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𝐗𝐗𝐕𝐈𝐈𝐈 • 𝐃𝐄𝐀𝐓𝐇 𝐏𝐎𝐓𝐈𝐎𝐍

⇠CAPITULO VINTE E OITO⇢


🥀 Alerta de Gatilho 🥀


Alina estava decidida, nunca mais pisaria naquela porcaria de casa.

A garota loira socava alguns vestidos amassados dentro do malão quando ouviu o trinco da porta da entrada abrindo.

Bem, seu pai havia chegado mas estranhamente ela não podia se importar menos.

Ele repetiu consigo mesmo seu novo mantra encorajador e jogou um feitiço para diminuir o malão.

O quarto estava limpo, mas estranhamente igual aos últimos anos de sua vida, o papel de parede descascando, a janela com as iniciais da sua mãe e seu irmãozinho entalhada e a penteadeira de canto.

Não, ela não iria sentir nenhuma falta daquilo.

Sua bolsinha de crochê estava abastecida com seus bens mais preciosos, dinheiro trouxa, bruxo, sua chave do cofre e algumas poções extremamente raras e mortais que na mala teriam um grande perigo de explodir.

Ela fez uma careta para o quarto e pegando o enfeite de cavalo na cabeceira da cama deu um sorrisinho esperançoso.

Ela abriu a porta de carvalho negro com a aura renovada e guardou o cavalinho mortal.

Era o antigo brinquedo favorito do seu irmãozinho, não por ser uma miniatura dotada mas pela grande história por trás, a mãe deles era ótima com histórias e a do cavalo de Tróia era uma das favoritas do pequeno.

Olhando de relance para todo o espaço vazio daquela casa ela percebeu que de fato aquilo nunca nem chegou perto de um lar para ela.

Tudo estava tão vazio, tão sem cor. E Alina era a própria definição de vivo, por favor a garota brilhava onde quer que passasse mas ali era tudo tão cinza.

Como ela agradecia por Hogwarts existir e por ter devolvido aquelas pequenas tonalidades para a vida dela.

A menina pegou seu chapéu pendurado e desceu calmamente a escada que ela tanto odiava.

Tudo bem que ela odiava tudo dentro daquele lugar, mas aquela escada se mostrava um verdadeiro inimigo em dias de "guerra".

A sala continuava a mesma da noite passada, os vidros ainda no chão, sangue ainda manchando o carpete e a maldita poltrona ainda estava lá com a lareira e o chicote.

Seu pai parecia bem desmaiado ali, ela apreciava aquilo.

— Sansa — gemeu o pai da garota ainda de olhos fechados.

A loira suspirou.

— Traga-me uma xícara de algo forte, mulher.

Alina queria rir. Não importava se fosse ela ou a mãe, ou qualquer ser humano na terra ele ainda seria o mais desprezível que podia.

Ela poderia culpar a bebida como qualquer adolescente normal, ela podia culpar a morte da amada família. Mas sinceramente ela já tinha feito aquilo antes e ela tinha certeza;

Ele só era um ser humano desprezível mesmo.

Bêbado, trôpego, alerta, bruxo, trouxa, nada mudava. Henry Strong era horrível.

Era uma alma corrompida e sem objetivo, era o que era por que quis assim. Teve uma infância boa e mimada, se casou com a mulher mais linda que encontrou e teve dois filhos inteligentes e educados.

Isso bastou? É claro que não.

Era como um buraco negro aquele homem, sucava tudo de bom e de melhor a sua volta.

Era amargurado e queria que o mundo fosse assim.

Era uma alma suja, corrompida e que não merecia estar viva.

Mas quem era ela para julgar e pagar uma de Deus? Ninguém, só outra alma quebrada no mundo.

Mas ela era uma alma quebrada mesquinha e que adorava brincar de poderosa.

Então ela só deu um sorriso e disse:

— Sim senhor.

