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CAPÍTULO 66 - Recomeço

Eu cansei desse meu coração sem graça

Então, esta noite vou arrancá-lo e recomeçar

Pois gostaria de deixar minhas questões definidas

É sempre mais escuro antes do amanhecer

Florence And The Machine - Shake It Out

Nada em minha vida fora fácil, ou tampouco como planejei. Sempre pensei que quando voltasse às minhas origens, uma sensação familiar se apossaria de mim e eu, imediatamente, me sentiria em casa. Todavia, não foi exatamente o que aconteceu. Senti apenas um vazio sem fim que não era capaz de aplacar a dor que as ações de Loki infligiram em meu coração. Não senti nada além de tristeza que se mesclou com vergonha ao dar-me conta do quanto estava sendo egoísta por apenas pensar no deus da mentira, quando Cernunnos era o único que deveria ter minha atenção.

Na primeira noite em que passei longe de Asgard, eu somente chorei; afundei-me em lágrimas até que não restasse mais forças; até que meus soluços histéricos se perderam na escuridão do sono que veio em seguida. Apaguei por completo, e enquanto dormia, a dor finalmente concedeu-me um descanso.

Contudo, como tudo na minha vida era permeado de conflitos regados a duras verdades. Na minha primeira manhã em terras dos povos celtas, tive que começar a lidar com os novos desafios de minha existência. E só então eu soube que recomeçar não seria nada fácil.

— Você cometeu um grande erro, Cer! — exclamou a desconhecida voz de uma mulher que atravessou a porta fechada de meus aposentos. E, embora soasse um pouco abafado pela distância que percorria, seu tom era carregado de segurança.

— Eu sei Mor... Não pensei direito, agi por puro instinto. Eu não poderia ter deixado ela lá, nas garras daquele povo! Você viu o que fizeram com ela! Viu as marcas em seu pescoço e o amontoado de cicatrizes em suas costas. Viu como suas vestes estavam estraçalhadas. Viu o caos que ela estava quando chegou aqui! — Ele suspirou profundamente — Eu não podia abandoná-la. Não conseguiria. — A última frase saiu como um sussurro.

— Eu sei Cer.... Suas ações foram louváveis, mas elas não deixam de ser um erro. — A forma como se tratavam me fez acreditar que ambos eram bastante íntimos — Você infringiu o antigo acordo dos deuses e invadiu as terras de outro Panteão sem autorização. Ao tirá-la de Asgard, você desencadeou um grande problema. Guerras foram iniciadas por muito menos, deves preparar-se para arcar com preço de suas ações. — concluiu, a mulher, de forma enfática.

O profundo silêncio se instalou naquele lugar. Meu coração batia tão forte, que eu temi que pudesse ser ouvido do outro lado da porta.

— Assumirei com bravura todas as consequências de meus atos. Erieanna faz parte do nosso povo e nós não temos o hábito de abandoná-los. Eu não poderia ignorar seu pedido quando ela me chamou. Ela é importante para mim, Mor... Há poucas coisas que eu não faria por ela.

Ao ouvir aquela declaração tão sincera. Tive vontade de cavar um buraco abaixo de mim e nele me afundar. Eu não merecia Cernunnos, ele merecia alguém muito melhor que eu. Alguém que o amasse por inteiro, alguém cujo coração não fora estraçalhado pelo amor.

— Isso é pior do que eu temia! — revelou, a mulher, um tanto espantada — É preciso ter em mente, meu querido, que chegará um dia, na qual terás de escolher entre o amor e o dever. Talvez ela não esteja preparada para aceitar o fardo que você carrega para manter o equilíbrio. Talvez você não esteja preparado para romper com ciclos tão antigos quanto o mundo. — Ela fez uma breve pausa e quando voltou a falar, sua voz soava triste: — Amores são sentimentos muito singular, Cer. O mesmo tipo de amor não pode e não deve ser compartilhado. Se realmente se importa com ela, nunca a prive da verdade. Nenhum relacionamento pode ser construído a base de mentiras. Lembre-se que a dura verdade a qual poucos têm a coragem de afirmar: é que a confiança vale mais do que o amor.

Senti o peso daquelas palavras invadir meu coração. Eu não fazia ideia de quem era aquela mulher, mas sabia que tinha razão em tudo que dizia. Nenhum relacionamento sobrevive a mentiras, esse era um fato que infelizmente, eu pude comprovar.

— Danu, não ficará satisfeita quando souber o que fez. Não faço ideia de como lidará com ela. — disse a mulher.

— Darei um jeito. O que está feito não pode ser alterado. Erieanna ficará. Por ora, essa é a única certeza que possuo. — esclareceu, determinado.

— Estarei ao seu lado, meu amigo. Você não está sozinho. — ela assegurou, com ternura.

— Obrigado, Mor. — Cernunnos, agradeceu baixinho.

Então o silêncio voltou a ocupar o ambiente. Quando tive certeza de que a mulher havia partido, eu abri a porta e arrisquei a adentrar no cômodo em que Cernunnos se encontrava.

