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012 - A cura hétero

TORTURA PSICOLÓGICA NÃO É entretenimento. Depois de muita insistência da parte de Shin Mina, me arrastaram para essa festa. Eu não queria vir, tenho muito a estudar, mas se não fosse por consideração a Kang Yeosang, eu teria inventado alguma doença para ficar em casa.

Um ponto importante a ser destacado é que os meus pais não fazem ideia de que eu estou aqui. Minha melhor amiga disse que iria dormir lá em casa com a desculpa de estudar para a prova, então os meus pais devem pensar que nós estamos trancadas no meu quarto agora, estudando. Meu pai vai ficar de plantão hoje, minha mãe está muito ocupada com um caso e não deve nem sentir minha falta, minha irmã também está ajudando a nos encobrir. Acredito que vai dar tudo certo.

— Vai ser divertido, Yuyu. — minha melhor amiga diz. — Relaxa um pouco.

Eu realmente espero que seja no mínimo divertido. Eu poderia estar em casa agora, mas estou possivelmente prejudicando minha nota estando aqui agora e não estudando. O que me deixa menos preocupada é que, pelo tanto de adolescentes que tem aqui, eu não vou ser a única a me dar mal.

— Essa foi a pior decisão da minha vida. — eu exagero, reclamando assim que adentro a casa.

— Kang Yumin, para de reclamar! — a morena me repreende.

Será mesmo divertido? Eu prefiro acreditar que sim.

Shin Mina e eu temos ideias diferentes de diversão e tempo de qualidade. Nós somos completos opostos em vários aspectos. Talvez o meu pai estivesse mesmo com razão quando disse que os opostos se atraem.

Nesta festa, adolescentes e seus hormônios estão espalhados por toda parte. Não é tão tarde e a casa já se enche com os convidados. Kang Yeosang, apesar de reservado, é bastante popular e a sua irmã gêmea, Kang Hyewon, não fica atrás. Toda a família Kang é bem influente e, por Deus, como são lindos.

Eu me sinto um tanto deslocada, mesmo com rostos conhecidos ao redor, é como estar cercada de completos estranhos. Seja como for, agora não posso mais dar para trás, já estamos todos aqui, eu não serei egoísta ao ponto de simplesmente decidir ir embora e estragar a noite de todo mundo, porque sei que eles também não ficariam, então trato de me acalmar. Vou ter de aguentar essa noite e, provavelmente, nunca mais repetí-la.

Quando no meio da multidão, um dos aniversariantes surge, me sinto mais aliviada, confesso. Ele está um pouco diferente hoje, seu cabelo parece mais claro e suas roupas também são diferentes do habitual, geralmente Kang tem um estilo mais old money, mas hoje usa um jeans escuro e jaqueta de couro, assumindo uma aura mais retrô e descolada. Sem dúvidas, Kang Yeosang está incrível.

       Assim que nos vê, ele vem até o nosso grupo de cinco. Felix e seus amigos, Hyunjin e Jeongin, vieram conosco também. Este último que eu descobri ser amigo próximo do aniversariante, o que me surpreendeu um pouco, já que não encontrei essa informação quando eu, possivelmente, tenha dado uma de stalker. Mas como o namorado do Yang disse: "Jeongin conhece metade da Coreia, estranho seria se eles já não se conhecessem".

       — Yumin, você veio! — o aniversariante me cumprimenta sorridente. — Eu não estava colocando muita fé nisso.

       — Eles me apagaram e quando eu vi já estava aqui. — eu brinco, ele ri. — Aqui, seu presente. — o entrego a caixinha embalada em papel prata com um grande laço aqui.

       — Obrigada por terem vindo. — ele agradece ao grupo. — Jeongin, Seungmin estava procurando por você, depois dá uma passada no quintal. — ele avisa ao amigo. — Você também veio... — ele encara Felix, o primeiro encontro deles não foi dos melhores, mas Kang deixa para lá. — Mina, que bom te ver, já faz um tempo.

       — É bom te reencontrar, você não mudou nada. — ela diz. — Mas e a sua irmã, hein? Eu lembro que ela era a mais bonita de todo o colégio. Ela ainda continua solteira?

       — Sim, ela continua solteira. — ele diz, para a alegria da morena. — E hétero. — acrescenta.

       — Lamentável. — Mina suspira.

       — Vocês estão dando a maior festa do ano, eu nunca vi tanta gente junta. — Hyunjin comenta para o amigo do namorado. — A família Kang está toda reunida hoje? — ele pergunta. — Eu queria perguntar uma coisa para o Yuchan Hyung.

       — Ele está aqui, mas somos apenas os meus irmãos e eu, os meus pais estão viajando, o que eu agradeço pela primeira vez na vida. — ele diz, há uma alegria no seu olhar que eu pareço ser a única a perceber não ser genuína, mas resolvo não falar sobre isso. É uma festa, não quero pesar o clima. — Eu preciso cumprimentar mais alguns convidados agora, sintam-se em casa, encontro com vocês daqui a pouco. Bebidas no quintal, ou na cozinha. — ele se despede de nós.

Todos concordamos em ir para a área externa, então seguimos juntos. Nos sentamos em uma das mesinhas perto da piscina, próximos ao jardim.

Na parte externa da casa, a grande maioria dos convidados está apenas relaxando enquanto desfrutam dos seus drinks sem álcool. É um lugar um pouco mais calmo e reservado, para mim é reconfortante. Minha cabeça está cheia de mais ultimamente, tenho me estressado com facilidade, uma hora dessas vou acabar surtando. Mas não nesta noite. Hoje eu irei deixar tudo de lado e aproveitar a boa companhia. Sem preocupações, apenas eu, meu coquetel de frutas vermelhas e os amigos fofoqueiros aqui presentes.

— Fala logo, eu sei que você quer. — eu digo, enquanto assisto a morena se corroendo internamente ao olhar um casal conhecido se beijando em um canto mais afastado. Não falar nada sobre a cena era como tortura para ela, uma grande "comentarista".

— Olha só ali a Hyora e o Hyungmin. — Mina os olha de canto de olho, como se os apontasse sem os dedos, apenas com o olhar.

— O que tem eles? — pergunto, notando que o casal agora não está mais aos pegas e sim andando de mãos dadas, passando pela porta dos fundos.

— Não sei como os dois conseguem passar por ali, com os chifres daquele tamanho. — Hyunjin complementa, fazendo minha amiga agradecer por não ser a única pensando o mesmo.

— Mas é como Kai e Soobin disseram uma vez: "Tem chifres crescendo na minha cabeça, mas eu os amo. Eles são a minha coroa". — Shin cita alguns amigos que descobriram ter em comum. — Mas e você, Yuyu?

— Eu o quê? — pergunto, confusa. — Eu não tenho chifres não, a não ser que você esteja me traindo.

— Nunca! — ela coloca a mão sob o peito, prometendo fidelidade. — A menos que a sua irmã finalmente perceba que fomos feitas uma para a outra. — e então facilmente sou trocada por Yuna. — Mas eu estava perguntando o que você acha, você está muito calada hoje.

— Mina, a gente acabou de chegar, eu mal precisei trocar duas palavras. — deixo claro que ela está se preocupando atoa. — Não acho nada, não conheço. E sobre a minha irmã, supera!

— Impossível. — ela lamenta dando um gole na sua bebida. — Mas por falar em irmãs, aquela ali é a sua, Hyunjin? — Mina aponta a garota de fios azulados não tão distante. — Ela ainda está com o Yeonjun?

— Yeji? Não, tá maluca? Eles terminaram faz bastante tempo. — ele responde, devolvendo a animação da minha amiga. — Mas é melhor você nem chegar perto, Hwang Yeji é uma falsa, espero que ela finja que não me viu e vá atrás daquela amiguinha fura olho dela. — ele diz, irritado com a garota de cabelos azuis.

— Hyunjin, aquela é a sua irmã. — Felix repreende o amigo. — Para de ser fofoqueiro.

— Eu falei alguma mentira? — ele procura se defender. — E eu não sou fofoqueiro! Eu não procuro fofoca, a fofoca que vem até mim, eu só comento. — é o seu argumento.

       — Tá, mas que história é essa de amiga fura olho mesmo? — pergunto, curiosa.

       — Ah, é que Yeji está namorando um garoto bem nojentinho, eu não faço nem questão de lembrar o nome dele. — Hwang dá um rolar de olhos. — E ela também tem essa nova "melhor amiga"... — ele aspeia com os dedos. — Ela vive dando em cima do namorado da minha irmã, enquanto ela finge não perceber. O cara também não ajuda muito, eu não sei quem é o pior dos três.

       — Você já contou para ela? — Felix pergunta.

