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𝐂𝐚𝐩. 𝟐 ♡ 𝐖𝐇𝐄𝐍 𝐘𝐎𝐔 𝐁𝐑𝐄𝐀𝐊 𝐌𝐘 𝐇𝐄𝐀𝐑𝐓

"Eu sei que posso te esquecer,
Assim que meu coração parar de sofrer".

— I'II BE OVER YOUTOTO


STEVE PARKER

Dizem que as nossas maiores decepções são causadas por quem menos esperamos.

Eu sou quem cometo os erros e decepciono as pessoas que um dia se importaram comigo.

A ruiva de cabelos compridos e ondulados me deixou sentado naquela mesa pequena de lanchonete.
Eu mereço seu ódio, mas foi como ganhar uma faca no peito.

Sempre moramos no mesmo lugar, estudamos nas mesmas escolas e frequentamos os mesmos pontos da cidade.
Quando nos tornamos melhores amigos, o que sentia por ela ainda era muito desconhecido para um garoto de dez anos. Sequer sabia de onde os bebês realmente vinham. Nem me lembre da época em que ainda acreditava na velha história da sementinha.

A verdade foi traumatizante e dura com o Steve de doze anos.

Mas conforme o tempo passava, aquele sentimento não queria sair do meu coração; consequentemente, percebi que tinha Megan vinte e quatro horas na minha cabeça. Eu era completamente caidinho por Megan Brigitte Carter. Mas o tempo foi passando, e a menina que conheci, foi se apagando dia após dia.

Foi como se o meu sentimento por ela tivesse ido por esse caminho também.

Em uma tentativa suicida de entender e reconquistar Megan, me avizinhei¹ da sua meia-irmã Kate. A morena era ousada e sabia muito bem como conseguir o que tanto queria, mesmo que eu ainda gostasse da Meg. O que era pra ser uma forma de recuperar o amor de quem eu jamais devia ter perdido, transformou-se em um relacionamento fracassado com Katherine.

Megan sempre terá um espaço reservado em mim, e não importa as circunstâncias, vou estar sempre aqui para ela.

A garçonete que vestia um uniforme bordô estampado com bolinhas brancas, jogou a folha de papel amarelada com a conta, lançando-me um olhar de repulsa.

— Eu não sou o vilão da história. - dei de ombros. - Não me olhe como se eu tivesse feito a maior merda de todas! - arregalei os olhos, balançando as mãos na altura do peito.

- Me engana que eu gosto. - cruzou os braços, olhando para o bolso da minha camisa jeans.

- Você é tão insensível - revirei os olhos, retirando a carteira de couro do bolso. - Que eu até poderia te denunciar pelo mal atendimento. - sorri petulante, entregando cinquenta dólares. - Aliás, os preços daqui são um roubo! - levantei as sobrancelhas, surpreso.

- Nada que seu pai não cubra, não é? - debochou, guardando as notas dentro do decote de seu uniforme.

- Vivian sabe que você anda roubando dela? - franzi o cenho, com o sorriso mais cínico que poderia dar.

- Você paga meu salário? - arqueou uma das sobrancelhas ridiculamente pintadas com uma cor muitíssima brilhosa e escura.

- Tanto faz! - bufei, me levantando e seguindo em direção a saída do Bradley's diner.

- Volte sempre, pirralho! - ouvi sua risada escandalosa e alta.

Caramba, até parece uma bruxa!

Com as mãos presas no volante, o único sentimento que consigo sentir é de raiva. Eu nunca teria raiva da Megan.

É do Jonas de quem tenho vontade de dar uma lição!

Meu pai nunca foi presente na minha vida - já que sempre esteve viajando e administrando os negócios da família -, mas sempre me ensinou uma das lições mais importantes para um homem; jamais deve-se bater em uma mulher.

E ver Jonas empurrar a porta do quartinho que Megan estava me trouxe nojo e ódio. Ele sempre foi um babaca, porém nunca imaginei que faria aquela atitude de merda.

Antes de dirigir pelas estradas de San Francisco, peguei meu telefone - abre-e-fecha como eu costumo chamá-lo - e fiz uma ligação. Marquei de encontrá-la com urgência, e dei a partida no carro. Eu poderia ir até a casa dele e fazer justiça com as próprias mãos, mas tenho certeza de que não é isso que Meg gostaria, se me visse quebrado em frente a sua casa.

Estacionei o Chevrolet em frente a livraria municipal, saindo com passos pesados sobre o asfalto quente de queimar até mesmo o solado do meu all-star preto.

Passei pela porta giratória da livraria, e minhas íris seguiram rapidamente até a morena de óculos redondos.
Sorri ao vê-la, e caminhei até a mesa em que estava sentada.

- Eu tenho namorado agora, Parker! - Wanda McFly murmura, enquanto me sento.

- Credo, eu não quero absolutamente nada com você - fiz uma careta, espantado com sua rispidez. - E sim, de você! - apoiei o cotovelo na mesa, espalmando a mão no queixo.

- Conte-me mais sobre isso. - apoiou os cotovelos na mesa de madeira, também. - O que Amélia e Jonas fizeram dessa vez? - passou sua trança embutida para frente de seu ombro magro.

- Jonas quase bateu na Megan. - pontuei, abaixando o olhar até seu pingente prateado de camélias.

- É sempre sobre ela, Steve. - revirei os olhos, mas a morena me olhava com seriedade. - Aff, você não cansa? - senti a bile presa na garganta.

- Você não está surpreendida com a atitude do Jon? - cerrei as mãos, batendo no tampo da mesa, fazendo Wanda recuar. - Desculpa, eu...

- Eu sou a ovelha negra da família. - deu de ombros. - Só que sou a mocinha da história. - apontou para si mesma, levantando as sobrancelhas. - Todos da minha família são loucos e desconhecem a palavra limites. Não seria normal se eles fizessem nenhuma burrada durante o dia. - juntou as sombrancelhas, entortando o nariz em uma careta. - Está no sangue deles!

- Por que você não é como eles? - mordi a bochecha.

- Acorda! Eu sou adotada, esqueceu? - tirou uma lixa de unha preta do bolso de seu cardigã com estampa floral. - Por que precisa da minha ajuda? - levou o objeto até as unhas pontiagudas.

— Eu vou denunciá-lo por agressão! - Wanda para de fitar as unhas, olhando diretamente para meu rosto.

- Você está maluco? Jonas já é maior de idade. Pode ir preso! - sussurrou, atônita².

- Se ninguém fizer isso, outra garota não terá a mesma sorte que a Megan teve. - devolvi em uma sussurro também, esticando meu corpo até o outro lado da mesa. - E nós sabemos muito bem disso, não é? - semicerrei meus olhos.

- NÃO É O CASO DO MEU IRMÃO! gritou, se levantando.

- MAS PODE SER SE NINGUÉM FIZER ALGUMA COISA! - senti meu rosto queimar quando percebi que levei um tapa na cara e as marcas das suas unhas pontiagudas no meu rosto, que provavelmente deixaram marcas vermelhas na bochecha.

Os funcionários da livraria nos atacaram com uma droga de ordens sobre não gritar em uma livraria. Para ser honesto? Eu não prestei atenção em mais nada depois disso.

Respirei fundo.

Um.

Toquei a pele quente e senti a ardência no lado direito do rosto.

Dois.

Respirei fundo mais uma vez.

Três.

Saí lentamente da livraria, entrando no carro.

Quatro.

O ronco do Chevrolet estremeceu meu corpo, e a bile se alojava mais uma vez na minha garganta. É isso ou você esperará a próxima garota que não conseguirá se defender.

- Jonas McFly é um agressor? - diretor Coleman fez uma careta, recostando sua cabeça branca na poltrona de couro marrom. - Provas?

- Megan é uma prova. - pontuei.

- Isso não muda as coisas, filho - ele nem é meu pai para me chamar de filho!- Infelizmente, não posso fazer nada. - passou os dedos no bigode gigantesco e grisalho.

- Como assim "não posso fazer nada"? - repeti, engrossando a voz. Talvez eu até estivesse debochando do velhote. - Jon quase deu uma surra na Meg!

- A família McFly são colaboradores na escola. São responsáveis por boa parte dos pagamentos de todos os gastos que a escola possui. - gesticulava as mãos, fazendo-me quase ter uma vontade enorme de mandá-lo longe.- Seria como matar o lobo da própria alcatéia. Sem cabimento e lealdade alguma! - pontuou, ríspido.

- Meu pai poderia comprar essa escola se quisesse! - resmunguei, vendo um sorriso de canto brotar em seus lábios. - Fiz alguma piada, por acaso? - franzi o cenho, vendo o velho mexer os ombros por rir tanto.

- Você sempre faz questão de ressaltar que seu pai é rico, mas nunca fala de que maneira ele conquistou toda essa grana.

- Isso não tem nada a ver com essa conversa - desconverso, desviando o olhar.

- Amadureça, e quem sabe, eu não providencio a expulsão de Jonas McFly. - sua mão apontou até a direção da porta. - Tenha uma boa tarde, Parker.

- Você está cometendo um erro! - levantei - Você ainda vai se arrepender disso.

Atravessei o assoalho, não contendo uma revirada de olhos. Talvez o diretor Coleman estivesse certo sobre meu comportamento, mas a teimosia poderia enfiar sua reputação pelo cano. Como ficaria sua postura se todos soubessem do seu segredinho mais sujo?

- Você é boa pinta, hein! - Jonas debochou, encostado em um dos armários azuis do corredor.

Seu corpo alto, porém magro, caminhou até mim como se estivesse com toda a razão.

- Tentou abrir o bico para o Coleman, não foi? - seu rosto aproximou do meu, com certa invasão.

- Hey, cara - afastei seu peito com a mão. - Está invadindo o meu espaço!

- E você está invadindo a minha vida! - deu de ombros, colocando umas das mãos no bolso lateral da sua calça azul.

- Defender alguém de um covarde como você, não é invasão. - sorri de canto, provocando-o. - É livramento.

- EU NÃO SOU COVARDE! - retirou a mão do bolso, me empurrando contra a parede.

- VOCÊ É UM TREMENDO COVARDE, MCFLY! - o empurrei de volta.

- Quer saber? - abriu os braços. - VAI ATRÁS DA SUA ...

Por impulso, meu punho parou no rosto magro de Jon. Por ser mais robusto que o outro garoto, o mesmo cambaleou para trás, balançando a cabeça.

Olhei para os nós vermelhos nos meus dedos, e os senti arder como fogo. A mesma sensação parou no meu rosto, quando o loiro me deu um soco na cara. E depois mais outros no estômago.

Eu não deveria admitir, mas aquele soco doeu pra caramba!

- VAI SE FERRAR! - arqueei as costas, agarrando sua cintura, o empurrando de volta para os armários.

Um gemido de dor saiu pela sua boca, e o estrondoso barulho das suas costas batendo no metal resistente do armário foram suficientes para que ele escorregasse até o chão e ficasse com o corpo praticamente quebrado ali mesmo.

- Você vai ver. - sua voz saiu falha.

- Se você conseguir sair daqui, eu te espero. - as vozes vindas dos outros corredores se aproximavam, me fazendo sair correndo.

Depois do que Jonas aprendeu hoje, ainda assim, dúvido que ele fique de boca fechada.

Dirigindo pela rua da casa de Megan, a música animada reverberava por todo o quintal da família Rose. Ao estacionar o carro em frente a casa amarela, os olhos verdes de Kate brilhavam. Ela sempre achou que tínhamos uma conexão, então por isso nunca me deixou solteiro por muito tempo. Portanto, agora as coisas seriam diferentes.

Passei para o lado do passageiro e usei a manivela para abrir os vidros do meu carro

- Megan! - gritei seu nome, ao vê-la conversando com um rapaz loiro e obviamente mais alto do que eu.

O mais impressionante, é que todos os garotos parecem mais altos do que eu! E isso me irrita tanto, que poderia até dizer que me afeta um pouco.

O ciúmes me pegou com toda a sua força. Eles ficavam bonitos juntos, me deixando enciumado para variar.

Você não é mais o namorado dela, Steve!

Mas o sentimento continua o mesmo.

O sorriso brota em seu rosto quando me vê. A garota sai correndo até mim, sem ao menos se despedir do rapaz. - sou honesto em dizer que me senti especial pela sua atitude.
Seus braços se apoiam na janela do carro.

- O que você está fazendo aqui? E O QUE É ISSO NO SEU ROSTO?! - seus olhos se arregalaram quando notou a mancha roxa no meu olho.

- Entra no carro. No caminho te explico. - passei para o lugar do motorista, e a ruiva abriu a porta, fechando logo em seguida.

- Para onde vamos? - sentou-se no meu lado.

- Por que você está parecendo a Penélope Cox? - entortei o nariz em uma careta.

- Cala boca e dirige! - desfez o rabo de cavalo, jogando para fora a fita amarela.

Os gritos de Kate diminuíam conforme nos distanciavámos da sua casa.

NOTA

Avizinhei = SINÔNIMO DE SE APROXIMAR

Atônita² = SINÔNIMO DE CONFUSO (A)

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