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44.

EMILY SAINZ
📍Nova York - Abu Dhabi
"Uma nova pessoa"

Votem e comentem!!!!

O sol se punha lentamente, tingindo o céu de laranja e rosa, enquanto a noite trazia consigo uma calma que parecia abraçar a alma. Eu encarava o horizonte, perdida nos meus pensamentos, refletindo sobre tudo que havia acontecido e o que ainda estava por vir. Esses três meses tinham sido exatamente o que eu precisava, um tempo para me reconstruir, para me recuperar do caos que dominava minha vida meses atrás. Agora, as coisas eram diferentes. Não perfeitas, mas tranquilas o suficiente para que eu pudesse respirar novamente.

Passei os dedos pelo corrimão da varanda, sentindo a textura fria do metal sob minha pele, como se aquilo me ancorasse na realidade. Era estranho pensar em como minha vida havia se transformado tão rapidamente, de uma tempestade avassaladora para uma calmaria quase surreal.

Mas, mesmo com essa paz, havia momentos em que o vazio insistia em aparecer. O que me aguardava lá na frente? Eu havia deixado tantas coisas para trás, tantas pessoas que fizeram parte da minha história. Por mais que fosse necessário, às vezes era inevitável me perguntar se o preço pago pela minha sanidade não havia sido alto demais.

Minha vida profissional, no entanto, havia ganhado um brilho diferente. Dedicar esse tempo aos estudos e ao aprendizado de coisas novas foi uma das melhores decisões que tomei. Cada detalhe, cada esforço, contribuiu para melhorar não apenas o meu trabalho, mas também a confiança que eu sentia em mim mesma. Eu estava orgulhosa, genuinamente feliz, porque finalmente enxergava o resultado do meu esforço e da minha dedicação.

Esses meses aqui foram transformadores. Eu precisava disso, tempo para me organizar, para alinhar minha mente e minha vida. Ainda havia incertezas, é claro, mas, pela primeira vez em muito tempo, senti que estava no caminho certo. Não era só sobre construir uma carreira, mas sobre construir a mim mesma.

O som do meu celular quebrou o silêncio e, ao olhar para a tela, vi o nome de Rosalina brilhando. Um sorriso imediato surgiu no meu rosto. Como de costume, ela sempre me ligava no fim do dia, e aquilo se tornara uma espécie de ritual reconfortante.

— Oi, Rosa! — Atendi, já antecipando o tom animado da voz dela. —

— Oi, Lily! Está tudo bem com você? — Perguntou, com aquele tom carinhoso que sempre me fazia sorrir. —

— Estou sim, e com você? Está tudo indo bem com a pequena Mia? — Respondi, curiosa e animada para ouvir novidades. —

— Ah, está tudo ótimo! — Rosalina riu suavemente. — Cada dia mais pesada, mas firme e forte. Essa menina já está treinando pra ser uma jogadora, com os chutes que dá.

— Não tenho dúvidas disso! — Ri, imaginando a cena. — Aposto que vai ser tão cheia de energia quanto a mãe.

— Não sei se isso é um elogio ou uma indireta. — Ela brincou, fazendo-me rir ainda mais. — Mas e você? Como está aí, aproveitando os últimos dias? Já está se sentindo pronta pra voltar?

Suspirei, olhando para a janela onde o sol começava a se pôr.

— Acho que pronta é uma palavra muito forte, Rosa. Mas, sim, sinto que estou mais preparada. Esses meses me fizeram bem, sabe?

— Isso é o mais importante, Lily. Você precisava desse tempo pra se cuidar. E olha, independente do que aconteça, você tem gente aqui torcendo por você. — A voz dela ficou suave, mas cheia de determinação. —

— Obrigada, Rosa. De verdade. — Falei, sentindo o calor das palavras dela confortar meu coração. —

— Então isso quer dizer que vou encontrar você no fim de semana na corrida? — Ela perguntou, animada. —

— Claro que sim! Se eu não for, meus pais provavelmente me deserdam. — Brinquei, rindo. — Mas, falando sério, eu vou. Prometi ao Carlos, e não sou de voltar atrás.

— Boa garota! Ele vai ficar feliz de te ver lá, você sabe o quanto isso significa pra ele. — Rosalina respondeu com um tom carinhoso. —

— Eu sei. E, pra ser honesta, também vai ser bom pra mim. — Admiti, olhando pela janela. O pensamento de voltar para aquele ambiente familiar e cheio de emoções trazia uma mistura de ansiedade e empolgação. —

— Então está combinado. Nos vemos lá! — Rosalina disse, antes de hesitar por um momento. — E, Lily… talvez você deva se preparar. Eu sei que já superou muita coisa, mas voltar pode trazer algumas memórias. Apenas lembre-se de que você é forte, tá?

— Obrigada, Rosa. Prometo que vou ficar bem. — Falei, tentando passar mais confiança na minha voz do que realmente sentia. —

— Falando com a Lily e nem me avisa, Rosita? — A voz de Charles surgiu no fundo, animada. — Oi, Lily! Estou com saudades.

— Intrometido! — Escutei Rosalina resmungar, mas dava para sentir o sorriso na voz dela. —

— Oi, Charles! — Respondi, rindo. — Também estou com saudades. Como estão as coisas por aí?

— Tudo ótimo, mas seria melhor com você aqui. — Ele disse, num tom que misturava sinceridade e brincadeira. — Rosalina está me fazendo trabalhar dobrado.

— Dobrado? Você mal levanta do sofá! — Rosalina retrucou, claramente revirando os olhos. —

— Mentira, Lily. Eu sou um homem ocupado, cheio de tarefas importantes. — Ele disse, fingindo um tom sério, antes de rir. —

— Claro que é, Charles. Estou imaginando você “ocupadíssimo” com os jogos no celular. — Brinquei, entrando na provocação. —

— Ei, não entrega meus segredos assim! — Ele respondeu, com uma risada. —

— E você, Lily? Preparada para a corrida no fim de semana? — Rosalina perguntou, retomando o foco da conversa. —

— Preparada, eu acho. Vai ser bom ver todos vocês de novo. — Respondi, embora meu coração pesasse um pouco ao pensar no que poderia me esperar lá. —

— E vai ser ótimo ter você lá. — Charles disse, num tom mais leve. — Mas, por enquanto, aproveite sua paz aí. Porque quando te vermos, vamos te arrastar para todos os lados.

— Isso eu não duvido. — Falei, rindo. —

— Tá bom, sai daqui, Charles! — Rosalina disse, num tom brincalhão, mas firme. — Agora ele acha que só porque vamos nos casar daqui a algumas semanas tem o direito de ficar pegando meu celular assim só pra falar com você.

— Ei, eu só queria matar a saudade da Lily! — Charles rebateu, rindo, mas deu para ouvir ele se afastando. — E, além disso, você sabe que eu sou irresistível!

— Irresistível pra quem, Charles? — Rosalina retrucou, e eu ri ao ouvir a leve discussão entre eles. —

— Vocês dois são incríveis. — Comentei, interrompendo. — Acho que preciso visitar vocês mais vezes só pra me divertir com essas trocas de farpas.

— Ah, Lily, você nem imagina. Ele fica ainda pior quando está nervoso com os preparativos do casamento. — Rosalina suspirou, mas sua voz entregava o sorriso que provavelmente estava em seu rosto. — E aí, quando você volta de vez?

— Ainda não sei, Rosa. Estou tentando aproveitar ao máximo esses últimos dias aqui. — Respondi, honesta. — Mas prometo que não vou demorar.

— Melhor mesmo. Estamos contando os dias pra ter você aqui. — Rosalina disse, com ternura na voz. — E, por favor, não esquece que você prometeu ajudar no meu casamento.

— Como eu poderia esquecer? Não se preocupe, vou estar aí pra tudo. — Respondi, sorrindo. —

— Melhor assim. Porque, se não estiver, eu mesma vou atrás de você! — Ela brincou, mas o carinho em suas palavras era evidente. —

— Não vou te dar esse trabalho, Rosa. Prometo. — Falei, com uma leve risada. —

— Certo, então vá descansar um pouco. A gente ainda tem muita coisa pra planejar e conversar quando você voltar.

— Combinado. Boa noite pra vocês dois.

— Boa noite, Lily. — Rosalina respondeu, e eu podia ouvir o sorriso na voz dela antes de encerrar a ligação. —

Assim que desliguei, encarei o celular por um momento, sentindo uma mistura de alívio e saudade. Apesar de estar longe, essas chamadas me faziam sentir que não estava sozinha, que ainda tinha um lugar para onde voltar.

Coloquei o celular na mesa ao lado e caminhei até avaranda. A cidade brilhava sob o céu escuro, as luzes dançando como estrelas na terra, enquanto o vento fresco acariciava meu rosto. Esses últimos meses tinham sido transformadores, um período necessário para me reencontrar e reconstruir. Mas, no fundo, eu sabia que o retorno para casa seria um novo começo, mesmo que isso significasse encarar novamente tudo o que deixei para trás. Inclusive ele.

¤¤ 🇪🇸 ¤¤

Ao desembarcar, a onda de calor de Abu Dhabi me atingiu como um choque. Vestida para o inverno de Nova York, senti o desconforto imediatamente, arrependendo-me da escolha de roupa. Suspirei, tentando me adaptar ao calor sufocante. Cheguei dois dias antes da corrida para aproveitar mais tempo com Rosalina, mas, naquele momento, tudo o que queria era me livrar do casaco pesado.

Peguei meu celular para verificar a mensagem de Carlos. Ele havia dito que chegaria em meia hora, mas percebi que a mensagem era de uma hora atrás. Meu olhar vagou pelo saguão movimentado do aeroporto, mas não vi nenhum sinal dele. Suspirei novamente, puxando minha mala enquanto caminhava devagar pelo corredor.

O clima quente parecia intensificar a impaciência que crescia dentro de mim. Por que ele sempre se atrasava? Pensei, tentando encontrar um lugar mais fresco para esperar. Meu celular vibrou, e uma nova mensagem de Carlos apareceu na tela.

"Ei, Lily! Estou preso no trânsito, mas já estou chegando. Não se preocupe, prometo que não te deixo esperando muito mais tempo."

Revirei os olhos, mas sorri. Era típico dele, sempre com alguma desculpa charmosa. Encontrei um canto próximo a uma cafeteria e me sentei, aproveitando para pedir algo gelado enquanto esperava.

Não demorou muito para que, finalmente, vi Carlos surgir pelo saguão. Ele estava sorrindo, visivelmente aliviado por me encontrar, e foi direto até mim.

— Desculpa o atraso, o trânsito estava uma loucura — ele disse, um sorriso de desculpas no rosto. —

— Como sempre, né? — Respondi, levantando-me para encontrá-lo, sorrindo também, mas aliviada por ele finalmente estar ali. —

— Atrasado, mas cheguei, pelo menos, né? — Carlos disse com um sorriso travesso. —

— Nisso você tem razão — Respondi, ainda sorrindo, mas com um tom leve de brincadeira. —

Ele deu uma risada, passando a mão na nuca, parecendo se desculpar sem palavras.

— Certo, agora vamos. Combinei de almoçarmos com nossos pais e a Blanca. — Carlos falou, já começando a andar em direção à saída do aeroporto. —

Assenti, pegando minha mala e seguindo-o. A ideia de passar o tempo com eles me animava, especialmente com a Blanca, que sempre sabia como deixar o ambiente mais leve e divertido.

— Vai ser bom ver todos. Quanto tempo desde o último almoço em família, né? — Comentei enquanto caminhávamos. —

— Sim, faz tempo. Acho que a última vez foi quando você foi para Nova York, e depois disso... bem, as coisas ficaram meio corridas. — Carlos disse, jogando um olhar de cumplicidade para mim. —

Eu sabia que ele estava se referindo à minha mudança para a cidade e a correria que ela trouxe para as nossas vidas. Mas agora, com tudo se acalmando, parecia que as coisas estavam voltando ao seu curso normal.

— É, você estava mais ocupado tentando correr o mundo e me deixando com as saudades — Comentei com um sorriso, brincando com ele. —

— Ah, claro, você deve ter morrido de saudades de mim, né? — Carlos respondeu com um sorriso travesso, fazendo uma cara exagerada de quem se acha o centro do mundo. —

— Com certeza. Como sobrevivi sem sua presença imensa, não sei — Ri, sabendo que ele adorava esse tipo de provocação. —

Ele deu uma risadinha, segurando a porta do carro para mim quando chegamos, sempre com aquela atitude de irmão mais velho que tenta parecer sério, mas não consegue.

— Você vai se acostumar, pode deixar. Só um dia sem minha companhia já é tempo suficiente para perceber que não há vida sem mim. — Ele falou com tom de brincadeira, colocando as mãos nos quadris como se fosse um super-herói. —

— Acho que o mundo sobreviveu muito bem sem você, Carlos. — Sorri, entrando no carro. —

— Ninguém sobrevive sem um Carlos Sainz, eu sou muito bonito e desejado, você sabe disso. — Ele disse com aquele sorriso convencido que só ele sabia dar. —

— Meu Deus, esses meses fizeram seu ego crescer, não é possível. — Respondi, revirando os olhos, mas com um sorriso divertido. —

— Eu não estou mentindo, você sabe disso. — Ele insistiu, ajustando os óculos de sol enquanto começava a dirigir, claramente se achando. —

— Eu é que não vou alimentar esse seu ego, Carlos. — Retruquei, cruzando os braços como se estivesse brava, mas ele sabia que eu estava brincando. —

— Ah, vai sim. É impossível resistir ao meu charme natural. — Ele piscou para mim, tirando os olhos da estrada por um segundo só para me provocar. —

— Seu charme natural só serve pra você mesmo, porque ninguém mais cai nessa conversa. — Eu ri, e ele balançou a cabeça como se estivesse indignado. —

— Não seja assim, Lily. Tenho certeza de que você perdeu muitos momentos incríveis nesses meses sem mim. — Ele fez um drama exagerado, levando uma mão ao peito como se tivesse sido ofendido. —

— Momentos incríveis como ouvir você se gabar sem parar? Ah, sim, sinto que perdi muito. — Falei, rindo. —

— Que bom que você reconhece que sem seu irmão você não vive. — Ele respondeu, lançando um sorriso convencido na minha direção. —

— Convencido é seu sobrenome, Carlos. E, só pra constar, eu não vivo sem a Blanca, porque você só me dá prejuízo e péssimos conselhos. — Retruquei, arqueando uma sobrancelha. —

— Isso é ingratidão! Eu aqui me esforçando pra ser o melhor irmão do mundo, e você me trata assim? Tudo bem, Emily. — Ele respondeu com um sorriso desafiador. —

— Ah, Chilli, chega dessa ladainha e dirige logo esse carro. Do jeito que você enrola, só vamos chegar ao hotel amanhã. — Retruquei, cruzando os braços e fingindo impaciência. —

— Você é tão impaciente, Emily. Aposto que sente falta das minhas histórias incríveis. — Ele provocou, mas acelerou um pouco o carro, rindo. —

— Histórias incríveis? Sério? Porque o que eu lembro é você sempre enchendo o saco e me convencendo a fazer as maiores besteiras.

— Besteiras que sempre terminavam bem, graças ao meu talento e carisma. — Ele respondeu, piscando. —

— "Terminavam bem"? Carlos, a gente quase foi expulso daquele hotel na última viagem! — Falei, apontando pra ele, enquanto tentava manter a cara séria. —

— Foi um mal-entendido. E, convenhamos, a aventura valeu, não valeu?

Eu não pude evitar rir, porque, apesar de tudo, ele estava certo. Carlos tinha o dom de transformar situações caóticas em memórias inesquecíveis.

— Você não tem jeito, Carlos. E, por incrível que pareça, é por isso que eu gosto tanto de você. — Falei, revirando os olhos, mas com um sorriso. —

— Sabia que no fundo você me ama. — Ele respondeu, finalmente diminuindo a velocidade quando o hotel apareceu à frente. —

— Ama é exagero. Vamos dizer que eu te aturo bem. Agora anda logo, estou morrendo de fome.

— Já estamos aqui, Lily. Prepare-se, porque o Carlos "Melhor Irmão do Mundo" Sainz vai te impressionar ainda mais nesse almoço.

— Ah, Carlos, chega de lerdeza. Se você não dirigir esse carro direito, só vamos chegar amanhã no hotel. — Reclamei, rindo, enquanto ele fazia um drama fingindo estar ofendido. —

— Calma, Emily, estamos quase lá. E pode parar de ser impaciente, porque eu já resolvi tudo. — Ele disse, piscando para mim enquanto estacionava em frente ao hotel. —

Descemos do carro, e ele tirou uma chave do bolso, entregando-a com um sorriso satisfeito.

— Aqui está, senhorita. Já cuidei do seu quarto. Sem filas, sem complicações. Sou ou não sou o melhor irmão do mundo? — Disse, colocando as mãos nos bolsos e arqueando as sobrancelhas. —

— Impressionante. E eu que achei que você só servia pra falar de você mesmo. — Retruquei, pegando a chave. —

— Vamos direto pro restaurante, então? — Ele sugeriu, apontando em direção à entrada do hotel. — Nossos pais e a Blanca já estão lá nos esperando. 

Concordei, ajustando a alça da minha bolsa no ombro, e seguimos até o restaurante. Assim que entramos, avistei nossos pais e Blanca sentados em uma mesa perto da janela, conversando animadamente.

— Finalmente, os atrasados chegaram. — Blanca comentou, levantando-se para nos cumprimentar com um sorriso. —

— Culpa da Emily, que quis fazer drama sobre o trânsito. — Carlos respondeu, rindo e me provocando. —

— Aham, claro. — Revirei os olhos enquanto cumprimentava todo mundo. — Mas olha só, estou aqui, então acho que já está tudo resolvido.

— Ah, vem cá, me dá um abraço, Lily! — Blanca me puxou para um abraço apertado, o que me fez rir. —

— Estava com tanta saudade assim? — Perguntei, retribuindo o gesto com carinho. —

— Você nem imagina! O Carlos consegue ser insuportável quando você está longe. — Ela respondeu, me soltando e lançando um olhar divertido para ele. —

— Ei! Eu ouvi isso! — Carlos reclamou, colocando a mão no peito, fingindo indignação. — Vocês fazem parecer que eu sou o problema aqui.

— Mas você é, Carlos. — Falei, sorrindo enquanto pegava um dos petiscos da mesa. — Até sua própria irmã sabe disso.

— Não acredito nisso. Ingratidão pura. Blanca, você está me traindo assim? — Ele cruzou os braços, dramatizando. —

— Só estou falando a verdade, Carlos. Se quiser melhorar sua reputação, comece a ser menos... você. — Blanca provocou, rindo. —

— Nossa, quanta crueldade. — Carlos balançou a cabeça, fingindo tristeza. — Tá bom, eu vou ficar quieto.

— Isso eu quero ver! — Brinquei, enquanto todos riam e o clima leve continuava ao redor da mesa. —

— Lily, você está tão linda! — Minha mãe disse, com um sorriso orgulhoso, enquanto me observava com atenção. —

— Obrigada, mãe. — Respondi, sentindo minhas bochechas esquentarem um pouco. —

— Mas tem algo diferente em você. — Meu pai comentou, franzindo a testa como se estivesse tentando desvendar um mistério. —

— Eu cortei o cabelo. — Respondi, rindo levemente. —

— Ah, é isso! — Carlos exclamou, apontando para mim. — Por isso parece que você está diferente. Eu sabia que tinha alguma coisa.

— Não é só o cabelo, Carlos. — Meu pai disse, sorrindo com ternura. — É que ela está com um brilho, como há tempos eu não via.

— Concordo. — Minha mãe completou, com um brilho nos olhos. — Parece que esses meses longe fizeram bem pra você, Lily.

— Acho que fizeram mesmo. — Respondi, tentando conter a emoção que as palavras deles despertaram. — Foi um tempo necessário pra mim.

— Bom, só não pode ficar mais tão longe assim. — Minha mãe brincou, mas o tom de saudade era evidente. —

— Prometo que vou ficar mais perto agora. — Disse, enquanto sorria para eles. —

— Fala isso, mas na primeira oportunidade você vai nos abandonar de novo. — Carlos provocou, cruzando os braços e fingindo estar ofendido. —

— Para de drama, Carlos. — Respondi, revirando os olhos. — Você sabe que isso não é verdade.

— Sei, sim. Você não consegue ficar longe do irmão mais incrível do mundo por muito tempo. — Ele piscou, colocando as mãos atrás da cabeça com uma expressão convencida. —

— Meu Deus, quem aguenta? — Falei, olhando para os meus pais como se pedisse socorro. —

— Só nós mesmos. — Minha mãe riu, enquanto meu pai balançava a cabeça com um sorriso. —

— Vai ver é saudade disfarçada. — Carlos insistiu, fazendo todos rirem. —

— Saudade? Mais fácil eu sentir falta da bagunça da Blanca do que de você. — Retruquei, entrando na brincadeira. —

— Ingrata. — Ele fingiu indignação. — Mas tudo bem, vou superar. Afinal, nem todo mundo sabe valorizar uma estrela como eu.

— Claro, você é uma grande estrela, Chilli. — Falei, rindo e revirando os olhos. —

— Eu vou fingir que isso não foi sarcasmo. — Carlos respondeu, colocando os óculos de sol como se fosse um astro de cinema. —

Esses momentos, por mais simples que fossem, só reforçavam o quanto eu me sentia bem ao lado da minha família.

Enquanto Carlos falava sem parar sobre tudo o que tinha acontecido nos últimos meses, minhas mãos brincavam distraidamente com o guardanapo sobre a mesa. Eu tentava prestar atenção, de verdade, mas minha mente estava inquieta. Talvez fosse o cansaço da viagem, ou talvez fosse apenas um pressentimento.

Foi então que, por puro reflexo, meus olhos vagaram pelo restaurante. E, no instante em que o vi, meu coração parou por um segundo, apenas para depois disparar em um ritmo frenético.

Lando.

Ele estava ali, a poucos metros de mim, distraído em uma conversa, rindo de algo que alguém havia dito. O sorriso dele… aquele mesmo sorriso que eu conhecia tão bem, que um dia foi meu refúgio, agora parecia pertencer a outro mundo. Ele não me viu, e por um momento eu me permiti apenas observá-lo, tentando entender o turbilhão de emoções que tomava conta de mim.

Parecia que todos esses meses tinham passado em vão, porque, naquele instante, tudo o que eu senti antes voltou com uma força avassaladora.

001.  Oie amores, voltei a atualizar tá meio corrido dia de semana porque voltaram minhas aulas e estudo integral então por isso a falta de atualização, só peço que votem e comentem talvez eu voltei com capítulo amanhã.

002. Desculpa qualquer erro ortográfico. Espero que estejam gostando da Fanfic.

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