Jimin on.

Eu consigo resolver.

— Para um aluno não esperávamos essa categoria de comportamento. — um homem do conselho falou.

— Qual o problema da situação que está acontecendo na foto, senhor? — perguntei.

— Nossa universidade não vê com bons olhos essa situação, pode manchar a imagem da universidade. — uma senhora respondeu.

— Fotografar alguém sem permissão é crime, isso pode manchar a imagem da universidade, eu em momento nenhum quis quebrar uma regra, se essa regra existe, porque se andar no intervalo que está acontecendo nesse momento no campus irão ver muitos casais fazendo o mesmo que ocorreu nessa foto. — muita classe para responder essa velha sem vergonha. — O problema é o beijo ou serem dois homens fazendo isso? Se fosse o beijo esse conselho iria passar o dia chamando alunos.

O Tae já transou aqui, o que é um beijo perto disso?

— Nossa universidade é conservadora e não aprova isso, é um lugar familiar e de classe, você senhor Park é um bolsista precisa se colocar no seu lugar para não perder a sua bolsa. — eu sabia que iriam falar da bolsa.

— Ainda posso pedir um representante? — o diretor que está em silêncio confirmou. — Com a vossa licença.

Levantei e saí da sala, tirei o celular do bolso, minhas mãos estão tremendo de tão nervoso que estou.

Cadê o número da advogada? Não quero ligar para o Jungkook, mas eu não estou achando.

Sentei no banco que tem para esperar, respirei fundo.

Liguei para o Jungkook mesmo, não achei o número da advogada.

— Olá gatinho, está no intervalo? Estava falando de você nesse momento com a minha mãe... — ouvi sua voz.

— Kook, eu preciso de ajuda. — vontade de chorar de repente, que ódio!

— O que aconteceu? — perguntou.

— Pode trazer sua advogada aqui na faculdade, estou com problemas. — olhei o teto não deixando nenhuma lágrima cair.

— Está com voz de choro, o que fizeram com você? — contei meio por cima o que aconteceu. — Já estou indo.

Desliguei, coloquei no bolso de novo.

Levantei e fui para o banheiro desse andar, apenas para lavar o rosto, respira muito fundo e não surta.

Voltei ficando sentado, só encarando o quadro na parede que tem a minha frente, o que eu fiz para merecer isso?

Eu não plantei isso, sabotaram minha horta.

Encostei a cabeça na parede fechando os olhos, preciso continuar calmo. Nem notei o tempo passar, só pensando na situação.

— Olha ele ali. — ouvi a voz do Jungkook, abri os olhos, olhei na direção que vem a voz.

O que a mãe dele está fazendo aqui?

Como sempre roupas de marca e salto, como consegue?

— Gatinho. — não fala isso perto dela.

Levantei, a moça está chocada olhando os dois, tente não babar.

— Olá Jimin. — Antonietta falou tirando os óculos escuros e colocando na bolsa, deve custar um rim.

— Olá Antonietta. — curvei-me rapidamente. — Cadê a advogada?

— Eu serei sua advogada hoje. — ela falou, nossa.

— Vai ficar tudo bem. — Jungkook falou. — Vamos entrar.

— Se prepara, estão querendo tirar minha bolsa. — falei.

Bati à porta, abri e nós entramos agora estão chocados, bando de idiota.

— O que o senhor Jeon está fazendo aqui? — a que mais falou, perguntou. — Porque chamou um dos nossos maiores doadores para te ajudar? Desculpe ele por te incomodar com isso, senhor Jeon, nossa universidade não vai deixar isso acontecer de novo.

Não devia falar isso.

— Ele não me incomodou, Jimin é meu namorado, sou eu que está nessa foto com ele. — deveria filmar a cara de vocês, homofóbicos!

— Não sabi... — Antonietta levantou a mão em sinal de "pare".

— Sou Jeon Antonietta, advogada do senhor Park, ameaçar um aluno bolsista por atitude que só foi errada aos vossos olhos, pelas regras dessa universidade é errado, o Park não quebrou nenhuma regra da universidade ao demonstrar afeto e carinho. — falou.

Pisa neles sogra!

— Estão querendo colocar ele como exemplo para outros alunos da comunidade LGBT não demonstrarem amor, se vocês recebem de braços abertos os alunos héteros precisam fazer o mesmo com eles, vindo para cá observei mais de vinte casais héteros fazendo o mesmo da foto, vocês não podem ser seletivos. — quem diria que ela um dia me defenderia? — Vou propor um acordo se não aceitarem, iremos para o tribunal.

Sussurrou o acordo para mim, e eu concordei.

— O senhor Park quer a demissão deles. — apontou a senhora e o primeiro que falou. — E um pedido de desculpa formal anunciado para toda universidade, pela exposição do seu carro que causaram também queremos a exposição dos seus atos.

— E se não concordarem, eu corto a doação da faculdade, e de todos que eu conheço irão procurar outro lugar para colocar seus milhões. — Jungkook falou.

Mãe e filho me defendendo, mexeram com a pessoa errada.

— Eles estão demitidos. — o diretor falou. — Iremos fazer o pedido de desculpa formal, peço desculpa pelo incomodo.

— Vamos! — quase fiz um "aha otários, se fuderam", mas mantive a classe e um sorriso debochado foi suficiente.

Saímos da sala, idiotas!

— Obrigado Antonietta, não sei como agradecer. — falei.

— Você já fez muito Jimin, isso não foi nada, te vejo em breve. — quando eu fiz?

— Tchau! — não lembro de nada que fiz.

— Espero você no carro. — falou com Jungkook e virou de costa andando pelo corredor enorme.

— O que eu fiz? — perguntei para ele.

— Depois te explico, está bem agora gatinho? — confirmei.

— Obrigado Kook, desculpa te chamar, mas eu não achei o número da advogada. — falei.

— Não se desculpe, eu gosto de ser o seu número de emergência. — sorri com aquilo. — Eu já vou ir que talvez dê tempo para você comer, tchau!

— Tchau! — me deu um selinho, e mais um.

Seguiu na mesma direção que a mãe foi, eu fui na direção contrária usar a escada para o terceiro andar, o horário do intervalo acabou tem dez minutos, fui para a sala que estava tendo a minha próxima aula.

Entrei e o professor nem ligou, as meninas estão sentadas com quatro mesas juntas, sentei no lugar vazio que deixaram para mim.

— O que aconteceu? — Kamila perguntou. — Vimos o Jungkook passando na frente do refeitório com uma mulher toda poderosa.

— Você se lascou em quê? — Jasmin perguntou.

— É que... — comunicado.

— Alunos dessa universidade, a direção e o conselho vem através desse comunicado, pedir desculpas ao aluno Park Jimin da turma de direito pela exposição desnecessária e pelo preconceito. — diretor falando. — Já também avisando que os alunos da comunidade LGBT tem o mesmo direito de demonstrar afeto que os alunos héteros, o que aconteceu hoje não vai tornar a repetir, obrigado pela atenção e boa aula!

Agora todos da minha sala estão me olhando, vontade de sumir.

— Jimin o que você fez criatura? — Beatriz perguntou.

— Jungkook me beijou no estacionamento ontem, alguém fotografou e mostrou para a direção, como tem homofóbico fui chamado até ameaçaram tirar minha bolsa por isso, mas a Antonietta foi minha advogada e defendeu, propondo um acordo após esculachar com todos. — contei tudo.

— A mãe do Jungkook é foda. — Kamila falou. — Quase que a universidade perdia milhões, eu não sabia que o Jungkook era um doador.

— Eu também não. — falei. — O que é para fazer nesse trabalho?

