ღ 𝐒𝐋𝐀𝐒𝐇
☇ Sᥣᥲ᥉h — Gᥙᥒ᥉ N' R᥆᥉ᥱ᥉.
☇ 1988.
☇ 100% ᥆rιgιᥒᥲᥣ.
☇ 𝗡𝗦𝗙𝗪.
☇ Gᥲtιᥣh᥆᥉: ρᥲᥣᥲ᥎rᥲ᥉ dᥱ bᥲι᥊᥆ ᥴᥲᥣᥲ̃᥆, ᥙ᥉᥆ dᥱ dr᥆gᥲ᥉ ᥣίᥴιtᥲ᥉ ᥱ ιᥣίᥴιtᥲ᥉, ᥎ι᥆ᥣᥱ̂ᥒᥴιᥲ, ᥲ᥉᥉ᥱ́dι᥆, ᥱᥒᥱ꧑ιᥱ᥉ t᥆ ᥣ᥆᥎ᥱr᥉, ᥉ᥱ᥊᥆ ᥱ᥊ρᥣίᥴιt᥆.
☇ 𝗠𝗶𝗻𝗵𝗮 𝗶𝗻𝘀𝗽𝗶𝗿𝗮𝗰̧𝗮̃𝗼 𝗽𝗮𝗿𝗮 𝗲𝘀𝗰𝗿𝗲𝘃𝗲𝗿: 𝗛𝗼𝘂𝘀𝗲 𝗢𝗳 𝗧𝗵𝗲 𝗥𝗶𝘀𝗶𝗻𝗴 𝗦𝘂𝗻 — 𝗧𝗵𝗲 𝗪𝗵𝗶𝘁𝗲 𝗕𝘂𝗳𝗳𝗮𝗹𝗼.
❝ 𝐇𝐚́ 𝐮𝐦𝐚 𝐜𝐚𝐬𝐚 𝐧𝐚 𝐜𝐢𝐝𝐚𝐝𝐞 𝐝𝐞 𝐂𝐡𝐚𝐫𝐦𝐢𝐧𝐠
𝐄𝐥𝐞𝐬 𝐚 𝐜𝐡𝐚𝐦𝐚𝐦 𝐝𝐚 𝐜𝐚𝐬𝐚 𝐝𝐨 𝐒𝐨𝐥 𝐍𝐚𝐬𝐜𝐞𝐧𝐭𝐞
𝐄 𝐭𝐞𝐦 𝐬𝐢𝐝𝐨 𝐚 𝐫𝐮𝐢́𝐧𝐚 𝐝𝐞 𝐦𝐮𝐢𝐭𝐚𝐬 𝐩𝐨𝐛𝐫𝐞𝐬 𝐠𝐚𝐫𝐨𝐭𝐚𝐬
𝐄 𝐞𝐮, 𝐎́ 𝐃𝐞𝐮𝐬, 𝐞𝐮 𝐬𝐨𝐮 𝐮𝐦𝐚 ❞
ꕥ 𝐄 𝐒𝐄 𝐄𝐔 𝐄𝐒𝐓𝐈𝐕𝐄𝐒𝐒𝐄 𝐂𝐎𝐌 𝐂𝐈𝐔́𝐌𝐄𝐒? ꕥ
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𝐌𝐎𝐑𝐀𝐑 𝐍𝐔𝐌𝐀 𝐂𝐈𝐃𝐀𝐃𝐄 𝐃𝐎 𝐈𝐍𝐓𝐄𝐑𝐈𝐎𝐑 pode ser muito bom para uns, e muito ruins para outros, tudo estava dependendo da perspectiva vinda da individualidade social. Era difícil dizer em qual dessas partes você se encaixava, porque não conseguia nunca formular uma base concreta sobre aquele lugar pacato. Morava na cidade de Charming à sete anos, ou seja, desde que tinha 11 anos estava presente da cidade do sol nascente.
Aos 18 anos de idade, estava terminando o ensino médio e estava louca para dar no pé e fugir daquela cidade. Sonhava em um lugar mais movimentado e com mais oportunidades de vida, como Nova York por exemplo.
Ficou presa em devaneios enquanto saía da escola, abraçando contra seu peito dois livros que teve preguiça de guardar em sua mochila. Quando ao descer a pequena escadaria e pisar na calçada, uma moto estacionou ao seu lado. O motorista tirou o capacete, revelando aquele rosto sensual, com lábios carnudos, nariz com piercing prateado, olhos castanhos e penetrantes juntamente à um cabelo cacheado angelical.
Estava usando uma blusa do Metallica, jaqueta de couro por cima com alguns patches, calça jeans com alguns detalhes de couro e botas militares — ou algo muito parecido. Nos dedos tinham diversos anéis, e ao redor do pescoço tinha uma correntinha de prata com um pingente de cobra. Ele tinha cheiro de cigarro e algum perfume masculino marcante, que juntos se tornaram uma fragrância única.
— S/N... — ele disse, te olhando com um sorriso cafajeste.
— Slash... — você revirou os olhos ao ouvir a voz dele, com uma expressão de nojo estampada em sua face.
— Ora, que isso... temos bastante intimidade, você pode me chamar de Saul — ele dizia, soltando as mãos da moto, apenas abaixando o suporte e trazendo as mãos para perto do peito, cruzando os braços.
— Por que você não para de me encher o saco? — você questionou, afim de ir para casa o mais rápido que pudesse.
Ele começou a rir. Uma risada boa de ser ouvida, só que você não iria admitir aquilo nem que sambassem por cima do seu cadáver.
— Porquê você sabe que eu te adoro — ele dizia, num tom de voz suave enquanto te olhava de cima a baixo.
— Pois eu não te adoro.
— Tá tudo bem, você tem o livre arbítrio de não gostar de mim, da mesma forma que eu tenho o livre arbítrio de gostar de você.
Slash — ou Saul — era insuportável. Aquele garoto parecia não se mancar ou ter o mínimo de senso em te deixar em paz. Parecia que gostava de ficar implicando contigo por pura diversão ou somente um hobby. Um hobby bem chato, inclusive.
— Garoto, eu vou para casa porque eu tenho mais o que fazer, diferente de você.
No momento em que ia virar para ir embora, o cacheado segurou seu braço suavemente, fazendo com que você olhasse para trás.
— Quer ir no festival das primaveras comigo? — ele questionou calmamente.
Você ficou incrédula por breves instantes. Será mesmo que aquele garoto era capaz de entender que você não queria nada?
— Me dê três bons motivos para aceitar — você questionou, completamente incrédula.
— Bom... eu sou muito bonito, é uma coisa muito legal pra se fazer amanhã, e posso comprar coisas para você — ele dizia tudo aquilo com um sorriso idiota no rosto, totalmente capaz de formular boas teses. Um total gênio da malandragem.
— Vai gastar comigo? — você estava chocada. Ele só poderia estar brincando.
— Claro que sim. Vão ter feirinhas com várias coisas, eu vou comprar coisas para você!
— Não sei não, hein...
— Por favorzinho... vai... — ele te pediu, olhando com os olhos praticamente brilhando, como um cachorrinho.
— Tá bom, eu vou, você venceu.
— Não vem com essa de "você venceu" porque eu tenho certeza que uma parte de você quer ir comigo, sim!
— Se continuar eu vou desistir.
— Opa, não está mais aqui quem falou! — ele sorriu, colocando o capacete e ligando a moto — Passo na sua casa amanhã às 18:00 horas.
— Mas você nem sabe o endereço!
— Charming é uma cidade pequena, eu descubro! — ele disse, já acelerando e partindo, virando a esquina mais próxima.
Você riu de maneira descontraída enquanto fazia um sinal de negação com a cabeça. Estava totalmente pasma com o que havia acabado de acontecer, já que, afinal de contas não é todo dia que uma situação como essa, ou no mínimo parecida, acontece. Então decidiu seguir para casa, à passos tranquilos.
Sua casa não ficava tão distante assim da escola, conseguia ir e voltar andando em pouquíssimos minutos, passando pelo centro, até chegar lá. Enquanto caminhava pôde observar a cidade, era uma cidade pequena mas era de fato charmosa. Passando pelas calçadas do centro, viu como os arbustos estavam floridos e a cidade estava começando a ser enfeitada para o grande festival de amanhã.
A primavera era uma estação praticamente mágica, nenhuma outras tinham suas cores vivas e vibrantes, junto com sua energia de felicidade incondicional, que lhe traziam visões de sorrisos, doces, flores e felicidade. Talvez não fosse tão ruim assim morar em Charming.