       — Sim, isso não é a primeira vez que acontece. — lamenta o Hwang. — Da última vez, foi com a antiga melhor amiga dela. A garota avisou minha irmã, disse que ele ficava insistindo em ficar com ela, ou algo assim, ela até provou mostrando algumas conversas dos dois, mas vocês sabem o que a Yeji fez?

       — O que? — nós interrogamos juntos, entretidos com a notícia.

       — Ela parou de falar com a melhor amiga e comigo, porque eu a chamei de trouxa, sendo que eu tenho total razão. Mas ainda assim continua com o namorado babaca dela.

— Poxa, complicado. — diz Mina. — Você sabe se ela gosta de garotas também?

— Eu sei que ela gosta muito é de ser feita de trouxa! — Hyunjin exclama, irritado. — Mas respondendo a sua pergunta, ela nunca me deu sinais, só dor de cabeça.

— Talvez eu deva conversar com ela. — a morena sugere. — Posso dar alguns conselhos sobre o assunto, geralmente as pessoas me ouvem.

— Mina, vocês duas nem se conhecem. — eu lembro deste pequeno detalhe. — Não acho que ela vá escutar o conselho de alguém que acabou de conhecer, ela não ouviu nem o próprio irmão.

— Essa seria uma boa oportunidade para nos conhecermos. — ela se levanta, pronta para ir até a Hwang, sem se importar com o que pensamos. — Eu vou lá, ela vai me ouvir. Não estou falando que vai ser hoje, mas em questão de duas semanas vocês estarão me chamando de "A cura hétero".

— Tá bom, então. — eu não tenho como impedi-la. — Boa sorte!

Mina se distancia de nós rapidamente, em questão de segundos já não conseguimos mais a ver na multidão. As vezes eu gostaria de ter a segurança e sociabilidade que essa garota tem.

Minha melhor amiga não perde tempo. Gosto que ela é decidida, sabe o que quer e vai atrás. Ela não tem medo de levar um não ou de se machucar, Shin sempre diz que isso faz parte e que está tudo bem, porque o que importa é ser verdadeira com os seus sentimentos. Ela não perde uma oportunidade, nunca perdeu. Certa ela.

— O pior é que algo me diz que ela vai conseguir. — digo. Pensando mais sobre o assunto, nunca conheci Mina derrotada em algo que se propôs a fazer. — Aposto que ela consegue fazer Hwang Yeji abrir os olhos até o próximo fim de semana.

— Aposta quanto? — Hyunjin questiona. — Porque você vai perder. Ela não vai conseguir, eu conheço a minha irmã, infelizmente.

— Eu coloco 25 mil wons na aposta da Yumin, e digo mais, Yeji ainda vai terminar com o cara. — Felix concorda comigo e ainda coloca dinheiro em jogo.

— Fechado. — Hwang diz. — Eu nunca ganhei um dinheiro tão fácil.

— Vocês vão mesmo apostar? — Jeongin pergunta, duvidoso. — Ai, fala sério. — ele nos olha com desaprovação, sem crer que estamos mesmo fazendo isso. — Isso é tão infantil. Quando as duas ficarem putas com vocês, não me coloquem no meio disso.

— É só uma brincadeira entre amigos, não faz mal. — o namorado tenta acalmar o Yang. — Não acho que Mina se sentiria ofendida e eu não estou nem aí para como Yeji se sentiria. Além disso, não vamos contar para nenhuma das duas, não vamos interferir.

— 'Tô nem aí, não vou participar dessa palhaçada. — ele diz, firme.

       Yang continua por um bom tempo insistindo que devemos cancelar isso antes que dê problema, mesmo que nenhum de nós veja tanto problema assim. Não apostamos que Mina conseguirá ficar com Yeji, apostamos que a Shin conseguirá fazer Hwang perceber o problema da sua relação e se desfazer dela.

       Depois de prometermos que a aposta está cancelada, finalmente podemos pular para outros tópicos. O tempo vai passando tranquilamente, está tudo muito tranquilo e amigável, até que o rumo da conversa sobre chicletes chegou onde eu não esperava de maneira alguma, em Felix e eu.

       — Aqui vai a pergunta de um milhão de dólares: Vocês dois estão namorando ou não? — foi Yang Jeongin quem fez a pergunta que me fez engasgar.

       — Nós não estamos namorando. — Felix responde, quase de imediato.

Eu não digo nada, tampouco os outros. Como eu já esperava, a resposta logo após a interrogativa fez com que tudo fique silencioso. Os verdadeiros namorados na mesa trocam alguns olhares, de repreensão, dúvida e outro apenas implorando por ajuda.

Lee está certo, nós dois não namoramos, nem mesmo chegamos a ter um encontro, então por que isso me fez sentir tão esquisita?

Nós não estamos juntos, então se algum de nós quisesse ficar com outra pessoa esta noite, não teria problema, certo? Mas por que eu não consigo mais me imaginar com outra pessoa? E por que pensar em Yongbok com alguém que não seja eu me faz sentir tão irritada?

— Voltei. — diz a morena, voltando a sentar-se no seu antigo lugar. Eu agradeço. Como o esperado do seu sobrenome, Shin (Deus em coreano), minha salvadora, minha deusa, Shin Mina, retorna para me salvar.

— E como foi? — pergunto, prosseguindo com o assunto novo para que o anterior nunca retorne.

— "Hello, is this bad bitch number?" — ela cantarola, exibindo o número de telefone de Hwang Yeji no seu celular.

— Meu Deus, eu vou perder. — Hyunjin faz drama, agarrado ao braço do namorado.

— Perder o quê? — questiona a garota confusa.

— Explica agora, gênio. — Yang zomba do namorado. — Os três trapalhões iam apostar que você conseguia fazer a Yeji terminar o namoro. — ele diz.

— Não é bem assim. — Hwang tenta se defender. — Eles apostaram que você conseguia fazer ela abrir o olho. — ele aponta para Felix e eu. — Eu disse que não conseguia.

— Vocês são muito idiotas.

— Eu disse. — Yang dá de ombros, como um sinal de "eu te avisei". — Mas relaxa, eu fiz eles esquecerem essa babaquice.

— É melhor isso nunca chegar aos ouvidos da Yeji, eu não quero causar a impressão errada. — Shin adverte. — Mas, sobre o que vocês conversavam antes disso?

— Eu vou pegar um pouco mais de bebida. — anuncio, de pé. Trato de fugir daqui antes que aquele tópico volte a ser discutido.

       Aquela frase foi tão inesperada. "Vocês estão namorando?". Nós não estamos, eu nem espero que iremos algum dia.

       Quando vi Felix pela primeira vez, eu senti que tinha química, mas vai mais além disso? Honestamente, ele nunca me pareceu o tipo de pessoa que quer algo sério, e, quanto mais o conheço, menos este pensamento muda. Lee é um espírito livre. Para ele, namorar é se prender a alguém, porque é essa a visão que ele tem do amor: de prisão. Eu quero ter alguém ao meu lado, quero algo sério e duradouro, encontrar a outra metade de mim e poder viver uma infinidade de felicidade. Ele não, por isso sua resposta veio tão rápida.

       Toda essa situação conosco só aumenta o meu caos interno. Eu estou, eu sou, uma verdadeira bagunça. Os meus pensamentos e paranóias se misturam aos sentimentos confusos e minhas incertezas mais profundas.

       Durante a minha vida inteira eu tive dúvidas, sobre tudo o que me cerca. Agora não é diferente. Eu estou certa sobre o que sinto, mas se tudo isso vai ser passageiro, por que ainda estou aqui perdendo tempo? Será que ele sente alguma coisa por mim? O que eu devo fazer a respeito?

       Fico tão concentrada nesses pensamentos, na minha própria desordem, que acabo trombando com alguém, esbarrando nas costas alheias.

       — Yumin? — por sorte, é Yeosang.

       Levanto a cabeça para observar melhor o castanho, ele exibe um olhar preocupado, eu provavelmente devo estar parecendo uma louca agora, completamente atordoada.

— Está tudo bem? — Kang questiona, prestativo. — Você precisa de algo?

— Não, eu só vim pegar mais um copo de coquetel. — digo, parando então para procurar o barzinho. — E só agora percebi que eu deveria ter ido na outra direção. — constato.

— Você está bem? — ele pergunta outra vez, para se certificar. Mesmo rindo um pouco da minha confusão, o aniversariante parece interessado em saber mais sobre o meu estado mental.

— Sim. — respondo falsamente. — Ah, mudando de assunto, eu terminei de reler "Diário de uma paixão" algum tempo atrás, mas acho que nunca cheguei a te agradecer pessoalmente, então obrigada. — agradeço com um pequeno sorriso.

— É bom saber que você gostou, mesmo que não esteja o lendo pela primeira vez. — ele retribui ao meu sorriso. — Por falar em livros, acho que encontrei outro que você possa gostar, enquanto o lia pensei em você. É um livro sobre almas gêmeas, eu só não consigo me lembrar o título dele agora, mas quando lembrar eu te digo.

— Sobre almas gêmeas? — questiono, achando interessante saber que ele entende os meus gostos.

— Sim, a história é sobre um universo em que as pessoas não conseguem enxergar as cores, até que encontrem a sua alma gêmea. — ele diz. — Mas tem essa garota que viu as cores quando era criança, na festa de ano-novo da cidade, enquanto faziam a contagem regressiva. Como ela era pequena e tinha muita gente, ela nunca soube realmente quem era a alma gêmea dela.

— Nossa, parece interessante. — eu opino. — Como você acha que seria se as coisas funcionassem como esta ficção? Como seria o mundo sem cor, até que encontrássemos nossas almas gêmeas?

— Você quer saber a minha opinião honesta? — ele questiona, eu confirmo positivamente com a cabeça. — Acho que seria horrível. Mas a trama do livro é bem interessante.

— Horrível...? — pergunto, não entendendo muito bem o que ele quer dizer.

— Sim, horrível. — ele repete. — Na minha visão, isso seria o mesmo que dizer que a nossa vida e o sentido da nossa existência só seria real com uma visão colorida. Sabe, as pessoas não iriam querer estar com outras pessoas que não despertasse o "colorido" em suas vidas, nem isso quer dizer que seria um relacionamento que daria certo, porque uma alma gêmea nem sempre precisa estar ligada ao sentido romântico. Precisar de alguém para ver a cor na vida é estar dependente e o amor não deveria ser sobre isso.

— Pensando assim, você tem razão. Nem todo mundo tem a chance de encontrar a sua alma gêmea, viver no cinza a vida inteira seria triste também.

— É por isso que devemos ser o nosso próprio colorido. — ele pontua, sabiamente. — Se um dia você encontrar a sua alma gêmea, eu ficarei feliz por você, mas caso não ocorra, saiba que está tudo bem. Você não depende disso para ser feliz, você por si só já se basta. Você é completa, Yumin. Não procure por alguém que te complete, mas que te faça transbordar.

— Deveria ser proibido você dizer coisas assim. — eu falo, com as bochechas coradas. — Obrigada pelo bom papo, Yeosang. Você é um ser de luz, merece todas as coisas boas, alguém incrível ao seu lado.

— Eu já encontrei alguém incrível, ela apenas não era a pessoa certa para mim. — ele suspira, tranquilo.

Yeosang e eu nunca chegamos a conversar abertamente sobre a nossa situação, mas depois de um tempo a coisa foi esfriando e ficou bem claro que nós não podemos ser mais que bons amigos. Eu entendi isso, ele entendeu, está tudo bem conosco.

— Você encontrará alguém bem melhor que eu, acredite.

— Não diga isso, você é a melhor garota que já conheci. Eu espero ter a chance de encontrar alguém que seja pelo menos a metade do que você é. — ele fala, da forma mais gentil e carinhosa possível. — Olha, eu adoraria ficar e conversar um pouco mais, porém eu tenho que buscar algumas coisas que o Yuchan hyung me pediu, mas te vejo depois?

— Claro. Desculpe por tomar seu tempo.

— Eu tenho todo o tempo do mundo para ouvir você. — ele diz, mas o grito do seu irmão mais velho ao fundo sugere o contrário. — Ou talvez não. — ele comenta, risonho. — É melhor eu ir, te vejo depois.

Quando Yeosang me deixa sozinha, resolvo voltar para a mesa em que estava antes, já faz um tempo que me afastei dizendo que iria atrás de bebida. Eu segui o caminho errado, todos os outros viram e sequer foram atrás de mim. Que belos amigos os que arrumei.

Todos continuam no mesmo lugar, conversando e gargalhando alto, parece que já se conhecem fazem anos, mesmo que não seja bem assim. Conversar com eles é divertido, finalmente encontrei mais pessoas com quem consigo falar a vontade. Junto-me a eles novamente, presto atenção no que dizem.

       Mesmo rindo bastante, sinto algo me incomodando, como uma energia. Quando desvio o olhar da conversa até Felix, o encontro já me encarando. Será que estava assim faz tempo? Sua expressão é difícil de decifrar, ele parece pensativo, mas também incomodado, até mesmo distante. Por algum motivo o seu olhar me deixava nervosa, de um jeito ruim.

       — Yumin, a gente pode conversar? — ele sussurra pertinho do meu ouvido, para que apenas eu consiga ouvir.

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