— Eu te explico. — Beatriz explicou tudo para mim, fizemos sem problemas nenhum, foi até fácil, mas tomou duas aulas.

O professor da próxima aula faltou, então fomos liberados mais cedo, ótimo! Sinto fome.

— Meu nível de relacionamento está aumentando após ver a relação Jikook. — Kamila falou.

— Jikook? O que é isso? — perguntei, estamos saindo da sala.

— Ji de Jimin, Kook de Jungkook, um shipp, junção do nome de vocês de uma forma fofa e curta. — explicou.

— Jikook, gostei. — falei. — Porque seu nível de relacionamento está aumentando?

— O Jungkook faz de tudo por você, se eu não tiver alguém nesse nível nem quero. — cada coisa.

— Concordo, quero alguém que saia de reuniões importantes por mim, traga a mãe para me defender, goste dos meus amigos, seja carinhoso, não tenha medo de demonstrar o que sente por mim em público, tenha apelidos fofinhos, note pequenas coisas da minha personalidade e das manias. — Beatriz falou.

— Como assim notar pequenas coisas da personalidade e manias? — perguntei.

— Ele sabe ler suas expressões porque presta atenção, e sobre as manias, ele notou que você balança os pés enquanto come. — explicou para mim.

— Ele é tudo isso? — as três confirmaram. — Vocês não estão ajudando eu encontrar um presente me lembrando o quão perfeito ele é, está ficando cada vez mais difícil.

— Você vai achar. — Jasmin tentou consolar. — Tente ouvir menos seu cérebro e mais seu coração.

— Difícil fazer isso. — resmunguei, mais dois degraus e estamos no corredor para sair.

— Quando vamos conhecer sua nova casa Jimin? — Kamila perguntou.

— Ainda não está pronta, mas vou ver se dá para ir antes com a decoradora, aí eu levo vocês lá. — falei.

— Tô ansiosa! — falou, saímos da faculdade.

— Vejo vocês no café, tchau! — me despedi.

— Tchau! — acenaram, entrei no estacionamento e fui até o meu carro.

Dessa vez como cheguei em casa uma hora mais cedo, consegui tomar banho e fazer comida para almoçar bem tranquilamente.

Olhei o celular a decoradora mandando atualização de tudo, disse que estão terminando de pintar tudo, colocar os armários e finalizar meu closet, amanhã os móveis irão chegar.

Ela disse que posso levar as meninas, e o Tae, se ele não for perigoso ter dois infartos.

Coloquei o celular para carregar, entrei no banheiro e escovei os dentes, passei creme, protetor solar antes de sair.

Troquei de roupa, colocando o uniforme, peguei a mochila que levo para o trabalho e saí, na porta calcei o sapato.

Estou saindo cedo porque preciso abastecer, antes que fique sem gasolina no meio da rua, e não posso fazer isso. Pedi para encherem, paguei com meu dinheiro mesmo e não o cartão sem limites do Jungkook.

Ao chegar na cafeteria, Beatriz e Tae já estão montando as tortas que vendemos.

— Boa tarde! — meu chefe, coloquei o boné.

— Boa tarde! — fui ao meu posto, já preparando certos pedidos que costumam sair muito, como são gelados não tem problema eu fazer agora.

No final do turno meu chefe subiu assumindo o posto do Tae e ele desceu ficando com pedidos, eu no caixa.

— O que você fez na universidade Jimin? — ainda não tive tempo para contar, agora contei o que aconteceu. — A sogra já está defendendo o genro, ela te ama.

— Exagerado, no máximo ela gosta de mim. — falei, uma cliente chegou. — Boa tarde! A senhora pode sentar e esperar ser atendida. — é pelo tamanho da barriga que estou falando isso, está grávida.

— Você é Park Jimin? — o que foi agora? Confirmei. — Precisa terminar com o Jungkook.

— Qual o problema Jimin? — Tae perguntou, tem ela e mais três clientes sentados que Kamila já levou os pedidos deles.

— Ela falou que preciso terminar com o Jungkook, por que eu faria isso? — mulher doida.

— Porque estou grávida do filho dele. — falou.

Eu ri e Tae ficou sem entender.

— A senhora vai querer fazer um pedido? Nossas tortas são excelentes. — falei após recuperar da crise de riso.

— Não quero nada de você. — e saiu pisando duro.

— O Jungkook vai ser pai. — Tae falou. — Isso não te preocupa?

— Não mesmo, Jungkook sempre usou proteção, e ele é operado, não pode engravidar essa doida varrida. — respondi. — É só mais uma querendo dar o golpe da barriga, daria certo se eu não soubesse da operação do Jeon, aí acreditaria nela.

— Você é esperto. — eu sei.

Terminei meu turno sem problemas, saí com as meninas para uma pizzaria para comemorar, as novas milionárias.

— Vocês vão continuar trabalhando? — Tae perguntou quando a primeira pizza chegou, peguei um pedaço.

Meu boné está virado para trás deixando meu cabelo parado, preciso cortar ele para não cair em meus olhos.

— Eu vou, não tenho nada para fazer, é só mais esse ano mesmo. — Beatriz falou.

— Vou nada, ficarei bem tranquila. — Kamila falou.

— Também vou trabalhar, é bom para se distrair. — Jasmin deu sua resposta.

— E você Jimin? — Tae perguntou para mim. — Agora com o Jungkook não precisa trabalhar.

— É mesmo, vai continuar? — estou pensando nisso desde ontem e o presente dele.

— Não, eu vou sair. — meu amigo engasgou, bati nas costas dele e ele voltou. — Só não conte para o Jungkook, essa é minha última semana, na próxima eu vou mudar e com isso tudo novo.

— Menos os amigos. — concordei com a Kamila.

— Porque começou a trabalhar? E você  falou "tudo novo" como se a parte do trabalho fosse algo ruim no passado. — Beatriz falou. — Se quiser responder.

— Tudo bem, meus avós morreram tem três anos, com isso meus pais se mudaram para Daegu, eu não quis mudar eles passaram me enviar dinheiro. — comecei contar. — Mas um mês briguei com a minha mãe e ela cortou esse dinheiro, comecei a trabalhar para não passar fome, os pais do Tae quiseram que eu morasse com eles, preferi me manter sozinho.

— Sua mãe é um demônio, agora é para ofender. — Beatriz falou. — Você só tinha dezoito anos.

— Dezessete, irei completar vinte e um agora em outubro, mas já me acostumei com essas coisas ruins que ela me fez passar. — falei tranquilo, outra pizza chegou.

— Sua tranquilidade em falar sobre isso, me assusta. — Kamila falou, estava olhando o celular. — Jimin, onde está seu celular?

— Em casa carregando, por quê? — perguntei, peguei mais um pedaço, o último.

— O Jungkook mandou mensagem para mim, atrás de tu. — mostrou a tela, olhei a mensagem "O Jimin está com vocês?". — Pode falar que estamos aqui?

— Sim. — uma delícia de pizza, mas estou comendo muita coisa que faz mal ultimamente, pode trazer gorduras ruins.

Estava rindo de algo que Kamila contou, sobre bater na prima após ela dar em cima do menino que ela estava ficando, primos são terríveis.

Beatriz fez sinal para eu olhar para trás, olhei e Jeon acabou de entrar, veio até nós pegou uma cadeira de outra mesa para sentar.

— Boa noite! — eles responderam. — Olá gatinho sumido.

— Não estava sumido, só deixei o celular em casa carregando. — nem falo nada.

— Eu fui à sua casa, mas você não estava, pensei que tivesse ainda trabalhando, quando cheguei a placa já estava de "fechado", sumiu. — exagerado.

