𝐗𝐗𝐈𝐕 • 𝐅𝐋𝐀𝐕𝐎𝐑 𝐏𝐎𝐓𝐈𝐎𝐍
←CAPITULO VINTE E QUATRO→
Alina contava as 30 moedas na bolsinha branca para a tão famosa aula de aparatação.
— Ah, nem acredito que não vou poder participar disso — Bella disse com uma carranca.
Nina deu uma risadinha e Alina ergueu o olhar das moedas.
— É só mais aulas Bella, olhe por esse lado você vai poder aproveitar esse lindo dia com seu amor da Grifinória.
Ela bufou e cruzou os braços.
— Se fosse você provavelmente estaria mais chateada.
— Com certeza sim. — Alina admitiu sorrindo
— Sem melancolia Bella, daqui a poucas semanas você já vai poder fazer aulas também, e aproveitando que essa primeira aula é sábado vá se divertir. — Nina.
— Bom, é exatamente isso que eu vou fazer.
— Depois do café, hm?
— Com certeza, Aly.
Assim elas saíram pelas portas de carvão negro em direção ao grande salão que estava cheio de adolescentes se preparando para ir para Hogsmeat.
— Encontro vocês daqui a pouco — Alina disse acenando para as amigas que fizeram um coro malicioso, ela revirou os olhos.
A loira avistou duas cabeleiras, uma particularmente longa e outra quase branca e se direcionou para lá.
— Bom dia, minha cobrinhas favoritas.
Ela sorriu e empurrou os dois se sentando entre os dois.
— Alina — Abraxas disse sorrindo — O que dois nobres cavalheiros podem fazer por você.
Lestrange riu
— Oferecer comida para essa nobre dama seria um começo. — Ela disse roubando um bolinho do prato do Canoplos.
— Não, esse é meu — ele disse roubando de volta, ela fez uma careta indignada.
— Você é um péssimo amigo Lestrange.
Agora Abraxas do outro lado dela riu.
— Vá para sua mesa loirinha — o moreno disse com um sorriso divertido.
-Viu, péssimo amigo, não se expulsa uma presença tão agradável como a minha assim.
— Pegue Alina — Morgan ofereceu um bolinho de caramelo para a loira que sorriu no mesmo segundo agarrando o bolinho.
— Céus Morgan, isso é delicioso, bom retiro o que disse você definitivamente é minha cobra favorita.
A morena sorriu de canto docemente.
— Você conseguiu o visto para as aulas de aparatação hoje? — Morgan perguntou.
— Assunto proibido Morgan, assunto proibido. — Lestrange avisou.
— Hmm, sim, meu aniversário de dezessete anos foi mês passado.
— Oh, você devia ter avisado, eu poderia ter te mostrado uma receita de um doce maravilhoso que aprendi na Germânia, aposto que você ia adorar.
— Bom, ainda estou aceitando, sério. Doces são comigo mesmo.
— Fico feliz, depois da aula hoje me encontre na porta da cozinha tudo bem?
— Você é uma Deusa Morgan Hale.
Ela deu uma risadinha e se virou para falar com suas amigas.
— Bom mas meu queridos, proibido por que?
— Você e a Morgan, parece estar se dando bem. — Abraxas disse calmamente.
— Não mude de assunto loiro.
— Ele não pode participar da aula, ainda é menor de idade, um bebezinho — Lestrange disse escondendo uma risada.
Abraxas fechou a cara no mesmo instante.
— Como eu disse, assunto proibido.
— Quando você faz dezessete Abraxas?
— Final de Agosto, vai ter um baile e tudo mais.
— Bom veja por esse lado loiro, se não fosse pelas férias não haveria baile nenhum.
Ele fez uma careta.
— Faz sentido cara — Lestrange disse dando uma palmadinha no ombro dele.
— Viu só, é só mais algumas semanas.
— Um sábado completamente sem graça.
