𝟎𝟒. 𝐑𝐄𝐕𝐄𝐍𝐆𝐄 𝐏𝐎𝐓𝐈𝐎𝐍 𝐩.𝟐
i. Duas pitadas de massacre
ii. Uma colher de veneno
iii. Uma caneca de sopa
❝ QUATRO ❞
🥀Alerta de gatilho
#MARATONA 2
— Você vai me contar seu lindo plano ou eu vou ter que esperar até conseguir ouvir todo mundo gritando? — A loira perguntou aos sussurros assim que eles alcançaram o segundo andar.
Ele deu um sorrisinho mas não disse nada.
— Aqui estão seus quartos, senhorita esse a direita é o seu, senhor aquele a esquerda. — Cristian apontou para os quartos aparentemente normais.
— Obrigada — Alina disse vendo o criado fazendo uma breve reverência.
— Coloque seu melhor vestido, querida, devemos impressionar. — Riddle disse assim que o criado se retirou.
Ela olhou confusa para o mesmo mas assentiu.
— Você trouxe o que eu pedi certo? Assim que se arrumar complete a parte dois do plano.
Ela revirou os olhos para o tom mandão mas fez uma reverência debochada e entrou em seu belo quarto antigo.
O quarto tinha uma decoração rústica mas que ela achou encantadora, sim, ela poderia muito bem se acostumar com aquilo.
A garota olhou para o relógio no canto da parede e suspirou surpreendentemente cansada, ainda faltavam duas horas para o jantar, o que ela não daria para um cochilinho.
Mas não, ela tinha um maldito plano para concluir.
Ela suspirou e jogou a bolsinha na cama averiguando o quarto.
Porta esquerda um closet vazio, porta direita um banheiro, perfeito.
Fazia tanto tempo que ela não tomava um banho de água quente, então antes que conseguisse analisar mais a situação ela já estava despida dentro de uma enorme banheira de marfim.
[ 🧪 THE POISON]
A loira olhava para o enorme espelho daquele quarto, seu lado vaidoso dava total boas vindas a aquele enorme objeto legível.
Linda, ela com certeza se descreveria assim naquele momento.
Suas madeixas estavam onduladas em um típico penteado da época e seu corpo vestia como uma luva um vestidinho verde totalmente rendado.
Era um bom diferencial para seus típicos azuis, porém ela amava a cor, com certeza era a sua de natureza.
Já maquiada e com um sorrisinho cruel nos lábios avermelhados, ela diminuiu o tamanho da bolsinha de crochê depois de tirar o frasquinho preto da mesma.
Ela escondeu a varinha na cinta liga na coxa junto com a bolsinha e escondeu o frasquinho no decote.
Ela precisava colocar bolsos no seus vestidos urgentemente.
O plano era simples, era só não ser pega.
A garota saiu do quarto e deu duas batidinhas na porta do moreno como o combinado e desceu as escadas com cuidado.
A sala estava aparentemente vazia, melhor assim.
Agora vinha o desafio número um, onde ficava a cozinha?
Bom, ela não fazia a mínima ideia então só seguiu andando.
— Senhorita Strong?
— Sim, senhora Riddle?
— Como posso te ajudar, querida? — A matrona aparentemente saia de algum cômodo já com roupas apropriadas para a noite.
— Me chame de Alina por favor — A loira deu um sorrisinho conspiratório e continuou — Eu estava atrás da cozinha, faz algumas horas desde a última vez que comi.
— Oh querida, era só ter chamado um empregado.
— Não queria incomodar, além disso a cozinha deve estar perto, certo?
A mulher deu um sorriso doce.
— Sim, venha comigo.
Então elas seguiram em direção ao canto mais escuro da casa.
O lugar se parecia muito com a cozinha de Hogwarts, Alina percebeu, o que mudava eram as pessoas ali dentro, em vez de elfos domésticos se reuniam ali um punhado de empregados.
— Mary querida, você poderia trazer alguns pãezinhos para a nossa convidada?
A mulher ruiva deu um sorriso simpático para a senhora e saiu em disparada a dispensa.
— Aqui, senhorita.
— Muito obrigada Mary. — a loira se sentou em uma das mesas quadradas.
— Bom eu vou indo querida, qualquer coisa me chame.
Alina deu um sorriso gentil e assentiu se virando para a ruiva.
— Esse cheiro bom? O que vamos ter para o jantar de hoje?
— Como prato principal pernil assado senhorita, mas de entrada teremos sopa de abobrinha.
Hm, sopa, perfeito.
Ela conseguia sentir seu estômago reclamar só de pensar dessas comidas boas.
— Parece uma delícia, espero que vocês consigam comer também.
A ruiva deu um sorriso.
- Sim, demos sorte no quesito patroa, senhora Riddle é muito gentil com todos nós em comparação com o senhor Riddle. Assim que distribuímos a comida podemos acompanhá-los daqui da cozinha.
— O velho rabugento ou a cópia do meu noivo.
A mulher deu uma risadinha.
— O velho rabugento com certeza, mas não diga que eu disse isso.
— Nem sonharia com isso, minha boca é um túmulo não se preocupe — Alina disse mordiscando alguns pedaços do pãozinho.
— Então é verdade? — Uma garota mais ou menos de sua idade perguntou ficando do lado da ruiva.
— Cora — A ruiva repreendeu.
— O que é verdade? — Alina perguntou curiosa.
— Que o garoto que vimos aqui é o filho bastardo do senhor Riddle, eu juro que quase desmaiei quando o vi com a senhorita caminhando pelo jardim. Ele é tão bonito e impotente.
— Coralina seus afazeres, agora!
— Mas Mary...
A loira deu uma risadinha atraindo a atenção para si.
— Sim, é verdade, Cora, certo? Me chame de Alina, por favor.
—Viu Mary, ela não se importa.
— Mas eu me importo, se os patrões verem você importunando a futura noiva da casa Riddle.
— Falando nisso você devia tomar cuidado senhorita Alina.
— Cuidado?
— Céus Cora não coloque caraminholas na cabeça dela.
— Deixe-a falar Mary, estou curiosa agora.
A menina se sentou na frente da loira e deu um sorrisinho presunçoso para a ruiva.
— Você deve tomar cuidado com Sophia, ela é a filha mais velha de Maggie, a esposa do senhor Riddle. Ela não vai deixar um filho bastarado ficar com todo dinheiro, senhorita, ela provavelmente vai querer acabar com o relacionamento de vocês dois, ela é uma víbora egoísta e faz tudo para conseguir o que quer.
— Sophia? — Alina perguntou incrédula, não sabia se era pelo fato de ter se metido do nada em um clichê familiar ou por saber que uma garotinha prepotente tentando acabar com seu noivado de mentira era o menor dos seus problemas.
— Bem, isso é verdade — Mary confirmou com um suspiro — Ela é uma megera, com certeza preferimos a senhorita como futura patroa.
— E olha que nós conhecemos a senhorita à cinco minutos — Cora disse exasperada.
Alina tentou esconder uma risadinha.
Ah aquilo seria lindo, os Riddle se acertando e recebendo o pequeno Tom com amor e carinho, ela e Tom futuramente se casando depois de um triângulo amoroso de dar raiva e ela com uma futura mansão e problemas como o açúcar faltando.
Um mundo melhor.
Mas aquele não era um mundo melhor, ela se forçou a lembrar com um olhar triste para as serviçais.
— Esse cheiro está realmente bom, mas vai demorar tanto. Vocês acham que se eu pegasse só um pouquinho dessa sopa faria falta?
— Ora claro que não senhorita — Mary disse.
— Deixe que eu pegue para você. — Cora falou com um sorriso se levantou.
— Não é necessário não se preocupar — Alina disse sorrindo e se virando para a enorme panela cheirosa.
Seu estômago roncou.
Ela pegou uma cambuquinha e depositou um pouco de sopa enquanto vários empregados conversavam.
Tirou do decote o potinho preto e jogou todo o líquido transparente dentro da grande sopa mexendo a mesma.
Se virou com o potinho nas mãos e continuou a conversar com Mary e Cora até avisarem que Maggie e Sophia tinha chegado.
[ 🧪 THE POISON]
— Alina querida venha, vou lhe apresentar a esposa de Tom e sua filha. Elas são uns amores— a velha senhora disse quando viu Alina atravessar o corredor em direção a sala.
A loira observou a linda família ali naquele lugar, o velho rabugento ainda em sua cadeira de rodas perto da lareira, o pai de Tom agora sentado do lado de uma linda mulher de cabelos quase platinados e com mais jóias do que os olhos de Alina podia associar.