Se o homem havia ouvido ninguém podia saber, ele continuava no mesmo lugar e na mesma posição.

Ela entrou na cozinha e realizou o mesmo processo de sempre, colocou água na chaleira, colocou no fogo e jogou um feitiço para acelerar.

Pegou as ervas no armário e picotou em tamanhos irregulares e jogou tudo dentro.

Coou todo o líquido e colocou na única xícara não lascada que tinham, pegou um pires que ela havia pintado um dia e colocou na bancada.

Enquanto esfriava ela pegou o cavalinho do irmão e ficou deslizando de um lado para o outro o bonequinho.

Ela colocou o mindinho dentro do chá para verificar a temperatura e confirmou, perfeito.

Ela sorriu de lado e com uma força que ela não acreditava que tinha quebrou o cavalinho no meio.

Pó negro começou a surgir e ela despejou tudo com o cuidado de não sobrar nada naquele recipiente estranho.

Depositou o cavalinho quebrado na bolsinha de crochê, limpou bem limpado ao redor da xícara e sem mexer nem nada levou à xícara para a sala.

— Sansa? — resmungou o velho.

— Aqui está, senhor — Alina disse entregando na mão dele que resmungou alguma coisa sobre vadias ingratas mas ingeriu o chá com cuidado.

Alina se sentou de perninha de índio na frente da poltrona e pegou a xícara da mão dele e a transformou em pó.

Ela olhou curiosamente para o rosto deformado do pai.

Pegou a garrafa de vodka que ele tinha deixado ali do lado e limpando o gargalo com um lencinho de seda da mesma cor das suas luvas marfim bebeu um, dois, três goles.

— O que...an...faz.

Ela deu um sorriso e limpou o batom borrado do canto da boca.

— Relaxe pai, aproveite o silêncio enquanto nossos queridos anjos ainda não te levam para o inferno.

O homem resmungou mais alguma coisa inaudível, provavelmente um xingamento.

Ela notou com uma surpresa maravilhosa que não se importava.

Não naquele momento, pelo menos.

— O senhor sente? — ela perguntou curiosamente como se estivesse avaliando um ratinho em um laboratório. — A queimação insuportável?

Ele resmungou alguma coisa, provavelmente afirmando.

— Bom, eu te garanto que o sol não se aproximou misteriosamente da Terra. Talvez algo te esteja puxando dessa dimensão papai. Não sei.

Ela fez uma careta e pegou um caderninho na bolsa junto com uma caneta trouxa.

— Sua língua está mais dormente do que nunca, certo?

Ele resmungou algo

— Certo — ela deu um sorriso e anotou algo — pernas bambas e calor intenso? Hm, parece que sim.

O homem começou a tremer.

Ela arregalou os olhos.

— Ora isso é surpreendente, provavelmente o álcool no organismo está acelerando o processo, é uma pena.

Ela bebeu mais alguns goles da bebida.

— Bem, não podemos ter tudo na vida certo? Eu adoraria te ver agonizando pela próxima semana papai mas acho que até mesmo nisso o senhor terá que levar a melhor.

Ela fez uma careta e anotou algo no caderno.

O olho bom do homem, modifica de castanho para uma espécie de amarelo.

Ela gemeu inconformada.

— Mamãe ficaria arrasada de ver a poção mais trabalhosa dela ir para o ralo assim tão rápido — Alina fez um muxoxo triste.

Ele começou a engasgar e o rosto ficou vermelho igual uma pimenta.

— Isso me parece algo mais interessante de ver. Considerando todas as vezes que você se achava no poder de tirar a vida da minha mãe com suas próprias mãos. Ou daquela vez que você achou divertido ver seu filho mais novo sufocar com aqueles ácidos no meu aniversário. Bom eu não me importo com qual das memórias o senhor vai ver pela eternidade, mas por favor papai lembre-se que sua filhinha prostituta que causou.

Ela respirou fundo e se levantou tomando mais alguns goles da bebida que queimava sua garganta com tamanha intensidade.

Ele começou a tremer incontrolavelmente.

Ela fez uma careta mas deu uma risadinha.

— Oh céus, isso é tão bom.

O homem engasgou em tosses profundas tentando responder algo inaudível.

— Ah não se preocupe paizinho, logo logo eu vou me juntar à você nessa tortura infinita e o senhor terá à eternidade para me ter só para o senhor. — Ela começou um riso incontrolavel.

Sangue começou a escorrer do nariz dele.

— Muito álcool em um organismo só, logo entrará em combustão — Ela fez uma cara quase arrependida, mas arrependida pelo o que? por estar prestes a botar fim na vida daquele homem desprezível? Improvavelmente.

Ela tomou mais um, outro e outro gole daquele líquido ardente.

Tudo era tão engraçado.

— Eu garanto papai querido se eu não tivesse vivido os últimos anos da minha vida na sua presença eu seria um pessoa melhor, eu apenas teria saído por aquela porta e nunca mais voltado, mas a verdade é que eu nunca fui essa pessoa boa, não podia deixar passar a chance de te fazer pelo menos 3% do que aconteceu comigo nos últimos 11 anos. Então obrigada.

lágrimas de sangue agora marchavam o rosto dele, veias negras se acumulavam nas mães e ele tinha dificuldade para respirar e tremia em sua própria poça de urina.

— É uma pena — ela suspirou voltando a se sentar em frente a e ele com a garrafa agora quase vazia. — Pensei que duraria mais.

Então ela ficou ali observando as respirações cada vez mais sofridas, o sangue mais forte e os gritos sofridos sufocados, minuto por minuto tudo foi se esvaindo.

A vida dele e a possível alegria dela.

Ela olhou para o corpo quase sem vida do homem e sussurrou:

— Sinto muito papai

E começou a gargalhar sem alegria alguma.

[🧪] THE POISON

— Boa tarde, no que posso ajudar senhorita? — Uma mulher robusta e mal humorada, com um vestido surrado em tom de esmeraldas perguntou para a garota desconhecida a frente.

— Hm, gostaria de falar com Tom Riddle por favor.

A mulher deu uma tremida e gaguejando perguntou:

— A-algum problema?

Tirando o fato de um ter um cadáver na minha sala de estar? Nenhum.

A loira forçou um sorriso e tentou ser o mais encantadora possível embora seus cabelos levemente despenteado e sua falta de foco era algo bastante questionável.

— Nenhum, sou apenas uma hm, amiga da escola e trago notícias para ele.

A mulher olhou desconfiada e alguns sussurros começaram.

"É a namorada dele?" "Ele tem amigos?" "Aquele monstro? Não"

A atenção da loira se focou em um ponto castanho escondido no balanço que ela reconhecia de algum lugar mas em seu estado atual nem mesmo ela lembrava o nome, sua cabeça não estava no planeta terra naquele momento.

Meio trôpega e tentando se concentrar em seu objetivo ela seguiu a mulher mal humorada até os quartos à cima.

O lugar estava caindo aos pedaços, as grades estavam enferrujadas e as crianças esfarrapadas.

Era difícil imaginar o grande Tom Riddle, Deus todo poderoso naquele lugar mas ela sabia que era justamente por ele estar naquele lugar que ele podia ser reconhecido como todo poderoso.

A mulher suspirou e se Alina não tivesse enganado algo como medo passava pelos olhos dela. Mas ela estava bêbada demais para afirmar o que estava acontecendo à sua volta.

— Tom? — a matrona falou com cuidado — Você tem uma visita — Nada, o silêncio ainda reinava naquele corredor o que na opinião de Alina era algo muito estranho para um orfanato. — É uma garota.

Alguns segundos depois a porta se abriu e de lá saiu um despenteado Riddle, mas não menos bonito que o comum com uma expressão confusa.

— Alina?