— Quanto drama Malfoy — Alina disse apoiando sua cabeça no ombro dele mexendo as mãos para enfatizar o drama — Vá se divertir, beijar mil bocas, tomar mil garrafas de qualquer coisa que você arranjar, sei lá, faça qualquer coisa que os garotos façam normalmente.
— Isso é uma bela definição de coisas que você faz Alina — Lestrange disse sorrindo.
Ela levantou do ombro do loiro franziu o cenho e afirmou.
— É, também.
Abraxas deu uma risadinha.
— Isso mesmo loiro, continue assim e daqui a pouco você só vai enxergar coisas boas sobre sua linda folga. De qualquer forma é uma a-u-l-a, é meio estranho ver você querendo entrar em uma de boa vontade.
Quando ele ia começar a reclamar novamente uma voz chamou o nome da garota interrompendo o assunto da maior parte das pessoas por perto.
— Bom dia, Tom — ela disse sorrindo se virando para a voz aveludada - Você está bonito hoje, hm? Você fica bem de....hm bem...roupa casual-não-casual?
— O que você está fazendo aqui?
— Conversando com nossos não tão adoráveis amigos, é claro.
Ele ergueu uma sobrancelha e se sentou do outro lado da mesa sem nem precisar pedir, os garotos que ela não sabia o nome se ergueram de sultão.
— Você não devia estar aqui, isso vai contra o regulamento Alina.
Ela fez uma expressão debochada.
— Regulamento? não sabia....aí Abraxas — ela olhou para o amigo com uma carranca, ele havia lhe dado uma cotovelada. — Certo, certo entendi, mas não seja tão ranzinza de manhã Riddle, está um dia tão lindo, se você se comportar talvez eu te leve para passear por Hogsmeade depois.
Ele bufou com impaciência e ergueu o jornal ignorando ela.
Lestrange disfarçou a risada com uma tosse e até mesmo Abraxas mordeu os lábios.
— Bem já que o amiguinho de vocês decidiu me ignorar, vocês cobrinhas adoráveis foram promovidos a minha companhia depois da aula. Sem protestos Malfoy.
— Suas amiguinhas da corvinal...? — começou Canoplos.
— Bom a Bella não vai participar da aula igual o Abraxas então vai passar o sábado todo com o namorado que é da Grifinória e está no sétimo ano. A Nina, bom eu não sei, talvez ela tenha alguma coisa em mente com o clube de leitura hoje, se não ela vem com a gente. Sem protestos meus amigos.
— O Diggory?— Abraxas perguntou.
— Esse mesmo, parabéns loiro, parece que alguém fez a lição de casa.
— Ele é tão.... — Ele começou.
— Sem graça? — completou Lestrange erguendo o olhar para a mesa barulhenta da Grifinória.
— Ele não é sem graça, seus patifes mal educados, ele é gentil, bonito, corajoso e um monte de outras qualidades que a Bella não cansa de repetir vocês que são muito....hm...selvagens?
— Muitos diriam que essa é um adjetivo grifinório — Abraxas disse.
— Selvagens ou lunáticos, vocês decidem.
— Voto por selvagens, faz parecer que somos poderosos. — Lestrange deu de ombros.
— Nós somos poderosos — Riddle disse do outro lado da mesa sem erguer o olhar do café amargo e do jornal.
— Vejo que a margarida resolveu se juntar a nós?
— Não se engane Alina.
— Bom, eu tentei, depois que eu desistir de você e de todo esse mal humor não me culpe Tommy.
Ele revirou os olhos e pegou um pãozinho.
— Bom cobrinhas, tenho uma outra mesa para abençoar com minha presença, até depois da aula - ele disse se levantando — você tem duas horas antes de aparecer naquela vila Malfoy, é bom você estar lá sem um segundo de atraso.
Com isso ela se virou e foi para a amada mesa da sua casa.
[🧪] THE POISON
Nina e Alina debatiam sobre a sensação de apartar, uma achava idêntico a ser espremida dentro de um cano, a outra achava que era mais parecido com ser sugada para dentro de si mesma. Nos dois casos elas concordavam que podia ser uma sensação para lá de desagradável.
