Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

ღ 𝐌𝐀𝐗 𝐂𝐀𝐕𝐀𝐋𝐄𝐑𝐀

☇ Mᥲ᥊ Cᥲ᥎ᥲᥣᥱrᥲ — Sᥱρᥙᥣtᥙrᥲ (ᥴᥣᥲ́᥉᥉ιᥴ᥆).
☇ 1989.
☇ 100% ᥆rιgιᥒᥲᥣ.
☇ 𝗦𝗙𝗪.
☇ Nᥲ̃᥆ ρ᥆᥉᥉ᥙι gᥲtιᥣh᥆᥉.

"Vai tudo ficar bem"

•••

𝐎 𝐀𝐑 𝐑𝐄𝐅𝐑𝐄𝐒𝐂𝐀𝐍𝐓𝐄 𝐃𝐎 𝐕𝐄𝐑𝐀̃𝐎 𝐄𝐔𝐑𝐎𝐏𝐄𝐔 𝐒𝐎𝐏𝐑𝐀𝐕𝐀 pela janela, era silencioso mas era uma brisa boa. Você estava bem longe de casa, considerando que morava no Brasil e agora estava na Inglaterra com seus amigos e seu namorado: Max Cavalera. Estavam todos ali durante a turnê que o Sepultura faria. Seria a primeira turnê internacional, e era óbvio que todos estavam bem nervosos.

Sepultura havia sido formado em 1984 em Belo Horizonte, Minas Gerais. O criador da banda foi seu namorado — Max —, ele era o vocalista e guitarrista base. Seu irmão mais novo, Igor, era o baterista, Paulo era o baixista e Andreas era o guitarrista principal. Aquela banda era formada por três mineiros e um paulista, que era Andreas.

Em 1986 eles lançaram o primeiro álbum, Morbid Visions, que tinha fortes influências de black metal, no ano seguinte veio o Schizophrenia, que era death metal mas continuava com fortes influências do black. Foi então que em 1989, início do ano, eles lançaram Beneath The Remains, que era mais inspirado no thrash metal, com letras mais detalhadas e solos de guitarra distorcidos. Sepultura já fazia seu sucesso fora do país, mas faltava verba para uma turnê internacional, só que tudo mudou quando uma gravadora do Rio, filiada à uma gravadora internacional com um agente estrangeiro se encantou pelos meninos e lhes ajudou a lançar o álbum naquele ano.

Também arcaram com os custos de uma turnê internacional, que iria ser nos Estados Unidos e na Europa. O Beneath The Remains estava fazendo um sucesso absurdo fora do país, e estava sendo extremamente requisitado em várias lojas para exportação ao redor do mundo, já havia chegado até mesmo no Japão.

Obviamente que os meninos eram extremamente gratos por chegarem onde haviam chegado, considerando toda a dificuldade que passaram para terem seu nome reconhecido. Viviam no subúrbio de Belo Horizonte, época pós-ditadura militar, mal tinham dinheiro para se manter. Igor aprendeu a tocar bateria no braço do sofá e com três peças de uma bateria completa, Max aprendeu a tocar guitarra na casa de alguns amigos que tinham uma condição melhor, e Paulo também era bem pobre mas tinha baixo e equipamentos. Andreas veio de São Paulo, e tinha uma condição melhor na família. Inclusive, era muito fã de Metallica e chegou a fazer teste para se tornar o guitarrista após a demissão de Dave Mustaine, mas o escolhido foi Kirk Hammett, ex guitarrista do Exodus.

Os meninos tinham um inglês considerável, inglês esse que havia sido aprendido por noites traduzindo músicas do Black Sabbath e tardes lendo o dicionário. Os melhores em conversação eram Max e Andreas, então eles falavam mais em entrevistas.

— Galera! Vocês não adivinham! — Hades entrou no camarim, e estava usando uma camisa do álbum mais recente do Sepultura com shorts jeans escuros e coturnos.

— Meu, cê não tá ligada que esse seu suspense só deixa a gente mais nervoso, né — Andreas disse, tomando um gole de sua Coca-Cola. Era engraçado a forma como o sotaque paulista dele deixava o português diferente.

— O pessoal da MTV... eles estão aí fora. Vão gravar o show e provavelmente chamar vocês para entrevista! Vocês são a banda revelação! — ela disse toda contente, batendo palmas.

