo e evitando o olhar penetrante do professor percebeu aquele zumbido estranho e quase imperceptível em sua mente.

Legitiments.

Bloquear sua mente era fácil, mas bloquear memórias específicas exigiam mais concentração, então quando sentiu o professor invadindo sua mente, ela deixou.

Não completamente, mas às vezes aquele ditado de acreditar tanto em algo que se tornava realidade era o mesmo com magia.

E embora ela não quisesse mudar suas próprias memórias ela escondeu em um pequeno baú onde as trevas estavam trancadas.

Fingindo ler e apenas passando o olho na manchete a garota exclamou quase indignada.

— Um roubo? Mas lá é um dos lugares mais seguros do mundo bruxo.

O homem parecendo satisfeito finalmente desviou o olhar da garota e pegou uma tortinha para si.

Alina se segurou para não suspirar aliviada.

Embora ela se considerasse uma bruxa habilidosa e com muito tempo livre, bom, pelo menos antes quando suas poções eram suas únicas amigas, foi nessa época que a garota se interessou por magia avançada.

— O senhor sabe quem fez isso? Ou o que roubaram? — a garota perguntou curiosa.

O professor acenou em concordância.

— Tenho alguns palpites mas nada confirmado minha cara. — o professor suspirou como se sentisse uma futura dor de cabeça por vir — Mas roubaram algo poderoso demais para estar em mãos erradas, um antigo livro de feitiços.

— Isso é estranho — a garota falou — apenas um antigo livro? Sem jóias ou dinheiro? Não me parece algo que um simples ladrão faria.

O professor confirmou.

— Esse é exatamente meu medo. Que um novo bruxo das trevas esteja a surgir, que o mundo bruxo nunca encontre a paz.

Era de certa forma irônico a garota estar conversando sobre paz com dois lados tão obviamente opostos.

— Deixaram alguma pista? — a garota pergunta olhando para o jornal — não deve ter sido algo pequeno.

— Era dia das bruxas então o ministério encobriu, é claro, uma pegadinha, eles pensaram.

— E o senhor? O que acha disso? Não me parece concordar com eles..

— Deixaram uma marca, horripilante eu diria, um crânio e uma cobra, quase como simboliza a morte.

— Isso é horrível — Alina franziu o cenho — Foi a primeira vez que isso apareceu?

— Algumas semanas antes no caldeirão furado, alguns hóspedes alegaram ver algo parecido, porém menor.

— Uma ligação talvez — Alina pensou mas logo olhou curiosa para o professor — espera...bom, não questionando suas ações, senhor, mas por que está me contando isso?

O professor suspirou.

— A senhorita é uma corvinal esperta de fato, por isso Alina, me senti no dever de te alertar.

— Me alertar?

— Você está andando com gente poderosa ultimamente, minha querida, pessoas que podem não ter uma boa índole.

Embora ela soubesse que aquilo era a mais pura verdade, ela quase pareceu indignada, quase.

— Os sonserinos? Senhor, peço perdão mas não acho que o senhor tenha o direito de julgar alguém pela casa.

O professor quase parecia prestes a rir, mas apenas sorriu fraco.

— Não se preocupe com isso, não é um julgamento apenas uma realidade minha querida, muitos deles vêm de famílias poderosas demais para que você possa entender, sobrenomes mágicos mais antigos que Merlin, onde dinheiro e a ambição sempre falaram mais alto.

Ela queria questionar, eram seus amigos, não sobrenomes que estavam falando.

— Eles são pessoas, senhor...meus amigos. Não sobrenomes.

Ele quase negou.

— Eles tiveram criações diferentes Alina, suas mentes recheadas desde jovens com supremacias de sangue e sede por poder. Eles são seus sobrenomes. Mas eles não são os únicos que você deve tomar cuidado. Seu noivo receio, Tom sempre foi uma caixinha de pandora.

Alina olhou para o professor com medo de onde ele poderia chegar.

— Tom é o melhor aluno que Hogwarts teve desde o senhor — ela o defendeu.

— E é exatamente esse meu medo — o professor começou — Nem sempre eu fui uma pessoa com boas intenções querida, ser o melhor nos faz pensar que podemos tudo, que nada pode nos superar...até o amor.

A garota arregalou os olhos levemente.

— Amor...?

Ele acenou quase perdido em pensamentos distantes.

— Uma vez eu também fui tolo e jovem, com fome de poder e cheio de paixão. Nem sempre amamos o bem, às vezes as trevas são traiçoeiras mas inebriantes, elas nos seduzem. Às vezes não nos apaixonamos por pessoas boas, o que isso nos faz?

Embora ela quisesse negar, ela apenas fechou os olhos por um segundo e concordou.

— Nos faz pior. — ela disse — pois nós sempre soubemos o que estava em nossa frente e foi exatamente a escuridão, o perigo que nos encantou.

O professor quase como se estivesse voltando a si suspirou.

— Eu receio que sim — ele respondeu calmamente — bom, desculpe por atrapalhar seu dia, querida. Espero que saiba no que está se metendo Alina, mas saiba...saiba que eu sempre estarei aqui, de portas abertas caso precise de ajuda.

E mesmo querendo negar ela apenas acenou.

— Obrigada professor, terei em mente.

Então agradecendo pelas tortinhas, a garota finalmente saiu dali.

Curiosa sobre as palavras e o sofrimento que parecia emanar do professor, e com receio do que poderia estar lhe esperando no futuro.

[THE POISON 🧪]

Lembram quando eu disse que meu celular tinha pifado e eu tinha conseguido arrumar? Spoiler amores, ele morreu de vez e eu tive que mudar, o problema foi que mudando de celular eu perdi tudo, literalmente tudo que eu tinha da fanfic. Todos os episódios finais de The Poison, one shots do futuro, os outros 4 livros que vem depois e todos os capítulos que eu já tinha pronto, foi horrível e eu desanimei bastante. Com tudo perdido resolvi dar um tempo daqui e acabei focando no último ano de ensino médio, pois é oficialmente formada 👩‍🎓. Porém com o aniversário da Alina e com o meu dia 30/04, amanhã mais exatamente resolvi voltar aos poucos por que The Poison foi a primeira história que eu realmente consegui desenvolver, é meu xodozinho. Então com apenas uns 10 capítulos para acabar quase oficialmente a história não podia deixar ela incompleta.

Mas é isso gente, vou tentar voltar aos poucos, planejando bonitinho tudo que tem por vir.

Aqueles que ainda não desistiram obrigada por continuarem por aqui :)

Mais novidades sobre o próximo capítulo lá no tik tok, não esqueçam de seguir @/Caah_Black

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