— Riddle — Ela deu um sorrisinho amarelo e ele provavelmente percebendo o estado da garota dispensou a mulher com um simples aceno.

Nem mesmo ali ele deixava de ser o todo poderoso.

— Você está péssima — Ele constatou sem pudor algum enquanto ela se jogava na cama dele e tirava as luvas de marfim.

— Eu sei.

— E cheira a bebida.

— Eu também sei — Ela deu um sorrisinho de canto e suspirou e se levantou.

— Por que você está aqui?

— Eu tenho um cadáver na minha casa.

Ele piscou sem se abalar e franziu o cenho.

— Um cadáver?

— Um cadáver?

— Certo, e a quanto tempo esse cadáver está lá?

— Cerca de três horas de reflitamentos.

— Quem?

Ela respirou fundo antes de falar, reunindo coragem para proferir aquelas palavras.

— Meu pai.

E então ela começou a contar detalhe por detalhe desde a noite anterior.

Logo eles aparataram para aquela casa caindo aos pedaços e se recusando a olhar para o corpo mais uma vez ela foi até à cozinha atrás do estoque de seu papai querido.

— Que poção foi aquela?

— Era uma mistura incompleta da minha mãe — ela sorriu com amargura — Ela deu para meu irmão em um cavalinho de madeira por que se meu pai soubesse que ela ainda estava tentando aquilo quem iria sofrer era nós, mas ela contou para mim antes de tudo acontecer.

Ela tomou mais um gole daquela bebida amarga e continuou:

— Alguns anos atrás eu venho estudando algum dos diários dela, tentando terminar e só agora nessas férias eu consegui terminar. Não era para ter sido usada em algo tão frívolo como meu pai, mas acho que minha necessidade de vingança falou mais alto dessa vez.

Ele tirou a bebida da mão dela e colocou no lixo.

— Isso não vai ajudar, eu já tentei.

Ela resmungou com uma careta.

— O que vai ajudar então, mamãe?

— Você aceitar isso Alina.

— Oh mas eu já aceitei que matei meu pai a sangue frio por que ele era um filho da puta. Bom desculpe vovó, mas é verdade — Ela deu uma risadinha.

Ele suspirou e puxou ela da bancada que estava sentada para a cadeira na mesa agitando a varinha para preparar um chá.

— Sabe o que eu me arrependo? De não ter feito isso anos atrás, sério não me olhe assim, mas tudo teria sido tão melhor?

— Você não tem um vira tempo Alina, para de lamentar o que poderia ter feito — Ele disse dando as costas para ela indo em direção ao fogão.

— Tão simpático Tom — Ela riu com deboche bocejando.

— Tome — Ele falou entregando uma xícara de chá para ela.

— Você não colocou nada aqui não né?

— Não Alina, isso é trabalho seu apenas.

Ela resmungou algo mas bebeu o conteúdo sem reclamar.

Algum tempo de silêncio depois ela reuniu coragem de perguntar baixinho:

— O que você fez com aquilo?

— Tentei fazer o possível para assim que um auror reconhecer o corpo não te incrimine, e como ele estava com tanta quantidade de álcool no corpo eles provavelmente vão supor que ele bebeu algo envenenado. Ele está em um beco aleatório perto de um pub.

Ela piscou o olho reconhecendo as lágrimas embaçando sua visão com um suspiro melancolico.

— Obrigada — Ela resmungou ainda com a xícara na boca sentindo finalmente as lágrimas vazarem.

Ela chorava e sentia horrível por isso. Ela se sentia horrível por estar chorando por causa da gentileza do ser humano tão horrível quanto ela na frente e não por ter matado o pai.

Ela se sentia péssima por não ter se arrependido de nada, péssima por não ser mais aquela garotinha que sua mãe tinha tanto orgulho e péssima por estar mais sozinha do que nunca.

[🧪] THE POISON

E damos fim a primeira temporada de The Poison, os comentários são com vocês :0

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