A aula do dia contava com mais dissertação do que prática, a regra dos três D's já havia sido passada mas contudo não estava totalmente as claras o que era de fato aparatar.
Uma garota - Elionora Montez - havia a pouco estrunchado então a aula havia dado uma parada breve e todos aqueles adolescentes conversavam, gritavam ou no pior dos casos brigavam.
Antes que as corvinas pudessem terminar o breve debate da sensação esquisita Alina caiu no chão com o impacto de algo caindo em cima de si.
-Oh, Merlin, me desculpa. - A garota que havia lhe derrubado disse se levantando rapidamente e erguendo a loira que ainda piscava avoada.
Ela deu um sorriso e fez um gesto banal com mão.
— Não foi nada, não se preocupe.
Ela ergueu o olhar e visualizou a garota de uma beleza quase surreal, se ela não estivesse preocupada em verificar sua cabeça ela provavelmente estaria babando nesse momento.
A garota suspirou de alívio, ela tinha pele negra em um tom marrom escuro, olhos âmbar com longos cílios e cabelos em cachos castanho claro que iam até a altura de sua cintura.
— Ufa, seria uma tragédia mais um acidente — ela disse sorrindo erguendo a mão — Aisha Malkin.
— Alina Strong — a loira disse sorrindo e comprimentando a mesma - minha querida quase assassina.
A outra garota riu.
— Bom humor, gostei — ela disse sorrindo zombeteira.
Alguém gritou seu nome do outro lado do salão e ela gemeu.
— Bom, tenho que ir, o dever me chama, foi um prazer e me desculpe, realmente, desculpa.
— Está tudo bem um, abelhinha? — A loira disse franzindo o cenho para o broche no suéter amarelo da mesma.
— É uma longa história, na próxima vez que nos encontrarmos prometo que conto. — Ela sorriu e saiu.
— Conhece? — Alina perguntou franzindo o cenho, ela podia se orgulhar da grande quantidade de rostos que sua mente armazenava mas aquela garota, nada.
— Entrou faz pouco tempo, um sucesso na lufa-lufa, ou pelo menos foi o que eu ouvi da Andreia no clube.
— Eu realmente não tinha subido falar nela, estranho.
— Realmente Aly, você sempre parece conhecer todo mundo? Mas talvez esse nome te ajude, Jade Montercuz, ela é tia dela. A da boutique aqui perto.
Ela fechou os olhos e reconheceu as semelhanças, mas quando ia falar sobre isso o professor voltou com mais atividades fazendo ela apenas suspirar de cansaço.
[🧪] THE POISON
— Planos de hoje? — Nina perguntou assim que saíram do lugar onde as aulas eram feitas.
— Passear com Abraxas e o Canoplos por Hogsmeade depois fazer alguns doces com a Morgan e quem sabe encontrar o Tom hoje de noite, e você?
— Quantos sonserinos Alina, não vou me surpreender se semana que vem você implorar para o chapéu seletor mudar as cores da sua veste.
— Há, há, há, que engraçado eu estava justamente pensando nisso, vejo que está aprimorando seus poderes de ler mente Carolina.
Nina fez um carranca.
— Não seja tão ciumenta bobinha, corvinal é minha casa hoje e sempre, já vou a vista das estrelas daquela torre? Nunca trocaria aquilo pela lula gigante.
— Ainda bem que você tem as motivações certas Alina.
A loira deu uma risadinha.
— Quer vir com a gente? Não vamos fazer nada demais só andar mesmo e quem sabe eu consigo fazer aqueles dois bancarem meu estoque de maio de doces na dedos de mel?
— Embora devo admitir que a visão seria bem encantadora — Nina começou e Alina deu um sorrisinho malicioso — Hoje de tarde temos reunião no clube, devo arrumar todos os docinhos, dessa vez vamos discutir aquele livro trouxa que você me indicou, orgulho e preconceito certo? Mais tarde você dá uma passadinha por lá?
— Minha amiga é mesmo um orgulho — Alina disse se jogando na amiga e visualizando sua trupe sonserina do dia. — Adoraria ficar e discutir com você o por que o Sr. Darcy é enlouquecidamente perfeito apesar de um ter vontade de tacar um livro nele às vezes porém eu tenho dois sonserinos >ricos< para extorquir dinheiro e doces — Alina e Nina riram e a loira deu um beijo na bochecha da amiga se afastando.
Ela deu um tchauzinho e enganchou o braço no dos dois garotos que conversavam.
— Prontos para bancar uma pobre alma falida? Vejo que sim meus nobres cavalheiros, vamos?
— Nada que eu não possa comprar, lhe garanto.
— Fico feliz em te falir Malfoy. — Ela disse sorrindo e puxando os dois garotos.
— Destino milady? — Abraxas falou com uma leve medita e um sorriso divertido.
— Hmm, deixe me ver dedos de mel me parece deveras interessante meu nobre cavalheiro.
— Eu concordo, mas temos que passar na três vassouras depois — Lestrange disse.
— Meu amigo é tão cachaceiro — Alina falou com um falso pesar dando tapinhas no braço dele.
— É a minha então, um dia apresento vocês duas, quero ver alguma bebida sobrar no salão.
Ela deu uma gargalhada sabendo que ele falava dela.
— Eu não sou cachaceira, apenas sei apreciar o que é bom.
— Ah claro — Malfoy bufou mas sorriu em seguida.
Ela fez uma careta para ambos.
— É sério.
— Sim, sim claro. — Lestrange disse.
Ela revirou os olhos e puxou os dois para dentro da loja de doces.
Ela foi até o fundo da loja e mostrou para os dois uma espécie de doce que era azul mas quando colocava na boca ficava vermelho.
— Experimentem.
Eles olharam desconfiados e ela revirou os olhos enfiando o doce na boca de cada um com um sorriso zombeteiro.
Abraxas começou a tossir e Alina a rir, Lestrange olhava sem entender para o amigo.
-A bala tem um gosto diferente para cada pessoa. — ela explicou — geralmente a última coisa que você comeu, eu não quero nem saber qual foi a última coisa que ele ingeriu.
O loiro cuspiu a bala na lixeira do lado com uma careta.
— Vou ter que pagar por isso é?
— "Nada que eu não possa pagar", lembra? — Ela disse com um sorriso maroto colocando um daqueles doces na boca.
O platinado fez uma careta pegando um sapo de chocolate colocando na boca.
Lestrange pegou uma daquelas cestinhas e saiu catando algumas daquelas balas azuis.
Alina foi para outra prateleira e juntou a maior quantidade de doces que conseguiu tacando tudo em seguida na cesta do amigo.
— Você vai comer tudo isso? — o moreno perguntou.
— Não hoje, vocês foram premiados como meus fornecedores.
Abraxas se sentou em uma parte do balcão e ergueu as sobrancelhas enquanto ela caçava mais doces.
— Hmm, vejam o que eu achei, varinhas encantadas de alcaçuz. São raras, cada uma contém um feitiço pode variar de cabelos rosas até feitiço de proteção.
Ela catou mais alguns doces e puxou os garotos para o caixa que pagaram os doces vendo o entusiasmo dela.
Ela saiu da loja e entregou uma varinha encantada para cada.
— Não seja medroso Abraxas, coma.
— Ele é um neném chorão Alina.
— Considerando que minha última bala "surpresa" tinha mais gosto de cebola do que sei lá o que eu acho que minha relutância com suas balas são bens explicativas.
— Elas têm gostos bom, eu juro.
Conoplos comeu a sua e seu cabelo ficou instantaneamente verde.
Aluna começou a gargalhar e pegou um espelhinho na bolsa.
— Até de cabelo verde eu sou um gato, Merlin.
Ela revirou os olhos e deu um tapinha no ombro do amigo.
— Menos, Lestrange, menos.
— Viu porque a relutância?