Você e Saul haviam se conhecido por conta de alguns amigos que tinham em comum. E, ele também fazia parte de um Motoclube da parte do interior do país, era até que bem grande e bem prestigiado. O senso de humor dele às vezes te irritada, e o cheiro de cigarros e uísque podiam te deixar enjoada à dois anos atrás, porque agora estava se tornando bem comum para falar a verdade.
Slash havia te irritado nas primeiras vezes em que tiveram contato, mas o tempo estava passando e todos merecem uma segunda chance, então por que não?
Sua mãe estava fora, porque com certeza estaria na casa do namorado. Havia se separado de seu pai à uns bons anos, e agora estava verdadeiramente feliz com esse novo namorado, que inclusive te tratava super bem e vocês tinham vários gostos em comum. Nada melhor do que apoiar o relacionamento, não é mesmo?
Na hora de se arrumar para o festival, optou por um vestido branco que ficava soltinho em seu corpo, era curto e tinham várias florzinhas rosas desenhadas no tecido. O vestido amarrava nas costas e na parte atrás do pescoço, bem na nuca como se fosse um biquíni. Optou por calçar seu tênis all star branco que combinaria perfeitamente e pegou uma bolsa pequena que desse para guardar seu gloss e um elástico caso quisesse prender o cabelo.
Em seu pulso estava usando uma pulseira de pérolas delicadamente e seus cabelos estavam perfumados e macios, da mesma forma que estava sua pele. Você desceu às escadas, olhando o relógio que ficava na parede da sala que marcavam 17:59 horas e pensou consigo mesma que Saul não iria encontrar sua casa.
Só que de repente ouviu o ronco do motor... de uma moto muito familiar...
"Impossível!" — você pensou, abrindo a porta e indo para fora, vendo Slash lá.
Ele estava parado, com as mãos na moto. Usava uma blusa do Rolling Stones, a mesma jaqueta de couro de antes, calça jeans preta e tênis all star pretos. Os cachinhos estavam completamente definidos e ele estava cheiroso, seu perfume adentrava suas narinas de longe.
— Como que você... — seus lábios se abriram e sua mente tentava formular um argumento, mas suas cordas vocais falharam ao tentar finalizar uma frase que tinha chance de terminar sem sentido.
— Eu te disse que iria dar meu jeito — ele sorriu. — Está bonita.
— Obrigada... você também está bonito.
— Você está me elogiando? Acho melhor levar um guarda-chuva porque tem chances de chover — ele riu, fazendo você rir de maneira nasal.
— Idiota você, hein.
Imediatamente você trancou a porta de casa e guardou a chave em sua bolsinha. O cacheado te entregou um capacete extra que ele estava carregando na mão. Você o colocou e se sentou na garupa.
Inacreditavelmente você estava na garupa do Slash. Se alguém tivesse te dito que estaria ali agora, ontem até às 16:00 horas você não acreditaria porque nem mesmo você estava acreditando em si mesma. Estava na garupa do garoto que menos simpatizava na cidade inteira e, pior, estava indo ao grande festival de primavera da cidade com ele. Aquele era o fim.
Não abraçou a cintura dele, preferiu segurar no próprio banco da moto enquanto observava a cidade. Já estava escuro, na verdade, o sol estava terminando de se pôr. O céu estava num misto de roxo com azul escuro com um tom de laranja no final. Várias luzinhas coloridas iluminavam a cidade e faziam seu caminho para o grande festival.
Chegaram numa parte em que Slash pôde estacionar a moto dele junto com outros caras do Motoclube. Todos estavam acompanhados de suas namoradas, ou então amigas, de qualquer forma você deveria se sentir desconfortável pois haviam chances de ser confundida, poderiam achar que você namorava o cacheado. Entretanto, não estava nem um pouco preocupada com isso, só queria mesmo era se divertir.
— Opa! E aí, Axl! — o cacheado cumprimentou o ruivo, que estava acompanhado de uma garota.
O ruivo tinha cabelos lisos e estavam com uma bandana vermelha que combinava bastante com sua pele.
— E aí, Slash! — eles deram um abraço com tapinhas nas costas.
— Essa aqui é a S/N! — ele te apresentou.
— Oi, S/N! — o ruivo lhe deu um abraço rápido. — Pensei que você e Saul não se suportassem.
Axl Rose não tinha papas na língua, então era capaz de falar até as mais duras verdades para qualquer um, ou tratá-las como um simples assunto, sem qualquer problema.
— A gente não se suporta mesmo — você disse calmamente, fazendo todos rirem.
Começaram a andar mais pelas ruas, prestando atenção em como tudo estava caracterizado de maneira harmoniosa e pessoas trabalhavam com um sorriso no rosto. Crianças estavam acompanhadas de seus pais, indo para lá e para cá, todos estavam se divertindo naquela noite.
Passando entre as barraquinhas, você decidiu pedir algo para Slash, afim de ver se ele iria realmente comprar.
— Quero cupcake! — você disse de forma fofinha. Ou o mais fofo sem soar ridículo que conseguia.
— Qual sabor, senhorita?
Você disse à ele o sabor que queria, e ele pediu licença por breves instantes, procurando uma barraquinha para comprar o que você queria. Continuou conversando com Axl e a garota que estava com ele, até o guitarrista de cabelos cacheados retornar. Incrivelmente ele não havia só trazido um cupcake perfeito, do jeito que você havia pedido, como também trouxe um outro cupcake, de chocolate com chantilly e uma cereja no topo.
Estavam fresquinhos dentro de embalagens quadradas de plástico com um enfeite de flor encima.
— Trouxe o que você pediu e trouxe esse outro aqui também — ele disse, lhe entregando ambos.
— Inacreditável... — você pensou alto, mas disse aquilo num tom baixo.
— O que?
— Nada, só disse obrigada! — você sorriu e pegou um deles, começando a comer.
Enquanto caminhavam, deu também uma mordida de cada um ao cacheado que agradeceu e te acompanhava para lá e para cá. Pode-se dizer que aquela noite foi divertida, e Slash comprou várias coisas para você, carregando sacolinhas de papel pardo com enfeites de flores para lá e para cá. Isso sem contar que ele também jogou um jogo de tiro ao alvo com uma pistola de água em uma das barraquinhas, acertando e ganhando o prêmio para você.
Com um sorriso no rosto — feito uma criança —, você abraçou o dragãozinho verde de pelúcia que ganhou e o abraçou também, agradecendo. Provavelmente, depois dessa noite você se daria bem melhor com o cacheado, talvez não 100% mas com certeza uma boa porcentagem comparada à anterior.
Depois de passearem entre diversas barracas e Slash te comprar muitas coisas, você conheceu mais amigos do cacheado — amigos do Motoclube. Esses eram Duff, Izzy e Steven. Que estavam devidamente acompanhados de suas namoradas ou algo bem próximo.
Havia um espaço do festival que era como um camping. Um vasto gramado verdinho como um lápis de cor vibrante, com várias mesas e bancos de madeira. Lá os caras se reuniram para conversar, e você ficou bem ao lado de Slash enquanto ele fumava e bebia, você não sentia mais enjôo do cheiro de cigarro. A mesa estava cheia de bebidas e cinzeiro, também tinham doces que os meninos ou as meninas comiam esporadicamente. No local tocavam boas músicas, como por exemplo, agora tocava Rebel Rebel do David Bowie.
— Não pensei que o Slash fosse trazer a S/N — Izzy disse, dando um gole de sua cerveja.
— Verdade. Todo mundo aqui de Charming sabe que vocês não se suportam — Axl complementou.
— A gente não se suporta uma vírgula. Essa chatinha aqui que não gosta de mim — Slash não se calou, deixando sua opinião bem clara.
— Juro que gosto mais de você agora só que eu gostava até ontem — você riu, olhando para ele.
Começou a tocar Johnny B. Goode de Chuck Berry. Imediatamente, Duff apagou o cigarro no cinzeiro e disse:
— Caralho, eu amo essa música!
— Eu também! — você disse em seguida.
— Dança comigo? — ele questionou, estendendo a mão.
— Claro! — você pegou a mão do loiro mais alto e ele te conduziu até uma parte do gramado onde haviam várias outras pessoas dançando diversas músicas que tocavam durante o festival.
Acabou que os meninos foram dançar também, só que a menina que estava com Duff dançou com Slash. Aparentemente eles não sentiam ciúmes um do outro, porque nem mesmo era necessário já que ele havia apenas te chamado para dançar, não era nada demais.
Estavam rindo e se divertindo. Você amava a forma como McKagan parecia mais uma criança numa loja de brinquedos, conduzindo seu corpo para lá e para cá, te rodopiando e te segurando enquanto os dois riam e cantavam juntos. E, acredite, sabiam aquela música como se vocês já tivessem nascido com ela na mente.
O cacheado olhava de forma estranha. Não ficando muito satisfeito que você estivesse dançando com o amigo mais alto, entretanto, nada disse e fez questão de tentar esconder ao máximo. Só que você não era uma lesada, e foi plenamente capaz de enxergar os ciúmes estampados na testa dele.
Depois da música acabar, Slash foi tratar alguns assuntos particulares com os meninos do Motoclube em particular, sem meninas nem nada, apenas eles num canto. Você ficou com as meninas por breves segundos mas quis dar uma olhada numa parte do camping que haviam rosas em algumas paredes repletas de plantas. Era bonito ver como a cidade ficava durante aquela época do ano.
Via rosas das mais diversas cores. E chegou a conclusão de que essas eram flores muito especiais. Pois ao mesmo tempo que tinham uma beleza tão frágil com suas pétalas e seu aroma, vinham de uma natureza bruta com seus espinhos afiados e cortantes.
Enquanto observava as rosas, um garoto se aproximou de você. Ele era um pouco diferente de Slash, mas estava com um colete de couro com uma logo atrás, não era do mesmo Motoclube que o cacheado.
— Oi, boneca — ele disse, se aproximando de você.
— Oi — você respondeu, sem dar muita atenção.
— Está sozinha?
— Não, vim com amigos — disse, se desvencilhando dele e estava pronta para seguir caminho, ele segurou seu braço.
Sentiu o material de suas luvas contra a carne de seu antebraço, te segurando fortemente.
— Me solta!
— Calma, boneca, vamos conversar melhor — ele dizia aquilo com um sorriso de escárnio no rosto, te puxando para um abraço em que ele tentava te beijar.
Era o abraço mais desconfortável do mundo, pois você não queria, e ele estava beijando seu pescoço, te fazendo sentir extremamente suja e nem um pouco confortável.
— Me solta, me solta!
Você gritava desesperadamente, e estava quase chorando porque a música do festival estava muito alta e provavelmente não haveria ninguém para te salvar de um cara mais forte que você. Foi quando o cacheado apareceu, com pura fúria em seus olhos:
— Solta ela agora! — ele disse, cheio de raiva, indo para cima motoqueiro de forma animalesca.
Saul e o cara começaram uma briga física que poderia terminar em tragédia. Ele havia levado alguns golpes, e apenas um tinha sido no rosto. Enquanto o outro cara apanhava repetidas vezes, principalmente no rosto.
O outro cara estava no chão, enquanto o cacheado acertava socos no rosto dele repetidas vezes, o segurando pelo colarinho. Os punhos dele já estavam manchados de vermelho como as luvas descartáveis de um cirurgião, estava sendo uma cena bastante violenta.
— Saul, chega, chega! — você o chamou, puxando-o pelo ombro. Não porque achava que aquele cara não deveria apanhar, porque ele deveria sim.
Mas era porque não queria que Saul tivesse problemas.
— Cara, se eu te encontrar sendo um nojento assim com ela ou com qualquer outra pessoa, eu te mato! — ele cuspiu essas palavras, soltando o colarinho do cara que estava na grama.
Simplesmente levantou e pegou sua mão, te levando para longe daquilo tudo o mais rápido que pôde. Ele não disse uma palavra enquanto te levava até a mesa para você pegar suas sacolas e depois até a moto, passando por aquele monte de pessoas até chegarem lá. Quando chegaram no estacionamento, bem à frente da moto dele, você o abraçou fortemente.
— Obrigada.
— Não tem porque me agradecer, meu bem — ele retribuiu o abraço, meio sem jeito. — Vou te levar para casa.
No momento em que ele pegou o capacete para te entregar, percebeu que os punhos dele estavam machucados por conta do atrito na hora da briga. Isso sem contar que ele tinha um pequeno machucado encima da sobrancelha.
— Chegando lá em casa, eu vou cuidar desses machucados.
— S/N, não precisa. Não quero incomodar a sua mãe, ou você... — ele estava tentando argumentar, mas você cortou seu raciocínio.
— Minha mãe está na casa do namorado dela, e seus machucados precisam de cuidados, sim — você disse, colocando seu capacete e subindo na garupa da moto.