Tom estava sentado em uma poltrona no centro da sala do lado de uma garota quase idêntica a mulher mais velha mas que provavelmente tinha a mesma idade que Alina.
— Maggie e Sophia, essa é Alina, noiva do Tom.
— É um prazer conhecê-las — Alina falou com um aceno indo se sentar no sofá onde a matrona estava.
— Oh, então você será a futura Lady Riddle? — A mais velha do lado do marido deu uma risadinha falsa.
Alina ergueu uma sobrancelha, sério?
Só mais algumas horas Alina.
A loira abriu um sorriso um pouco gentil e cruzou as pernas.
Você tem um papel Alina, sorria.
— Algum problema, senhora Riddle?
Foda-se a etiqueta, eu não sou paga para isso.
A sala toda olhou diretamente para a garota de vestido verde.
— Maggie — Tentou acalmar os ânimos o senhor Riddle.
— Nenhum querida, mas como disse que era seu sobrenome mesmo?
— Eu não disse — Alina disse pegando uma xícara de porcelana e o whisky dos homens enchendo a mesma até o talo.
A garota do lado do Tom olhou de olhos arregalados para a mesma e ergueu o nariz com uma expressão de nojo voltando toda sua atenção para o belo moreno que parecia lhe ignorar.
— Você está estonteante querida — Tom falou pela primeira vez desde que ela havia chegado a sala.
Ela deu um sorrisinho alisando as saias.
— É, eu sei.
Ele revirou os olhos mas deu um sorrisinho de canto erguendo seu próprio copo de whisky em um brinde silencioso.
Ela ergueu sua xícara de porcelana confirmando sua pergunta silenciosa, feito.
— Está mesmo, verde combina com seus olhos apesar de eu jurar que eles eram azuis.
— Obrigada verdadeira senhora Riddle, azuis esverdeados, indecisos para dizer o mínimo.
A velha senhora escondeu um risinho e ela sentiu a fuzilada de Maggie em suas costas.
— Senhora a mesa está pronta — Mary chegou apressada.
— Oh que perfeito, vamos, vamos.
Então todos se direcionaram para a sala de jantar.
A mesa de jantar era enorme, de mármore e cheia de flores e um banquete enorme, prataria de qualidade e totalmente diferente do cenário dos últimos dias.
Totalmente diferente das mesas de madeira podre e talheres de plástico do orfanato, em comparação ao mingau daquela manhã aquela sopa ali era mil vezes mais agradável.
Se ela estava ressentida com aquilo nem podia imaginar o que Tom estava pensando naquele momento.
Ela olhou de rabo de olho e viu o mesmo com a mesma expressão fechada de sempre.
Saber legitimencia não adiantava muito quando a mente do mesmo parecia uma rocha.
Eles se sentaram na grande mesa, o velho na ponta com a mulher a direita e o filho e a esposa. Do lado esquerdo então ficou Tom e ela.
Ou era para ter ficado se Sophia não tivesse sentado naquele que era seu lugar.
Oh céus, que Merlin lhe desse paciência.
Alina ergueu a sobrancelha para a mesma e pigarrou.
— Sophia — Maggie disse um pouco ultrajada para a atitude da filha.
Bem, até ela sabia um pouco de etiqueta básica.
— Mas mãe ela é tão... — a menina começou com um biquinho
— Linda, inteligente e poderosa? Eu sei, agora se você me dá licença. — Alina fez um gesto de desdém.
— Sophia — Tom Riddle pai falou imperativo e a menina finalmente cedeu.
Ela definitivamente não era paga para isso.
As bebidas foram servidas primeiro junto com os pãezinhos.
Logo foi a hora da maravilhosa sopa.
— Está realmente uma delícia essa sopa senhora Riddle.
— Você já experimentou ela? — A garota disse com escárnio.
— Sim, eu fui na cozinha antes.
— Na cozinha? — Ela perguntou como se fosse a coisa mais absurda do mundo.
— Sim, o lugar onde se faz a comida, conhece? Não querida, ela ainda não é feita magicamente, bom na verdade pode ser até possível mas fica sem nenhum nutriente — divagou a loira repartindo um pãozinho.
— Então filho — interrompeu o Tom pai — O que você pretende cursar ano que vem? Saiba que vamos cobrir qualquer curso.
— Meio tarde para isso não? — o mais novo disse sarcasticamente — Não se preocupe com meus planos, pretendo dar aula na escola que estou agora.
— O internato para monstros? — o avô interrompeu cansado de toda aquela baboseira.
— Você não devia criar tantas expectativas sobre isso Riddle, uma palavra: Dumbledore.
— Exatamente meu avô querido, esse internato. Dumbledore não será um problema Alina.
Ela revirou os olhos, mas parou a empregada antes que a mesma colocasse a sopa em seu prato.
— Eu já comi lá dentro, vou pular a sopa tudo bem?
A mulher assentiu e passou para o próximo.
— Ah e querido eu identifiquei pimentão na sopa, como você é alérgico eu recomendo não comer.
Tom acenou negativamente para a mulher.
— Oh querido, sinto muito, nós não sabíamos, se você poderia pedir para fazer outra coisa.
— Não se preocupe com isso, eu espero o prato principal.
Então as conversas continuaram.
Quando a empregada foi embora e todos começaram a comer Alina tirou da mini bolsinha uma pequena ampulheta de vidro que se assemelhava a um diamante.
— Que linda querida, é uma relíquia de família? — À matrina perguntou.
— Não, infelizmente não, é apenas um objeto que ganhei em uma aposta de um dos meus amigos.
— Malfoy? — Tom ergueu a sobrancelha.
— É dele, embora tenha feito a aposta com o Lestrange — Ela assentiu observando o olhar assustado da matrona — Mas não se preocupe senhora Riddle, nós vamos a sua festa de aniversário em alguns dias e eu devolverei.
— E ainda por cima ladra, hunf — A garota resmungou do outro lado da mesa.
Alina observou com cuidado a peça e virou de ponta cabeça vendo a areia caindo com cuidado.
— Ladra é uma palavra muito forte, mas algo do tipo com certeza.
— O que? Mãe você não pode deixar uma pobretona como ela vir para essa família.
— Tom querido, devo concordar com minha filha — Meggie disse com um sorrisinho malicioso — Ela só vai estragar o nome da família.
— Filho, você como futuro herdeiro...bem devemos conversar depois.
— Não se preocupe pai querido, não vou sujar o precioso nome Riddle — começou Tom e Sophia olhou encantado para o mesmo. — Ele vai parar de existir em breve.
— O que? — o velho rabugento falou espantado.
— Alina, faria as honras?
— Com certeza — A loira disse com um sorrisinho malicioso.
Ela se levantou de supetão, levantou as saias sob o olhar assustado de Maggie e Sophia e retirou sua varinha da cinta liga da coxa.
— Tão estratégico — Ela deu um sorrisinho e balançou a varinha fazendo um estrondo com todas as portas e janelas fechando. — Boa sorte família feliz.
Ela deu uma risadinha olhando para a ampulheta que estava perto de acabar e ergueu sua taça de vinho tinto.
Tom revirou os olhos para o espetáculo da garota, mas se levantou e tirou as luvas de seda pegando sua própria varinha.
— São tantas opções, me sinto criativo essa noite Alina.
A loira olhou para seu novo anel adquirido e acariciou distraidamente a pedra.
— Se divirta Riddle, vou cuidar dos funcionários.
— Não, não — a matrona chorou se levantando — por favor Alina não os mate.
— Pelo amor de Deus Genova você está preocupada com os empregados? — Rugiu o velho.
— Crucio — Alina apontou para o velho e ele começou a gritar na mesma hora — Comece com ele querido, sabe da minha aversão por velhos machistas, mas pegue leve com a mulher, ela tem bom coração.
Tom deu um sorrisinho perverso.
— Se você insiste, mantidos.
E então toda a família começou a gritar por misericórdia a suas costas enquanto ela ia verificar os empregados e mudar suas memórias incriminando o bruxo que morava a poucos metros dali.
Uma linda reunião de família, de fato.
[ 🧪 THE POISON]
Mais um capitulo, surto por que dessa vez a maratona está dando certo e eu estou postando no dia certo kkkkk não vou comentar muito mas né hihihi.
Me digam o que estão achando, a opinião de vocês e os comentários aleatórios surtando são muito importantes.
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