O deus estava parado em frente para uma janela, enquanto contemplava silenciosamente a vista da paisagem. Também era inverno nas terras celtas, e uma leve camada de neve caía suavemente do céu.

Em silêncio, observei a sua imagem. Cernunnos trajava uma calça marrom que se agarrava nos músculos de suas coxas. E apesar da baixa temperatura provocada pelo inverno, a parte de cima de seu tronco estava coberta apenas por uma fina camisa branca que realçava o dourado de sua pele tão habituada a exposição do Sol. Notei, pela primeira vez, que haviam negras tatuagens perfeitamente desenhadas em seus braços que estavam cruzados atrás de suas costas largas. Seu cabelo da cor de terra, escorria livremente até chegar acima dos ombros. Ele era conhecido como deus cornífero por conta dos sinuosos chifres de semelhante ao dos cervos que ostentava em sua cabeça. A peculiaridade de sua beleza me deixava fascinada.

Cernunnos demorou a notar minha presença naquela minúscula antessala, mas quando o fez, fiquei estonteada com o brilho que surgiu em seus magníficos olhos verdes, foi como nos víssemos a primeira vez.

— Olá. — eu disse sem jeito, desviando o olhar para minha camisola cinza.

— Oi. — Ele esboçou um sorriso de canto que me deixou momentaneamente, constrangida.

— Sinto muito... Eu não tive a intenção de espionar atrás da porta, porém não consegui evitar em ouvir a conversa. — comecei, insegura — Não tenho a intenção de trazer problemas. Você já me ajudou mais do o necessário. — Respirei fundo tentando controlar as emoções — Partirei para Irlanda e encontrei uma forma de recomeçar por lá.

Mal tive tempo de concluir a frase, quando Cernunnos chegou até a mim e me envolveu em seus braços calorosos.

— Não diga mais nenhuma palavra! — exclamou, apoiando o queixo no topo de minha cabeça — Não admitirei que parta. Já fiquei longe de você por muito tempo. — Alertou, apertando ainda mais seu corpo no meu.

— Não quero que se envolva em problemas por minha causa. — argumentei — Não quero que estrague a sua vida, por pensar em mim.

Cernunnos se afastou o suficiente para olhar em meus olhos. Ele era tão belo de um jeito tão selvagem.

— Eu decidi ir ao seu encontro. Eu optei por tirar você de Asgard. Eu sou o único responsável por assumir as consequências dos meus atos, se elas vierem. E eu só quero que você fique, nada me faria mais feliz.

Não resisti a sinceridade que emanava do seu olhar. Cernunnos poderia me pedir o mundo naquele instante que eu faria o possível para lhe dar.

— Se te fará feliz, então eu ficarei. — Sorri, tentando soar otimista.

Um suspiro de alívio escapou de seus lábios e o calor de sua respiração tocou meu rosto. Desejei profundamente que o desejo se manifestasse em meu corpo. Todavia, embora estivéssemos colados um no outro, eu nada senti. Nem ao menos um mísero arrepio percorreu a minha nuca. Permaneci alheia ao seu toque, e agradeci por ele não ter percebido que eu não o desejava.

— Quando estiver pronta, eu terei o prazer em lhe mostrar as maravilhas desse mundo. Sei que passou por muitas situações ruins nesses últimos anos. Sei que por ora falar de relacionamentos é um tanto precipitado. Mas quero que saiba, Erieanna, que eu estarei aqui, esperando pacientemente até todas as suas feridas estejam cicatrizadas. Até que a tristeza não passe de uma mera lembrança ruim. Espero que um dia venha a nutrir sentimentos por mim, mas se porventura eles não vierem a florescer, ficarei contente em ser seu amigo, pois tê-la por perto já é suficiente para que eu seja feliz. — Ele beijou minha testa, e ao colocar a cabeça junto ao seu peito, ouvi o seu coração que batia intensamente, assim como as palavras que acabara de proferir.

Uma lágrima teimosa escorreu por minha face. Tudo seria tão mais fácil se eu amasse Cernunnos ao invés de um outro de deus.

Fechei meus olhos e desejei silenciosamente que o tempo levasse os amores antigos embora e trouxesse consigo a chama da esperança: o desejo de ser amada e de corresponder o amor.

Cernunnos merecia muito mais do que eu poderia lhe dar. Contudo, eu estava pronta para recomeçar. Estava pronta para rasgar meu coração e costurá-lo novamente. Estava pronta para ser livre. E, principalmente, pronta para fazê-lo feliz. E no meio disso tudo, esperava encontrar a felicidade que eu havia perdido em algum lugar no emaranhado do caos que jazia em mim.

Recomeçar nunca foi tão difícil e também tão assustador. Naquele momento, enquanto estava abraçada ao deus que me prometia o mundo, eu tive medo surreal de partir um coração que não era o meu. 

(CAPÍTULO SEM REVISÃO)

Postei e saí correndo, tive que voltar para meu TCC

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