Ele riu e comentou algo como um "sim, majestade" antes de girar a chave na ignição e começarem a seguir caminho até sua casa. Dessa vez você estava mais confortável, e passou seus braços ao redor da cintura do cacheado e quanto encostava sua cabeça nas costas dele, para ficar mais confortável.
Provavelmente ele explicaria para os meninos amanhã o que tinha acontecido. Mas estava extremamente grata que havia tudo ocorrido bem, consideravelmente. Era bom saber que ele tinha se importado em te ajudar naquela situação grotesca e complicada.
Chegando em sua casa ele deixou a moto na garagem. E você o guiou para dentro, ele observou muito bem toda a decoração e principalmente o seu quarto.
— Quarto bonito... é aqui que você fica pensando em como me deixar sem argumentos quando jogo piadinhas para te irritar? — ele riu casualmente, colocando a jaqueta encima da cadeira como você havia dito para ele fazer.
— Idiota... — você disse, tirando seus tênis e os deixando ao lado da cama, assim como ele fez também.
Caminhando até o banheiro, você pegou uma caixinha de primeiros socorros que havia dentro de um dos armários e se sentou na bancada do banheiro — que era espaçoso —, colocando a caixinha ao seu lado. Slash tinha colocado os anéis sobre a mesinha de seu quarto, assim como havia colocado a jaqueta na cadeira e os tênis ao lado da cama junto com os seus.
O cacheado ficou parado bem à sua frente enquanto você limpava o pequeno machucado que tinha na sobrancelha. Tinha ardido um pouco por causa do medicamento, mas ele suportou. Colocou um pequeno band-aid sob o local.
Seguindo para os punhos dele, higienizou devidamente o local enquanto começava a aplicar o remédio para cicatrizar mais rápido.
— Não precisava ficar com ciúmes porque eu dancei com o Duff — você disse, enquanto passava o remédio sobre a pele ferida dele.
— De onde você tirou isso?
— Saul, eu não sou idiota. Não precisava ter ciúmes do Duff, era só ter me pedido pra dançar com você.
— De onde você tirou essa ideia de eu estar com ciúmes?
— A forma como você olhou pra gente já dizia tudo.
Um silêncio estranho ficou entre vocês dois, enquanto você terminava de aplicar o remédio nos ferimentos dele. Ele mordia os lábios silenciosamente, provavelmente porque estava nervoso e você ficava pensando em mil e uma coisas para falar, afim de quebrar aquele silêncio e destruir aquela atmosfera que trazia uma insegurança massiva.
— Pronto, terminei — você disse, enroscando a tampa no vidrinho e o guardando na caixinha de primeiros socorros, que estava bem ao seu lado.
— E se eu estivesse, o que mudaria? — ele disse, de repente, te pegando de surpresa.
— O que?
— E se eu estivesse com ciúmes, o que isso mudaria? — ele voltou a repetir, fazendo seu corpo todo se arrepiar ao não conseguir processar uma boa resposta.
— Eu... eu não... — você gaguejou, tentando dizer algo mas sua mente se recusava.
— Tudo bem, esquece isso — o cacheado disse.
Mas algo dentro de você gritou, como um desejo voraz que vinha do fundo de sua alma e fazia seu corpo tomar as próprias decisões. Ignorando os comandos da mente, e obedecendo apenas os do coração ou do desejo que estava numa parte inexplorada. Você levou suas mãos até o peito de Slash, levantando seu rosto para beijá-lo.
E assim o fez, um beijo ideal. Não era violento e voraz, mas não era nem de longe um beijo lento e apaixonado. Tudo ali estava sendo na medida certa, e a forma como os lábios dele se moviam sobre os seus eram pura mágica. As mãos dele foram até seu pescoço, passando os dedos delicadamente pelas curvas.
Você levou suas mãos até as mãos dele, o guiando até sua cintura, fazendo até mesmo ele ficar surpreso e sorrir durante o beijo.
— Você quer? — ele perguntou durante o beijo.
— Quero — você respondeu durante o beijo, sentindo a respiração quente dele contra seus lábios.
As mãos quentes e grandes dele que estavam em sua cintura foram até um pouco mais embaixo, escorregando para suas coxas e te dando um pequeno impulso para que pudesse te pegar no colo enquanto te beijava loucamente e suas mãos estavam segurando os braços dele, sentindo bem aqueles bíceps e tríceps. Por que era só agora que estava tendo a plena certeza que ele era totalmente tentador?
Ele te levou até seu quarto, te colocando sentada na beirada da cama, enquanto fazia o ar se esvair de seus pulmões, transmitindo diversas emoções durante o beijo.
As mãos dele foram até a saia de seu vestindo, pedindo silenciosamente permissão para retirar de seu corpo. Dito e feito, você deixou. Não podia acreditar que estava ali, totalmente exposta com Saul Hudson no seu quarto.
O guitarrista tirou a própria camisa, jogando encima de sua cama e tornando a te beijar com desejo. Ele começou a te inclinar na cama, até você estar completamente deitada e ele estar por cima. Você sentia o peito dele sendo pressionado contra seus seios, enquanto o tecido fino de sua calcinha estava perto da ereção dele por debaixo das calças jeans.
Os dedos dele deslizavam por seu corpo, fazendo algumas carícias, enquanto suas mãos estavam ao redor do pescoço dele, sentindo os cachos dele caindo sobre seu rosto, e o calor dos lábios dele sobre os seus. Slash começou a descer os beijos dele por seu pescoço, até chegar em seus seios.
— Você é extremamente gostosa... — ele disse, olhando para seus seios antes de abocanhar, fazendo um gemido repleto de sofreguidão deixar seus lábios.
Ele fazia aquilo com tanta habitalidade que estava te levando ao delírio, e você sentia que estava completamente molhada por debaixo da calcinha.
Os beijos dele desceram por sua barriga até chegar em sua calcinha. Ele saiu da cama, e agora estava de joelhos no chão, bem em frente a borda da cama enquanto segurava suas coxas com firmeza e os dedos dele escorregaram suavemente até a barra de sua calcinha, deslizando por suas pernas até tirar a peça íntima de seu corpo.
Saul jogou suas pernas por cima dos ombros dele e você viu aqueles cachos se perderem no meio de suas pernas. Você fechou os olhos em puro êxtase enquanto apertava os lençóis, amassando o tecido. Estava inebriada perante as carícias e os estímulos que o guitarrista estava te proporcionando, e pelos deuses, ele fazia aquilo perfeitamente.
Tudo estava te deixando excitada e fazendo o tesão que ardia em seu interior, aumentar o dobro. O som da boca dele em sua intimidade molhada estava fazendo suas pernas tremerem de tão bom que estava sendo. Ele era habilidoso, somente a julgar a forma como os lábios dele estavam se movendo, ou a língua dele subia e descia em seu interior, fazendo você ficar contraindo; o que só o instigava a continuar.
— Saul! Porra! — você dizia palavras desconexas enquanto sentia aquelas ondas de prazer atingirem seu corpo de forma sem igual.
Suas mãos deixaram os lençóis e foram até aqueles cachinhos, apertando-os. O que só o deixou mais excitado, e ele sentia que poderia gozar nas próprias calças, fosse por seus gemidos sedutores ou a forma como você implorava por mais enquanto apertava aqueles cachos tão lindos.
— Isso, meu bem, isso mesmo! — ele segurou suas coxas e apertou com força, pressionando o rosto dele contra sua intimidade e voltando toda a atenção especificamente para seu clitóris.
— Isso, isso! Por favor! — você dizia, já beirando o orgasmo e sentindo os lábios do guitarrista estimulando aquele seu ponto sensível, que agora estava mais sensível do que nunca.
Logo atingiu seu limite, choramingando enquanto melava os lábios dele com seu orgasmo que havia atingido seu corpo de forma colossal, deixando suas pernas tremendo e fazendo suas costas se arquearam enquanto você apertava aqueles cachos, e Slash pressionava o rosto contra sua buceta. Ele havia aproveitado cada gota de seu ápice.
O guitarrista se levantou do chão, onde estava de joelhos, e começou a desafivelar o cinto, e em seguida abrir a calça e retirar junto com a cueca. Você observou bem a ereção dele, não era nada pequeno e imaginava o quanto de prazer ele poderia te proporcionar. Ele tinha uma camisinha que estava no bolso da calça, e prontamente a colocou.
— Senta — você pediu, rolando na cama e ficando de joelhos.
Prontamente ele obedeceu, sentando-se na cama e ficando com as costas apoiadas em travesseiros macios que você tinha. Engatinhou até ele, e selou seus lábios num beijo repleto de desejo e paixão, enquanto ele levava a mão até sua nuca, segurando seu cabelo. Enquanto beijava, se ajeitou e ficou sentada no colo dele, se ajustando e se acostumando com o tamanho.
Durante o beijo, sentiu ele abrir os lábios em "o" e um suspiro pesado seguido de um gemido ser contra seus lábios. Você mordia o lábio inferior, pois sentir tudo aquilo em seu interior era desconfortável de início.
Seus joelhos estavam te dando suporte pois estavam no colchão, te ajudando a sustentar o peso de seu corpo encima do colo dele. Suas mãos foram até os ombros dele para obter uma apoio melhor e começar a mover seus quadris, indo para cima e para baixo num ritmo favorável para ambos.
O cacheado já se encontrava em puro êxtase enquanto as mãos dele apertavam sua cintura com uma certa força, o suficiente para deixar leves marcas quando ele deixasse aquela área livre de seus toques. Amava o calor que seus corpos estavam causando entre vocês, estavam imersos em puro prazer, sem nem mesmo ligarem para o que poderia acontecer depois disso.
As mãos dele deslizaram para sua bunda, dando um apertão que fez você praticamente perder o fôlego. Aquele homem era totalmente sem limites, e você estava disposta a descobrir ainda mais sobre isso. Estava simplesmente sem saber como reagir em prol disso, suas pernas já estavam começando a fraquejar, sendo que já estava com as estruturas "abaladas" devido ao orgasmo recente.
— Eu quero que você goze com a perna no meu ombro de novo — ele disse em seu ouvido, te fazendo arrepiar.
Slash tornou a te beijar, enquanto te fazia deitar na cama e ele se posicionou melhor, jogando uma de suas pernas por cima do ombro dele, e deu um beijo em seu tornozelo enquanto você mordia o lábio inferior ansiando por mais carícias. Sentiu ele em seu interior novamente, te deixando satisfeita e feliz.
Parecia que não conseguiria sobreviver sem sentí-lo dentro de você. Agora era como algo que gostava muito.
Amava ouvir os gemidos dele, misturados com o som de seus quadris fazendo o som de fricção ecoar pelo quarto enquanto você apertava os lençóis embaixo dele. Estava gemendo como uma atriz pornô e mal conseguia impedir a si mesma de gritar. Saul estava lindo, com aqueles cachos jogados sobre o rosto e os lábios semiabertos enquanto gemidos deixavam sua boca.
— Eu vou gozar, eu vou gozar! — você dizia, desesperada e gemendo manhosa.
— Goza para mim de novo, meu bem — ele levou uma mão até seu clitóris, te masturbando com movimentos circulares.
— S-Slash! Puta merda! — respirou fundo e um gemido silencioso deixou seus lábios enquanto você fechava os olhos com força e suas pernas tremiam.
Aquela sensação incrível atingia seu corpo de maneira sem igual, era sempre bom sentir isso.
— Você é gostosa pra caralho, porra! — ele disse com a voz falhando levemente enquanto gemia "manhoso" e se sentia desmanchar com o látex da camisinha.
Ele levantou e descartou a camisinha na lixeira de seu banheiro, voltando para a cama em seguida, deitando-se sobre você e distribuindo o peso nos cotovelos enquanto selava seus lábios, te arrancando suspiros e risinhos tímidos. Foi tudo numa intensidade tão forte, que você nem mesmo sabia explicar.
A única coisa que vocês sabiam era que isso havia sido bom demais e que com certeza iriam repetir, assim que tivessem a chance. Talvez não odiasse o cacheado tanto quanto achava que odiava. Era sua mente maquiando todo esse tesão reprimido.
— Essa é a parte em que você fala que me odeia, como sempre? — ele riu.
— Não — você riu também. — Essa é a parte em que me dá banho.
— Pode ser então — ele riu e se levantou, pegando no colo em seguida, te levando para o banheiro.
O que era tudo aquilo? Como dito, você não sabia dizer, nem ele sabia. Mas estava sendo único, estava sendo algo encantador e que era tão excitante quanto férias de verão.
Aquilo era o início de algo muito bom.
[...]
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5K DE PALAVRAS, CARALHO EU ME EMPOLGUEI 🗣️🗣️🗣️
Tava pensando inclusive em fazer mais um nesse modelo de motoqueiro, só que com o Dave Mustaine 😔
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