— Sumi nada. — doido. — Só estava difícil de me achar, é diferente.

— Não é. — ouvi Kamila resmungando.

— Você fica do meu lado, do dele não. — falei e ela riu.

— Então Jungkook, quer pizza? — Jasmin ofereceu.

— Obrigado, já jantei. — tu janta cedo em.

— Ficamos sabendo que seu aniversário é sábado, o que vai querer de presente? — Beatriz perguntou.

— Nada, não precisam me dar nada. — viu? É difícil presentear alguém que não quer presente. — Já tenho tudo.

— Humilde sempre, gosto assim. — Kamila falou com sarcasmo, ri da fala dela. — Vai ter festa? Faz tempo que não como bolo de aniversário.

— Desde quando três dias passou ser muito tempo Kamila? — Tae perguntou.

— Não vai ter festa Kamila, irei passar o dia sem fazer nada com o Jimin. — esse nada dele é suspeito.

— Você e o Jimin sozinhos, fazendo nada o dia inteiro? — Beatriz perguntou desconfiada, confirmou. — Sei.

A sobremesa que eles pediram chegaram, eu não sei explicar esse doce, mas tem de muitos sabores, aparece em doramas às vezes.

— Come, você amava isso aqui. — Tae ofereceu um deles de chocolate, neguei. — Abre a boca, come logo.

— Agressivo. — peguei comendo ele, bem doce no início e o cacau em pó em volta quebra o doce.

— Não vai contar sobre a doida de hoje? — Jasmin perguntou.

— Que doida? — perguntei de volta.

— A que foi no café. — essa doida.

— Uma amiga sua apareceu no café, está grávida e falou para eu terminar com você, porque você vai ser papai, parabéns! — falei com uma pitada de deboche para o Jungkook.

— É doida mesmo. — ele falou. — Acreditou nela?

— Jimin riu na cara dela isso sim, teve a maior crise de risos. — Tae falou. — E depois ofereceu as tortas que vendemos, ela saiu bufando, isso que dá ser muito rico sempre aparece alguém dizendo estar grávida.

— Sempre aparece? — perguntei-lhe roubei um docinho da Kamila que está distraída fazendo o mesmo com o doce da Beatriz.

— Sempre não, mas já surgiu umas seis falando isso. — que pouco né menino, bando de interesseira.

— Vamos meninas, todos precisamos acordar cedo amanhã. — Beatriz chamando as outras.

— Eu levo vocês. — falei.

— Vamos pegar um táxi, Jeon parece querer falar com você. — ela é muito observadora misericórdia. — Tchau! Até amanhã Jimin e Tae, até breve Jeon.

Elas se despediram de nós e foram as primeiras a sair.

— Ainda vai dormir em casa né? — perguntei e Tae confirmou levantando. — Leva meu carro, eu vou com o Kook.

— Chave? — entreguei para ele. — Até mais Kook.

— Vai logo sem vergonha. — saiu rindo. — Vamos?

— Sim, vamos gatinho. — saímos da pizzaria, está com o carro que o Hoseok deu-lhe, abriu a porta e eu entrei, coloquei o cinto enquanto ele entrava. — Gostei de como está com o boné.

— Como? Ele para trás? — confirmou. — Era só para segurar meu cabelo que está muito grande, vou cortar ele.

— Não corta ainda. — por quê?

— Motivo? — perguntei muito interessado na resposta.

— Só não corta essa semana, eu gosto dele assim. — eu não sou fã dele passando dos meus olhos.

— Tudo bem, não vou cortar. — na próxima semana eu corto. 

— Como era a mulher que foi te incomodar na cafeteria? — perguntou.

— Menor que eu, cabelo preto cortado na altura do pescoço, rosto pequeno e uma barriga bem grande. — falei o que me lembrei dela.

— Ela tem uma tatuagem de cobra na clavícula? — pensei, puxei na memória.

— Sim, já sabe quem é pelo jeito. — confirmou. — Uma de suas companhias passadas?

— É impossível ela estar grávida de mim, primeiro sou operado, segundo eu nunca transei com ela. — espera, não entendi. — Foi com a irmã mais velha dela, e faz um ano, não sei o motivo para ela aparecer e inventar essa história.

— Às vezes o pai da criança não é um rico como você, se ela não tiver condições de criar o filho deve estar desesperada por dinheiro fácil. — só não esperava que eu fosse mais inteligente que ela.

— Impossível, os pais delas são donos de uma empresa de cosméticos multinacional, dinheiro não falta, só se... — se o quê?

— O quê? — perguntei.

— A irmã dela me fez prometer que nunca contaria para ninguém o que aconteceu entre nós, porque ela perderia a herança, as duas tem pais extremamente rigorosos e conservadores, sexo antes do casamento é proibido. — então essa irmã não vem encher a porra do meu saco inventando mentiras. — E se a mais nova está grávida, ela perdeu todo o direito no dinheiro dos pais.

— Nossa. — se ela sabia que não teria condições de criar a criança era melhor abortar, trazer outra vida ao mundo para passar necessidade é cruel.

Fiquei pensativo o resto do caminho até em casa, Jungkook percebeu, mas entendeu que eu preferia o silêncio então não puxou assunto.

— O que você queria falar comigo? — perguntei tirando o cinto quando o carro parou, ele fez o mesmo.

— Você perguntou mais cedo o que fez para a minha mãe. — é mesmo. — Eu disse que mais tarde iria te explicar, lembra quando disse enquanto eu estava indo para Paris sobre valorizar mais minha mãe e que você iria querer que a sua se importasse com você como ela faz comigo?

— Sim, e? — continue para eu entender toda a questão.

— Bom, por sua causa eu voltei ter uma relacionamento amigável com a minha mãe, e contei o motivo, fazia uns seis anos que eu não conversava com ela sem surgir alguma discussão. — povo briguento. — E a sua relação com sua mãe, me fez ver que a minha só está fazendo o papel dela em se preocupar comigo.

Queria que a minha fosse assim, mas ela não chega nem perto de ser.

— Contou para ela sobre a minha mãe? — negou. — Ótimo! Fico feliz em saber que está bem com a sua mãe, a primeira vez que falou deles parecia ser uma relação bem tóxica.

— Mas graças a você mudou tudo. — pode parando que eu fico vermelho com facilidade. — Melhor entrar gatinho, está tarde e você vai acordar cedo.

— Tudo bem, até mais. — queria ficar mais com ele.

— Tchau! Anjo. — se aproximou e selou seus lábios com os meus, senti sua língua quente tocar a minha, sua mão em minha perna apertando me deixando fraco.

Subiu os apertos até estar no meu pau, fez uma pressão um pouco mais forte me fazendo gemer em sua boca.

— Esse gatinho anda muito sedento. — sussurrou no meu ouvido sem parar de esfregar a calça em meu membro, não estou bem! — Logo isso vai acabar. — chupou o lóbulo da minha orelha. — Abre os olhos anjo.

Olhei para ele, não sorria assim sem vergonha.

— Porque está me torturando? — perguntei manhoso.

— É excitante te ouvir gemendo todo carente de contato. — puto! — Até logo gatinho.

— Até! — agora eu tenho uma ereção e uma vontade louca de dar na cara do Jungkook.

Saí do carro, ele só foi embora quando entrei e fechei o portão.

— Nossa. — ai que susto!

— Vai assustar sua avó Taehyung. — ele riu.

— Vocês dois são muito excitantes de ver, o que o Jungkook estava sussurrando para você? — começou a me seguir e encher de perguntas.

— Seu voyeur sem vergonha. — entrei no quarto fechando ele para fora.

— Vai Jimin, o que ele estava falando que você saiu bicudo? — curioso.

— Vai caçar o que fazer Tae, deixa minha vida sexual em paz. — cada coisa, tranquei a porta.

— Olha só, agora meu amigo inocente tem uma vida sexual, crescem tão rápido. — ouvi os passos dele se afastando.

Tirei o boné jogando na cama, tirei a pantufa e entrei no banheiro para tomar banho, a roupa toda foi para o cesto.

Senti a água quente entrar em contato com a minha pele, eu preciso me aliviar, não vou dormir assim.

Devagar me toquei evitando gemer para não atrair atenção do outro que está na casa.

Eu já estou muito excitado não demorou para eu estar na beira de um orgasmo, foi só lembrar da voz rouca de Jeon sussurrando no meu ouvido que gozei.

— Merda. — fazer isso mais vezes.

Tomei banho tranquilo após estar livre da ereção, saí me secando, entrei no quarto procurando minha roupa de dormir, vesti ela e calcei a pantufa.

Abri a porta, saí querendo ir até o carro para pegar minha mochila, mas vi ela no sofá, estava voltando quando Tae entrou na minha frente.

— Que foi? — continuei andando.

— Não vai me falar mesmo? — neguei. — Você é ruim!

— Eu sei. — entrei no quarto e ele junto, peguei o boné colocando na mochila antes de pendurar.

— Já decidiu qual presente vai dar? — tirei o Mac da mochila levei para a mesa de estudo.

— Não me lembre disso, o sócio dele deu um carro para ele. — Hoseok não gosto de você.

— Um carro? — confirmei, liguei o Mac, preciso terminar um trabalho para entregar amanhã, eu fiz com a Beatriz, a parte dela já terminou só falta a minha. — Sua avó te ensinou fazer tanta coisa, nenhuma te ajudaria com o presente?

— Eu pensava em comprar pronto, não pensei em fazer. — agora vou pensar, comecei lembrar de tudo para saber se algo pode me ajudar. — Já sei!

— O quê? — contei-lhe. — É uma boa ideia, precisa comprar as coisas amanhã.

— Eu sei, e pensar como irei fazer. — ficamos conversando enquanto eu terminava o trabalho, fomos dormir quase uma hora da manhã.

[...]

— Acabou, Deus é bom, não aguentava mais esse professor. — Kamila comemorou após ele sair da sala. — Vamos, temos mais uma aula com o professor que fala rápido.

— Mas a aula dele é amanhã. — falei levantando com livro e caderno, essa aula não pode usar tecnologia, o professor gosta de tudo escrito a mão.

— Era amanhã, ele trocou com outra professora, é hoje. — Jasmin falou. — Está no site da faculdade.

— Não vi, ontem não olhei o celular a noite e hoje de manhã só tive tempo para responder o "Bom dia!" Do Jungkook. — difícil isso. — Já compraram algo com o dinheiro?

— Não, nosso cartão vai chegar hoje, aí iremos conseguir comprar algo, não queremos sacar dinheiro e andar correndo risco de roubo. — Beatriz falou, concordo. — Kamila já tem uma lista.

— Quer ver? — confirmei, ela me passou o celular, li enquanto subia a escada para a outra sala.

— O que é "PAAJ"? — perguntei após ler a sigla.

— Presente de agradecimento ao Jimin. — falou.

— Não precisa, não fiz nada de mais para receber presente. — devolvi o celular para ela.

— Claro que precisa, então Jimin, você vai se mudar na próxima semana né? — confirmei. — No Brasil quando alguém vai se mudar de casa nós fazemos "chá de casa nova", já ouviu falar?

— Não, é um chá na minha casa? — questionei.

— Quase isso, tem chá, mas os convidados levam presentes para você, porque você não faz? — é uma boa ideia.

— Eu não conheço tanta gente assim aqui em Seul, seria vocês, o Tae, talvez nosso chefe. — viu? Sou alguém de poucos amigos.

— Só com isso você já ganhou cinco presentes, podemos fazer um almoço e te dar as coisas. — é, isso parece mais simples.

— Tudo bem. — entramos na sala, fomos para os lugares que costumamos sentar.

— Manda a lista do que você quer, e lembre de convidar sua sogra. — porque? Nem pensar. — Ela vai se sentir especial se você a convidar para algo íntimo com seus amigos, sendo que nem sua mãe vai estar.

— Não mesmo, ela estragaria tudo. — só de pensar tive três infartos.

— Então, pense sobre isso. — vou pensar.

O professor entrou na sala, vamos preparar para prestar muita atenção, ele poderia fazer rap de tão rápido que fala.

A aula passou rápido, mas muito conteúdo, minha mão está doendo de tanto que escrevi.

— Acabou finalmente. — Beatriz falou, após pegar as coisas no armário comecei a massagear minha mão, isso dói.

— Ali o Tae. — Kamila apontou, olhamos, ele estava falando com dois meninos e uma menina, ao nos ver se despediu e veio até nós. — Quem era?

— Colegas de sala, irei fazer uma apresentação com eles amanhã. — contou simples. — Saíram mais cedo hoje?

— Sim, era o professor que fala rápido. — respondi.

— Vejo vocês mais tarde, vamos meninas. — Beatriz falou se despedindo quando saímos da faculdade.

— Ei, espera. — voltaram. — Querem ir à casa nova? A decoradora disse que posso levar vocês.

— Lógico, vamos. — Kamila falou empolgada. — É longe?

— Não. — entramos no estacionamento, destravei o carro como sempre Kamila correu para sentar na frente, não entendo como pode gostar tanto de ficar na frente.

Entramos, Beatriz em uma janela, Tae no meio e Jasmin atrás de mim.

— Tô ansiosa para ver. — Jasmin falou, saí da faculdade seguindo na avenida para fazer o retorno. — Tem quantos quartos mesmo?

— Dois né Jimin? — Kamila falou. — Eu durmo com o Jimin, Beatriz no sofá, e Jasmin no chão já que Tae vai ficar com o outro.

— Porque eu vou ficar no chão? Você fica no chão e eu com o Jimin. — deixei brigarem sabendo que tem quarto para todos.

Fiz o retorno voltando na avenida, precisei lembrar qual rua precisava entrar, passei na frente da faculdade mais uns quinhentos metros entrei na rua da minha casa.

É ótimo falar isso, minha casa.

— Esse é um atalho para sua casa? — Kamila perguntou, parei o carro do outro lado da rua que fica a casa por estar com sombra.

— Podem sair, já chegamos. — tirei o cinto, saímos e todos olhando para o lado errado.

— É essa casa? — perguntaram apontando a casa mais simples da rua.

— Não, aquela. — apontei do outro lado da rua, onde tem dois caminhões descendo móveis.

— Puta que pariu. — Beatriz falou.

— Isso que é casa. — Tae falou. — E a Kamila apontando para a outra.

— Jimin é humilde, não dá para imaginar ele escolhendo essa casa enorme. — tem razão.

— Eu não escolhi, essa é a menor propriedade do Jeon. — falei. — Mesmo lendo no contrato o tamanho eu não imaginei ser desse tamanho, estou estudando direito não engenheiaria.

— Aquela não é sua sogra? — Jasmin apontou a Antonietta conversando com a decoradora.

— É ela, vamos entrar. — atravessamos a rua, passamos por dois funcionários carregando caixas. — Olá Antonietta.

— Olá Jimin. — falou sorrindo. — Quem são?

— Meus amigos, queriam ver a casa. — falei.

— Prazer, Jeon Antonietta, mãe do Jungkook. — se apresentou para eles.

— Beatriz, amiga do Jimin. — foi a primeira.

— Kim Taehyung, amigo de infância. — o diferente, exibido.

— Jasmin Oliveira. — o sobrenome dela é um só, Beatriz não falou porque ela tem três.

Quanta coisa, misericórdia.

— Kamila Silva, o Jungkook saiu muito parecido com a senhora, por isso é lindo. — conseguiu fazer ela rir, parabéns! Conquistou minha "sogra".

— Obrigada Kamila, todos vocês são lindos também. — concordo.

— Deu algum problema para estar aqui? — perguntei.

— Não, eu vim todos os dias para garantir que estão fazendo como você pediu, após o acidente que aconteceu na casa do Jungkook, de fazer tudo de novo, não quero que aconteça com você. — explicou, pensei que tivesse dado algo errado.

— Obrigado por isso Antonietta. — se Jungkook só sonhar em me deixar ela bate nele, e eu apoio. — Vamos ver a casa.

Entramos na casa, e já está tudo pintado nas cores que eu escolhi, os móveis da sala de jantar e estar, estão cobertos por plásticos para não pegar poeira até o dia da mudança.

Tem gente andando por todo lado, com uma blusa azul-escuro com o nome da equipe da decoradora.

— Nossa, que linda sua casa Jimin. — Kamila falou, todos estão olhando tudo.

— Jimin, bom te ver aqui. — Jennie veio dos fundos falando. — Gostou de como está ficando?

— Sim, está lindo. — é minha casa.

— Eles podem andar. — falou sobre os meus amigos.

— Eu levo eles para ver. — Antonietta falou, saiu com eles mostrando tudo.

— Como pode ver já colocamos os armários da cozinha, instalamos o forno, seu Cooktop, e a geladeira está para chegar. — ela falou, abri um armário e quando soltei a porta foi fechando bem devagar. — Do jeito que pediu nós fizemos.

— Está perfeito. — só não vou chorar por estar na frente dela, nunca pensei que teria algo assim.

— Senhor Jeon disse que você está estudando direito. — confirmei, ela abriu a porta de um dos cômodos do primeiro andar. — Colocamos muitos livros relacionados a isso no seu escritório.

Entrei, já está todo pronto, a parede de vidro dá para os fundos, vi a arquiteta lá falando com o povo enquanto eles fazem minha área de lazer.

Tem uma parede fechada por uma prateleira com livros, uma parte totalmente sem nada.

— Aqui você pode colocar os livros que você já tem, quer ver os fundos? — confirmei.

Fomos para lá, a arquiteta cumprimentou, e começou a explicar tudo que já fez.

— Assim que terminarmos aqui, vão instalar sua cascata. — tô empolgado, parece um sonho. — Não vai querer mesmo mudar o formato da piscina? Essa é a hora de falar.

— Não, eu gosto dela assim. — retangular.

— Oi Jimin. — olhei para cima, Kamila e Jasmin na janela do meu quarto. — Seu quarto está incrível, quando poderemos usar a piscina?

— Falta um pouco. — falei.

— Posso esperar. — ela falou e entrou, Tae ficou com a Jasmin.

— Porque sua cama é daquela que não se mexe em Jimin? — não me mata de vergonha na frente da minha "sogra".

— Não fui eu que escolhi a cama. — falei.

— Fui eu. — Antonietta falou aparecendo na janela também. — É ótima, eu tenho uma, pode fazer o que for ela não vai sair do lugar.

Meu Deus!

Alguém me mata por gentileza, nem tô pedindo muito.

Fiquei mais vermelho que pimenta, ela riu com Taehyung.

Não é legal ela saber disso, estou morrendo de vergonha.

— Amei sua sogra Jimin. — Jasmin falou.

— Nem vou falar nada. — virei para as duas que estão reformando minha casa. — Quando eu posso mudar? Vai demorar mais que o previsto?

— Na verdade, vou terminar antes. — Jennie falou. — Sábado está tudo pronto na casa, aqui nos fundos não sei.

— Vamos terminar na quarta-feira provavelmente. — povo rápido, Jeon pagou muito certeza.

— Segunda ou domingo você pode mudar. — que rápido!

— Sério? — confirmou. — Vou mudar segunda, é feriado vai ser melhor.

— Esperamos você na segunda. — falou.

Voltei para dentro da casa, estavam descendo bem na hora, Kamila perguntando como Antonietta consegue andar com salto para todo lado.

— Treino, após muitos anos treinando acostumei. — falou.

— Prefiro meus tênis, salto alto é só em ocasiões especiais, dia da formatura e casamento do Jimin. — Beatriz falou.

— O Jungkook pediu você? — olha o que você fez criatura.

— Não Antonietta, ela está brincando. — respondi.

— E eu pensando que ele finalmente iria casar. — era só o que me faltava. — Quando decidiu mudar Jimin?

— Segunda-feira. — falei.

— Ótimo! É perigoso você continuar naquele bairro. — falou preocupada.

— Por quê? — Jasmin perguntou.

— Aconteceu alguns roubos. — Tae falou.

— Vamos gente, ainda precisamos trabalhar. — chamei eles para ir embora. — Tchau!

Despedimos delas e saímos, deixei as meninas no prédio delas, após deixar o Tae na casa dele fui para a minha, todos gostaram da Antonietta.

Antes de fazer qualquer coisa coloquei a roupa para lavar com os uniformes, já que preciso devolver eles quando pedir demissão.

Entrei em casa, arrumei para o trabalho, olhei o relógio e não tenho tempo para comer, então fui rápido em sair para trabalhar.

Nem consegui olhar o celular, se Jeon mandou algo irei ver só a noite, e graças ao bom Deus semana que vem essa correria vai acabar.

Ao chegar no café, peguei um pedaço de torta salgada para comer, comi com café simples sem açúcar, após terminar escovei o dente nos fundos, coloquei o boné e voltei para trabalhar.

— Hoje pode ficar no caixa Jimin, irei entrevistar alguém. — o irmão do Hoseok. — Disse que te conhecia.

— O irmão dele, se ele for ruim por favor não me culpe. — o Jungkook falou que ele é incompetente.

— Não será culpa sua fica tranquilo. — mantemos o terceiro andar fechado hoje, Tae ficou fazendo os pedidos, Jasmin no segundo andar, Kamila aqui como sempre e Beatriz na cozinha bem tranquila fazendo as tortas e outros doces que vendemos.

O dia foi passando e eu ali no caixa, o caixa foi limpo duas vezes, esse povo que traz nota grande eu odeio com todas as forças, meu chefe sempre colocando mais dinheiro.

— Volte sempre. — falei para a moça, comecei organizar as notas que meu chefe trouxe.

— Olá. — só um minuto moço.

— Oi! Seja bem-vindo ao Coff Princess. — falei, olhei para o cliente, engasguei com o ar, tossi para voltar ao normal.

Ele não me reconheceu, estou muito diferente de quando ele iludiu o Tae, graças a Deus.

— O que deseja senhor? — perguntei.

— Eu vim para uma entrevista com o senhor Choi. — ele está bem diferente, ele deve ser dois centímetros maior que eu, está bem magro com pouco músculo.

— Jimin, a máquina parou. — Tae parou ao meu lado com um negócio. — Espera, o que faz aqui?

— Quem é você? — ele não reconheceu o Tae.

— Kim Taehyung caso tenha esquecido, quem disse que você amava ser fodido, filho da puta. — é, ele ainda não esqueceu isso.

— Tae, deixa isso para lá, ele tem uma entrevista aqui. — pronto, soltou a fera.

— Eu vou te matar arrombado. — arrastei ele para a cozinha.

— O que aconteceu? — Beatriz perguntou assustada com a situação.

— Você fica quieto aqui, se eu ver sua cara lá vou te bater. — ameacei Tae. — Depois te explico Beatriz, muito longa a história.

— Tudo bem. — saí de lá e voltei, o cara está chocado, faltou pouco para você levar uns socos.

— Desculpe pelo Tae, a sala do senhor Choi é no segundo andar, a funcionária que está lá te leva até a sala. — apontei a escada.

— Tudo bem, eu que devo desculpas a ele. — deve mesmo. — Obrigado.

O que Hoseok fez? Não parece nada com o cara soberbo do ensino médio.

Ele foi para a escada, Beatriz veio para os pedidos e Tae ficou na cozinha, já ensinei ela recentemente.

— O que aconteceu Jimin? Ele estava chorando. — bom, primeira vez em anos, uma hora o corpo iria reagir.

— Um idiota que iludiu ele quando estávamos no ensino médio apareceu aqui e se der certo vai trabalhar aqui, Tae estava realmente apaixonado por ele, mas após isso e uma humilhação na frente de toda escola ele prometeu que não iria amar nem chorar novamente, a parte de amar ele está levando a sério agora chorar quebrou a promessa hoje. — contei, um cliente chegou e eu fechei a conta dele.

— Sabia que existia algum trauma para ele ser assim tão frio quanto sentimentos amorosos. — menina, o que tu não sabe? Está me assustando.

— Jimin. — olhei para Kamila que está escorada no balcão com seu tablet. — Cliente para você.

— Onde? — apontou a mesa, olhei vendo Jeon e a secretária. — Pode atender, ele está com a secretária.

E não é a Lisa, essa eu não conheço, não é coreana.

— Beleza, já volto. — foi até eles, mas já voltou. — Quer o gatinho dele.

— Fica aqui. — ela veio para o caixa, peguei o tablet e fui atender eles. — Boa tarde! O que desejam?

— Olá gatinho. — sorri para ele. — Essa é a Judy, a outra secretária.

— Prazer te conhecer Jimin. — falou sorrindo.

— Prazer. — prefiro a Lisa, já estava acostumado com ela. — O que vão querer?

— Um cappuccino com chocolate adicional. — ela falou e eu coloquei no aparelho. — Um pedaço de torta de morango.

— Café simples sem açúcar, torta de nozes. — Jungkook pediu.

— Já vão trazer. — peguei os cardápios e saí, coloquei no balcão com o tablet. — Pode levar Kamila quando a Beatriz terminar de fazer.

— Não quer levar? — neguei.

Voltei ficar no caixa, ajudei Beatriz com os pedaços de tortas colocando na bandeja.

— Vou lá. — comecei a fechar a conta de uma cliente com a filha dela.

— Você parece um príncipe moço. — ela falou do colo da mãe. — Igual ao da Barbie.

— Obrigado. — agradeci sorrindo. — Você também parece uma princesa, como a Ariel. — pelo cabelo ser a cor muito parecido.

— Sou uma sereia mamãe. — que fofa!

— Aqui seu troco senhora, volte sempre. — falei passando o dinheiro.

— Obrigada. — a menininha deu um tchauzinho para mim e eu acenei sorrindo para ela.

Olhei para a mesa do Jungkook e ele já estava me olhando, abaixei o olhar para o caixa pela vergonha.

O irmão do Hoseok apareceu, conversando com o senhor Choi, apesar de chamar "senhor" por respeito ao cargo, ele tem só vinte e oito anos.

— Essa é a Beatriz, ela costuma ficar na cozinha, pelo jeito trocou com Tae. — veio apresentando. — Esse é Seong-su, vai trabalhar aqui a partir de amanhã.

— Oi! — Beatriz não esboçou reação nenhuma, já pegou ranço, se contar exatamente o que ele fez na escola Kamila gruda no pescoço dele.

— Park Jimin, está aqui desde o início, ele vai te treinar. — porque eu? — Esteja cedo aqui amanhã, não gosto de atrasos.

— Tudo bem, tchau! — ele se foi, os exaltados foram humilhados.

— Porque trocou de lugar com Tae? — senhor Choi perguntou para a Beatriz.

Fiz sinal de silêncio para ela, para não contar.

— O Tae pediu, disse que seria bom eu fazer mais pedidos para pegar o jeito. — é, ele vai acreditar.

— Tudo bem. — fechei a conta de dois clientes para a Kamila, logo ela voltou com a máquina de cartão.

— Teu velho rico quer fechar a conta. — olhei a mesa deles, já terminaram. — Vai lá.

Já fui com a máquina de cartão, parei ao lado da mesa.

— O preço gatinho? — eu realmente prefiro a Lisa, passei o preço. — Cartão.

— Débito ou crédito? — débito como sempre. — Insira o cartão. — coloquei para ele fazer a senha. — Senha.

— Prontinho. — tirei o cartão com a via e passei para ele. — Você vai estar livre após sair?

Eu iria falar que sim, mas lembrei que preciso comprar as coisas para fazer o presente.

— Não, vou estudar para uma prova amanhã, tchau! — voltei para o caixa e Kamila ao seu posto.

— O que aconteceu entre vocês? — olhei para a Beatriz. — Estava um clima estranho, não tente negar.

— Aquela secretaria é estranha, primeira vez que vejo ela, não gostei dela. — falei. — Ela toca muito o Jungkook, a Lisa não fica rindo se jogando na direção dele e tocando o braço apertando. — sim, eu estava de olho.

— É, tenho que concordar com você, ela é estranha. — não estou ficando doido, obrigado Deus! — Às vezes ela quer viver aquele clichê de casar com o chefe.

— Ela pode tirar o cavalinho da chuva, o único clichê que o Jungkook vai viver é comigo, eu pago a Kamila para bater nela ela vai ver o que é bom para tosse. — sou ciumento mesmo, essa horta me pertence, não vou deixar corvo levar meu chuchu.

— Uma graça você com ciúmes, e a Kamila com toda certeza faria isso sem precisar pagar, ela é fã número um do shipp que ela mesma inventou, Jikook. — eu achei fofo. — Alguém que tente atrapalhar vai lidar com ira de um pinscher.

— Quem é pinscher? — apontou a máquina e eu passei para ela.

— Ninguém. — Beatriz voltou a fazer pedidos que Jasmin mandou, Tae apareceu com duas tortas.

— Ele conseguiu o emprego? — perguntou.

Quem responde?

— Sim, começa amanhã. — Beatriz falou.

— Vou pedir ao senhor Choi para sair mais cedo. — ele não está bem mesmo com isso, nunca passei por isso então não sei como é, mas tenho certeza que não iria gostar de trabalhar no mesmo lugar que minha ex que me colocou chifres.

Ele foi embora mesmo, já sei exatamente o que ele vai fazer, ir em alguma balada beber muito, depois transar com alguém desconhecido e ir para a minha casa vomitar até dormir.

Já vi esse filme muitas vezes, estou acostumado.

Terminei meu turno sem problemas, de lá fui comprar as coisas para fazer o presente, comprei com o meu dinheiro, se for com o dele não seria presente.

Fui para a casa, tomei um banho bem relaxante antes de ir fazer comida, tomei aquele remédio que o Jeon trouxe da outra vez, aproveitei para passar o creme nos meus pés e costas.

Comecei a preparar toda a comida, assistindo série no Mac, sentei para jantar e foi ótimo comer comida pela primeira vez no dia.

Chegou mensagem no meu celular, olhei e é Jeon, abri a mensagem.

Jungkook - Está estudando já?

Respondi que estava jantando, tirei uma foto com filtro de corações rosas em cima da cabeça.

Jungkook - Parece gostoso, a comida também.

Fiquei um tempo olhando a mensagem tentando entender, cinco minutos depois me liguei que ele me chamou "gostoso".

Sem vergonha na cara você.

Cada coisa, eu não sou gostoso.

Jungkook - Eu pensei que você não entenderia.

Jungkook - Você estava distante na cafeteria, te fiz algo?

Levou sua secretária estranha.

Não, só estava preocupado com o Tae, quando te encontrar pessoalmente te conto o que aconteceu com ele.

Não é totalmente mentira, estava preocupado, mas não é esse motivo para estar distante.

Jungkook - Fico aliviado em saber que não te fiz nada, esperarei ansioso para saber o que aconteceu.

Fofoqueiro!

Jungkook - Vou te deixar comer, até amanhã de noite anjo, bons estudos!

Até, obrigado Kook!

Terminei de comer, lavei a louça antes de ir para o quarto, sentei na cama e comecei a fazer bem devagar, não quero precisar voltar ao início por errar.

Eu precisei voltar ao início três vezes, terminei em uma hora, o outro só foi meia hora.

Peguei a caixa pequena de veludo preto que comprei, coloquei dentro, fechei e peguei o papel de presente com patas de gatos, embrulhei e coloquei o laço vermelho em cima.

Terminei!

Peguei o celular tirei foto, mandei para as meninas avisando que terminei o presente, perguntaram o que era, contei.

Coloquei o presente em uma sacola de papel, deixei na mesa de estudo, vou arrumar minhas coisas para passar o final de semana com o Jungkook.

Meia hora terminei de arrumar, coloquei o presente no fundo da mala para não ter perigo do Jungkook achar.

Fui para os fundos da casa, peguei as roupas e estendi, amanhã faço o resto. Voltei para dentro, fui ao quarto e entrei no banheiro

Escovei o dente antes de deitar, estou querendo muito dormir, tô cansado!

Abracei meu coelho, dormi tranquilo.

[...]

— Você está bem? — perguntei ao Tae quando estávamos voltando da faculdade, hoje não vi ele pela apresentação. — Você costuma beber muito e depois ir para a minha casa vomitar tudo.

— Eu sei, mas eu não bebi, só tomei remédios e apaguei. — remédios de novo. — Acordei hoje cedo.

— Como pretende enfrentar ele? — perguntei.

— Vou ficar afastado, não posso o obrigar pedir demissão. — você pode sim, eu te conheço. — Mas ele pode ter certeza que trabalhar ali será uma péssima escolha.

Tae vai fazer da vida dele um inferno, bem a cara dele.

O deixei em casa e fui para casa, hoje terei tempo para almoçar.

Almocei tranquilo, ao terminar lavei a louça, após secar guardei tudo para não deixar bagunça.

Fui para o quarto, entrei no banheiro para escovar o dente, passei protetor solar hoje está um dia quente. Saí e sentei na cama, ainda tenho tempo para olhar o celular.

Mensagem do Jungkook e meu pai, respondi meu pai, entrei na conversa com Jeon.

Jungkook - Você quer que eu te busque a noite?

Acho desnecessário, posso ir até lá.

Não precisa.

Esperei ele responder, menos de um minuto apareceu ele digitando.

Jungkook - Tudo bem anjo.

Jungkook - Ainda não foi para o trabalho?

Não, cheguei cedo da faculdade, estou com tempo de olhar o celular.

Estou apreensivo de dar o presente para ele, se não fosse tão rico iria ajudar bastante, ficou muito simples.

Saí do mundo da Lua para responder o que ele mandou.

Jungkook - Você não gostou da minha secretária né gatinho?

Não gostei, mas não irei admitir porque ele vai perguntar o motivo, e o motivo envolve ciúmes, quero parecer alguém que não sente ciúmes e que nossa relação é muito saudável.

Gostei sim, o que te fez pensar que não gostei?

Palhaço, até parece que vou admitir estar com ciúmes, vai sonhando.

Jungkook - Conheço suas expressões, e você estava com a mesma cara de quando conheceu a "oferecida" segundo você.

Não gostei mesmo.

O motivo ele não tira de mim nem com ameaça de morte, não serei tóxico.

Jungkook - Porque gatinho?

Não vou te falar, nem tente insistir se me ligar eu te bloqueio.

Não bloquearia ele, só desligaria o celular impossibilitando de atender ligações.

Jungkook - Você é engraçado anjo, sei ser por ciúmes, mas vou te deixar em paz.

Sabe nada, ou sabe? Não, ele não sabe.

Te vejo a noite, idiota.

Chegou mensagem, saí da conversa e olhei, minha sogra.

Antonietta - Olá Jimin, amanhã é aniversário do Jungkook você já sabe isso, eu vou fazer um jantar para ele, e quero que você vá, tudo bem?

Ela quer que eu vá, conquistei a sogra.

Claro, estarei lá.

Voltei para o Jungkook, ele se despedindo, certeza que estava rindo, panaca.

Levantei da cama, peguei as roupas que tirei do varal hoje, dobrei os uniformes coloquei em uma sacola de papel todos eles.

Peguei a mochila que eu levo, saí do quarto, na porta coloquei o sapato.

Mais um dia de luta, e o último, que alegria!

Cheguei já procurando senhor Choi, pedi para falar com ele, subimos até sua sala.

— O que precisa falar comigo? — que irei vazar.

— Eu estou pedindo demissão. — alguém traz água que ele ficou pálido. — Muito obrigado por esses quase três anos, mas já chegou a hora de seguir novos caminhos.

— Meu melhor funcionário. — sou eu mesmo. — Não vou insistir para você ficar, parece estar bem certo da sua decisão em sair, respeito isso.

Obrigado, não queria ficar falando os motivos para sair.

— Aqui estão os uniformes. — coloquei a sacola em cima da mesa dele. — O que eu estou usando, é reserva que comprei caso um deles estivesse sujo.

— Nunca vou achar alguém assim. — sou único. — Ainda vai trabalhar hoje?

— Sim, quer que eu treine o novo funcionário né? — se deixar o Tae, ele ensina tudo errado para ver o outro se foder.

— Sim, não tem melhor pessoa para isso. — estou com um pouco de dó dele, ficou só com funcionários doidos. — Pode vir assinar os papéis da demissão no final do turno.

— Obrigado, vou descer. — levantei e saí da sala, Tae está aqui nesse andar limpando as mesas.

Desci para o primeiro, primeiro passei nos fundos colocar o boné e lavar as mãos.

O inimigo do Tae entrou, apontei qual seria o armário dele.

— Lave as mãos antes. — avisei antes de sair, Beatriz e Kamila colocando as tortas, ajudei com as últimas.

— É verdade o que ele fez com o Tae? — Kamila perguntou sussurrando para mim, confirmei. — Perguntar ao Tae se posso gostar dele ou não.

— Vou ir para a cozinha, boa sorte para vocês. — Beatriz falou saindo, o Seong-su apareceu.

— Venha vou te ensinar mexer no caixa. — ele aprende rápido, não foi difícil. — Agora os pedidos, eles aparecem nessa tela, dos outros andares vai colocar nesse elevador.

— Parece difícil. — vou te dar motivo para falar isso.

— Isso é fácil, difícil é fazer os pedidos. — ensinei ele cada um, e como subir para os outros andares, atender as mesas é o mais simples. — É isso, boa sorte!

— Eu pensei que seria fácil. — que engraçado!

— Não mesmo, e não derrube café em ninguém como eu já fiz. — saí de trás do balcão, fui até a porta virando a placa para aberto. — Onde quer ficar?

— Posso ficar no caixa? — o mais difícil, parece ser fácil, mas não é.

Deixar ele descobrir sozinho.