— Banda revelação? Nada disso, uai! Metallica tá anos luz a nossa frente! — Igor disse, com seu sotaque mineiro.

— Ou, mas justamente né, Metallica tá fazendo isso a mó cota e a gente chegou agora, tá ligado? O lance é que a gente chegou e meteu o louco, tá sussa! — eu sentia vontade de rir de cada palavra que Andreas dizia. Era engraçado demais.

— Vou mandar o papo reto, deu mó trampo pra chegarem aqui então agora tá tudo dominado, já é? Vão honrar o Brasil! — Hades dizia, com seu sotaque carioca e seu jeitinho de falar.

Era engraçado estar naquela sala com pessoas de várias partes do Brasil.

— Ih, Max tá tristonho assim por quê? Parça, fica tranquilo, vai dar tudo certo! — Andreas disse para Max, que estava sentado num sofá no camarim, bem ao seu lado.

Ele estava meio encolhido, como se estivesse com medo. E no fundo, estava sim, bastante medo do público e de não conseguir ser bom o suficiente. Eram brasileiros numa turnê europeia, e o povo brasileiro sempre teve a famosa síndrome do vira-lata em achar que tudo o gringo pode fazer melhor. Sendo que eles tinham a total competência e o talento para estarem ali.

Você estava o abraçando, usando sua camisa da banda, um short jeans claro, meias arrastão e all star vermelho de cano curto. Seus cabelos estavam soltos e sedosos.

— Cara, apruma o corpo, essa tua corcunda tá me dando gastura! — Paulo disse para Max enquanto ajustava algumas cordas de seu baixo branco.

— Foi mal... tô tentando me manter focado, mas tô nervoso — ele disse bufando e passando a mão nos cabelos, ficando numa posição melhor e te abraçando de volta.

— Tem caô não, Max — Hades disse, andando pela sala. — Ó, na moral, tu vai amar saber que tem uma multidão sinistra lá fora esperando vocês! Fãs alucinados!

— Ih, é verdade. Espia aqui! — Igor, o irmão mais novo e de cabelos cacheados loiros disse indo até a janela e abrindo a persiana para observar a rua.

— Igor! Fecha essa persiana aí! — você disse para o loiro, fazendo ele fechar na hora.

— Foi mal, cunha.

— Ô meu amor, não fica nervoso, vocês são maravilhosos e talentosos. Essa turnê vai ser perfeita! Você vai ver! — você disse para Max, segurando o rosto dele e olhando aqueles olhos castanhos enquanto pronunciava cada palavra com ternura.

— Ah, mas... ah, amor, eu não sei...

— S/N, troca uma ideia bacana aí com ele que a gente vai deixar vocês sozinhos pra falar melhor. 'Simbora, gente, rala peito! — a morena disse, abrindo a porta do camarim e chamando os meninos.

Agora estavam somente você e Max na sala, sozinhos e ele parecia estar um pouco mais calmo. Ainda assim, ele sofria com a ansiedade que insistia em fazer uma verdadeira guerra em seus pensamentos, o deixando inquieto e cada vez mais inseguro.

Você passou as mãos pelos cabelos castanhos levemente loiros de Max, fazendo um carinho leve enquanto ele se inclinava para te abraçar e descansar a cabeça em seu peito. Uma coisa sempre o acalmava: sentir seu perfume. Aquilo o tirava dessa dimensão e fazia com que ele ficasse tranquilo.

Ele estava respirando fundo, assim como você. Era sempre bom respirar fundo para se acalmar, e aparentemente não era diferente com vocês dois.

— Amor... você não queria isso? — você questionou, deixando um beijo no topo da cabeça dele. — Não queria ser conhecido e prestigiado?

— É meu sonho. Mas agora que eu estou aqui... parece que sei lá, vai tudo dar errado a qualquer momento...

— Isso é a sua mente tentando pregar peças em você, amor. É só a sua ansiedade, porque você sabe que é o suficiente, você sabe que é bom o bastante.

Durante esse curto diálogo, vocês puderam ouvir as vozes da multidão de fãs lá fora gritando:

"SEPULTURA!"
"SEPULTURA!"
"SEPULTURA!"

Max sorriu sem ao menos perceber, e você sorriu ao ver a forma como ele havia reagido ao ouvir os fãs. Quando você sorriu junto, o rosto dele ficou corado, e ele te abraçou, escondendo o rosto na curva de seu pescoço.

— Você está sorrindo! — você disse, o abraçando.

— Talvez — ele disse rindo contra a pele de seu pescoço, sentindo o hálito quente dele atingir.

— Tá vendo só? Eu sei que você gosta disso. Você nasceu pra isso, Max! — você sorriu, e o puxou um pouco para poder ver melhor o rosto daquele mineiro fofo que você chamava de namorado. — Não é a ansiedade que vai te derrotar!

Ele ficou te olhando apaixonadamente por breves instantes, antes de segurar seu rosto, fazendo um carinho com o polegar em sua bochecha.

— Eu não sei o que seria de mim se você não fosse a minha namorada, sabia? — ele sorriu contente.

— Provavelmente, nada — você sorriu, com uma certa "soberba".

— Desgraçada você, hein — ele riu, te puxando para perto.

Assim, você sentiu os lábios quentes de Max sobre os seus. O gosto da Coca-Cola se espalhando por suas línguas e explorando ainda mais a boca um do outro. Cavalera te beijava apaixonadamente e sem pressa alguma, querendo aproveitar cada segundo daquilo. Todas as vezes em que se beijavam, parecia que a cada beijo ele queria mostrar "obrigado por tudo"; "obrigado por ser perfeita para mim".

Suas mãos estavam no rosto dele, e as mãos dele estavam abraçando sua cintura com cautela e com carinho, enquanto o som de beijo estava soando pelo cômodo. E em seguida, se separaram, olhando para o rosto um do outro:

— Eu te amo, S/N — ele disse, com o rosto corado. Era fofo ver o vocalista com as bochechas vermelhas.

— Eu também te amo, Max.

Ouviram batidas na porta, e você gritou um "pode entrar". Logo, a porta foi aberta e Hades, Igor, Paulo e Andreas apareceram:

— Cês tão ouvindo, né? Tá na hora de ir! Ou esses fãs vão entrar aqui e agarrar vocês! — Hades disse, rindo e pegando a guitarra de Max enquanto os meninos pegavam os instrumentos dele.

— Os 'mano estão quase entrando no modo primitivo! — Andreas riu, pegando sua guitarra ESP preta.

— 'Vambora, irmão. Dá beijinho de boa sorte na cunha aí e 'vamo pro palco! — Igor disse, pegando suas baquetas que estavam sobre a bancada.

— Boa sorte, amor. Você vai ser incrível! — você disse, dando um selinho nele antes dele se levantar do sofá.

— Obrigado, vida. Você que é incrível! — ele disse, lhe dando vários beijinhos no dorso da mão.

Paulo pegou o baixo, Andreas pegou a guitarra, Igor pegou as baquetas, Max pegou a guitarra flying v branca e passaram pela porta, indo em direção ao palco, você e Hades iriam ficar num canto perto do palco para poder assistir à performance deles.

— Aê, Max! — Hades jogou para ele um saquinho preto de veludo, onde tinham palhetas dentro.

— Ih, valeu, Hades! Quase que eu esqueço esse trem! — ele disse em alívio, dando um sorriso e caminhando até o palco.

Os fãs estavam gritando "Sepultura" alucinadamente, e tentavam falar algumas coisas em português, deixando eles realmente felizes por ver as pessoas fazendo esforço para conseguir falar o idioma deles, que era diferente e complicado. Só aquilo mostrava como os fãs realmente se importavam e estavam felizes em estarem ali.

O show seguiu com as músicas dos três álbuns que eles haviam lançado até agora, com várias pessoas cantando junto e se divertindo no mosh que estava tendo no meio da multidão. O riff de Inner Self estava adentrando sua mente enquanto eles performavam:

https://youtu.be/8wL8GjSeo3M

Cada segundo daquele show, cada música, cada grito para a multidão, cada ritmo da bateria, cada tom do baixo, cada verso cantado por Max, cada riff de guitarra, tudo aquilo estava sendo perfeito. Que vida mais maravilhosa para se viver, não tinha como estar mais feliz do que ali, com pessoas que tanto amava.

[...]

_______________________________________

Gente, eu simplesmente AMO Sepultura clássico (1984 - 1996), juro. Maravilhosos e perfeitos desde sempre. Pra mim o Sepultura clássico supera até o Metallica e Beneath The Remains é o melhor álbum de thrash metal que existe, um beijo! 🗣️💕

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro