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Correndo para fora da cabine de vestuário com o bilhete em mãos com uma súbita inquietação, Eren entra em alerta quando usa dos braços da poltrona para se pôr de pé ao vê-la tão aflingida, imediatamente o alcançando uma vez que viu o pedaço de papel em sua mão. Por fim, após desdobrá-lo e correr as írises redondas e esmeraldas com precisão e rapidez por algumas linhas breves antes de empalidecer de ira, porém não direcionada a você. Sabe disso quando o assiste se conter para não amassar a mensagem.
— Como ele ousa... — As sobrancelhas castanhas vacilam, tremulando com o mínimo de sentimento no qual o Jeager está deixando aflorar em sua pele alva. Ele pensa por dois segundos exatos enquanto você espera por um movimento dele — Nós precisamos ir. Pegue suas roupas.
Eren esvazia a carteira no balcão, todo o dinheiro — e se pelo menos é somente uma parte, é grande — e algumas moedas perdidas aleatoriamente.
— Monsieur, seu troco!
— Fique com ele!
Uma vez que você tenha voltado com as peças de roupa e uma outra funcionária a auxilia, colocando-as em uma bolsa, você mal tem tempo de organizar todas as sacolas de comprar com suprimentos artísticos e de vestes em uma mão quando o moreno a agarra pela outra, arrastando-a para fora do estabelecimento com pressa deliberada.
Alguns minutos mais tarde, o Jeager já a soltou ao que transitam por uma rota vertiginosa em direção ao hotel, esgueirando-se através de becos os quais cortam caminhos entre uma avenida e outra, mantendo-se escondidos pelas sombras mínimas das marquises, no caso de alguém estar os seguindo. Você ainda está meio atrapalhada com todas as coisas que carrega ao mesmo tempo em que o acastanhado puxa uma caneta para fora do bolso de seu sobretudo e começa a decifrar o bilhete, ainda caminhando apressadamente, um pé atrás do outro de forma tão rápida que assistir era apenas um borrão e se perguntava se ele não iria acabar tropeçando.
No entanto, de novo, tudo sobre Eren Jeager é minunciosamente calculado. Com a folha sobre uma das mãos servindo como apoio, com a outra ele rabiscava e de repente, ele escreve algo em francês como uma assinatura, de tão veloz que o faz: a resposta. Seus olhos estão sutilmente arregalados.
— Uou, isso foi rápido!
O Jeager apenas franze a testa, linhas duras de seu descontentamento expostas nos vãos profundo e escuros nas linhas de seu rosto afiado.
— É uma provocação. Essa não é a real resposta, é um código duplo. Terei que reorganizar os símbolos para encontrar um significado oculto.
— Bem, você é um mandachuva espertalhão, não é? — Sorrindo de canto, tenta dar uma guinada no ego do Lorde Ladrão, em caso de isso ajudá-lo a pensar com mais clareza, apenas um apoio emocional, embora ele não pareça alguém que precisa disso, não quando Eren continua focado no pedaço de papel — Quão difícil isso pode ser?
[...]
Muito difícil, aparentemente.
O Jeager segue trabalhando sem parar no código, e no próximo dia ele está em um beco sem saída e totalmente lívido.
— É de Floch Forster, disso eu sei.
— Achei que você ficaria feliz em ter um oponente digno. — Armin debocha, erguendo as sobrancelhas.
— Um oponente "digno" não deixa recados subliminares no provador de uma mulher.
O acastanhado quase cospe as palavras, ríspido, ao enfatizar o adjetivo obviamente sarcástico como o ácido borbulhante em um frasco de químico.
— Foi onde Barbara o encontrou? — A Ackerman arregala seus bonitos olhos azuis, os dentes trincando por um milésimo de segundo — Que atroz...
Por conseguinte, Eren ruma em direção ao próprio quarto, resmungando algo sobre a necessidade de uma pausa. Imediatamente, seu rosto se ilumina e arqueia a sobrancelha, curiosa e respondendo aos próprios pensamentos.
Ele faz pausas? Agora isso eu tenho que ver.
Logo, após um momento de hesitação, você resolve o seguir até o cômodo apenas para encontrá-lo sentado em vez de rondando de um lado para o outro, consumindo a mente com possíveis soluções de forma que suas engrenagens mentais pudessem ser ouvidas. E ele não está só sentado... Suas mãos estão atrás das costas, os pulsos presos por um par de algemas enquanto ele está tentando se desvencilhar delas. Você congela no seu caminho, piscando várias vezes mas de forma deliberadamente lenta em busca de tentar clarear sua visão para como se o que houvesse acabado de ver só pudesse ser efeito de drogas.
— Você é absurdamente louco. Alguém já te disse isso?
— Tenho que me esquivar do problema, mas ainda preciso manter minha mente ativa. Então posso enxergar sob outra perspectiva.
— Não pode simplesmente ler um livro? Ter uma conversa estimulante com um amigo?
O Jeager assobia brevemente assim como uma cobra, mas é apenas por uma fração de segundo, para mostrar seu desprezo.
— Tedioso. — O moreno remexe os ombros e você escorrega seu olhar para as veias sutilmente proeminentes em seu antebraço quando ele se flexiona. Ele desmancha a careta que estava fazendo e dita simples: — Mas sua conversa não está me entediando. Você pode ficar.
— Que gracioso, meu Lorde.
— Sempre me surpreendo com alguém tão ingênua como você com olhinhos de corça possa ser tão sarcástica.
Eren diz isso com um sorriso decorando suas características faciais, nada como se estivesse irritado, pelo contrário... quase como se gostasse. Você finge estar chocada, e solta um suspiro incrédulo e ridiculamente dramático ao chacoalhar a cabeça e franzir as sobrancelhas, indignada.
— Você pode sentir surpresa? Achei que você era muito frio para sentir emoções.
— Minha temperatura é a mesma de qualquer outro homem. — O Jeager levanta o queixo, esnobe ao atracar o jogo de provocações — Eu poderia te mostrar, se você quiser.
— Parece que você não está realmente em posição de mostrar algo a alguém. — Você bufa, porém ainda sorrindo — Honestamente, quem se algema de propósito?
Não sem um parceiro, pelo menos...
Repreendendo-se, morde a bochecha quando apenas cogitar o pensamento deu início a um rubor se espalhar as maçãs do rosto. Conteu-o, e logo se recompôs. Eren fica imóvel, apenas a fitando através dos cílios escuros e írises cor de jade, permanecendo em silêncio ao observá-la. Uma vez que ele não diz nada, você também não.
— Talvez eu tenha mordido mais do que eu posso mastigar. Eu estava frustrado por subestimar Forster.
— Cacete, são duas emoções em um dia!
Você percebe que chegou perto o suficiente para que ele pudesse a tocar, caso suas mãos estivessem livres. Como se o seu corpo estivesse inconscientemente enraizado no pensamento, desejando que ele o fizesse. Então, de repente, Eren salta para cima. E antes que possa reagir, invertendo posições e lhe algemando na cadeira.
Ele se soltou?!
O moreno de fios chocolate ri, alegre, vitorioso e exultante, os lábios esticados de orelha a orelha presunçosamente. Ele se inclina contra a sua mesa para estudá-la.
— Que posição interessante você está, senhorita Quinn. O que vou fazer com você?
Seu coração tamborila no peito. Sabe que não está fantasiando o calor que está emanando dos olhos do Jeager: interesse genuíno, tão brilhante e caloroso que faz lhe querer se banhar nele. No entanto, vai embora tão rápido quanto veio após o moreno cerrar as pálpebras por um instante, como se reestruturasse os pensamentos e ele espreguiça como se estivesse cansado.
— Se você faz parte da Asas da Liberdade, deve aprender como se livrar de algemas. Eu vou fazer um sanduíche.
O quê?!
Por fim, Eren gira nos calcanhares, caminhando para fora do quarto, deixando-a presa à cadeira e agitação gradualmente se instala em você, deixando-a transtornada.
— Eren?! Ei! Volte aqui!
Logo, bufando todo o ar que tem em seus pulmões, até o que não tinha, em um suspiro exageradamente exasperado, conta internamente até três. Um, dois... sete, oito, nove e dez.
Não adiantará de nada. Sabe que mesmo que o cretino volte aqui, será em vão, porque ele também não vai soltá-la. Precisa fazer isso sozinha e por conta própria. Não é só um teste. É uma provação para si mesma, um desafio para se superar. Portanto, decide buscar por ferramentas, tem que haver uma maneira de sair disso.
Talvez haja chaves em sua escrivaninha?
Você tenta usar o seu peso para empurrar a cadeira, mas é de padeira pesada e está em um ângulo tão estranho e inesperado que não consegue movê-la mais do que quinze centímetros. Não vai deixá-lo ganhar, de jeito nenhum!
Grunhindo frustrada, está meditando sobre seu próximo plano quando Jean enfia cautelosamente a cabeça entre o vão da porta, curioso.
— Ah, a velha técnica de "algemar-o-novo-contratado-em-uma-cadeira".
— Isso é normal por aqui?!
— Uma espécie de rito de iniciação de piada aqui, sim. Embora eu ache que você é a primeira pessoa que ainda não já sabe como se livrar de algemas. — Ele dá um passo para dentro, sorrindo amplamente, mas apenas para ver com o que você está lidando e então o Kirstein assobia, apenas como um espectador na primeira fileira da plateia assistindo uma apresentação de circo na qual já conhece a tática, mas ainda se impressiona. Você o dá um olhar mortal, sem erguer a cabeça para encará-lo diretamente nos olhos, esperando que ele fale — Ele te deu algemas duras em vez das fáceis.
— Ele o quê?! — Vocifera desaforadamente, quase sentindo fumaça escapar das suas orelhas e você cora de raiva, mas Jean apenas sorri, inabalado por assistir algo o qual ele mesmo provavelmente já passou.
— Isso significa que ele te respeita.
— Ele ainda é um-!
— Um idiota total, oh sim. Absolutamente.
— Então você pode me ajudar?
— Desculpe, amor, mas eu não devo interferir. — Jean balança a cabeça em negação, mas ainda empático — A experiência é a melhor forma de aprender. E talvez Eren esteja brincando com você, mas talvez ele tenha feito isso por um motivo. Os planos do cara sempre têm algum tipo de efeito borboleta. Se eu te ajudar agora e mexer com a regra de xadrez dos 18... isso vai atrapalhar.
— Ainda acho que isso não é sobre respeito, e sim sobre ele ser um completo imbecil.
Com isso, Jean dá de ombros, prensando os lábios em uma linha fina como se concordasse, mas não completamente. Talvez você também não esteja vendo sob outra perspectiva, cegada pela fúria... Então ele sai, deixando-a entregue ao seu destino. Entretanto, ainda ferve por mais um minuto inteiro quando dessa vez quem entra é Phoenix antes de pular e se acomodar na mesa do Jeager.
— Ei, Nix! Traga-me alguma chave! — A felina a observa mortalmente bem dentro dos olhos como se falasse: "como. você. ousa. se. dirigir. a. mim?" Você solta o peso de seus ombros, arqueando as sobrancelhas e fazendo um beicinho — Vamos, Nix! Com que frequência Eren deixa você derrubar coisas da mesa dele? Linda gatinha, doce gatinha, gatinha perfeita, melhor gatinha do mundo.
A gata apruma sua postura, as orelhas se alteando conforme ela tomba a cabeça em interesse e em seguida, lentamente e deliberadamente, desliza um pote de clipes de metais.
Perto o suficiente, boa garota!
O pote se abre e eles se espalham aos seus pés, logo você consegue se agachar, pegar um e dobrá-lo. Após dois minutos breves de luta, consegue destrancar a fechadura da algema e logo se levanta, saindo correndo para fora e em direção a sala comunal, ainda meio atrapalhada em tirá-las do pulso, porém finalmente consegue e assim que chega, a Asas da Liberdade está reunida, falando sobre você. A primeira pessoa que escuta é Levi, quem tem os braços cruzados, usualmente sério e um pouco carrancudo.
— Você não acha que deveria ensiná-la sobre o que fazer antes de jogá-la aos tubarões?
— Não é isso que estou fazendo. Ela está aprendendo na segurança da nossa sede.
— Claro, mas você não precisa ser um idiota sobre isso.
— Porra, como eu concordo!! — Aproveitando a deixa, você franze as sobrancelhas ao que adentra na sala finalmente se revelando enquanto acena em concordância, entrando na conversa com as algemas erguidas como uma entrada triunfal — Eu ganhei de qualquer maneira. Mas aqui está.
De pé, você solta as algemas, jogando-as sobre a mesma em um gesto irritado. Quer tirar o sorriso arrogante do rosto de Eren, mas não é isso que acontece. Ao invés disso, ele se funde em algo verdadeiro, puro. Quase doce e terno. Ele está orgulhoso de você. O Jeager se dirige ao Ackerman sem desviar a atenção das suas írises âmbar enquanto você se perde nas esmeraldas dele, apenas como bolinhas de gude. Vocês estão tendo mais uma daquelas discussões de olhares em que nenhum dos dois vai ceder.
— Viu? Eu te disse que ela poderia lidar com isso. Quinn não é alguém para ser subestimada. — Levi desiste da discussão ao que Jean assobia, contente — Vá vestir uma de suas roupas novas, temos negócios a tratar.
[...]
As roupas novas encaixam perfeitamente, e você tenta não corar com o Eren acertando suas medidas. A camursa real, macia e flexíve contra sua pele como se estivesse abraçada pela maciez das nuvens de algodão.
— Como eu estou?
— Adequada.
Recebe a resposta usual do acastanhado, implacável. Apesar de que por um mero segundo, houve uma fagulha de calor em seus olhos verdes, mas talvez você tenha imaginado. Com um bufo, você se vira para os outros e a primeira figura em que seus olhos imediatamente pousam é Arlert, e como se ele adivinhasse que estivesse perguntando para ele, o loiro sorri brilhantemente, cortejando-a.
— Você tem certeza de que não escolheu por si mesma? Combina tão bem com você que quem quer que tenha feito devia estar prestando muita atenção.
Há uma provocação escondida por detrás de seu tom de voz melódico estendido nas palavras, ele está alfinentando o amigo. No entanto, está ocupada demais em perceber que ninguém no Le Petite Ceinture olha para você como se fosse um peixe fora d'água. Logo, todos se encontram com Yelena, quem os guia para um canto mais silencioso e desembrulha um retângulo de madeira.
— Aqui está a moldura vintage que você encomendou.
— E o restante dos nossos materiais? — A loira abana a cabeça, fechando os olhos por um instante ao dar de ombros.
— Isso vai demorar um pouco mais. Não é fácil encontrar telas do século XIX... Ou pelo menos, não aqueles que passaram por historiadores profissionais.
Século dezenove?
Seu estômago afunda um pouco, pinturas daquela época podem ser bem complicadas...
— Jeager. — Você é sacudida para fora dos seus pensamentos quando Floch se aproxima. E ao contrário da última vez, ele está sorrindo — Você ainda não descobriu meu código. Estou desapontado. Nem é tão difícil assim.
O ruivo faz um falso beicinho com pena.
— Você. — Em dois passos curtos e ligeiros como um guepardo, depois de rosnar entredentes, Eren está diante de Forster, muito perto para ser uma distância segura e você pode ver como os olhos dele transbordam ira em seu genuíno estado e sua mandíbula está cerrada — O que quer que você esteja aprontando, é entre nós dois. Se você quiser me enviar uma mensagem, envie-a para mim. — A voz dele aumenta gradativamente, o mais alto que você já ouviu desde que o conheceu quando ele aponta para você sem desviar a atenção do outro — Deixe meu pessoal– deixe ela fora disso.
O Le Petite Ceinture inteiro pausa. É a primeira vez em que assiste a compostura de Eren vacilar, e talvez a primeira para todos aqui. Até mesmo Floch parece perplexo, mas ele se recobra rapidamente, presenteando-a com um olhar sagaz sobre o ombro de Eren.
— Você não faz as regras, Jeager. Em breve, você vai aprender isso.
[...]
Mesmo quando estão de volta na sede no hotel, o olhar que Forster a deu continua fazendo os pelos de sua pele rastejarem, e tenta focar na pintura ao invés disso para expulsar a imagem que fez sua garganta retorcer em nós.
O que possivelmente você estará replicando no assalto? Como vai parecer?
Enquanto isso, não pode perguntar ao moreno se ele tem algum palpite pois ele está muito ocupado no código.
— Eu reorganizei os símbolos de todas as maneiras que poderiam fazer sentido. Linear, invertido, pelas regras gramaticais e sete idiomas diferentes–! E nada!! — Ele esfrega a têmpora — Eu preciso de mais café.
Jeager alcança a folha de papel antes de bater os pés indo em rumo ao seu quarto com Armin em seus calcanhares.
— Você absolutamente não precisa! Você não se lembra do que aconteceu da última vez?!
Olhando por fora, o loiro tem uma feição agonizante adornando o rosto angelical antes de ambos mergulharem no cômodo de Eren, e embora pareça uma história engraçada não há ninguém da guilda por perto para interrogar.
Suspirando, você resvala seu pincel com a tinta na tela em branco, deixando a si mesma pintar o que aparece em mente e certo. Depois de alguns minutos, o rosto de Eren toma forma na página, tindo do jeito que fez no parque, os dentes brancos à mostra, luz do sol clareando seus fios chocolates em uma iluminação bonita e quente. Aberto e à vontade com você, mesmo que por apenas um segundo.
É tão fácil desenhar ele, mesmo da memória. Dessarte, sabe que deveria estar desapontada consigo mesma, porque isso significa que você olha para o lorde ladrão mais do que deveria, mas não pode lidar com osso.
Eu sou quem eu sou. Eu gosto do que eu gosto.
Eren é lindo, e você como artista deveria notar isso. Certo?
Não é sua culpa que ele rosto é tão simétrico. E esse pensamento a faz congelar, o pincel no cavalete agora suspenso no ar. Simetria!
— O código! — Largando tudo, você se aligera até a porta fechada de Jeager. Por conseguinte, enfia-se para dentro sem se preocupar em bater, alvoroçada. Uma vez que você explode a porta aberta em um baque abrupto, a primeira coisa que vê é Eren em sua escrivaninha com uma caneca de café estupidamente grande. Enquanto isso, Arlert está apoiado pela mão no assento da cadeira do amigo, pairando sobre seu ombroo peso do corpo em uma das pernas. Ele vira o rosto para encontrá-la ofegando sutilmente — Eu acho que descobri o código! Eren, você disse que reorganizou os símbolos de diversas maneiras... Mas você pode combiná-los para que sejam simétricos?
— Por que eu faria isso? — Ele enruga a ponta de um dos lados do nariz, prensando a boca desacreditado, quase como se fosse algo estúpido, olhando-a como se houvesse acabado de dizer que seu tataravô inventou a água quente.
— Porque é bonito! — O acastanhado pisca, a ideia se infiltrando em sua mente de forma instantânea conforme sua careta se desmancha. Você fecha a porta atrás de si, ainda ficando onde está — Não parece chique e lógico, eu sei, mas me ouça: é disso que as pessoas gostam.
Ele estreita os olhos, embaralhando alguns papéis em sua mesa. Logo, sente uma onda de vitória quando ele suga uma respiração aguda.
— Está começando a fazer sentido.
— O que a mensagem diz? — Arlert questiona, racional.
— É sobre o nosso próximo assalto. É claro! Estamos roubando arte, então Forster fez um código parecer bom esteticamente. — Jeager dita óbvio — É tão simples! Não é à toa que eu não pensei nosso!
Armin revira os olhos.
— O que ele quer dizer é "obrigado pela sua ajuda, Barbara".
— Sim, sim.
O indivíduo em questão, Eren, concorda, acenando mas sem estar mais prestando atenção realmente em vocês. Embora saiba que ele sabe perfeitamente, só está em segundo plano, assim como aconteceu no seu primeiro dia em Paris, em que o moreno esta ridiculamente atento.
Revirando seus próprios olhos, aproxima-se da beirada lateral da mesa, apoiando os antebraços nela e ajudando Eren a juntar as peças.
Talvez ele seja o Senhor Ladrão, mas é você quem tem um bom olho para estética.
— É um desafio. — Ele se empurra para trás de sua mesa, os olhos ainda correndo sobre o código — Forster sabe tudo sobre o nosso assalto. E o plano dele é arruiná-lo, para que ele possa recuperar sua posição no submundo parisiense. — Eren se levanta, fazendo você e o Arlert darem um passo para o lado — Ele diz que vai roubar o Van Gogh antes mesmo que possamos chegar a ele.
Tanto o loiro ao seu lado e você se engasgam.
— Como Floch descobriu o que estamos fazendo?
— Uh... — Seus olhos se esbugalham, e você pisca várias vezes, atônita — Eu tenho uma pergunta maior! Eu vou ajudar a furtar um Van Gogh?!
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