— Claro, eu faço os pedidos. — Kamila veio para o lado de trás do balcão pegar o tablet.

— Tadinho, mal sabe onde se meteu, e você nem avisou seu maldoso. — sussurrou para mim, saiu rindo.

Essa menina é terrível!

Não demorou e os clientes começaram a chegar, uns sobem outros ficam aqui, começou a chegar os pedidos e eu fiz todos muito rápido como sempre.

Fiquei esperando o momento que ele vai pedir ajuda, porque isso vai acontecer.

Passou meia hora, uma mulher estressada estava brigando com ele.

— Jimin. — viu? Fui até ele por não ter pedidos.

— Qual o problema? — perguntei mesmo já sabendo.

— Esse incompetente está demorando para fechar a minha conta. — já ouvi isso, bem no início.

— Irei resolver senhora. — fechei a conta dela, passei a troco. — Tenha um bom dia, volte sempre.

Ela saiu, trabalhar com pessoas é péssimo.

— Ela pode me chamar assim? — perguntou.

— Se ofendeu? — confirmou. — Não se ofenda, isso é o mais suave que pode ouvir.

— É mesmo, uma me chamou de inútil e acéfala. — Kamila falou. — Passa a maquininha.

— Aprenda relevar isso, isso não é nem metade do que pode acontecer aqui. — falei passando a maquininha para ela.

— Troca comigo? — não, é insistindo que consegue.

— Vai continuar aí, você só precisa ser mais rápido, e se ver alguém de terno falando no telefone me chama, eles são empresários e não tem um pingo de paciência em esperar. — eles querem o pedido em cinco minutos, com a conta para eles pagarem e sair.

Não tivemos mais problemas e ele conseguiu permanecer fazendo tudo certo. Tae não desceu uma vez sequer, só ficou lá em cima.

Subi antes de sair, assinei os papéis e já recebi o dinheiro, voltei eles estavam arrumando tudo.

— Precisam de ajuda? — perguntei.

— Não, pode ir encontrar seu macho. — Kamila falou.

— Tchau! — no armário deixei o boné, peguei minha mochila e saí, fui até o meu carro.

Esse negócio do Jungkook falar que não vamos fazer nada está me assustando, é óbvio que ele planejou algo, mas ainda não me preparou para isso.

O caminho para casa fui pensando nisso, tive que fazer uma parada para comprar algo e segui.

Não sei se lavo meu cabelo hoje, ou amanhã para o jantar, posso lavar hoje e amanhã.

Fui direto tomar banho quando cheguei, após fazer aquela limpeza, lavei meu cabelo mesmo. Ao sair escovei os dentes, passei o creme da noite no rosto, e hidrante de corpo.

Saí, peguei a roupa que já estava separada desde ontem. Calça jeans preta com rasgos nos joelhos, ela marca muito minha coxa e bunda, segunda vez usando ela.

Coloquei uma camiseta branca, a gola dela é bem larga, mostra minha clavícula.

Sentei na cama, calcei o ALL star preto. Perfumei a roupa, agora meu cabelo, só vou secar.

Fiquei ouvindo música no fone enquanto fazia isso, quando ele estava bem seco passei o óleo, estou pronto!

Coloquei o Mac na bolsa dele, com o carregador, celular no bolso da calça, peguei minha mala e saí do quarto após apagar a luz.

Oito e meia agora, não é longe ao apartamento do Jungkook, chegarei em quinze minutos ou menos. Em menos eu cheguei, o porteiro já me conhece então a cancela subiu, entrei no estacionamento.

Peguei minhas coisas após sair do carro, fui para o elevador, apertei o botão para subir, porque meu coração está acelerado? Eu vi ele ontem.

Fiquei respirando fundo e soltando o ar para acalmar o coração, estou sinceramente bem nervoso para ver ele.

Saí do elevador quando a porta abriu, apertei a campainha para o Jungkook vir me atender.

A porta abriu, ele ainda está de terno, chegou faz pouco tempo do hotel.

— Oi Koo... — ele me beijou, nem tive tempo de pensar.

Retribui beijando ele de volta, suas mãos estão no meu rosto com o polegar fazendo carícias na minha bochecha, esse foi o beijo mais carinhoso que já tivemos, não terminou com eu gemendo por ele ser muito safado.

— Agora sim, oi gatinho. — me deu um selinho. — Eu gosto da sua boca.

— Oi Kook, também gosto da sua. — já posso entrar? Quero sentar. — Vamos ficar aqui?

— Pode entrar anjo. — entrei, ele pegou minhas coisas, abaixei tirando o tênis. — Porra.

— Que foi? — perguntei sem olhar para cima, calcei a pantufa e levantei de novo.

— Tem como não ficar abaixando com a bunda para cima. — falou.

— Não foi de propósito seu pervertido. — falei contrariado.

— Biquinho lindo. — está viciado na minha boca, mais um selinho.

— Não fiz bico. — cada coisa. — Chegou quando do hotel?

— Oito e meia. — quando saí de casa. — Vou tomar banho, pode ficar aí ou subir.

— Eu fico. — sentei no sofá, ele subiu com as minhas coisas.

Meu celular começou a tocar, é a Beatriz.

— Já está na casa do Jungkook? — perguntou após eu atender.

— Sim, por quê? — questionei.

— Pode me fazer um favor? — confirmei. — Manda uma foto da gaveta de relógios dele, preciso saber qual ele não tem.

— Vai dar um relógio para ele. — ele pode ser colecionador tranquilamente. — Não quer pensar mais ele já tem bastante.

— Jimin, foi difícil decidir dar um relógio não me deixe mais confusa. — doida. — Vai, manda foto aí que eu já estou na loja.

— Tudo bem, só um minuto. — saí do sofá, subi as escadas entrei no corredor, segui para o quarto dele.

Abri a porta devagar, ouvi barulho do chuveiro, entrei e fui para o closet. Achei a gaveta de relógios, tirei uma foto e mandei.

— Mandei. — falei fechando a gaveta.

— Caralho, tem quase um milhão e meio em relógios. — eu disse. — Mas o que eu escolhi ele não tem, obrigada Deus! Já estava quase embrulhando você como presente para ele.

— Não vou ser presente para ninguém sua sem vergonha. — o fim da picada isso.

— Chato! Kamila pediu para você ver se ele tem um casaco da Burberry, vou falar o nome. — ela falou o nome em inglês, fui na parte de casacos procurando esse que ela falou.

— Não tem. — falei.

— Ela agradeceu, a Jasmin quer foto dos perfumes dele. — tirei e mandei. — Obrigada pela ajuda.

— De nada, quando pretendem... — Jungkook entrou no closet de roupão e cabelo molhado, manda a ambulância que estou passando mal.

— Jimin, pretendem o quê? — voltei a Terra.

— Espera. — saí do closet, e do quarto. — Dar o presente?

— Por que está sussurrando? — perguntou. — Jungkook está perto?

— Sim. — não mais, estou perto da escada.

— Não sei, ainda vamos ver isso, te avisamos quando for acontecer. — despedi dela e desliguei.

Desci a escada, sentei no sofá de novo, tirei a pantufa e deitei.

Em posição fetal para o lado das costas do sofá, olhando o Instagram, Tae está em alguma balada deve estar muito bêbado, fui passando os story, até um me fez voltar e olhar bem a cena

— Que idiota! — resmunguei, ele está em uma balada com o Seong-su.

Ele beijou o Seong-su..........................

Demorei, mas finalmente está aqui o carro do Jimin (eu esquecia de colocar, desculpe).

No capítulo que ele mudar para a casa, eu coloco a foto.

Beijo na testa 💋💋!!!!!!!!!!!!!!!