A garota fez uma careta para o amigo e mordeu a sua própria varinha encantada. Seus cabelos ficaram azuis.
— Sério? Cabelo também? — Ela ergueu o espelhinho e admirou seus cachos azuis. — Não ficou tão ruim, agora parecemos uma banda meio ruim, o verde, o branco e a azul, belo nome hm?
Eles riram.
— Come logo isso Abraxas.
— Eu passo.
— É um medroso mesmo — Lestrange riu do amigo pegando outro doce na sacola da agora azulada.
— Tudo bem, tudo bem, vamos almoçar agora? — Alina disse tentando frear o xingamento do loiro.
— Três vassouras?
— Três vassouras.
— Podíamos ir na madame Puddifoot.
Alina e Conoplos gemeram instantaneamente.
— Aquele lugar me dá pesadelos — Admitiu o moreno agora com madeixas verdes.
— É tão corações feliz e musiquinha que gruda na memória, vocês já sentiram o cheiro daquele lugar, aquela erva definitivamente não faz bem. Escutem a amiguinha aqui que entende dessas coisas. Além disso uma jovem dama como eu não seria muito bem vista entrando naquele lugar com dois garotos.
— Você está andando por Hogsmeade com cabelo azul, é sério isso? - Lestrange perguntou.
Ela deu de ombros.
— A sociedade é esquisita, agora vamos atrás de umas cervejas amanteigadas. — Ela falou mas antes de chegarem ao local passaram no correio, na papelaria - onde conseguiu uma pena nova decorada-, na Zoncos, e em outras lojas arrastando os dois sonserinos para todo lado.
— Bom meus queridos — Alina começou colocando sua bolsa na mesa de carvalho negro da três vassouras e indicando para os mesmks se sentarem lá.— Como vocês foram ótimos cavalheiros essa tarde eu pago essa primeira rodada de cerveja amanteigada.
Ela voltou para o balcão principal e pediu as bebidas para a garota de Maria chiquinhas que estava anotando os pedidos entediadamente.
— Rosmerta, ainda ajudando sua mãe? — Alina perguntou para a garota de não mais de doze anos que bufou em consentimento.
— Infelizmente sim, mamãe diz que é "minha obrigação" se eu quiser herdar o pub algum dia e o Anthony não.
Alina sorriu.
— É tão ruim assim?
A garotinha deu uma risadinha.
— É divertido até, você não sabe a quantidade de brigas que eu vejo mas mamãe sempre me proíbe de me aproximar. O que você vai querer hoje Alina?
— Por enquanto só três cervejas amanteigadas.
— 15 cicles — a garotinha disse pegando o dinheiro da mão da garota — Aliás gostei do cabelo.
— Varinhas encantadas — Alina disse com um sorriso pegando a bandeja com os três canecos.
Ela se direcionou ao lugar onde os dois garotos conversam com outros sonserinos que conhecia apenas de nome mas antes visualizou Morgan entrando com seu grupo de amigas.
— Morgan, Dorea é um prazer revê-las já as outras duas nem tanto.
A Hale deu um sorriso de canto e Dorea escondeu uma risada atrás das luvas de seda. As outras duas - Druella e Walburga - decidiram virar a cara e ignora-lá.
— Encontro você as três? — Morgan perguntou.
— Que horas são?
— São ainda — Dorea que tinha parado do lado da amiga disse se direcionando para a pequena Rosmerta.
— Você acha que precisa de algum ingrediente especial?
— Só de algumas coisinhas, mas não se preocupe comprei tudo e o resto vamos pedir ajuda aos Elfos.
— Ah, perfeito então, te encontro as três. — Alina disse com um sorriso para a morena acenando com dificuldade por causa da bandeja se distanciando.
— Vocês só vão ter mais alguns minutos da minha ilustre presença, não chorem muito.
— Eu diria ficar agradecido um termo mais adequado — Lestrange zombou pegando um caneco.
— Eu vou chorar bastante, admito — Começou o Malfoy — de alívio é claro.
— Sim, sim sei. — Ela disse se sentando na cadeira apreciando o gosto adocicado da cerveja amanteigada.
Ela nunca tinha conseguido descobrir o ingrediente secreto da mãe da pequena Rosmerta mas tinha certeza que era aquilo que deixava aquele caneco tão diferente e especial.
Era doce do jeito que gostava mas não um doce enjoativo, ela podia tomar aquilo por horas, tinha pouco teor álcoolico o que era um ponto positivo e era barato. Magnífica mente perfeito.
Mas no final tinha um gosto meio adstringente, não amargo mas ainda sim não mais doce. Era incrível uma mistura de explosões e sabores.
— Alina? — chamou um dos garotos ela piscou contando em si.
O loiro deu uma risadinha.
Ela exclamou um ruído que Lestrange tinha deduzido como um "sim" ou coisa parecida.
— Ela estava ocupa demais apreciando a cerveja para nós ouvir Conoplos, depois diz que não é cachaceira.
Ela revirou os olhos e ignorou tomando mais um gole enorme de sua bebida olhando para o relógio do loiro.
Ela largou o caneco que soltou um ploft abafado e limpou o bigode de espuma murmurando um "merda" em seguida.
Lestrange ergueu uma sobrancelha em uma pergunta muda.
— Acabei de lembrar que prometi ajudar a Nina com um negócio no clube e depois vou aprender como fazer deliciosos doces com a Morgan então estou estritamente atrasada — Ela falou ajeitando a bolsa e se levantando. — Tenho que ir amores mios.
— Não esqueça que hoje de noite tem uma reunião.
Ela xingou baixinho.
— Alguma poção para fazer? — Lestrange refletiu.
— Algo assim — a loira gemeu e acenou apressadamente — vejo vocês mais tarde então, obrigada por tudo e beijinhos.
[🧪] THE POISON
— Pegue a farinha com o Blue — Morgan instruiu com um aceno prendendo mais firme seu coque no alto da cabeça.
Alina assentiu e foi falar com o elfo ranzinza que deu a farinha instantaneamente.
— De onde eram mesmo esse doce?
— Germânia — A garota deu uma risadinha.
— Germânia...Germânia....Ah sim Alemanha. Bom, isso foi uma ótima pedida Morgan, minha mãe era Alemã.
A morena sorriu e apesar de notar o uso do verbo no pretérito preferia ficar calada quanto isso.
— O nome do doce é Berliner - começou a explicar - É uma espécie de bolinho frito com canela, açúcar e compota de frutos vermelhos.
O estomago de Alina roncou de aprovação.
— Vamos começar então — Morgan disse estendendo um avental para cada.
E então elas começaram fazendo uma bagunça enorme e suja do tudo de farinha rindo loucamente. Mas no final os bolinhos estavam prontos. Um ou dois quase queimados mas ainda assim pareciam divinos.
— Você é boa na cozinha Alina.
— Serio? — disse incrédula apontando para a bagunça.
— Extremamente bagunceira no entanto mas ainda sim boa.
— É quase como fazer poções, tem as medidas, as quantidades certas para mexer e tudo mais então fica um pouco mais fácil para mim. Mas adimito que nunca tive tanto prazer em cozinhar quanto agora.
— Poderes da culinária germânica. Eu fui lá uma vez, é tão lindo na primavera, aprendi esse doce com uma amiga da minha tia avó que era dona de uma padaria lá. Os docinhos eram tão gostosos. Você já foi lá?
— Uma vez quando eu era criança, mas não me lembro muito, foi alguns dias antes da minha avó morrer se bem me lembro, ela queria se despedir de toda família, estava terrivelmente doente.
— Que lástima — a morena disse com pesar tirando os bolinhos do forno.
— Realmente, mas não posso dizer que fiquei em prantos, eu tinha visto ela o que, uma ou duas vezes?
— Também tenho uma relação assim com meus avós — começou a Hale — Eles moram na França, vi eles muitas poucas vezes, minha vó não aprovava o casamento entre meus pais por isso toda a confusão, ela achava que minha mãe merecia mais, nossa família tinha alguma porcentagem de sangue veela correndo mas veias, ou pelo menos foi isso que eu ouvi. Mas então minha mãe ficou grávida de mim e não teve mais jeito, ela se casou com Adrian Hale mas a relação com os pais nunca foi a mesma. Experimente.
Pegando o bolinho que estava erguido em sua frente, um pouco quente ainda ela assoprou e pensou, sangue veela ouw.
Dando uma mordida curta ela sentiu a explosão de frutos vermelhos em sua língua e deu um gemido de satisfação.
A morena se escorou na mesa com um sorriso triunfante.
— Sabia que você ia gostar.
— Deusa, realmente uma Deusa Hale.
— Bom, leve alguns para seus amigos corvinais — ela disse colocando tudo em uma saquinho.
— Não prometo nada, talvez eu deixe essa maravilha só para mim.
— Eu não julgaria — Ela disse rindo.
— Talvez quem sabe eu ofereça migalhas, mas sério, isso está realmente muito bom.
A morena mordiscava um bolinho com a mesma careta de prazer da loira.
— Realmente, quase me esqueci de o tão bom que eram, não ficou igual o daquela padaria mas sinceramente eu adorei.
— Tenho que admitir que é meio estranho ver uma sonserina sangue puro das famílias sagradas saber cozinhar tão bem sem a ajuda de um elfo doméstico, sem ofensas.
— Bom sempre gostei de fazer essas guloseimas, você é uma sangue puro também, certo?
— Sim, em parte — admitiu Alina — mas o sobrenome Strong realmente não faz mais parte das famílias sagradas a umas quinze gerações.
— Agora deixe-me ver — ela disse ensacolando os bolinhos — pegue este aqui, vamos deixar esses daqui para os Elfos, comida não tem como eles recusarem, certo?
— Acho que não — Alina deu um sorriso e seguiu a nova amiga até o elfo mais próximo.
[🧪] THE POISON
Alina estava completamente atrasada em relação as poções da semana, havia procrastinado a um bom tempo e só agora estava organizando a ordem de próximas entregas.
Estava atrasada para a reunião dos comensais também, mas suas poções mereciam mais atenção no momento. Riddle ficaria furioso.
Ela deu uma risadinha com esse pensamento.
Terminando de arrumar a caderneta ela desligou o feitiço de luz da varinha e abriu o dossel que cobria sua cama verificando a respiração de todas as garotas do quarto.
Barra limpa.
Ela colocou a caderneta embaixo do braço e pegou as sapatilhas mais leves que tinha calçando-a lhe protegendo do chão frio.
Ela estava com a mesma roupa da aula de aparatação e embora fosse vaidosa o bastante para querer trocá-la só para causar a velha boa impressão não tinha tempo para isso.
Tempo, aquela palavrinha parecia estar brincando com ela naquele dia.
Ela desceu as escadas da casa com cuidado verificando o relógio - que marcava meia noite e meia - e verificando o lugar silencioso.
Silêncio era bom.
Mas corvinais eram bons em manter o silêncio então naquele momento não era tão bom assim, ela não fazia a mínima ideia se tinha algum aluno embaixo.
Contando com a sorte que geralmente não tinha ela desceu devagar os degraus de mármore branco e sem olhar para os lados saiu pela porta da águia que estava estranhamente quieta.
Colocando um feitiço de invisibilidade - embora não tão bom quanto uma capa, sua forma ainda tremeluzia na luz e seus ruídos ainda eram ouvidos com grande facilidade - ela andou pelos corredores até o andar seguinte.
Ela agradecia por não ter que morar na masmorras essas horas, um andar já era muito, sete então pareciam impossíveis para à forma cansada da garota.
Ela chegou na sala precisa e com um único pensamento as grandes portas de carvalho negro se abriram.
O silêncio na sala foi instalado instantaneamente.
O "mestre" olhou para a forma da garota com um breve aceno de cabeça como se permitisse sua entrada.
Presunçoso, como se ela fosse pedir permissão por isso.
— Vejo que resolveu nós agraciar com sua presença Alina. — o garoto que causava arrepios insanos nela falou.
— Milord — ela disse com uma reverência falsa mas não tão exagerada quanto de costume.
Cansada, sim, aquela era uma palavra boa.
Ela deu um breve bocejo sentando-se no sue ligar de sempre, Lestrange estava do seu lado, Abraxas na sua frente.
— Bom, o que eu perdi?
— Objetos negros. — Murmurou Lestrange no ouvido da garota, a única garota da sala.
— Objetos negros? — Ela franziu o cenho sem entender olhando para o amigo que deu de ombros.
Voltou seu olhar para Tom Riddle e não gostou do que viu, seus olhos brilhavam quase rubi maliciosos olhando para um livro de couro e sua boca se contorcia em um sorriso perverso demais.
Ele passou o livro para ela e ela leu o parágrafo grifado
Objetos almadiçoados por seitas antigas de bruxos foram entregues ao ministério Africano para avaliar a quantidade de perigo que representa a nossa sociedade.
Ela franziu o cenho sem entender nada, Riddle virou a página do livro para à anterior.
Objetos negros são objetos de importante valor para a vitima morta que realizara o último desejo dela.
Geralmente feitos como herança familiar os objetos negros foram proibidos no século XXVI por representarem grande perigo e desarmonização no plano universal.
Porém muitos anos depois, por volta do começo do século XX foram cagados tais objetos no cofre de uma família libanesa, tais objetos foram mandados para a África onde se urbanizou a lenda dos almadiçoados.
Os almadiçoados são pessoas que geralmente os objetos escolhem, dando poderes incríveis como - invisibilidade, super força, visão noturna, resistência a venenos, entre outros - sem a ajuda de poção ou feitiço, sem sujeição à defeitos ou coisas parecidas.
Porém o nome " almadiçoados" sugere que os objetos tem um preço, geralmente tiram algo precioso da vítima em troca.
Alguns bruxos que se sujeitaram a taís objetos hoje ou estão mortos ou enlouquecidos, o ritual e à posse dos objetos são estritamente proibidas.
— Me diga que você não está pensando em fazer esses objetos — ela disse olha do para a presença dominate dele.
O sorriso em sua fase só se alargou mais.
— Não — ela quase suspirou aliviada — fazê-los seria perda de tempo quando temos uma fonte confiável que me desceram que alguns desses objetos vieram para Londres.
Ela queria gemer de frustração.
v Você ouviu bem a parte do "tirar algo valioso da vítima" ou "enlouqueceram"?
Ele deu de ombros.
— Preços precisam ser lagos toda hora, mais um não vai fazer diferença.
Ela queria gritar que faria sim mas ele provavelmente a ignoraria.
Ela se sentou mais ereta na cadeira agora sem sono e começou a ouvir mais um plano e objetivo maluco do garoto.
As vezes ela se considerava mais maluca ainda por apenas cogitar ouvir aquelas belas palavras daquele diplomata fajuto, as pessoa são redir que antes estavam tensas agora sorriam com expectativa.
Ela tinha vontade de sorrir também, as palavras dele eram cativantes, mas algo dentro dela começou a piscar, aquilo não daria bom. Nenhum pouco bom.
[🧪] THE POISON
Sinto o cheirinho de coisas novas e personagens novos no ar. Não tenho muita certeza se isso vai dar certo mas em breve vocês vão entender. Capítulo típico de preenchimento >porém< prestem atenção nos detalhes, spoiler vagam por todo lado kkkkkkk.
Espero que vocês estejam gostando, comentem e curtam, já passaram para ver a playlist dessa temporada atualizada? Não? Vão na minha bio lá se encontra o link da playlist tanto no youtube quanto no spotify.
Em breve prometo dar uma arrumada na fanfic, no erros gramaticais e possíveis furos.
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro