𝟶𝟿. 𝙴𝚗𝚍𝚐𝚊𝚖𝚎
𝑊𝑒 𝑔𝑎𝑡𝘩𝑒𝑟 𝑠𝑡𝑜𝑛𝑒𝑠, 𝑛𝑒𝑣𝑒𝑟 𝑘𝑛𝑜𝑤𝑖𝑛𝑔 𝑤𝘩𝑎𝑡 𝑡𝘩𝑒𝑦'𝑙𝑙 𝑚𝑒𝑎𝑛
𝑆𝑜𝑚𝑒 𝑡𝑜 𝑡𝘩𝑟𝑜𝑤, 𝑠𝑜𝑚𝑒 𝑡𝑜 𝑚𝑎𝑘𝑒 𝑎 𝑑𝑖𝑎𝑚𝑜𝑛𝑑 𝑟𝑖𝑛𝑔
𝑌𝑜𝑢 𝑘𝑛𝑜𝑤 𝐼 𝑑𝑖𝑑𝑛'𝑡 𝑤𝑎𝑛𝑡 𝑡𝑜 𝘩𝑎𝑣𝑒 𝑡𝑜 𝘩𝑎𝑢𝑛𝑡 𝑦𝑜𝑢
𝐵𝑢𝑡 𝑤𝘩𝑎𝑡 𝑎 𝑔𝘩𝑜𝑠𝑡𝑙𝑦 𝑠𝑐𝑒𝑛𝑒
𝑌𝑜𝑢 𝑤𝑒𝑎𝑟 𝑡𝘩𝑒 𝑠𝑎𝑚𝑒 𝑗𝑒𝑤𝑒𝑙𝑠 𝑡𝘩𝑎𝑡 𝐼 𝑔𝑎𝑣𝑒 𝑦𝑜𝑢
𝐴𝑠 𝑦𝑜𝑢 𝑏𝑢𝑟𝑦 𝑚𝑒
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2019
O caos ao redor era ensurdecedor.
Gritos, explosões e o som metálico de armas e escudos se chocando ecoavam pelo campo de batalha. Lis abriu os olhos de repente, como se despertasse de um pesadelo mas não havia tempo para entender o que estava acontecendo.
A última coisa de que se lembrava era estar em Wakanda, enfrentando o exército de Thanos e então, tudo ficou escuro.
Ela piscou rapidamente, tentando ajustar sua visão ao caos ao redor. O chão estava coberto de destroços e poeira e a batalha estava mais feroz do que qualquer outra que já tinha presenciado.
Ela se levantou rapidamente, com o corpo ainda tenso pela adrenalina da luta anterior.
Tudo parecia ter mudado em um piscar de olhos mas ao mesmo tempo, algo parecia estranhamente familiar. Lis olhou em volta, vendo rostos conhecidos: T'Challa lutava com uma determinação feroz e Wanda fazia levitar enormes pedaços de destroços, lançando-os contra os inimigos.
Todos estavam ali, os heróis que ela conhecia, reunidos para uma batalha monumental.
Mas, enquanto seus olhos percorriam o campo de batalha, tentando processar o que estava acontecendo, algo prendeu sua atenção. No meio do caos, em meio à destruição da luta, estavam os olhos azuis que ela conhecia melhor do que qualquer outro par de olhos no mundo.
Steve Rogers estava ali, ofegante, suado, com o rosto sujo de sangue e fuligem e ele a olhava como se estivesse vendo um fantasma.
Os olhos dele se arregalaram em choque e ele parou de lutar por um breve momento, completamente paralisado.
Lis, confusa, não conseguia entender por que ele parecia tão abalado. Ela deu alguns passos hesitantes em sua direção e antes que pudesse dizer qualquer coisa, Steve largou o escudo no chão e correu até ela envolvendo-a em um abraço desesperado.
— Lis... — Ele sussurrou, a voz embargada pela emoção. As lágrimas começaram a escorrer por seu rosto enquanto ele a segurava com uma força que ela nunca tinha sentido antes, como se tivesse medo de que ela desaparecesse novamente.
A Stark, no entanto, estava completamente perdida. Ela retribuiu o abraço mas sua mente girava em confusão.
Por que Steve estava chorando? Por que ele parecia tão desesperado? Ela olhou ao redor, percebendo a intensidade da batalha, mas algo parecia... diferente. Eles não estavam em mais em Wakanda.
— Steve... o que está acontecendo? — Ela perguntou, a voz vacilante. — Eu só... desmaiei, não foi? Quanto tempo...?
Ele se afastou o suficiente para olhar nos olhos dela e a dor que ela viu neles a fez parar. Steve balançou a cabeça, incapaz de responder por um momento. Então, finalmente, ele respondeu com a voz rouca e trêmula.
— Foram cinco anos, Lis... — Ele disse, a dor clara em cada palavra. — Cinco longos anos sem você.
Lis sentiu o chão desaparecer sob seus pés. Cinco anos? Isso não fazia sentido.
Para ela, tudo parecia ter acontecido em um piscar de olhos. Ela olhou para Steve, tentando processar o que ele acabara de dizer, mas o choque era grande demais.
— Não... — Ela começou, mas as palavras morreram em sua garganta. O olhar de Steve, tão cheio de amor e dor, lhe disse que era verdade. E naquele momento, Lis compreendeu o quanto ele tinha sofrido, o quanto todos eles tinham sofrido.
Mas não havia tempo para lágrimas, não ali, no meio da batalha. Steve enxugou rapidamente as lágrimas e segurou o rosto de Lis entre as mãos, os olhos firmes, mas ainda cheios de emoção.
— Estamos juntos agora. — Ele disse, a voz firme apesar de tudo. — E vamos terminar isso. Juntos.
Lis assentiu, sentindo a determinação de Steve se infiltrar nela também. O tempo que havia perdido, a dor que ele havia suportado, tudo isso teria que esperar. Agora, eles tinham uma batalha a vencer.
Steve a olhou com uma intensidade que a fez estremecer. Ele queria beijá-la, queria tocar nela só para ter certeza de que era real, de que ela estava mesmo ali. Mas não havia tempo. Não naquele momento.
Ele inclinou-se rapidamente e beijou sua testa, deixando seus lábios lingerarem ali por um instante, como se aquele gesto pudesse garantir que ela não desapareceria de novo.
Antes que ele pudesse dizer mais alguma coisa, um rugido feroz se fez ouvir. Um enorme outrider do exército de Thanos avançava na direção dela, mas Lis, com os reflexos afiados e a adrenalina pulsando, desviou rapidamente, escapando por pouco.
Steve gritou seu nome mas ela já estava correndo instintivamente no meio do caos, seus sentidos aguçados e prontos para a batalha.
Ela estava desorientada, perdida entre a confusão de heróis, vilões e criaturas monstruosas, mas sua mente estava focada em apenas uma coisa: Thanos.
Se livrava de qualquer um que entrasse em seu caminho, seus movimentos precisos e letalmente eficazes. O campo de batalha era uma visão aterradora, uma mistura de poeira, fogo e destroços mas Lis não hesitava. Sua mente estava em um turbilhão, tentando processar tudo mas seu corpo sabia exatamente o que fazer.
Lis terminou de eliminar uma das criaturas de Thanos, seu punho afundando na carne grotesca até sentir o osso ceder. O sangue verde e aguado espirrou em seu rosto, lembrando-a dolorosamente de Wakanda. Ela limpou o rosto com a manga, fazendo uma careta de nojo.
Antes que pudesse processar, sentiu alguém puxá-la bruscamente. Seu corpo entrou em alerta mas logo relaxou ao ver que era Tony. O olhar dele, normalmente cheio de confiança e sarcasmo, estava abalado, como se quisesse chorar.
Agora, ciente dos cinco anos que haviam se passado, Lis não conseguiu encontrar palavras. Para ela, parecia que havia sido apenas um breve instante mas para Tony, foram cinco anos de ausência.
Ela o abraçou, sentindo o metal frio da armadura contra a pele, um abraço desconfortável mas necessário. Ele hesitou por um momento antes de retribuir, sua respiração irregular.
— Senti sua falta, Tony. — ela disse, a voz suave, quase um sussurro no caos ao redor.
Ele riu, mas a dor era evidente em sua voz.
— Ah, irmãzinha, você não faz ideia de quanto mais eu senti a sua.
O apelido que antes era usado em provocações agora parecia um conforto, uma lembrança de casa em meio à devastação. Ela fechou os olhos, absorvendo o momento, sentindo o quanto aquilo significava para ambos.
Tony a soltou levemente, mas não completamente, mantendo-a perto. Ele queria falar tudo que estava preso dentro de si — contar que esteve no espaço, que achou que ia morrer, que agora tinha uma filha, que ela era tia. Mas as palavras ficaram presas, sufocadas pela urgência da batalha.
— Quando vencermos essa luta... — ele começou, a voz carregada de emoção — vamos sentar e beber e você vai ter que me ouvir falar por muito tempo, Lis.
Ela sorriu, ainda confusa e emocionalmente sobrecarregada mas encontrou conforto na promessa.
— Eu vou cobrar, Stark.
Com um último olhar, eles se separaram, voltando à batalha, mas aquele breve momento de conexão foi o suficiente para lembrar Tony da promessa que fez tantos anos atrás: não deixaria ninguém tirar sua irmã dele novamente.
Tony voou por entre os destroços, lançando rajadas de energia em todas as direções, eliminando diversos do exército de Thanos. O caos ao seu redor era imenso mas ele se movia com uma determinação feroz.
Lis, agora entendendo parte do plano — não deixar a Manopla chegar até Thanos — focou sua atenção em localizar o artefato.
Foi então que seus olhos encontraram Proxima Midnight segurando a Manopla. Sem hesitar, Lis avançou e as duas se envolveram em uma luta brutal. Golpes pesados eram trocados, ambas ferozes em sua determinação.
A força de Midnight era quase esmagadora mas Lis se manteve firme, esquivando-se de um golpe fatal e em um movimento ágil, conseguiu arrancar a Manopla das mãos da inimiga. Sem perder tempo, lançou a Manopla em direção a Peter Parker, que estava lutando nas proximidades.
Enquanto Parker recebia a Manopla e tentava se afastar com ela lançando teias para ir para longe, a batalha entre Lis e Proxima continuava com ainda mais intensidade. Midnight estava ganhando terreno, sua força avassaladora levando Lis ao chão.
A cabeça de Lis foi forçada contra o solo repetidamente, a dor lancinante a atordoando. Proxima tentou finalizar o golpe com uma lança mas Lis conseguiu desviar por um triz, sentindo o ar sendo cortado pela lâmina afiada.
De repente, o mjonir sobrevoou as duas, Lis virou a cabeça, mas para sua surpresa, não era Thor e sim Steve.
Ele arremessou a o martelo na direção da Midnight, que foi lançada longe de Lis, ela se levantou, sem conseguir tirar os olhos de Steve, ela estava com a boca aberta, enquanto ele usou novamente o martelo, dessa vez na direção de Thanos, que estava atacando Thor.
— Você tá... Tão lindo. — Ela murmurou depois de minutos parada no meio da batalha apenas assistindo ele com o Mjonir.
— Você também. — Ele deu uma quase risadinha cansada, enquanto sincronizava seus movimentos com o de Thor.
Clint puxou Lis para realidade, a lembrando que, por mais lindo que Steve pudesse ser, ela ainda estava em uma batalha.
Assim sendo, logo ela voltou a se mover com a força e agilidade de antes, impedindo que o exercito de Thanos avançasse.
Entre um golpe e outro, Lis olhou para Clint, a expressão dela cheia de perguntas e incertezas.
— Clint... Não vi a Natasha ainda. — ela falou meio confusa mas com o tom leve.
O olhar de Clint escureceu, dor e tristeza refletindo em seus olhos. Ele tentou encontrar palavras mas o nó em sua garganta o impediu de falar. A ausência de Natasha era como uma ferida aberta que ainda sangrava.
Mesmo sem ele precisar dizer nada, Lis entendeu. O choque e a dor foram imediatos.
— Não... — ela murmurou, incrédula, sua mente recusando-se a acreditar que algo havia acontecido com sua melhor amiga.
Mas antes que pudesse processar totalmente a perda, o grito de Thanos ecoou pelo campo de batalha, ordenando uma chuva de fogo.
Explosões começaram a cair do céu, destruindo tudo ao redor. Lis, ainda em choque pela revelação sobre Natasha, tentou se concentrar. No meio da devastação, viu Wanda quase derrotando Thanos com sua magia, a raiva e a dor transbordando em cada ataque.
O resto da batalha foi um borrão para Lis. Seu corpo movia-se no automático, uma resposta instintiva moldada por anos de experiência em campo e treinamento rigoroso.
Ela bloqueava ataques, disparava contra inimigos e se esquivava de perigos que surgiam de todos os lados mas sua mente estava dispersa, perdida na dor e na intensidade do momento.
Quando surgiu uma oportunidade, Lis avançou em direção a Thanos. Sem hesitar, começou a disparar contra ele, várias vezes, mirando na cabeça roxa do titã. Os tiros reverberaram pelo campo de batalha e Thanos gritou, sentindo os impactos na sua carne.
Mas rapidamente ele se recompôs. O titã se virou para a loira, as balas dela acabaram e Lis viu, com uma mistura de frustração e horror, que ele ainda estava de pé, quase intacto.
Thanos virou-se lentamente para ela, sua expressão calma mas seus olhos queimando com uma fúria fria. Ele começou a avançar em sua direção, e Lis sentiu um calafrio percorrer sua espinha.
— Os Starks são sempre tão pretensiosos... e estúpidos. — A voz de Thanos era grave e carregada de desdém.
Lis manteve sua postura, apesar do medo que começava a crescer dentro dela. Ela sabia que estava em desvantagem, sem armas, sem um plano imediato. Mas recuar não era uma opção.
Aquelas palavras, o desprezo no tom de Thanos, acenderam algo dentro dela — uma determinação feroz que não permitiria que o legado de sua família fosse diminuído ou destruído. Ela era uma Stark, e isso significava algo. Mesmo diante do inevitável, Lis se preparou para lutar com tudo que tinha, como ela sabia que Tony faria no lugar dela.
Lis encarou Thanos, sentindo a adrenalina pulsar em suas veias enquanto ele avançava. Sem hesitar, ela correu em direção ao titã, dando um salto e desferindo um chute na lateral de seu rosto. Ele cambaleou um pouco, mas não o suficiente. Thanos se recuperou rapidamente e com um movimento brusco, agarrou o tornozelo de Lis no ar, jogando-a contra o chão com uma força esmagadora.
Ela se levantou rapidamente, ignorando a dor latejante em suas costelas e atacou novamente, tentando atingi-lo com socos e chutes que ele bloqueava ou desviava com uma facilidade humilhante. Thanos estava sempre um passo à frente, bastava olhar para o tamanho dele, e cada vez que ela tentava acertá-lo, ele rebatia com força brutal jogando-a para trás como se estivesse brincando com ela.
Mas ao menos ela estava ganhando tempo. Pensou.
Thanos contra-atacou, lançando-a contra uma rocha próxima. O impacto foi devastador e Lis sentiu o mundo girar enquanto sua cabeça colidia com a pedra dura.
Uma dor aguda se espalhou por sua nuca, e ela sentiu o calor do sangue escorrendo. Ela gemeu com a visão turva mas se forçou a manter os olhos abertos, a tempo de ver Thanos se aproximando lentamente, uma expressão de superioridade e desprezo em seu rosto.
— Vocês Starks são patéticos, tentando lutar contra o inevitável. Achando que podem salvar todo mundo. — Thanos debochou, suas palavras cortantes como lâminas. Ele levantou a mão, agora vestida com a manopla.
Ela tentou se mover, mas seu corpo não respondia. A dor era excruciante e a força de vontade que a havia mantido de pé até aquele momento parecia estar se esvaindo.
Thanos ergueu a mão, seus dedos preparados para estalar.
— Eu sou inevitável. — disse ele, sua voz reverberando pelo campo de batalha.
Lis, impotente e dolorida, só conseguiu assistir enquanto Thanos se preparava para selar o destino de todos, novamente.
Thanos estalou os dedos com um som seco e cru. O universo parecia conter a respiração, esperando o impacto da ação que havia prometido ser o fim.
No entanto, para a surpresa de todos, nada aconteceu. A cena estava suspensa no tempo.
Lis, ainda lutando contra a dor, conseguiu se erguer o suficiente para ver o que estava acontecendo. Ela focou nos dedos de Thanos, na manopla que ele estava usando — e viu algo que fez seu coração acelerar. As Joias do Infinito não estavam mais lá. A manopla estava vazia.
A dor se intensificou e a visão de Lis foi atraída para um ponto distante, onde Tony, de joelhos, estava com a verdadeira manopla em sua posse. O brilho das Joias estava ofuscante mas o homem por trás delas parecia estar sofrendo uma agonia imensa, o poder concentrado nas joias estava sendo mais do que ele podia suportar.
Tony olhou para Thanos com uma expressão de determinação e dor, sua voz rasgando o silêncio com um tom de resolução.
— E eu sou... o Homem de Ferro. — disse ele, sua voz fraca mas cheia de um propósito inabalável.
Ele estalou e como se uma onda de força tivesse sido desferida, todo o exército de Thanos e o próprio titã começaram a desaparecer.
Era como se fossem desfeitos em poeira, os corpos se desintegrando em uma nuvem de partículas que se dissipavam ao vento. A batalha estava terminando e a vitória estava sendo conquistada mas o custo era visível na face de Tony, em sua postura agonizante.
Lis caiu de joelhos, sentindo a batalha chegar ao fim enquanto observava a cena. A poeira do exército de Thanos envolvia o campo de batalha e o som do caos diminuía gradualmente. Ela tentou se aproximar de Tony, mas seu corpo estava exausto e dolorido.
Tony, com uma última expressão de alívio e dor, caiu ao chão, a manopla ainda em sua mão. A batalha estava vencida mas o preço tinha sido alto.
O campo de batalha estava silencioso, a poeira dos exércitos desintegrados flutuava no ar e o som da vitória estava abafado pela gravidade do momento.
Lis, com o corpo exausto e ensanguentado, rastejou com dificuldade através dos escombros, sua respiração pesada e entrecortada por lágrimas. Cada movimento era um esforço hercúleo mas a visão de Tony caído, a única família que lhe restava, lhe dava forças para continuar.
— Não... Não... — Lis sussurrou, suas palavras quase inaudíveis enquanto suas lágrimas se misturavam com o sangue no seu rosto.
Tony ergueu a mão, tentando alcançá-la, sua respiração fraca e irregular.
Seu olhar encontrou o de Lis, e ele murmurou com uma voz quase inaudível.
— Irmãzinha...
O som era tão baixo que parecia uma última confissão. Lis, com o coração despedaçado, se inclinou sobre ele, sua voz quebrada pela dor.
— Não... Você não pode me deixar. Eu preciso de você. Eu preciso de você aqui para cuidar de mim. — Ela fungou, a visão tão embaçada pelas lágrimas que mal conseguia o enxergar. — Tony, por favor.
Tony tentou sorrir, mas o esforço lhe custou muito.
— Você tem o Steve, tem os Vingadores... — Ele falou, cada palavra carregada de um peso emocional imenso. — Você já cresceu, Lis. Não precisa mais do irmão mais velho... se é que um dia precisou.
Lis balançou a cabeça, a negação e o desespero estampados em seu rosto.
— Não, Tony, eu preciso sim. Eu sempre precisei de você. Não posso... não consigo... — A voz dela falhou e ela se agarrou à mão de Tony com uma força que parecia quase desesperada.
Tony fechou os olhos por um momento, a luta visível em seu rosto. Ele queria confortá-la, dizer que tudo ficaria bem, mas as palavras estavam presas na garganta, substituídas apenas por um suspiro fraco.
Stark tentou falar mais, mas a fraqueza era esmagadora. Seu corpo estava quase sem energia mas havia um brilho de alívio em seus olhos por ter tido a chance de vê-la novamente depois de cinco anos.
Lis, com a cabeça apoiada sobre a dele, chorava desesperadamente, o som de seu pranto preenchendo o silêncio que se seguia. Tony tentou esboçar um sorriso, e com um esforço, sussurrou:
— A bebedeira e a fofoca vão ter que esperar.
Ela estava tão tomada pela dor que não conseguiu responder, sua cabeça balançando em um movimento constante de lamento. Tony sentia a fraqueza se intensificar, a dor se tornando quase insuportável. Ele olhou ao redor, vendo os outros heróis assistindo a cena com uma expressão de pesar, o peso da perda pesada no ar.
Com um último esforço, Tony disse com uma voz quase inaudível.
— Te amo, pirralha.
Ele então dirigiu um olhar cansado para Steve, um pedido silencioso em seus olhos. Queria que Steve tirasse Lis dali, que a levasse para longe daquele lugar, longe da dor e da cena de sua morte. Ele não queria que Lis o visse partir, que carregasse aquela imagem para sempre.
Ele então dirigiu um olhar cansado para Steve, um pedido silencioso em seus olhos. Queria que Steve tirasse Lis dali, que a levasse para longe daquele lugar, longe da dor e da cena de sua morte. Não queria que Lis visse sua partida, que carregasse aquela imagem para sempre.
Steve compreendeu o pedido de imediato e se aproximou, com um gesto cuidadoso mas decidido. Lis, em um estado de choque e negação, se debateu contra ele, como uma criança assustada. No entanto, Steve, com sua força e determinação, conseguiu segurá-la firmemente, afastando-a de Tony.
Enquanto Steve lutava para controlar Lis, Peter Parker se aproximou, o rosto marcado pela tristeza e pela preocupação. Tony, com as últimas forças que lhe restavam, mal conseguiu trocar palavras com o jovem, seu olhar se fixando em Pepper quando ela apareceu.
Pepper, com uma coragem comovente, tentou agir como se tudo estivesse bem, como se estivesse pronta para deixá-lo partir em paz e como um herói. Seus olhos, no entanto, estavam cheios de dor e tristeza e ela se aproximou com um esforço doloroso para transmitir a ele a última demonstração de amor e apoio.
Steve segurava Lis contra o peito dele, tentando protegê-la da cena diante deles. Ele a envolveu em um abraço firme, suas mãos massageando suavemente o couro cabeludo dela na tentativa de acalmá-la. Mas Lis tremia incontrolavelmente, seu corpo fraco e as lágrimas caindo sem parar. O som de seus soluços e lamentos cortavam o ar, e Steve fazia o possível para oferecer um consolo momentâneo, para que ela não visse o irmão sem vida e a cena dolorosa ao redor.
Pepper se ajoelhou ao lado de Tony, a dor e a tristeza em seu olhar intensas. Com uma determinação frágil, ela segurou a mão de Tony, tentando oferecer um último conforto, enquanto ele a olhava com um sorriso cansado. O silêncio que se seguiu foi preenchido pelo peso da perda, a batalha terminada, mas a luta pela perda, luto e pela aceitação apenas começando.
Ai gente desculpa a demora para atualizar, mas meio que eu não estava pronta para escrever esse capítulo kkkkkcrying.
Mas agora que o pior já passou estou animada para escrever o resto, pois a maior parte das coisas que eu pensei para essa temporada se passam daqui pra frente.
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